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UI MARIA LENIR ARAÚJO MENESES. Aula 06: NOÇÕES DE EPIDEMIOLOGIA UNIDADE I Aluno: Data: / / Prof Esp. Leonardo Delgado. Figura 29: Sedentarismo

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Leonardo de A. Delgado. CREF. 001764-G/MA

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Aula 06: Noções Gerais de Epidemiologia

Habilidades

- Refletir, criticamente, sobre as relações entre a realização das práticas corporais e os processos de saúde/doença, inclusive no contexto das atividades laborais.

- Examinar a relação entre a realização de práticas corporais e a complexidade de fatores coletivos e individuais que afetam o processo saúde/doença, reconhecendo os vínculos entre as condições de

vida socialmente produzidas e as

possibilidades/impossibilidades do cuidado da saúde individual e coletiva;

Introdução

Epidemiologia é a ciência que estuda

o comportamento e a distribuição dos fenômenos de saúde/doença em uma determinada sociedade (ou em grupos sociais específicos), levando em consideração seus fatores condicionantes e determinantes (CHOW; WILMORE, 1984 apud POWERS; HOWLEY, 2000, p.256)..

Assim, a epidemiologia é utilizada para estabelecer a causa da doença (e assim adotar-se estratégias de prevenção); para se traçar a história natural de uma doença; para descrever o estado de saúde de determinadas populações e para realizar uma intervenção (POWERS; HOWLEY, 2000).

Figura 28: Estatísticas Epidemiológicas

A epidemiologia possibilita definir medidas de prevenção e controle mais indicados para o problema e também avaliar a eficácia das intervenções em saúde pública.

O tipo de análise realizada pela epidemiologia exige a interação transdisciplinar com outras ciências tais como: Ciências Sociais (Antropologia, Sociologia), Políticas, Estatística, Economia, Demografia, Ecologia, História, e outras. Transição Epidemiológica

O conceito de transição

epidemiológica refere-se às modificações, a longo prazo, dos padrões de morbidade, invalidez e morte que caracterizam uma população específica

e que, em geral, ocorrem em conjunto com outras

transformações demográficas, sociais e

econômicas (JORGE, 2007).

Laurenti define a Transição Epidemiológica como ‘uma evolução gradual dos problemas de saúde caracterizados por alta morbidade e mortalidade por doenças infecciosas que passa a se caracterizar predominantemente por doenças crônicas não-transmissíveis’ (PINHEIRO; FREITAS, CORSO, 2004, p.525).

Sedentarismo

O sedentarismo, combatido pelos vários tipos de exercício físico e seus treinamentos, pode inibir inúmeras doenças e comorbidades presentes na atualidade. Tais comorbidades, não eram observadas antes, em sociedades mais ativas, ou seja, as pessoas se movimentavam mais e não tinham um estilo de vida sedentário, diferente do que se nota na atualidade.

Figura 29: Sedentarismo

O sedentarismo é condição

indesejável e representa risco para a saúde. Muitas doenças classificam a inatividade física como fator de risco principal para seu desenvolvimento, como doenças cardiovasculares, metabólicas e osteomusculares.

Com o processo da industrialização, existe um crescente número de pessoas sedentárias com poucas oportunidades de praticar atividades físicas.

As evidências epidemiológicas apoiam um papel importante do exercício na prevenção da obesidade, dislipidemias e diabetes mellitus tipo 2. No entanto, pouca atenção tem incidido sobre comportamentos sedentários em relação ao risco de diabetes.

O controle de alguns fatores de risco modificáveis como o peso, consumo alimentar habitual, uso do tabaco e prática de atividades físicas mostrou possuir um potencial de redução de 88% no risco de desenvolver o diabetes em indivíduos com histórico familiar.

UI MARIA LENIR ARAÚJO MENESES

Prof° Esp. Leonardo Delgado

Aula 06: NOÇÕES DE EPIDEMIOLOGIA – UNIDADE I Aluno:

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A inatividade física prolongada possui diversos efeitos prejudiciais aos músculos, aos ossos e ao sistema cardiovascular. O desuso afeta negativamente todos os tecidos e funções, como imobilizações que reduzem a massa mineral óssea, proteína muscular, redução do VO2max.

Os efeitos do exercício físico são importantes sobre a saúde física do organismo e a manutenção dessa atividade é recomendada para conservação dos ganhos, pois em decorrência do desuso, muitas capacidades que tiveram seu desempenho melhorado durante o treinamento, são reduzidas após um período prolongado de inatividade física.

Consequências do sedentarismo

- Facilidade dos músculos sofrerem lesões; - Perda da flexibilidade;

- Aumento de morte prematura; - Aumento da ansiedade e depressão; - Falta da qualidade de vida.

- Obesidade;

- Problemas cardiovasculares;

- Diminuição do fluxo sanguíneo para os músculos;

- Diminuição da velocidade de contração muscular;

- Perda de massa magra;

Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT)

As doenças crônicas não

transmissíveis (DCNT) são doenças multifatoriais que se desenvolvem no decorrer da vida e são de longa duração, e não transmite de uma pessoa para outra.

As DCNT variam quanto à gravidade: algumas são debilitantes, outras incapacitantes e algumas letais. Afetam muitos sistemas do corpo humano e incluem desde cárie dentária, obesidade, diabetes, hipertensão arterial, acidentes cerebrovasculares, osteoporose e câncer

de muitos órgãos, bem como doenças

coronarianas.

