• Nenhum resultado encontrado

COMISSÃO DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA, INOVAÇÃO, COMUNICAÇÃO E INFORMÁTICA DO SENADO FEDERAL

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "COMISSÃO DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA, INOVAÇÃO, COMUNICAÇÃO E INFORMÁTICA DO SENADO FEDERAL"

Copied!
31
0
0

Texto

(1)

COMISSÃO DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA, INOVAÇÃO,

COMUNICAÇÃO E INFORMÁTICA DO SENADO FEDERAL

SUBCOMISSÃO PERMANENTE DE PROMOÇÃO,

ACOMPANHAMENTO E DEFESA DA SAÚDE

AUDIÊNCIA PÚBLICA

ASSUNTO: “OBTER SUBSÍDIOS PARA A ATUAÇÃO DO SENADO

FEDERAL EM RELAÇÃO À REGULAMENTAÇÃO DA PUBLICIDADE E

DA VENDA DE BEBIDAS ALCOÓLICAS NO PAÍS”

(2)

SINDICERV

Milton

(3)
(4)

Consumo Nacional –

(volume em HL x 10.000)

1986 1987 1988 1989 199 0 199 1 199 2 199 3 199 4 199 5 199 6 199 7 199 8 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

S1

-2.000

4.000

6.000

8.000

10.000

12.000

(5)
(6)

Fatores que influenciam o

consumo

(7)

Clima: 1° C de aumento de temperatura => crescimento de 0,28%

Preço :1% de aumento de preço => queda de 0,69%

Análise econométrica sobre a base 2001 e 2007 aponta:

(1) International Beverage Market/2006

(8)
(9)

Construir, posicionar marcas e garantir a concorrência saudável do

mercado

9

Comunicar diferentes produtos para diferentes consumidores (ex:

cervejas 0% de álcool, cervejas diferenciadas, cerveja sem álcool, etc..)

Possibilitar o lançamento de novos produtos

9

Exemplo: cervejas a base de trigo, cerveja “stout”, cerveja tipo “ale”,

cerveja com carvalho, cerveja com frutas, cervejas mistas, novas

embalagens etc...

Garantir o direito do consumidor à informação

9

Informar características específicas de cada produto (ex: chope, cerveja

clara, cerveja escura, 0% de álcool, sem álcool, etc..)

9

Riscos associados ao uso indevido do produto (“Se for dirigir não beba”,

“Produto destinado à adultos”, “Peça o RG”, campanhas específicas,

etc...)

(10)

Publicidade X Consumo

Dados e fatos

(11)

9

O aumento do consumo é influenciado por uma série de outros fatores,

como revelam estudos econométricos.

9

Os principais fatores para elevação do consumo são aumento da renda

e da temperatura ambiente.

9

Estudo do Sindicerv reforça a informação: entre 2001 e 2003, o

investimento em publicidade aumentou 50% e o consumo de

cerveja diminuiu 2,3%.

(12)

A correlação entre o investimento publicitário e o

aumento do mercado é estatisticamente insignificante

GRP = Medida comparativa do impacto quantitativo de uma campanha publicitária. Neste caso, somente no meio TV

(13)

Não.

Várias pesquisas nacionais e internacionais revelam que a relação não é direta. A publicidade é uma maneira de construir, posicionar as marcas e garantir a preferência do consumidor.

Existe relação direta entre publicidade

e aumento de consumo de cerveja?

“(...) a proibição da propaganda não tem impacto material em padrões de consumo de bebida, embora a proibição possa afetar a escolha do tipo de bebida ou a marca”,

afirmam os pesquisadores.

Outro estudo realizado pelos mesmos pesquisadores aponta que é pela propaganda que as empresas

conseguem criar diferenciais

entre as marcas e com isso qualificá-las

perante seus concorrentes

.

Estudo realizado pelos pesquisadores Jon P. Nelson, da Universidade de Pennsylvania, e Douglas J. Yong, da Montata State University, entre 2001 e 2003, enfatiza que

as proibições de propaganda não têm efeito material relevante no consumo de bebidas alcoólicas.

FONTES:

- “Meta-analysis of Alcohol Advertising Bans: Cumulative Econometric Estimates of Regulatory Effects”por Jon P. Nelson and Douglas J. Young (Pennsylvania State University e Montana State University), janeiro de 2003

- “Do advertising bans work? An international comparison”, por Jon P. Nelson and Douglas J. Young (Pennsylvania State University e Montana State University), janeiro de 2001

(14)
(15)

Países que implementaram leis de restrição à publicidade tiveram

sucesso no combate ao consumo indevido de álcool?

Não,

pois soluções simples não resolvem problemas

complexos, como o consumo indevido do álcool.

