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Retomada das compras anima o mercado de ônibus SETEMBRO/2009 ANO 14 Nº 58. O tripé da qualidade. segurança conforto bom atendimento

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SETEMBRO/2009 ANO 14 Nº 58

segurança

conforto

bom atendimento

O tripé da qualidade

Retomada das

compras anima o

mercado de

ônibus

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10

LEIA MAIS:

Cartas

...

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Carta do Presidente

...

7

Bagageiro

...

8

Opinião

...

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Bom atendimento, segurança e conforto

compõem o tripé da qualidade com que as empresas de transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros buscam manter sempre elevado o nível de satisfação dos seus passageiros. A matéria de capa mostra algumas dessas empresas.

Montadoras e encarroçadoras prevêem a reação do mercado de ônibus rodoviários, depois que

algumas empresas retomaram as compras, embora ainda em nível moderado.

A Mercedes-Benz apresenta ao mercado europeu o seu ônibus híbrido. Quer acelerar a difusão dos veículos de baixa emissão de poluentes.

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(5)

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Motivada pelo aquecimento do mercado de chassis urbanos com motorização dianteira, a Scania traz de volta o seu Chassi F 94, com mais potência e mais tecnologia.

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A indústria de ônibus está empenhada na disputa pelos milhões que vão ser gastos com os projetos de remodelação e ampliação dos sistemas de transporte público do País para a Copa do Mundo.

O acervo histórico dos 60 anos de atividades da Viação Cometa pode ser visto em uma expografia permanente na sede da empresa em São Paulo.

Em palestra aos associados da ABRATI, Cláudio de Senna Frederico adverte para os riscos da acomodação e sugere a busca de passageiros em novos segmentos. Desde agosto está sendo testado na região metropolitana de São Paulo o primeiro ônibus a hidrogênio inteiramente criado e produzido no Brasil.

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(6)

A Revista ABRATI é uma publicação da Associação Brasileira das Empresas de Transporte Terrestre de Passageiros

Editor Responsável

Ciro Marcos Rosa

Produção, edição e editoração eletrônica

Plá Comunicação – Brasília

Editor Executivo

Nélio Lima – MTb 7903

Impressão

Gráfica e Editora Athalaia – Brasília

Foto da capa

UTIL — Divulgação

Esta revista pode ser acessada via internet: http://www.abrati.org.br

Associação Brasileira das Empresas de Transporte Terrestre

de Passageiros

Presidente Renan Chieppe Vice-Presidente Paulo Alencar Porto Lima

Diretor Administrativo-Financeiro Cláudio Nelson C. Rodrigues de Abreu Diretores

Abrão Abdo Izacc, Carlos Alberto de O. Medeiros, Francisco Tude de Melo Neto, José Augusto Pinheiro, José Paulo Garcia Pedriali, Letícia Sampaio Pineschi, Paulo Humberto Naves Gonçalves, Ronaldo César Fassarella, Sandoval Caramori,Telmo Joaquim Nunes e Washington Peixoto Coura. Superintendente

José Luiz Santolin Secretário-Geral

Carlos Augusto Faria Féres Assessoria da Presidência Ciro Marcos Rosa

SAUS Quadra 1 - Bloco J - Edifício CNT Torre A – 8º andar - Entrada 10/20 CEP: 70.070–944

Brasília - Distrito Federal Telefone: (061) 3322-2004 Fax: (061) 3322-2058/3322-2022

E-mail: abrati@abrati.org.br Internet: http://www.abrati.org.br

Novo site

Sou busólogo, recebo a Revista ABRATI há um ano. Gostaria de para-benizá-los pela última edição referente ao lançamento da Geração 7 da Mar-copolo. Fiz um site há pouco tempo para divulgar ônibus fotografados por mim e por outros busólogos. Gostaria de saber se a Revista ABRATI poderia dar-me a oportunidade de divulgá-lo em alguma edição da revista. O site Ouro Fino Bus está no endereço: www. ourofinobus.22web.net

Gustavo Campos

Amor e apoio

A gente ouve falar de empresas grandes nos diversos ramos de ativi-dade, mas quase nunca fica sabendo o que elas fazem pelos que necessi-tam de ajuda. É bom ver que grupos empresariais como a Viação 1001, do dinâmico senhor Jelson, dá apoio e bolsas a meninos e meninas que precisam e que amanhã vão ser os cidadãos deste País. Amor e apoio, é isso que devem receber. Parabéns.