Relação Atividade Física e Saúde

A atividade física ajuda a prevenir e controlar as doenças crônicas não transmissíveis (DCNT)7e suas complicações; previne e controla as doenças musculoesqueléticas (osteoporose, osteoartrite, sarcopenia, quedas e acidentes); mantém a capacidade funcional; diminui os níveis e sintomas da depressão, da ansiedade e do estresse; e diminui a ocorrência de demência e doenças correlatas (mal de Parkinson e Alzheimer).

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As principais DCNT são: diabetes tipo 2, hipertensão, doenças cardiovasculares e neoplasias, em especial câncer de mama e de cólon.

Além de reduzir a incidência de doenças crônicas, a atividade física e a alimentação saudável reduzem também a ocorrência das doenças causadas por deficiências nutricionais e reforçam a resistência orgânica a doenças infecciosas.

Fatores de Risco para Doenças Crônicas Não Transmissíveis

Um “fator de risco” é uma característica individual, física ou comportamental, associada com uma maior possibilidade de desenvolvimento de determinadas doenças. (Federação Internacional de Medicina do Esporte, 1991).

Fletcher e Fletcher (2006) mostram que risco, de maneira geral, relaciona-se com a probabilidade da ocorrência de um evento adverso.

Porém, na epidemiologia, os autores ilustram que o termo está relacionado mais especificamente à probabilidade de que pessoas expostas a determinados fatores de risco tenham mais probabilidade de contrair determinadas doenças do que as pessoas que não foram expostas a esses fatores.

Os FATORES DE RISCO para o desenvolvimento das doenças crônicas vêm sendo classificados como modificáveis ou não modificáveis.

Entre os fatores modificáveis, estão a hipertensão arterial, a ingestão de álcool em grandes quantidades, o diabetes mellitus, o tabagismo, o sedentarismo, o estresse, a obesidade e o colesterol elevado. Já entre os

fatores não modificáveis, destaca-se a idade, a

hereditariedade, o sexo e a raça. Principais Doenças Crônicas Não transmissíveis

As doenças não transmissíveis incluem doenças metabólicas (excesso de peso, hipertensão, diabetes e hiperlipidemias8), doenças

cardiovasculares - (arteriosclerose), neoplasias,

doenças respiratórias crônicas (asma), doenças renais (Insuficiência renal crônica), doenças músculo-esqueléticas (reumatismo, artropatias), problemas de saúde mental, doenças dos órgãos sensoriais e doenças dentárias e periodontais. Doenças Metabólicas

A síndrome metabólica, também conhecida como quarteto mortal, é caracterizada

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O termo hiperlipidemia (dislipidemia) significa altos níveis de gordura na corrente sanguínea. A hiperlipidemia inclui uma série de condições onde as gorduras estão elevadas mas, de maneira geral, ela se aplica a alta de colesterol e de triglicérides no sangue.

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pelo agrupamento dos fatores de risco cardiovascular como: obesidade central; hipertensão arterial; resistência à insulina (ou

diabete do tipo 2); e dislipidemias (triglicerídeos e/ou colesterol LDL alto9, e/ou colesterol HDL baixo10).

A última classificação proposta foi a da IDF e tornou-se rapidamente uma das mais utilizadas por aplicar o conceito de que a presença da gordura visceral é o fator essencial e determinante de todos os outros componentes da SM (Síndrome Metabólica).

A obesidade central, facilmente mensurada pela medida da circunferência da cintura utilizando-se diretrizes por gênero e grupo étnico, deve estar acompanhada por, pelo menos, dois outros fatores para definição de SM. Excesso de Peso Corporal

O excesso de peso corporal relacionado ao excesso de massa gorda é um dos principais fatores de risco para desenvolvimento de DCNT no mundo ocidental.

O excesso de peso pode ser dividido em dois graus de seriedade: sobrepeso e

obesidade. Um dos critérios para estabelecer estes

graus é o uso do Índice de Massa Corporal (IMC) que é calculado dividindo-se a massa corporal em quilos pela estatura em metros ao quadrado (kg /m²).

Podemos também utilizar a tabela abaixo para classificar os indivíduos adultos Tabela 1Classificação do sobrepeso e obesidade pelo IMC, adaptado de Whro (1997) e OMS(1995)

Classificação de Obesidade IMC (kg/m²)

Baixo Peso 3

(grave) Risco Grave

<16 Baixo Peso 2

(moderado) Risco Moderado

16-17 Baixo Peso 1

(leve) Abaixo da Média

17-18,5 Normal Ideal 18,5-24,9 Sobrepeso Excesso de Peso 25,0-29,9 Obesidade I Risco Moderado 30,0-34,9 Obesidade II Risco Grave 35,0-39,9

Obesidade Mórbida Risco Muito grave >40 9

Colesterol LDL (low density lipoprotein= lipoproteína de baixa densidade) e VLDL (very low density lipoprotein = lipoproteína de muito baixa densidade) carregam colesterol no sangue para ser usado pelas células do corpo. É geralmente chamado de “mau colesterol” ou “colesterol ruim” devido à relação de altos níveis de LDL e VLDL com doença cardíaca.