Na França a propaganda de bebidas alcoólicas é proibida desde 1991, apesar disso, o consumo entre jovens aumentou, conforme revelado durante Jornada Mundial da Saúde e Segurança no Trânsito, realizada em 2005. Mesmo 13 anos após a proibição da propaganda de bebidas alcoólicas ainda apresentava péssimos resultados no controle de acidentes de trânsito

(16)

Desde 1991, a propaganda de bebidas alcoólicas foi proibida na França (Loi Evin,1.991)

e 12 anos depois, em 2003, pesquisas indicam o crescimento do consumo abusivo por adolescentes.

A proibição da propaganda não inibe o consumo

ilegal ou abusivo

(17)

Não existe relação direta entre investimentos em propaganda e

consumo de cerveja

Na Alemanha, uma das maiores consumidoras de cervejas do mundo

(130 litros de cerveja/ano/por habitante), enquanto os investimentos

em propaganda praticamente dobraram em uma década, o consumo de cerveja diminuiu 5% no mesmo período.

Pesquisa da Productschap

(18)

Reino Unido: investimento 5X maior, consumo 10% menor

No Reino Unido, o consumo caiu 10% enquanto

os investimentos aumentaram de 50 milhões de libras para mais de 200 milhões de libras.

(19)

EUA: consumo estável apesar de investimento crescente

Nos Estados Unidos, os investimentos em propaganda aumentaram 40%, mas o consumo permaneceu praticamente estável.

(20)

Soluções simplistas não resolvem questões complexas

Na Tailândia, a propaganda foi banida da televisão e do rádio em 2003. Mesmo assim, o Thai Health Report de 2005 comprova que o número de jovens com idade inferior a 18 anos que consomem bebidas alcoólicas aumentou.

Na Venezuela, segundo ALAFACE, entre

2001 e 2003

, houve queda de consumo de cerveja em

11%

e a propaganda de bebida era liberada. Em

2005

, o governo proibiu a veiculação de publicidade em TVs abertas e a cabo, rádios e jornais, e o consumo de cerveja aumentou em

6,5%

e no ano seguinte, o aumento foi ainda maior:

7,5%.

(21)

Limitar horários resolve?

Participação em % por horário de programação e faixa etária

28,4 18,0 3,6 3,6 4,5 10,4 6,5 34,6 34,8 31,0 28,2 26,2 20,5 17,9 17,2 16,3 15,4 13,9 11,0 10,1 9,9 9,2 7,8 5,0 2,1 2,3 3,0 4,2 6,7 12,5 21,8 28,4 29,0 26,4 25,9 24,8 21,1 19,4 19,5 19,4 19,1 19,0 18,2 17,2 14,4 5,1 3,0 9,1 0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0 35,0 40,0 06: 00: 00-07 :00: 00 07: 00: 00-08 :00: 00 08: 00: 00-09 :00: 00 09: 00: 00-10 :00: 00 10: 00: 00-11 :00: 00 11: 00: 00-12 :00: 00 12: 00: 00-13 :00: 00 13: 00: 00-14 :00: 00 14: 00: 00-15 :00: 00 15: 00: 00-16 :00: 00 16: 00: 00-17 :00: 00 17: 00: 00-18 :00: 00 18: 00: 00-19 :00: 00 19: 00: 00-20 :00: 00 20: 00: 00-21 :00: 00 21: 00: 00-22 :00: 00 22: 00: 00-23 :00: 00 23: 00: 00-24 :00: 00 24: 00: 00-25 :00: 00 25: 00: 00-26 :00: 00 26: 00: 00-27 :00: 00 27: 00: 00-28 :00: 00 28: 00: 00-29 :00: 00 29: 00: 00-30 :00: 00

Acima de 18 anos (em %) De 4 a 17 anos (em %)

(22)

A OMS não referenda a restrição de publicidade como uma política eficaz para o combate do consumo nocivo de álcool. Em 2005, aprovou resolução sobre o tema reconhecendo que ainda faltam estudos científicos para a comprovação da eficácia de políticas públicas de restrição à publicidade. Na mesma ocasião, reconheceu a

importância da contribuição da indústria para solucionar esse problema complexo.

O que a OMS (Organização Mundial de Saúde) pensa sobre a

restrição de publicidade de bebidas?

Em reunião realizada em janeiro de 2008, o comitê executivo da OMS aprovou

uma minuta de nova Resolução - ainda em apreciação – reconhecendo, novamente, a importância da contribuição das partes interessadas e a necessidade de dados científicos para a elaboração de uma estratégia global sobre o assunto.

Em 2003 e 2008 ocorreram reuniões no âmbito da OMS reunindo representantes da indústria mundial de bebidas para discutir o tema do consumo indevido de álcool. Os principais problemas relacionados ao tema foram o consumo nocivo de bebidas alcoólicas entre jovens e a associação de bebida e direção.

(23)

O que pensa a população sobre

a restrição

(24)

A medida do Governo para restringir a propaganda de bebidas alcoólicas no rádio e TV resolveria os problemas causados pelo consumo inadequado de álcool?

