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Academic year: 2021

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(1)

Especial

Enologia

2

os

vencedores

são...

147

vinhos

de

todas

as

regiões do

país

A

sexta

edição

da Gala

Uva

de

Ouro aconteceu no Hotel Altis Belém.

Numa

"sunset

party",

o

evento foi

ao

encontro

de algo

que

os

especialistas

em

geral dizem:

"O

vinho português

está

na moda"

Isaltina Padrão

? Tintos, brancos eroses; tranqui-los, espumantes efortificados. A verdade éque todos (emais alguns) fizeram questão de estar presentes na 6.8

edição da Gala UvadeOuro, realizada aofinal da tarde de sexta-feira, no Hotel Altis Belém. Ao todo,

foram

147 os vinhos premiados, numa seleção composta por mais de500referências provenientes de norte asul de Portugal.

Numa sunset party na esplana-da, com direito apassadeira verme-lha, cool jazz ebossa-nova, não ha-via participante ou convidado que não tivesse

um

copo de

vinho

na mão. Indo ao encontro dateoria ge-neralizada de que ovinho,

designa-damente

o

português,

está na

moda, achou-se apropriado que o evento se realizasse

num

local a

condizer com atendência desta be-bida dos deuses. "Sem dúvida algu-ma que ovinho português está na moda esua qualidade justifica que assim seja", refere António Ventu-ra, presidente da Associação Por-tuguesa de Enologia, para quem "fez todo osentido que a

celebra-ção se realizasse num espaço tão prazeroso como este, voltado para

afrente ribeirinha.

Um

local in, di-gamos".

Foi, pois,

num ambiente

algo glamoroso mas descontraído que

seprocedeu àentrega dosprémios daquilo a que vários dos presentes chamaram "a festa dos vinhos na-cionais". Efesta que éfesta tem pré-mios à mistura. Foram, pois, duas as

categorias medalhadas: excelência

emelhor da região. Os53 "excelen-tes" subiram ao palco com o Tejo em pano de fundo ereceberam o

Trofeu Uva de Ouro 2018. lá os 94 "melhores" levaram para casa

um

certificado que atesta asua quali-dade. No final, ejácom o galardão na mão (no caso do Prémio Exce-lência), nãopodia faltar afoto de fa-mília nas respetivas categorias.

Os rostos sorridentes comprova-vam afelicidade dos contemplados em verem oseutrabalho reconhe-cido. No entanto, namaioria dos

ca-sos, não eram reveladores de sur-presa. Nem para os congratulados nem para quem é

um

entendedor numa

matéria

tão específica. É o

caso de Manuel Malfeito Ferreira, professor no Instituto Superior de Agronomia, em Lisboa, que dáasua opinião sobre o assunto: "Como já conhecia os vinhos, jáestava à es-pera de que os resuítados fossem mais ou menos estes.

Um

vinho Es-porão ou

um

da Casa

Ermelinda

Freitas ganhar prémios nãome sur-preende. A maioria dos premiados

são produtores de referência que, habitualmente, recebem prémios a

nível nacional einternacional. No entanto, houve uma meia dúzia de vinhos que não conhecia efiquei bastante surpreendido pela positi-va. Ésinal deque hánovos ebons

produtores nomercado etodos ga-nhamos com isso."

Mas até aomomento da entrega dos trofeus e dos certificados

mui-to caminho houve apercorrer. O re-sultado de

um

ano de trabalho por parte de todos osprofissionais liga-dos àvitivinicultura começou por ser avaliado numa prova cega rea-lizada a 6 e7de junho, emLisboa.

Passadas seis edições do Con-curso Uvade Ouro, bem como da gala com omesmo nome, esta

(2)

ini-ciativa do Continente, em parceria com o DN, o

IN

ea TSF, teve uma vezmais a chancela do Instituto da Vinha edoVinho, oque comprova "aimportância e o reconhecimen-to desta iniciativa junto dos

consu-midores".

A

opinião

de

Aníbal

Coutinho, ocoordenador ediretor técnico daprova cega que se rea-lizou durante duas manhãs, vai ao

encontro

da dos

intervenientes

neste desafio. De salientar que na prova cegaparticiparam enólogos,

escanções, professores catedráti-cos, alunos de viticultura e enolo-gia econsumidores.

Ese nos dias das provas Aníbal Coutinho andava

num frenesim

próprio dequem éresponsável por

organizar

algo

importante

e que mexe com a

vida

de muitas

pes-soas, já nasexta-feira erabem visí-vel asua felicidade enquanto con-vivia animadamente com todos os

presentes na gala. Este responsável explicou-nos oque lhe iana alma

enquanto,

claro está,

bebia um

copo devinho. "Esta felicidade

de-riva

de

um sentimento

de

dever

cumprido. Eu sou muito grato ao setor. Quando vejo oresultado de

um

trabalho trazer benefícios para quem já fez tanto por

mim

é claro que fico muito feliz", diz, enquanto a festa continua. E é oconvívio, osol que vai baixando eamúsica

am-biente que vãobem com

um

copo

de vinho, sobretudo quando este tem amarca Uva de Ouro.

