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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU AVM FACULDADE INTEGRADA A IMPORTÂNCIA DA LOGÍSTICA REVERSA NAS ORGANIZAÇÕES

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

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A IMPORTÂNCIA DA LOGÍSTICA REVERSA

NAS ORGANIZAÇÕES

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Por: Priscila Lecorny

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Orientador Prof. Nelson Magalhães

Rio de Janeiro 2012

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

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A IMPORTÂNCIA DA LOGÍSTICA REVERSA

NAS ORGANIZAÇÕES

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Apresentação de monografia à AVM Faculdade Integrada como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Gestão de Projetos.

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DEDICATÓRIA

Dedico primeiramente a Deus o sucesso de mais uma conquista em minha vida, aos meus pais, Arnaldo e Célia, e ao meu marido pelo apoio dedicado durante todo o curso.

Se você tem metas para um ano. Plante arroz. Se você tem metas para 10 anos. Plante uma árvore. Se você tem metas para 100 anos. Eduque uma criança. Se você tem metas para 1000 anos. Preserve o Meio Ambiente.

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RESUMO

Neste trabalho serão apresentado vários estudos de caso, realizados em diversas empresas de diferentes ramos, demonstrando a evolução e as propostas de avanço na área de logística reversa. Essa área tem crescido muito no Brasil, pelo fato de ser um diferencial perante os concorrentes e por haver leis que regulamentam o retorno dos materiais (insumos e resíduos) ao seu local de origem. Ao aplicar a logística reversa na empresa, tem-se que controlar todas as informações necessárias para o retorno do material ao ciclo produtivo, pois um planejamento correto agrega valores econômicos, ecológicos, logísticos, entre outros. Dessa forma, podemos observar através dos estudos de caso a logística reversa no processo de reciclagem, uma vez que esses materiais retornaram a diferentes centros produtivos em forma de matéria-prima obtendo novamente valor econômico.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 6

CAPÍTULO I - DEFINIÇÃO 8

CAPÍTULO II - UM NOVO FATOR DE INCENTIVO À

LOGÍSTICA REVERSA 10

CAPÍTULO III – TENDÊNCIAS À DESCARTABILIDADE DOS BENS 12

CAPÍTULO IV – A DIMENSÃO DA ECONOMIA REVERSA 15

CAPÍTULO V – ESTUDOS DE CASOS 17

CONCLUSÃO 19

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 20

ÍNDICE 21

FOLHA DE AVALIAÇÃO 22

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INTRODUÇÃO

A presente pesquisa se configura como Trabalho de Conclusão de Curso de Pós-graduação da Universidade Cândido Mendes e apresenta suas justificativas para a escolha do tema, bem como a sua delimitação por se tratar de um tema atual cujo material bibliográfico é raro e disperso.

Com a finalidade de contribuir para a produção científica, a pesquisa apresenta como objetivo central demonstrar a importância da logística reversa nas organizações.

Uma pesquisa prévia foi feita para a elaboração, através do plano de negócio, no entanto, grande parte deste projeto é inspirada na demonstração através de estudos de casos da reciclagem com fonte de redução de custo e impactos ambientais.

Com o aumento das pressões da sociedade para produtos e processos ecologicamente corretos, a reciclagem ganha força e a logística reversa é um dos principais motores deste movimento. Além de contribuir legitimamente para a redução dos impactos ao meio ambiente há um ganho de imagem para a empresa que o faz.

Numa visão ecológica, as empresas pensam com seriedade em um cliente preocupado com seus descartes, sendo estes sempre vistos como uma agressão à natureza.

Hoje em dia esta questão se tornou foco no meio empresarial, e vários fatores cada vez mais as destacam, estimulando a responsabilidade da empresa sobre o fim da vida de seu produto, que não termina quando, após serem usados pelos consumidores, são descartados. Há muito se fala em reciclagem e reaproveitamento dos materiais utilizados.

Sendo assim, pertinente o aprofundamento de estudos de casos sobre a utilização da Logística Reversa, que é o processo logístico de retirada do mercado produtos novos

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ou usados e redistribuí-los usando regras de gerenciamento dos materiais que maximizem o valor dos itens no final de sua vida útil original.