65%

23%

11%

1%

69%

19%

7%

3% 1%

69% acreditam que a solução está na fiscalização, punição e educação

Pesquisa da IPESPE

65% não acreditam que a proibição teria efeito na solução do problema; 23% em parte; 11% resolve

O que pensa a população sobre a restrição

da publicidade de cervejas?

FONTE: Pesquisa de Opinião Instituto de Pesquisas Sociais Políticas e Economicas, set/2007. Foram ouvidos 1000 moradores de cidades brasileiras, incluindo capitais.

(25)

Fiscalizar e punir quem dirige após beber e quem vende bebidas para menores de

18 anos, conforme revelação de estudo feito em 30 países pela New York Medical College e pela Universidade de Milão (2005).

O que realmente funciona para diminuir os efeitos

negativos do consumo indevido de bebidas alcoólicas?

O estudo revelou que são medidas de alta efetividade para o combate ao consumo indevido do álcool: restrição de venda de bebidas para menores

e aplicação de bafômetros.

A restrição da publicidade apareceu em último lugar, como medida de baixa efetividade.

Pesquisa do IPESPE reforça a percepção, pois apenas 8% dos pesquisados já

foram submetidos ao teste do bafômetro e 66% dizem que tomariam mais cuidado, caso fossem punidos.

Educar a população sobre os riscos do uso indevido do álcool por meio de parcerias

entre a indústria, o governo e a sociedade civil (Ex: CISA: “Como Falar de álcool com seus filhos”.)

(26)

No Brasil existem leis específicas e rigorosas

que combatem o uso indevido do álcool

Constituição Federal - Artigo 220, estabelece restrições à propaganda

de bebidas alcoólicas.

Código Penal: criminaliza a embriaguez e responsabiliza quem bebe

e apronta qualquer desatino.

Lei das Contravenções Penais: proíbe que se sirva bebida alcoólica a menor

de 18 anos, bêbado, doente mental e pessoa com restrições judiciais.

Código de Trânsito Brasileiro / Lei Seca: considera crime a embriaguez ao volante. Prevê multa,

suspensão e proibição de obtenção de habilitação para quem descumpre a lei.

Lei nº 9294/96: dispõe sobre as restrições ao uso e à propaganda de produtos fumerígenos,

bebidas alcoólicas, medicamentos, terapias e defensivos agrícolas.

Estatuto da Criança e do Adolescente: proíbe a venda de bebida alcoólica à criança

ou adolescente e estipula pena de reclusão a quem desobedece à proibição.

Não é preciso criar novas leis mas cumprir as que já existem

(27)

O uso indevido do álcool é um fato concreto e causa de problemas sociais;

Esses problemas são multifatoriais e complexos;

O SINDICERV é parte da solução, exerce sua responsabilidade e atua de

forma transparente;

Parcerias entre todas as partes envolvidas, Governo, meios de

comunicação, ONGs, universidades, indústria, etc... são a forma mais eficaz

para se vencer o desafio.

(28)
(29)

Campanhas de comunicação

Promoção de eventos responsáveis

Orientação para o Ponto de Venda

Apoio à campanhas educativas

Opções de transporte para o consumidor

Parcerias com poder público

(30)

A indústria de cerveja no Brasil

É centenária.

É um dos maiores contribuintes do país com cerca de R$ 10

bilhões / ano

Tem um faturamento total na ordem de R$ 30 bilhões

Gera cerca de 150 mil empregos entre diretos e indiretos

Investiu cerca de R$ 3 bilhões nos últimos 5 anos em novas

plantas e ampliações

(31)

Referências

Documentos relacionados

Então se esse requisito obrigatório não for legível, abre um leque de probabilidades para uma interpretação errada do profissional, podendo acarretar graves danos à saúde

Idealmente, a melhor comparação para as UC tratadas viria do grupo de UC tratadas, ou seja, o grupo que receberam as ações de EE, mas na situação em que eles não tivessem

No final, os EUA viram a maioria das questões que tinham de ser resolvidas no sentido da criação de um tribunal que lhe fosse aceitável serem estabelecidas em sentido oposto, pelo

insights into the effects of small obstacles on riverine habitat and fish community structure of two Iberian streams with different levels of impact from the

Taking into account the theoretical framework we have presented as relevant for understanding the organization, expression and social impact of these civic movements, grounded on

Our contributions are: a set of guidelines that provide meaning to the different modelling elements of SysML used during the design of systems; the individual formal semantics for

Para Souza (2004, p 65), os micros e pequenos empresários negligenciam as atividades de planejamento e controle dos seus negócios, considerando-as como uma

Outras possíveis causas de paralisia flácida, ataxia e desordens neuromusculares, (como a ação de hemoparasitas, toxoplasmose, neosporose e botulismo) foram descartadas,