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Colesterol HDLé uma classe de lipoproteínas de alta densidade (High Density Lipoprotein) que carregam colesterol dos tecidos do corpo para o fígado. Uma vez que o HDL pode remover o colesterol de dentro das artérias e transportá-lo de volta ao fígado para ser metabolizado, é chamado de “bom colesterol”.

Atualmente, mais da metade da população mundial está acima do peso ideal, tanto

em países desenvolvidos como nos em

desenvolvimento, como é o caso do Brasil. Há evidências, na literatura especializada, de que valores baixos de IMC estão relacionados com as doenças pulmonares

obstrutivas, câncer pulmonar e tuberculose, e de

que valores altos de IMC estão associados com as

doenças cardiovasculares, hipertensão arterial, diabetes e outras.

A maioria dos casos de obesidade (95 a 98%) é causada por fatores externos e apenas um percentual muito baixo (2 a 5%) tem como causas as síndromes genéticas ou distúrbios endócrinos (ex.: hipotireoidismo).

Devido à possibilidade de erros, o IMC deveria ser apenas mais um método de medição usado para avaliar o peso e saúde do paciente.

Os NIH (Institutos Nacionais de Saúde dos EUA) (em inglês) recomendam que os médicos avaliem se seus pacientes estão acima do peso baseando-se em três fatores:

- IMC;

- Circunferência da cintura: uma medida da gordura abdominal;

- Fatores de risco para doenças associadas à obesidade, tais como pressão alta, colesterol LDL ("ruim") alto, colesterol HDL ("bom") alto, alto índice de açúcar no sangue e fumo.

A OMS (Organização Mundial de Saúde) considera que pessoas com peso ideal tenham índice de massa corporal entre 18,5 e 25. Esse número foi alterado em 1998 pelo NHI (Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos). O valor antigo considerado ideal era de 27,8. Hipertensão Arterial

É comum escutarmos que esta ou aquela pessoa tem pressão alta e isto é compreensível tamanho o número de pessoas acometidas por este mal. Mas, afinal, o que é

hipertensão? Qual sua relação com o

sedentarismo, a obesidade e os maus hábitos alimentares? Estas são algumas questões que tentaremos responder neste tópico.

Vamos começar entendendo o mecanismo da pressão arterial. O sangue bombeado pelo coração é transportado pelas artérias, veias e capilares para todos os tecidos e órgãos do corpo.

Este processo envolve duas fases distintas do batimento do coração: a sístole, que é a fase de contração em que o coração impulsiona o sangue pelo corpo, e a diástole, quando o coração “relaxa” brevemente para que suas câmaras sejam

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enchidas de sangue e reinicie o novo processo de bombeamento.

Durante a fase da sístole o sangue invade as artérias e na sua passagem pressiona suas paredes tencionando-as.

Esta tensão é medida por um

aparelho (esfigmomanômetro) colocado

externamente ao vaso, por sobre a pele, a função do aparelho é pressionar no sentido contrário ao do sangue, medindo assim a pressão arterial sistólica.

Durante o período de “relaxamento” do coração, conhecido como diástole, conseguimos mensurar a pressão diastólica.

Figura 30: Aferição de Pressão Arterial

Ao medirmos a pressão arterial de alguém precisamos de referências para sabermos o atual estado de saúde da pessoa avaliada.

Assim, temos como precisar se esta pessoa esta sofrendo ou não de hipertensão e, ainda, qual o nível de comprometimento do estado hipertensivo.

Pressões em torno 120 por 80mmHg (milímetros de mercúrio) são consideradas normais. Conhecidas por nós apenas como 12/8.

A hipertensão arterial geralmente não apresenta sinais precoces de sua existência que possa advertir o portador desta patologia, por isso é conhecida como “assassina silenciosa”. Ela sozinha aumenta potencialmente o risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares como veremos a seguir.

Quando associada a outros fatores de risco como tabagismo, colesterol alto, alimentação rica em sal e gorduras, estresse e histórico familiar pode se tornar realmente uma doença muito perigosa.

Por não apresentar sintomas claros de sua existência, ou seja, por ser assintomática, a hipertensão arterial é conhecida como “assassina silenciosa”. Ela sozinha aumenta muito o risco de doenças cardiovasculares

As doenças hipertensivas aumentam muito o peso sobre a morbimortalidade geral e, em especial, sobre as cardiovasculares.

Após destacar a alta correlação entre a hipertensão arterial e algumas das mais temíveis doenças crônicas, um grupo de especialistas da Sociedade Brasileira de Cardiologia (2004) anunciou, durante a publicação das IV Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial, que esta doença configura-se como um dos principais agravos à saúde no Brasil, elevando sobremaneira o custo médico-social.

Estes especialistas anunciaram ainda que o combate a esta doença tão perigosa e comum na população brasileira, só seria eficaz através de uma abordagem multipofissional dado ao caráter multifatorial da doença.

Anunciaram, também, as medidas de

maior eficiência no tratamento

não-medicamentoso11. São elas:

- Redução do peso corporal e manutenção do

peso ideal (IMC entre 20 e 25 kg/m2).

- Redução da ingestão de sódio (o ideal seria

ingerir até 6 g/dia de sal, correspondente a 4 colheres rasas de café).

- Maior ingestão de potássio (dieta rica em

vegetais e frutas, entre 2 e 4 g/dia de potássio).