Isso significa, de maneira bem geral, dar novo destino a produtos que, em teoria, não tem mais utilidade para a sociedade. Dessa forma os produtos sao transformados novamente em matéria prima, permitindo que sejam reutilizados na cadeia produtiva,

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CAPÍTULO I

DEFINIÇÃO

A logística reversa tem se tornado cada vez mais importante no mercado tornando as empresas mais competitivo, e, devido a isso, conceitos novos surgem com objetivo de defini-la. A seguir, serão abordados alguns conceitos mais relevantes encontrados nas literaturas pesquisadas.

“Logística reversa é um amplo termo relacionado às habilidades e atividades envolvidas no gerenciamento de redução, movimentação e disposição de resíduos de produtos e embalagens...” (CLM, 1993, pg.323).

“ Logística reversa refere-se ao papel da logística de retorno de produtos, redução na fonte; reciclagem, substituição de materiais, reuso de matérias, disposição de resíduos, reforma, reparação e manufatura...” STOCK, 1998, pg.20).

“O processo de planejamento, implementação e controle da eficiência e custo efetivo do fluxo de matérias-primas, estoque em processo, produtos acabados e aas informações correspondentes do ponto de consumo para o ponto de origem com o propósito de recapturar o valor ou destinar à apropriada disposição”. (ROGERS e TIBEN-LEMBKE,1999, pg. 2),

“ É a gestão de fluxos entre funções de negócio. A definição atual engloba maior amplitude de fluxos do que no passado. Tradicionalmente, as empresas incluíam a simples entrada de matérias-primas ou o fluxo de saída de produtos acabados em sua definição de logística. Hoje, no entanto, essa definição expandiu-se e inclui todas as formas de movimentos de produtos e informações...” (DORNIER, 2000, pg. 39)

Bowersox e Closs ( 2001) apresenta por sua vez, a idéia de “apoio ao ciclo de vida” como um dos objetivos operacionais da logística moderna, referindo-se ao seu

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prolongamento além do fluxo direto dos materiais e à necessidade de considerar os fluxos reversos de produtos em gera.

Já para Leite, Paulo Roberto (2003) “ É tornar possível o retorno dos bens ou de seus materiais constituintes ao ciclo produtivo ou de negocias”. Agregando valor econômico e ecológico, através reintegração ao ciclo.”

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CAPÍTULO II

UM NOVO FATOR DE INCENTIVO À LOGÍSTICA

REVERSA - SENSIBILIDADE ECOLÓGICA

A sociedade, tem se preocupado cada vez mais com os diversos aspectos do equilíbrio ecológico. Inúmeros são os exemplos que comprovam essa maior conscientização que evidenciam o aumento da sensibilidade ecológico na sociedade atual.

Considerando o contexto da logística reversa, não se pode deixar de citar a preocupação com o meio-ambiente, que é um dos principais fatores que a motivam..

Para Leite, Paulo Roberto, (2003), o aumento da velocidade de descarte dos produtos de utilidade após o seu primeiro uso, provoca o desequilíbrio entre as quantidades descartadas e as reaproveitadas. Um dos mais graves problemas ambientais urbanos da atualidade é a dificuldade de disposição do lixo urbano.

Essas quantidades excedentes tornam-se visíveis para a sociedade em aterros sanitários, em lixões, em locais abandonados. Essa nova vertente de preocupação – sensibilidade ecológica – tem se convertido em mais um importante fator de incentivo à estrutura e à organização dos canais de distribuição reversos e pós-consumo.

Ainda para Paulo Leite, Roberto, (2003), além das possíveis oportunidades econômica oriundas desses reaproveitamentos, reutilização, reciclagens etc., de sua imagem corporativa e seus negócios, enquanto as sociedades se defenderão por meio de legislações e regulamente de preservação ecológica . Empresas e governantes também se utilizam dessas preocupações como forma de estratégica para seus produtos e interesses políticos, respectivamente se posicionam no mercado com vantagens competitivas ligadas ao aspecto ecológico.