Vicente Caldas Fernandes LORENA — SP

Grupo Santa Cruz

É com muito orgulho que escrevo a esta fabulosa Revista ABRATI para pa-rabenizá-los pela ótima matéria sobre o ICA, criado pelo Grupo Santa Cruz. Lendo a matéria fiquei muito feliz, pois a esperança e o futuro deste País es-tão se fortalecendo através de grupos pioneiros no nosso desenvolvimento, como o Grupo Santa Cruz e o Instituto JCA. Aproveito para expressar minha admiração e alegria pelo lançamento da Marcopolo, a Geração 7. Como bu-sólogo, estou muito orgulhoso, porque é a inovação brasileira mais uma vez se destacando. Gostaria de ver maté-rias referentes às empresas Unesul,

Ouro e Prata e Viação Santa Cruz, pois são empresas espetaculares. Em relação às licitações, se a ANTT quer melhorias, elas deveriam começar com incentivos fiscais e diminuição dos encargos para as empresas. Incentivos semelhantes aos praticados pelas em-presas aéreas. Há um ditado popular que diz: “Em time que está ganhando, a gente não mexe.” A melhoria deve vir justa e perfeita para todos, em es-pecial para o público usuário, porque é o povo que desfruta do transporte rodoviário. “Eles” só conhecem o transporte aéreo.

Rodrigo Lisboa de Quadros TAQUARI — RS

Viação Motta I

Achei superinteressante a edição nº 57. Foi editada uma matéria sobre uma empresa que é realmente a cara do Brasil, com suas fachadas verdes e amarelas. Falo da Viação Motta, que nos oferece aqui no Mato Grosso do Sul um dos melhores atendimentos, com conforto e qualidade. Qualquer cidade a que precisamos ir, lá está a Motta para nos atender. Parabéns!!!

Ismael Ribeiro de Souza TRÊS LAGOAS — MS

Viação Motta II

Os órgãos responsáveis pelo nosso transporte de passageiros deveriam observar e aprender: no passado, quando o antigo Mato Grosso contava com a passagem dos trilhos da estrada de ferro em parte do seu território, a economia do Estado se manteve quase totalmente estagnada. Mas quando empresas como a Viação Motta abri-ram suas linhas na região, o desenvol-vimento chegou junto com elas. E olhe que não faz tanto tempo assim!

Claudemiro Ascêncio de Souza ANDRADINA — SP

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arta do Presidente

C

Na liderança

da qualidade

H

á muito tempo as empresas de ônibus vêm se ocupando da questão da segurança em suas viagens e implantando processos de qualidade nas várias etapas das suas operações. São muitas as associadas da ABRATI que possuem certificações ISO; e o trabalho na busca de aperfeiçoamento não para. Pode-se por isso afirmar que as empresas do setor se colocam, hoje, na vanguarda da prestação de serviços de alta qualidade.

É o que, entre outros temas, a Revista ABRATI procura mostrar nesta edição, destacando o diferencial que as empresas regulares apresentam na prestação de um serviço que é reconhecido como de excelência e que é bem ressaltado em pesquisas periódicas.

O foco principal é sempre o de propiciar maior segurança nas viagens, procurando reduzir ao mínimo o risco de acidentes. Para isso, todo motorista de empresa regular de passageiros é alvo das maiores atenções por parte dos seus especialistas em recursos humanos.

Além do intenso treinamento, esses profissionais têm sua jornada de trabalho rigorosamente controlada e os períodos de descanso são cumpridos nos pontos de parada ao longo das rotas, em locais apropriados, dotados de conforto, limpeza e segurança.

Em função desses cuidados, o setor registra baixíssimo índice de acidentes e, em contrapartida, mantém elevado padrão de regularidade em milhares de viagens realizadas diariamente.

Para ser admitido numa empresa regular de transporte interestadual de passageiros, o motorista passa por uma série de avaliações técnicas, psicoló-gicas e médicas, antes mesmo de iniciar qualquer tipo de treinamento. Depois, é acompanhado por profissionais com mais experiência até ser finalmente liberado para fazer viagens.

Todo motorista que completa um ano de trabalho cumpre cuidadosos programas de reciclagem. Nos cursos e palestras são abordados todos os itens relacionados aos aspectos de segurança, eventuais mudanças na legislação de trânsito, operação de novos veículos incorporados à frota, atendimento ao cliente e proteção ao meio ambiente a partir das práticas de direção econômica.

Muito desse trabalho é feito em parceria com as empresas fornecedoras dos veículos da frota, com os fabricantes de pneus e outros insumos.

Na prática, oferecer mais segurança e conforto aos passageiros é uma consequência da correta gestão da qualidade, da eficácia dos processos internos, da adequada capacitação dos colaboradores e das boas condições criadas pela empresa para que eles possam desenvolver o seu trabalho.

Tudo isso com um só objetivo: elevar cada vez mais o já excelente nível dos serviços prestados pelas companhias aos seus passageiros.

Júlio Fernandes

Há muito tempo as

empresas de ônibus vêm

se ocupando da questão

da segurança em suas

viagens e implantando

processos de qualidade

nas várias etapas das suas

operações. São muitas as

associadas da ABRATI que

possuem certificações ISO;

e o trabalho na busca de

aperfeiçoamento não para.