- Redução de bebidas alcoólicas (30g

álcool/dia, aproximadamente uma cerveja de 600 ml).

- Exercícios físicos regulares (pelo menos 30

minutos de atividades física moderada na maioria dos dias da semana).

Observe que todas estas medidas estão diretamente associadas ao estilo de vida positivo, reforçando o quanto este estilo de vida é importante no combate a morbimortalidade causado pelas doenças crônicas.

Só para reforçarmos o que estamos dizendo, segundo Nieman (1999), a obesidade sozinha triplica o risco de hipertensão arterial. Imagine só quando associamos a outros fatores de

riscos, como, por exemplo, o sedentarismo.

Estima-se que o sedentarismo aumenta em até 50% o risco de hipertensão. Ainda bem que basta perder peso para diminuir muito os valores de pressão arterial, mas a melhor estratégia é associar uma alimentação saudável a um programa regular de atividade aeróbia.

E você sabe como está sua pressão arterial?

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Durante os exercícios aeróbios a frequência cardíaca sobe e com ela a tensão arterial, a vantagem neste processo é que o organismo durante a prática de exercícios físicos entra num estado que chamamos de prontidão para o esforço, neste momento acontece um aquecimento do corpo e um processo de vasodilatação, que é a ampliação do calibre ou luz dos vasos sanguíneos, para facilitar a passagem de suprimento (O2 e glicose) trazidos pela corrente

sanguínea para os músculos e demais órgãos. Após o término da sessão de exercício, a pressão arterial cai abaixo dos níveis normais por um período em torno de 20 a 120 minutos, este efeito é que chamamos de agudo12 e se destaca ainda mais quando a pessoa é hipertensa.

Se esta prática se torna rotineira este efeito começa a aumentar durante a fase pós-exercício, além, é claro, dos efeitos benéficos adicionais, como a redução do peso corporal, a diminuição do estresse, a melhoria do perfil lipídico sanguíneo, a consequente melhora do padrão alimentar, entre outros.

Diabetes Melito (hiperinsulinemia)

O diabetes melito ou simplesmente

diabetes, a exemplo das demais doenças crônicas,

tem sua etiologia ainda um tanto confusa, mas vamos analisá-la de forma geral.

Temos dois tipos de diabetes diagnosticados, o insulino-dependente ou do tipo

1 e o não insulino-dependente ou do tipo 2.

Em linhas gerais, esta desordem metabólica diminui a capacidade do organismo em metabolizar (“queimar”) a glicose que é responsável por alimentar de energia as células do nosso organismo.

No caso do diabetes tipo 1 o

pâncreas deixa de produzir ou produz em baixa

escala o hormônio insulina, que é responsável por permitir a entrada da glicose no interior das células (uma espécie de chave), assim a glicose se acumula no sangue e depois é eliminado pela urina através dos rins.

Por razões ainda não bem

esclarecidas, as células betas, que são as células pancreáticas responsáveis por produzirem a insulina, são atacadas pelo sistema imunológico e deixam de produzir a insulina, por isso a pessoa acometida por este tipo de diabetes precisa receber insulina para que as concentrações de glicose sejam metabolizadas e o corpo possa receber esta energia tão importante, daí o nome insulino-dependente.

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Efeito agudo: causado imediatamente à atividade física e

passageiro.

Figura 31: Diabetes tipo 1

No caso do diabetes tipo 1 o pâncreas deixa de produzir insulina e o portador dessa doença precisa de insulina externa. Por isso, o termo insulino-dependente.

Como este tipo de diabetes se iniciava mais na juventude, ficou conhecido como

diabetes juvenil, nome que hoje não mais se

aplica, pois este tipo de diabetes pode aparecer em qualquer idade.

Os sintomas do diabetes tipo 1 são facilmente identificáveis:

- Micção excessiva e frequente; - Fome insaciável;

- Sede intensa; - Perda de peso;

- Visão turva, náuseas e vômitos;

- Fraqueza, tontura, irritabilidade e fadiga extrema;

- Dificuldade de cicatrização de pequenos ferimentos, na gengiva por exemplo.

O diabetes tipo 2, não insulino-dependente, tem um mecanismo etiológico diferente.

Neste caso, o pâncreas produz a insulina, mas as células do organismo, que precisam da glicose para se alimentar, começam a ficar insensíveis à insulina, é como se a fechadura, neste caso, os receptores de insulina, não reconhecessem a chave.

Como resultado desse processo, começa a se acumular no sangue a insulina e a glicose, sobrando para os rins a difícil tarefa de eliminá-los pela urina.

No caso do diabetes tipo 2 o pâncreas produz insulina, mas as células do corpo ficam insensíveis ao hormônio, o portador dessa doença só em alguns casos/momentos vai precisar de insulina externa. Por isso, o termo não insulino-dependente.

Os sintomas do diabetes tipo 2 são mais discretos e não se pronunciam com tanta nitidez como a do tipo 1; são mais lentos e geralmente se pronunciam após os 30 anos e vão aumentando com o passar da idade.

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Um fator isolado que acelera bastante o processo de instauração do diabetes 2 é o aumento do peso.

Só nos Estados Unidos, 85% dos diagnósticos de diabetes 2 foram feitos em pessoas com excesso de peso e a medida que aumenta o IMC aumenta potencialmente o risco desta diabetes (NIEMAN, 1999).