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Lacerda (2000), defende que os clientes valorizam empresas que possuem políticas de retorno de produtos, pois isso, garante-lhes o direito de devolução ou troca de produtos. Este processo envolve uma estrutura para recebimento, classificação e expedição de produtos retornados, bem como um novo processo no caso de uma nova saída desse mesmo produto. Sendo assim, empresas que possuem esse processo de logística reversa bem gerido, tendem a se sobressaírem no mercado, uma vez que podem atender aos seus clientes de forma melhor e diferenciada de seus concorrentes.

Como reação aos impactos dos produtos sobre o meio ambiente, a sociedade desenvolveu uma série de legislações além de novos conceitos de responsabilidade empresarial, de modo a se adequar o crescimento econômico às variáveis ambientais. O conceito de desenvolvimento sustentável, tem o objetivo o crescimento econômico minimizando os impactos ambientais, tem sido constantemente utilizado nos dias de hoje, baseado na idéia de atender às necessidades do presente sem comprometer as gerações futuros no atendimento de suas necessidades.

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CAPÍTULO III

TENDÊNCIAS À DESCARTABILIDADE DOS BENS

O aceleramento de inovações no mercado cria um alto nível de obsolescência de produtos e reduz o ciclo de vida, tendo uma clara tendência à descartabilidade.

Eletrodomésticos, computadores, automóveis, embalagens e equipamentos de telecomunicações, entre outros, possuem seus custos reduzidos e uma obsolescência acelerada, gerando produtos de ciclo de vida cada vez mais curtos, fazendo com que a descartabilidade entrasse em um momento histórico no final do século XX.

Uma das principais conseqüências de uma acelerada redução na vida dos produtos, é um aumento na quantidades de itens a serem manipulados nos canais de distribuição direto, exigindo assim giros de estoque crescentes, maior velocidade de manipulação para manter o “frescor” dos produtos em geral.

Para Paulo Roberto Leite (2003), com ciclos de vida cada vez menores, os produtos duráveis serão descartados também em ciclos menores, transformando-se em produtos semiduráveis.

3.1 Sinais de Tendências à Descartabilidade

I – Lançamentos de novos produtos:

De acordo com a Revista New Procts (1996), em 1994 foram lançados 20076 novos produtos nos Estados Unidos, comparados com os 1365 lançados em 1970, o crescimento representa 1370%.

A velocidade de lançamento de produtos é um característica de competitividade das empresas modernas, que utilizam uma série de procedimentos informatizados de

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projetos simultâneos que permitem ganhos extraordinários no lançamento de um novo produto.

II – Lixo urbano:

Um dos indicadores que comprovam o crescimento dessa “ descartabilidade” é o aumento no lixo urbano em diversas partes do mundo, conforme comprovam os dados da Prefeitura Municipal de São Paulo, foi o aumento do lixo urbano que passou de 4450 toneladas por dia em 1985 para 16 mil toneladas por dia em 2000, na cidade de São Paulo.

III –Produção de computadores:

Em 1996, o crescimento na produção de computadores nos Estados Unidos apresentou um taxa de crescimento de 15% no ano, o que represente 26 milhões de unidades, tendo verificado nesta mesma época o quantitativo de 79 milhões de computadores sucateados. Os dados apresentados por pesquisas no setor conduzem a uma relação de obsolescência de 2 para 3, ou seja, a cada 3 computadores produzidos, 2 são sucateados.

IV –Produção de materiais plásticos:

Em 1960, a produção mundial de plásticos era de 6 milhões de toneladas ano, já em 1994 passou para 110 milhões de toneladas. No Brasil a produção de plásticos entre os anos de 1993 e 1998 registrou o aumento de 50%.

É notável a visibilidade da poluição provocada pelos matérias plástica, em particular as garrafas que sobrenadam em córregos e rios, que gera imagem negativa à cadeia produtiva direta desses produtos.