Pode-se por isso afirmar

que essas empresas se

colocam, hoje, na vanguarda

da prestação de serviços

de alta qualidade.

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PROPAGANDA

CORREDOR

TECNOLOGIA

CAMPANHA DESTACA MELHOR

CUSTO-BENEFÍCIO DOS ÔNIBUS MERCEDES-BENZ

BIARTICULADOS DA MARCOPOLO

COMEÇAM A RODAR NO TRANSMILÊNIO

GRUPO JCA INVESTE EM SEGURANÇA E

ADQUIRE 45 ÔNIBUS VOLVO B9R COM ESP

A Marcopolo entregou ao Projeto Transmilênio, de Bogotá, Colômbia, as primeiras unidades dos ônibus biarticulados Viale. Os veículos têm 27,2 metros de comprimento e capacidade para 243 passageiros. Serão Uma nova campanha

publicitária da

Mercedes-Benz do Brasil para os seus ônibus urbanos e rodoviários enfatiza o melhor custo-benefício dos veículos no

transporte de passageiros. A campanha

também destaca a rentabilidade operacional e o reduzido consumo dos coletivos.

“Retorno garantido” é o tema central das mensagens. Foram criados dois anúncios, um para o segmento urbano e outro para o rodoviário, enumerando ainda outras vantagens como o conforto para os passageiros e o alto valor de revenda.

A Scania considerou positivos seus primeiros resultados de vendas depois que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social adotou novas regras de financiamento e reduziu taxas de juros. Mais de 80% de seus faturamentos

FINANCIAMENTOS

NOVAS REGRAS DO BNDES TRAZEM

RESULTADOS POSITIVOS PARA A SCANIA

de julho já faziam parte do programa. Os principais benefícios se referem à queda nas taxas de juros de 12,5% para 7%, nos casos de financiamentos pelo BNDES-PSI (Finame e Finame Leasing), e de 13,5% para 4,5% em financiamentos pelo programa Procaminhoneiro. Tiago Mondoni utilizados no transporte massivo da cidade. O projeto foi desenvolvido em conjunto pelas áreas de engenharia da Marcopolo e da Superpolo, joint venture da empresa com o Grupo Fanalca para fabricação de ônibus na Colômbia.

Fotos: Divulgação

O Grupo JCA, um dos maiores operadores de transporte rodoviário de passageiros do Brasil, adquiriu 45 chassis Volvo B9R equipados com ESP (Electronic Stability Program). O ESP, em português Sistema Eletrônico de Estabilidade, é o sistema de segurança ativa criado pela Volvo para reduzir a possibilidade de derrapagem em pista escorregadia e capotamento em curvas fechadas.

“Temos este mesmo equipamento nos Volvo B12R de nossa frota, e já comprovamos, na prática, que ele realmente evita acidentes ou reduz significativamente a gravidade dos acidentes que ocorrem”, afirma Heinz Kumm Junior, diretor executivo da Viação 1001, que ficará com 43 dos novos B9R.

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NOVIDADE SERVIÇO

ENCARROÇADORA LANÇAMENTO

IVECO USA BLOG

PARA LANÇAR

CAMINHÃO

REVISTA DE BORDO

DA ITAPEMIRIM

FAZ DEZ 10 ANOS

NOVA VERSÃO DO PANORÂMICO DD,

DA BUSSCAR, RECEBE PRÊMIO DE DESIGN

A revista de bordo da Viação Itapemirim está completando dez anos. Com 66 páginas e tiragem média mensal de 220.000 exemplares distribuídos, a revista “Na Poltrona” é uma importante ferramenta de relacionamento da empresa com seus clientes.

Também é valorizada como mídia pelo mercado publicitário. A revista surgiu como folheto colocado nas poltronas dos ônibus.

A Volkswagen Caminhões e Ônibus coloca no mercado mais duas opções para os frotistas de ônibus. São os novos chassis VW 17.260 EOD e VW 17.260 EOD V-Tronic, já disponíveis sob encomenda. Eles têm motorização dianteira e apresentam a mesma robustez do modelo VW 17.230 EOD, com um novo trem de força. Atendem às aplicações urbana, de

Com a nova versão do seu modelo Panorâmico DD, a Busscar Ônibus ganhou o Prêmio Idea/Brasil 2009, na categoria transporte. O prêmio foi conferido na rodada brasileira do International Design

CHEGA AO MERCADO O CHASSI VOLKSBUS

VW 17.260 COM MOTOR DIANTEIRO

fretamento e articulado. Os ônibus com motor dianteiro continuam representando 55% de todos os veículos vendidos no Brasil.