Figura 32: Relação do IMC com o risco de diabetes Sabemos também que a grande maioria, cerca de 90% dos casos de diabetes, são do tipo 2. Fica até fácil sabermos o porquê, pois sua alta relação com o estilo de vida sedentário, com a má alimentação e com a obesidade explica boa parte deste fenômeno.

Devido ao efeito tóxico dos níveis elevados de glicose na corrente sanguínea sobre os vasos, nervos e outros tecidos do corpo, o portador de diabetes tem aumentado sua vulnerabilidade ao surgimento de várias doenças.

As pessoas com diabetes estão até quatro vezes mais susceptíveis a morrerem por doenças cardiovasculares. Cerca de 75% dos casos de óbito por diabetes estão ligadas às doenças cardiovasculares.

Os valores recomendados de

concentração de glicose sanguínea não devem ultrapassar as 110mg/dl (miligramas por decilitros) após 12hs de jejum.

Qual é a boa notícia? Isto mesmo, o exercícios aeróbios regulares, associados à boa alimentação e a adoção de um estilo de vida positivo, combatem principalmente o diabetes 2, chegando a incrível marca de 90% dos casos serem resolvidos com esta mudança no estilo de vida.

É bom relembrá-lo que a adoção do

estilo de vida positivo combate à obesidade, à

hipertensão, ao colesterol alto e,

conseqüentemente, diminui substancialmente os riscos das doenças cardiovasculares.

Durante o exercício, como já foi colocado anteriormente, o corpo entra em estado de prontidão potencializando o metabolismo para as solicitações de gasto energético.

Durante este período os músculos podem aumentar de 7 a 20 vezes a captação de glicose aumentando a sensibilidade dos receptores na presença, inclusive, de pouca insulina, isso faz

com que as taxas de glicose sanguínea caiam abaixo dos patamares normais.

Este fenômeno, dependendo da duração e intensidade do exercício, pode durar de várias horas até dois dias após a sessão. Se estas sessões se repetem regularmente este efeito pode se tornar crônico trazendo enorme benefício para os diabéticos.

Porém, alguns cuidados devem ser tomados durante a prática dos exercícios. Por exemplo: deverá monitorar seus níveis de glicemia para evitar a hipoglicemia facilmente identificada na sensação de tontura que este estado provoca.

Se o diabético for insulino-dependente, deve tomar cuidados adicionais com os pés, pois é natural a perda de sensibilidade nas extremidades do corpo, o que pode ocasionar pequenos ferimentos que como você já sabe tornam-se sempre mais difíceis de curar no diabético, principalmente, nos pés. Mas, isso não deve ser impedimento para a prática esportiva dos diabéticos tipo 1. Temos casos de atletas até de triathlon que controlam seus níveis durante as provas.

Colesterol Alto (Hipercolesterolemia)

O colesterol13 alto é um dos principais fatores predisponentes para as doenças cardiovasculares, mas em concentrações normais torna-se imprescindível para o bom funcionamento do organismo. Então, vamos entender melhor como é este mecanismo.

Nosso organismo produz colesterol para seu próprio funcionamento, mas também absorve colesterol dos alimentos, principalmente, os de origem animal.

Quando os níveis de colesterol estão elevados uma parte do excesso fica depositado nas

paredes das artérias, aumentando, com isso, os

riscos de doenças cardiovasculares. Mas, basta iniciarmos uma mudança do estilo de vida para termos uma diminuição deste risco.

Mas, afinal, o colesterol é bom ou ruim para o organismo? Como funciona? O colesterol, a exemplo do triglicerídes e de outras gorduras ou lipídeos, é carregado pela corrente sanguínea por transportadores conhecidos como

lipoproteínas, que se dividem em lipoproteínas de baixa densidade (LDL) e de alta densidade (HDL).

O LDL-colesterol é tido como mau colesterol, pois influencia para o “acúmulo de gordura” nas paredes das artérias aumentando os riscos das doenças cardiovasculares. Os níveis considerados aceitáveis não podem ultrapassar as

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Colesterol: substância presente em todas as células do

corpo, responsável por várias funções bioquímicas, presente na gordura de origem animal muitas vezes até confundida com ela ou usada como sinônimo de gordura ou lipídio.

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130mg/dl (130 miligramas de LDL-colesterol por

decilitros de sangue). Seu nível ideal é de 100mg/dl.

Já o HDL-colesterol é conhecido como o bom colesterol, pois é responsável por levar o colesterol até o fígado para ser transformado em ácidos biliares ou simplesmente bile e, às vezes, até para ser eliminado do organismo pelas fezes. Configurando-se no mecanismo de controle do colesterol.

Em linhas gerais, podemos dizer que o LDL-colesterol é o mau colesterol, pois influencia no “acúmulo de gordura” nas paredes das artérias. E o HDL colesterol é o bom colesterol, pois leva o excesso até o fígado para ser transformado, controlando as taxas de colesterol sanguíneo.

Da mesma forma que

exemplificamos a insulina como uma chave que facilita a entrada da glicose da célula, o HDL-colesterol seria uma espécie de caminhão de lixo que coleta a gordura pelo organismo e a recicla ou joga fora através do fígado.

Quando os níveis de HDL-colesterol são elevados (e” 60mg/dl), observamos uma redução dos riscos de doenças cardiovasculares.