V –Produção de automóveis:

Dados de 1996 mostram uma frota de automóveis nos Estados Unidos de 190 milhões de veículo em circulação, sendo 10 milhões reciclados por ano. O Japão apresenta ma frota de 65 milhões e reciclagem de 5 milhões de veículos por ano; a

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França, a Alemanha e a Itália juntas apresentam uma frota de cerca de 100 milhões de veículos e a reciclagem é de cerca de 6 milhões por ano.

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CAPÍTULO IV

A DIMENSÃO DA ECONOMIA REVERSA

Pesquisas realizadas em alguns canais de distribuição reversos no Brasil e a literatura consultada permitem algumas estimativas que evidenciam a importância da economia reversa.

a) Caso do Ferro/Aço no Brasil

Em 1998 foram produzidos 26,2 milhões de toneladas de aço bruto e consumidos 4,5 milhões de toneladas de sucata no mercado, ou seja, cerca de 17% de matéria-prima secundária. As vendas de bruto foram de 11,8 bilhões de dólares nesse mesmo ano, sendo a parcela de sucata de aproximadamente 2 bilhões de dólares ao ano, considerando o mesmo preço de venda.

b) Caso do Alumínio no Brasil

Neste caso, a relação entre a produção e o consumo de sucata no ano foram respectivamente de 1189 mil toneladas e 164 mil toneladas, ou seja, cerca de 13% de matéria-prima secundária em substituição à primária. As vendas do setor foram de 6,6 bilhões de dólares em 1997, sendo a parcela relativa a sucata, e no mesmo valor de preço de venda, cerca de 1 bilhão de dólares ano.

c) Caso do Plástico no Brasil

No caso do plástico, a produção de todas as resinas, no ano de 1998, foi de cerca de 4 milhões de toneladas, com vendas aproximadas de 6 bilhões de dólares. Adotando-se o nível médio do setor de 15%, tem-se uma parcela estimada de 1 bilhão de dólares ao ano.

d) Caso de Baterias de Veículos no Brasil

Por meio dos mesmos cálculos, o índice médio de recuperação de baterias é de 80%, representando um valor aproximado de 500 milhões de dólares a preço de venda.

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e) Outras estimativas

Caldenori (1998) demonstra, em seu livro “Os Bilhões perdidos no lixo”, que a sociedade como um todo perde no mínimo cerca de 4,6 bilhões de reais no Brasil por não reciclar os materiais recicláveis do lixo urbano. Esse valor é subestimado, pois considera os preços dos matérias na sua origem, e não o valor da matéria-prima que substituem.

Os dados abaixo mostram que o uso estratégico da logística reversa pode contribuir com indicadores em diversas motivações de uma empresa.

Razões competitivas 65.2% Bom fluxo entre os canais 33.4% Problemas legais de disposição 28.9% Recaptura de valores 27.5%

Recuperação de ativos 26.5% Proteção de margem de lucro 18.4%

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CAPÍTULO V

ESTUDO DE CASO

Uma pesquisa do Cambridge Report, em 1993, utilizando 1250 adultos nos Estados Unidos, em 1992, revelou que 70% concordavam em pagar preços maiores por produtos que apresentavam menores impactos ao ambiente:

Um estudo realizado por Harvard Business Reveiw indica que o meio ambiente, a disposição de resíduos sólidos e a poluição estão entre as principais preocupações de mais de 12 mil gerentes pesquisados. A empresa McDonold’s assinou um contrato formal com uma organização de defesa do meio ambiente para a solução dos problemas relativos à embalagem de seus produtos. O maior varejista do mundo, a empresa Wal-Mart, encoraja compras de fornecedores que tenham produtos “amigáveis” em relação ao meio ambiente (LOZADA e MINTU- WISMETT, 1995, pg. 180).

A empresa Sony Eletronics anunciou, em outubro de 2000, um acordo com a empresa Waste Management Inc. estabelecendo um programa de coleta (take back) de seus produtos após uso, sem ônus para o consumidor. O acordo serviu inicialmente para o Estado de Minnesota, mas deveria ser estendido aos demais estados norte-americanos, sendo intenção da empresa reutilizar pelas em condições de uso.