"Cool jazz" ebossa nova juntaram-se aoque muitos dos presentes

chamaram "festa dos vinhos nacionais". Abanda, que ajudou acriar um ambiente festivo, foi das últimas convidadas aarredar pé do evento realizado ao final datarde numa esplanada virada para oTejo.

Especialistas

garantem

quehá

vinhos

para

agradar

a

todos

os

paladares

PERSONALIZAR Profissionais do setor

dizem queépossível fazer vinhos à

medi-da dogosto decada consumidor. Até por-que há nichos de mercado.

"Nós temos vinhos para todas as

ida-des,todas as situações etodas as bolsas." Quem odiz éLeonor Freitas, dona daCasa Ermelinda Freitas, localizada na península dos vinhos deSetúbal. Eépossível traçar

deantemão operfil do consumidor de

de-terminado tipo de vinho? Aresposta, entre

osespecialistas, tende a ser afirmativa. "Hoje em dia, com atecnologia que te-mos épossível fazer os vinhos

(3)

garan-te Manuel Malfeito Ferreira, professor no

Instituto Superior deAgronomia, em

Lis-boa, salvaguardando que "existe uma

maioria que temgostos mais conhecidos dos técnicos. São aqueles aque eu

cha-mo 'gostos globais'".

Contudo, ecomo acontece com quase todos os produtos (livros, discos, vestuário),

é possível personalizar. E oprofessor dá dois

exemplos quetêmconsumidores denicho.

0 vinho de talha doAlentejo nãoé, no

entender deste enólogo, direcionado

para toda agente. E explica porquê: "É um vinho mais agressivo na boca (não

no sentido depreciativo) edestina-se a um grupo de consumidores que

enten-de essa agressividade."

Mais um exempío de vinhos para mer-cado denicho sãoos Rufete da Beira

Inte-rior. Deacordo com Malfeito Ferreira, "es-tamos perante vinhos tintos mais abertos

de cor, como os Pinot Noir (da Borgonha), que são muito valorizados a nível

interna-cional". Ou seja, mais vinhos que se

desti-nam a um nicho de mercado.

António Ventura, presidente da

Asso-ciação Portuguesa de Enologia, garante

que "um enólogo tem sempre emlinha de

conta o perfil doconsumidor". Seovinho

éjovem, frutado etem alguma doçura e

suavidade, àpartida destina-se a consu-midores iniciantes. Por outro lado, frisa, "se ovinho émais mineral, mais

estrutu-rado, com fermentação em barricas de madeira, tudo leva a crer que quem ovai

consumir será um connaisseur [alguém

jáentendido em vinhos]".

Desta forma, eao que tudo indica, há

vinhos evinhos enemtodos servem para

(4)

testemunhos

O que alguns especialistas têm a dizer relativamente ao mercado dos vinhos nacionais esobre aimportância do Prémio Uva de Ouro, que vai já na sua 61edição: de que forma contruibui para amelhoria daqualidade do vinho português epara ado de cada produtor de forma individual.

Setúbal

é

referência

fC

Queremos

acreditar

que

™™

quando

se

fala

em vinho

por-tuguês

sepensa

em vinhos da

Pe-nínsula

de Setúbal.

A

não ser assim,

seria

muito estranho

a Sonae

dedi-car-nos

um

espaço

personalizado

em

todas as suas lojas.

Além

disso, temos noção

daquele

que é o nosso peso nas vendas

nacionais.

Os

vinhos

de

Setú-bal

são, sem

dúvida

uma referência

no

mercado

nacional.

Henrique Soares

Presidente da CVR Península deSetúbal

Preocupação

em ensinar

a

beber

Temos

vinhos para

todas as

idades, todas as situações e

to-das asbolsas. A Casa

Ermelinda

Frei-tas

tem um grande leque

de

vinhos

para

ir

ao

encontro

de todos os

con-sumidores.

Cada vez

mais queremos

chegar aos jovens, temos a

preocupa-ção de

ensinar

a

beber

eem passar a mensagem de

beber

com

moderação.

Anossa

principal

aposta éconseguir

uma

boa

relação

qualidade/preço.

Leonor Freitas

(5)

Contemporal

é

um projeto

vencedor

Hoje,

com o

know

how

que

™™

existe em

Portugal,

com as uvas ea

tecnologia

que temos, é

pos-sível que

um grande vinho

chegue ao

consumidor

a

um

preço

muito justo.

Por

exemplo,

a

marca Contemporal

(marca

exclusiva do

Continente)

é

uma marca bem estabelecida,

com

uma relação

qualidade/preço

muito

acima

da

média.

Tem sido

um projeto

vencedor.

Jaime Quendera

Produtor do Vinho Contemporal

Vinho

varia

de

ano

para ano

jC

Os

prémios

são

um

feed-™™

back

ecom esse

feed-back

gerimos

o nosso

dia

a

dia,

a

próxima

vindima,

a

produção

que

fazemos

e o

estilo

do

vinho

que faze-mos. Até

porque

o

vinho

é

um produto com

tendência

a ser

diferente

de ano

para

ano.

Não

nenhum

ano

igual.

Mas o

mais

importante

éque o

vi-nho provoque boa emoção em quem

o

prova.

Pedro Pereira Gonçalves

(6)

Referências

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