A proporção ideal de colesterol seria de 100mg/dl para o LDL e 60mg/dl HDL, ou seja, um colesterol total de 160mg/dl. A notícia ruim é que as pessoas com HDL superior a 60mg/dl são bem raras. Provavelmente, isto estaria ligado a algum fator genético ainda não explicado. Quando o colesterol total ultrapassa os 200mg/dl é preciso ficar atento para os riscos que isso pode trazer.

A notícia boa é que o exercício aeróbio regular aparece em primeiro lugar na ordem de importância para o aumento do HDL e diminuição do LDL, seguido pela redução do peso corporal, interrupção do tabagismo e diminuição do consumo de álcool.

Para a redução do LDL também é

preciso uma reeducação alimentar,

principalmente, no tocante à redução do consumo de gordura saturada, tão abundante em alimentos industrializados.

Doenças Cardiovasculares

Doenças cardiovasculares é uma classe de doenças que afetam o coração ou os vasos sanguíneos.

Entre estas doenças estão as doenças arteriais coronárias, como a angina de peito e o enfarte agudo do miocárdio, acidentes

vasculares cerebrais (AVC), cardiopatia

hipertensiva, febre reumática, miocardiopatia, arritmia cardíaca, cardiopatia congénita, valvulopatias, cardite, aneurisma da aorta, doença arterial periférica e trombose venosa..

As doenças cardiovasculares são a primeira causa de morte no Brasil e na maior parte de outros países.

As 4 doenças cardiovasculares que mais matam

Infarto agudo do miocárdio

Conhecido popularmente como

ataque cardíaco, o infarto agudo o miocárdio se caracteriza pela ausência ou pela diminuição da circulação sanguínea no coração, o que priva o músculo cardíaco (miocárdio), no local acometido, de oxigênio e de nutrientes, causando lesões importantes que podem levar até a morte de suas células, conforme o tempo de duração do evento.

Figura 33: Entupimento das artérias

Com isso, o funcionamento do coração, que trabalha como uma bomba mecânica, pode ser seriamente afetado.

Doença vascular periférica

Decorre do depósito de gordura com obstrução das artérias periféricas do corpo. Nos membros inferiores, por exemplo, ocorre redução do fluxo de sangue para as pernas, com queixas de dor e de dificuldade para caminhar associadas à queda da temperatura local com dormência. Acidente vascular cerebral

O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é conhecido popularmente como "derrame cerebral". O Acidente Vascular Cerebral Isquêmico (AVCI), o mais comum, é causado pela falta de sangue em determinada área do cérebro, decorrente da obstrução de uma artéria.

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O Acidente Vascular Cerebral Hemorrágico (AVCH) é causado por sangramento devido ao rompimento de um vaso sanguíneo.

Nos dois tipos de AVC uma vez que o sangue, contendo nutrientes e oxigênio, não chega a determinadas áreas do cérebro, ocorre a perda das funções dos neurônios, causando os sinais e sintomas que dependerão da região do cérebro envolvida.

O AVC atinge pessoas de todas as idades, sendo raro na infância. Deve ser considerado como um ataque cerebral, pois é a causa mais frequente de morte e incapacidades na população adulta brasileira.

Morte Súbita

Compreende o quadro de óbito de forma súbita, sendo causado, principalmente, pelo infarto agudo do miocárdio. Mas não se pode esquecer, especialmente os jovens, das doenças cardíacas congênitas, ou seja, aquelas adquiridas geneticamente e desenvolvidas com o passar dos anos.

Doenças Neoplásicas

São doenças onde ocorre é uma proliferação anormal, autônoma e descontrolada de um determinado tecido do corpo, mais conhecida como tumor.

A neoplasia ocorre devido a uma alteração celular, que faz com que uma célula do organismo comece a se multiplicar de forma desordenada e descontrolada.

Uma neoplasia pode ser benigna ou maligna.

O câncer é a denominação genérica para as neoplasias malignas.

Figura 35: Câncer no Estomago

Tal doença apresenta algumas características que o diferenciam do tecido normal, tais como distúrbio na maturação e perda de inibição por contato, que levam a um crescimento desordenado e descontrolado.

Isto compromete o equilíbrio normal do organismo, com o aparecimento de sintomas e, muitas vezes, leva a pessoa à morte.

O câncer é, atualmente, a segunda

causa de morte no mundo ocidental,

especialmente nos países desenvolvidos, logo após

as doenças cardiovasculares. No Brasil, é a terceira causa de morte.

Levando em consideração a

quantidade de mortes, pode ser caracterizado como um problema de saúde pública. A sua prevalência está diretamente relacionada com o aumento da expectativa de vida da população, e sua frequência é maior nas faixas etárias mais avançadas.

Possíveis Causas:

As causas do câncer ainda não estão claramente definidas, há evidências de que as influências de fatores ambientais sejam as principais.

Os agentes carcinogênicos podem ser divididos em: químicos, radiação, vírus e outros.

Entre os agentes químicos, temos os

alquilantes, hidrocarbonetos aromáticos

policíclicos, aminas aromáticas, corantes azo, nitrosaminas, amidas, afloxina, asbestos, etc

Existem dois níveis de prevenção do câncer: o primário e o secundário.