A IBM criou o IBM’s PC Recycling Services, que permite ao consumidor retornar os computadores e seus periféricos usados, no Estado da Pensilvânia, por meio da UPS.

De acordo com o site da EPA, a Dell computadores e a Hewlett Packard (HP) modificaram seus projetos de computadores, visando facilitar o trabalho de desmontá-los.

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Segundo Caldwell (1999), A Estée Lauder, uma importante produtora de produtos cosméticos, costumava descartar anualmente 60 milhões de dólares de produtos retornados de seus clientes em aterro sanitários, após destruir as marcas nas embalagens. Com um investimento de apenas 1,3 milhões de dólares, a empresa implantou um sistema de logística reversa com tecnologia de informação especificamente desenvolvida para a empresa, permitindo um retorno de investimento em meno de um ano e meio da redução das redução das quantidades descartadas e de uma inteligente revalorização dos produtos retornados.

Um exemplo de canal reverso de reuso de grande importância é a da venda industrial de materiais em leilões de empresas, na forma de sucata e equipamentos usados, transformando-se em uma fonte primária de pós uso, em que são adquiridos e coletados em condições de uso, como máquinas, equipamentos, móveis, utensílios, veículos etc.

A empresa de tecidos e confecções Levi Strauss praticou a estratégia de retorno liberal de seus produtos e obteve vantagem competitiva em relação a seus concorrentes, experimentando um aumento de 50% no total retornado. No caso da Levi Strauss & Co., a logística reversa permitiu a empresa lucrar com uma política liberal de retorno.

Trabalhando com operador logístico Genco, especializado em logística reversa, a empresa desenvolveu um eficiente sistema de retorno, seleção e destino de seus produtos em um centro especializado em Atlanta, Estados Unidos. Utilizando sistemas modernos de informação, os retorno são enviados a mercados secundários (outlets) nos quais as cores e os tamanhos não são exigidos pelos clientes.

A empresa americana Hanna Abdersson, vendedora de roupas infantis tinha como proposta da campanha a doação de roupas usadas da Hanna, com o beneficio de redução em 20% na compra de roupas novas. Com enorme sucesso, em 1996, ela

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conseguiu retornar 133.000 peças de roupas, que foram rapidamente distribuídas para entidades carentes.

A Nike também encorajou seus clientes a doarem tênis usados nos locais onde foram comprados. Ao invés de oferecerem descontos, a empresa triturou os tênis e utilizou o material reciclado na construção de quadras de basquete e pistas de corrida. Por meio de doações, a companhia mantinha as quadras em bom estado de conservação. Gerenciar esse tipo de logística reversa é custoso, porém aumenta o prestígio da empresa perante a sociedade. Por isso, esse tipo de estudo pode ser usado como excelente

ferramenta de estratégica de marketing.

No Brasil temos a empresa ALCAN - A maior recicladora da América Latina como exemplo. O Brasil atingiu novo recorde nacional de reciclagem de latas de alumínio com um índice de 85% do total de latas disponível no mercado brasileiro. A atuação da Alcan fez do Brasil um dos líderes mundiais em reciclagem, uma vez que a empresa consome 55% do total processado.

"A Alcan é a maior consumidora individual de sucatas de latas de alumínio do Brasil", afirma Paulo Lara, diretor de Planejamento e Reciclagem - Alcan Laminados. "Em 2001, foram processadas pela Alcan cerca de 66 mil toneladas de latas de alumínio, sem contar com os retalhos de processos de fabricação dos fabricantes de latas e da própria empresa",informa Paulo.

A Alcan foi a primeira empresa do Brasil a reciclar alumínio como um negócio integrado às suas operações e hoje é a maior recicladora da América Latina. A reciclagem é mais um processo que a Alcan utiliza para aproveitar todas as propriedades do alumínio, o único metal não-ferroso infinitamente reciclável. Hoje, a empresa trabalha com um fluxo de retorno permanente que permite uma economia de até 95% em relação à energia utilizada para produzir alumínio primário. O resultado é a diminuição de desperdício e a preservação da Natureza.