A prevenção primária engloba a atuação da equipe de saúde junto aos principais fatores de risco do câncer: tabaco, hábitos alimentares e ocupação, enquanto a secundária visa à detecção precoce do câncer.

Tipos de Tratamento:

- Radioterapia

- Quimioterapia, isoladamente ou associadas. - Cirurgia é o método mais antigo de tratamento do câncer, e continua sendo uma das principais modalidades de tratamento para a maioria dos tumores sólidos.

Doenças Respiratórias Crônicas (DRC)

Doenças respiratórias crônicas (DRC) são doenças crônicas tanto das vias aéreas superiores como das inferiores.

Figura 36: Síndromes gripais

A asma, a rinite alérgica e a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) são as mais comuns.

Este conjunto de doenças representa um dos maiores problemas mundiais de saúde.

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As DRC estão aumentando em prevalência particularmente entre as crianças e os idosos.

Elas afetam a qualidade de vida e podem provocar incapacidade nos indivíduos, causando impacto econômico e social.

Fatores de Risco

- Tabagismo, - Poluição ambiental, - Alergenos,

- Agentes ocupacionais

- Algumas doenças como esquistossomose e doença falciforme podem ser citados como fatores de risco preveníveis para DRC.

Além disso, pneumonia, bronquiolite e tuberculose, por causarem cicatrizes nas vias aéreas, também podem ser consideradas fatores de risco com impacto significativo sobre essas doenças.

O aumento na expectativa de vida representa fator de risco independente para esse grupo de doenças.

Sintomas

- Tosse

- Expectoração: Eliminação de secreção. - Hemoptise: (Sangue proveniente dos

pulmões, traquéias)

- Sibilância (chiado, chieira, piado) - Dor torácica

- Taquipneia e dispneia: ( Aumento da frequência respiratória e dificuldade de respirar)

Sinais

- Cianose (Coloração azulada, pele e mucosa)

- Baqueteamento digital ( Espessamento das carnes que ficam sobre as unhas) - Respiração bucal (Dificuldade de respirar

pelas narinas, a respiração é feita pela boca)

Tratamento

Medicamentos como antibióticos, corticosteróides e broncodilatadores.

Doenças Renais Crônicas (DRC)

As Doenças Renais Crônicas (DRC) são um termo geral para alterações heterogêneas que afetam tanto a estrutura quanto a função renal, com múltiplas causas e múltiplos fatores de risco.

Trata-se de uma doença de curso prolongado, que pode parecer benigno, mas que

muitas vezes torna-se grave e que na maior parte do tempo tem evolução assintomática.

Figura 37: Doença Renal

Na maior parte do tempo, a evolução da doença renal crônica é assintomática, fazendo com que o diagnóstico seja feito tardiamente.

Nesses casos, o principal tratamento imediato é o procedimento de hemodiálise.

Os tipos mais comuns de doenças renais.

Cálculos renais (pedra nos rins)

Segundo o médico, as pedras nos rins são formadas principalmente pela pouca ingestão de líquido (caracterizada pela urina escura), consumo elevado de sal e proteínas, entre outros problemas.

Figura 38: Cálculo Renal

Quando as pedras se movimentam e descem pelo canal da uretra, causam muita dor, devido à obstrução do fluxo urinário e dilatação do rim. Podem ser complicadas por infecção urinária e chegam a causar risco de vida.

O tratamento pode ser

medicamentoso ou cirúrgico, no entanto, a desobstrução do rim deve se dar dentro das primeiras 2 ou 3 semanas para evitar perda definitiva da função renal.

Infecção renal ou pielonefrite

É causada, geralmente, por uma bactéria na bexiga, a cistite, que acaba por subir até o rim, causando febre e dor do lado comprometido.

O tratamento deve ser com

antibiótico e muitas vezes requer internação hospitalar. Algumas vezes pode complicar com acúmulo de pus no rim, podendo necessitar de uma intervenção com drenagem.

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Cistos renais

São "bolhas" que se formam no meio do rim. Muito comuns após os 40 anos de idade, os cistos são diagnosticados por exames de rotina e usualmente não causam problemas ou sintomas nem requerem tratamento, podendo ser apenas acompanhados.

Figura 39: Cisto Renal

Algumas vezes podem ser

confundidos com tumores no rim, por isso é necessário realizar exames.

Tumor ou câncer de rim

Raro, o tumor ocorre devido à alta frequência dos cistos renais. É muito comum ter que solicitar exames diagnósticos de imagem para a correta exclusão dessa possibilidade.

Figura 40: Câncer no Rim

Os tumores são lesões sólidas diferentes dos cistos que contêm líquido no seu interior.

Muitas vezes são malignos, mas, se tratados no início, há muita chance de cura. Quase sempre o tratamento é cirúrgico e, na maioria das vezes, com preservação do rim e cirurgia menos invasiva.

Perda da função renal (insuficiência renal) A insuficiência renal ocorre quando o rim perde a capacidade de filtrar resíduos, sais e líquidos do sangue.

Doenças como diabetes e

hipertensão arterial não bem controlados podem levar à deterioração renal progressiva e eventualmente necessidade de hemodiálise e/ou transplante para seu tratamento. Por isso,

indivíduos com esses distúrbios devem ter acompanhamento e tratamento rigorosos.

Doenças Musculoesqueléticas

São perturbações que podem surgir nas articulações, ossos, músculos, ligamentos, tendões ou bursas.