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Esta operação gera economia de energia elétrica e minério: a produção de uma tonelada de alumínio reciclado economiza cinco toneladas de bauxita, responsável pela fabricação do alumínio.

O Centro de Reciclagem da Alcan, em Pindamonhangaba - interior de São Paulo, tem capacidade para processamento de 80 mil toneladas/ano. A reciclagem tem papel estratégico na companhia, na medida em que cumpre uma função social, econômica e ecológica.

Atualmente, a reciclagem é uma alternativa de renda para cerca de 150 mil pessoas vivem da reciclagem do alumínio no país. O kg da lata de alumínio rendehoje 33 vezes mais que a lata de aço, 39 vezes o valor do vidro colorido e 6vezes mais que o PET.

Na Alcan a preocupação com o Meio Ambiente é um compromisso de extrema importância. No Brasil, a empresa conta com uma equipe que gerencia o Sistema de Gestão Ambiental (SGA), que visa identificar todos os aspectos e impactos ambientais, definindo projetos e metas claras para sua solução. O SGA foi implementado de acordo com as normas do Comitê de Meio Ambiente da Alcan mundial e a Política Ambiental. Todas as cinco fábricas da Alcan no país – Santo André, Aratu, Mauá, Ouro Preto e Pindamonhangaba - possuem certificação IS014001.

Outro exemplo é a empresa Fujitsu, umas das principais empresas japonesas fabricantes de computadores, que criou um sistema de reciclagem de seus produtos.

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CONCLUSÃO

A maioria dos autores e pesquisadores consultados acredita que uma boa administração da Logística Reversa acarreta em grandes economias para a empresa, conformo demonstrado nos estudos de casos deste trabalho, porém um dos maiores problemas está na falta de sistemas informatizados que permitam a integração da Logística Reversa ao fluxo normal de distribuição.

Uma integração com toda a cadeia, principalmente a de suprimentos também são necessárias. O fluxo reverso de produtos deverá ser considerado na coordenação logística entre as empresas. Juntamente às vantagens competitivas está a questão ecológica da Logística Reversa. Quando a empresa investe neste setor ela garante bons resultados para o futuro, tanto para si como para todos.

O tema abordado é bem amplo e este trabalho abre espaço para novas pesquisas e novas idéias. As propostas de melhoria sugeridas neste projeto podem ser trabalhadas e dessa forma continuar esse estudo mostrando seus resultados.

A partir desse tema, a empresa pode elaborar um estudo sobre a redução tanto dos resíduos críticos aqui abordados quanto dos outros resíduos gerados, que trará benefícios financeiros e ambientalmente sustentáveis.

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BIBLIOGRAFIA

ERTHAL, Jacir A..Indicadores para Avaliação Física do Produto. Florianópolis, 2003

FLEURY, Fernando., WANKE, Peter., FIGUEIREDO, Kleber., Logística Empresarial: A perspectiva Brasileira, São Paulo, 2003.

LEITE, Paulo Roberto, Logística Reversa: Meio ambiente e competitividade, São Paulo, 2003

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WEBGRAFIA

http://www.guialog.com.br/ARTIGO402.htm http://www.logisticadescomplicada.com/a-nova-onda-logistica-reversa http://www.investimentosenoticias.com.br/ultimas-noticias/artigos-especiais/logistica-reversa-e-a-bola-da-vez.html http://www.reversologistica.com.br

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO _______ 2 DEDICATÓRIA 3 RESUMO 4 SUMÁRIO 5 INTRODUÇÃO 6 CAPÍTULO I 9 Definição____ 9 CAPÍTULO II 10

Um novo fator incentivo à Logística Reversa – Sensibilidade Ecológica 10

CAPÍTULO III 12

Tendências à descartabilidade dos bens 12

3.1 Sinais de Tendências à Descartabilidade ______________________________12

CAPÍTULO IV 15

A dimensão da economia reversa________________ 15

CONCLUSÃO 21

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 22

WEBGRAFIA_____________________________________________________23

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