Os sintomas comuns das doenças musculoesqueléticas incluem dor, fraqueza, rigidez, ruídos articulares e redução da amplitude de movimento.

Figura 41: Doenças Musculoesqueléticas

A inflamação pode causar dor, inchaço, sensação de queimação, sensibilidade, perda de função e, em alguns casos, rubor na pele da região afetada.

A inflamação pode ser resultado de muitas doenças musculoesqueléticas diferentes, como doenças autoimunes (por exemplo, artrite reumatoide) e infecções.

Quando a inflamação afeta uma articulação, o líquido pode se acumular dentro da articulação, causando dor, inchaço e redução da amplitude de movimento.

QUESTÕES

1. Com base em estudos e publicações sobre a relação atividade física / saúde, a OMS publicou, em 2004, o que seria a “estratégia global de alimentação saudável e atividade física”. A partir disso, determinou-se a diretriz para a formulação de políticas públicas ressaltando o interesse no seguinte fato:

a) reformulação nos currículos dos cursos superiores de educação física

b) estabelecimento de recomendações de prática de atividade física

c). inclusão da educação física nas séries iniciais da educação básica

d) criação de novos postos de trabalho na área da saúde, educação e esporte

2. A morte prematura sofreu o seguinte processo de transição:

a) de doenças degenerativas para morte por guerras

b) de doenças infectocontagiosas para doenças crônicas degenerativas

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c) de morte por acidentes para morte por guerras d) de doenças hereditárias para morte por acidentes

3. Sedentarismo é um termo utilizado para descrever um estilo de vida caracterizado por pouca ou nenhuma prática de atividades físicas e é atualmente comum tanto em países desenvolvidos como em países em desenvolvimento.

a) Verdadeiro b) Falso

4. Os termos atividade física, exercício físico e aptidão física estão relacionados, mas apresentam definições particulares. A alternativa que oferece a melhor afirmação sobre esses termos é:

a) Atividade física é qualquer movimento corporal voluntário que resulta num gasto energético. b) Força, resistência muscular e flexibilidade são componentes do exercício físico.

c) Atividade física é composta por ações planejadas que visam à reabilitação.

d) Aptidão física se distingue em relação a performance motora e esportiva

5. São exemplos de problemas causados por hipocinesia:

a) hipertensão arterial e obesidade. b) anemia falciforme e bulimia. c) labilidade parietal e dislexia. d) angina torácica e raquitismo.

6. Em relação às DCNT (Doenças Crônicas Não Transmissíveis), analise as afirmativas.

I. As quatro DCNT de maior impacto mundial são doenças cardiovasculares, diabetes, câncer e doenças respiratórias crônicas.

II. O tabagismo, a alimentação saudável, a atividade física e o uso nocivo de álcool são fatores de risco em comum para as DCNT.

III. A genética é considerada um fator de risco modificável para as DCNT. Está(ão) correto(s): a) somente I e III. b) I, II e III. c) somente I e II. d) somente II e III. e) somente I.

7. A Síndrome Metabólica consiste em um grupo de anormalidades metabólicas que conferem aumento do risco de doenças cardiovasculares. Segundo o IDF (International Diabetes Foundation), é critério obrigatório para a Síndrome Metabólica: a) Hipertensão arterial.

b) Hipertrigliceridemia. c) Diabetes mellitus.

d) Aumento da circunferência abdominal.

e) Diminuição do HDL colesterol.

8. A obesidade é um fator que influencia na qualidade de vida do indivíduo tanto no âmbito físico, quanto no âmbito social, conhecer a obesidade e seus malefícios pode trazer uma segurança ao profissional de Educação Física na elaboração de um programa de atividade física para esta população. De acordo com Guedes quanto à classificação anatômica que se refere aos tipos de obesidade é correto afirmar que:

a) A obesidade hipertrófica é o aumento de número de células adiposas no organismo. b) A obesidade hiperplásica se refere ao aumento do tamanho da célula adiposa existente no organismo.

c) Não existe diferença entre a obesidade hiperplásica e hipertrófica.

d) A obesidade hiperplásica é o aumento de número de células adiposas no organismo.

9. Um dos grandes problemas de saúde pública no país é a hipertensão, caracterizada pela elevação acentuada ou súbita da pressão arterial. Mesmo sem a presença de equipamento próprio para medir as cifras tensionais, alguns sintomas evidenciam a necessidade de atendimento especializado. Alguns desses sintomas são: a) sudorese e dor de cabeça

b) hemorragia nasal e convulsão c) temperatura anormal e palpitação d) tontura e escotomas cintilantes

10. O exercício físico provoca diferentes modificações no organismo dependendo do tipo de exercício, das cargas de volume e das cargas de intensidade. Entre os efeitos que o exercício aeróbio pode provocar, a longo prazo, destacam-se:

a) redução do volume de ejeção máximo, aumento da frequência cardíaca em repouso e aumento do número de mitocôndrias.

b) aumento do percentual de gordura, redução da frequência cardíaca em repouso e redução das enzimas aeróbias.

c) redução do percentual de gordura, redução das frequências cardíacas em repouso e redução do número de mitocôndrias.

d) aumento do volume de ejeção máximo, redução da frequência cardíaca em repouso e aumento do número de mitocôndrias.

Referências

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