Pela primeira vez no Brasil a internet foi utilizada como único veículo para o lançamento de um caminhão. Trata-se do Iveco Tector Stradale, semipesado 6x2 de 23 toneladas de PBT. Especificado como 240E25S, o veículo combina o conforto da cabine leito com maior plataforma de carga e câmbio ZF de nove marchas. BOGOTÁ

VOLVO ENTREGA

PRIMEIROS

BIARTICULADOS

A Volvo do Brasil está entregando à empresa Ciudad Movil, de Bogotá, Colômbia, as primeiras unidades do seu ônibus biarticulado, adquirido especialmente para operar no Projeto Transmilênio, da capital colombiana. No total, serão utilizados dez biarticulados Volvo. É a primeira vez que o projeto recebe veículos biarticulados. Além deles, a montadora brasileira está fornecendo ao Transmilênio, este ano, 40 articulados

com chassi B12M.

Excellence Award (IDEA), maior prêmio de design dos Estados Unidos. As linhas do novo DD foram inspiradas no Vissta Bus Elegance 360, que já havia sido premiado com o IF Design Award, da Europa. combina o conforto da

cabine leito com maior plataforma de carga e câmbio ZF de nove marchas.

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Apoiadas no tripé da qualidade — bom atendimento, conforto e segurança —, as empresas

brasileiras de transporte rodoviário de passageiros buscam elevar cada vez mais os níveis

de satisfação de seus passageiros. Capacitação de pessoal , treinamento e tecnologia são as

ferramentas mais utilizadas para alcançar a excelência nos serviços. Nas páginas seguintes,

mostramos os exemplos da Viação Itapemirim, Viação Águia Branca, UTIL e Cidade do Aço.

Bom atendimento,

conforto e segurança

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C

om 56 anos de atuação no trans-porte rodoviário de passageiros, a Viação Itapemirim se dedica rotinei-ramente a um conjunto de ações e projetos voltados ao objetivo central de proporcionar bom atendimento, confor-to e segurança aos passageiros.

Consciente de que tais objetivos dependem em grande parte da atuação dos profissionais que se sentam ao volante de seus ônibus, a companhia procura oferecer a eles o máximo de

A prevenção mais eficiente deve começar

pela qualidade do sono dos motoristas

apoio e qualidade de vida. Na matriz, em Guarulhos, estão as instalações do Hotel dos Motoristas, que reprodu-zem, em escala maior, tudo o que é oferecido pela empresa para o repouso desses profissionais em outros pontos do País. Os apartamentos são confor-táveis e silenciosos. Salas de jogos e de televisão proporcionam as necessá-rias atividades de lazer. O restaurante, que atende a todos os funcionários da empresa, tem seu cardápio

super-visionado por nutricionistas. Capela ecumênica e academia de ginástica completam as instalações. A academia está equipada com esteiras, bicicle-tas ergométricas e equipamentos de musculação.

Em outra ponta, a área de Recursos Humanos ministra treinamentos perió-dicos para atualização das técnicas operacionais e de atendimento ao público. Cursos anuais de reciclagem proporcionam aos mais de 2.000

mo-Na sala de fotoestimulação, os motoristas ficam expostos a iluminação controlada e revitalizam seu estado de alerta durante as viagens.

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toristas da companhia a atualização dos conceitos de direção defensiva, direção econômica, relações públicas e primeiros socorros, entre outros.

Todos os motoristas também estão incluídos no Projeto Higiene do Sono,

que é parte do Programa Qualidade de Vida da Viação Itapemirim. O pro-grama identifica e trata os fatores que podem prejudicar o sono e o repouso normal do motorista. Desta forma, o profissional pode exercer melhor suas

funções dentro da empresa e desfrutar mais saúde e bem-estar nas atividades cotidianas. Ainda em relação à questão do sono, os motoristas recebem orien-tação nutricional que lhes possibilita manter hábitos saudáveis de alimen-tação e adotar cardápios planejados. Fisioterapeutas estão à disposição para o tratamento de problemas relati-vos a postura e ergonomia. Também os pontos de apoio nas estradas dispõem de academia de ginástica.

E mais: no que se refere à higiene do sono, há três anos a Itapemirim projetou e adaptou dois ônibus especi-ficamente para as funções de monitorar e apoiar os motoristas nas estradas. Os veículos contam com salas de foto-estimulação, onde o motorista fica ex-posto a um tipo de luz com intensidade determinada e orientada por médicos especializados. O processo revitaliza o estado de alerta do profissional. As unidades começaram a operar em 2005 e ficam estacionadas em pontos estratégicos das rodovias BR-101 e BR-116.

O Relax Studio foi adaptado em dois ônibus que atendem os motoristas em pontos estratégicos da BR-101 e da BR-116.

Pelas ações que desenvolve na área de prevenção de acidentes, a Itapemirim foi uma das empresas que receberam o prêmio “Prote-ção Brasil 2009”, instituído pela revista Proteção, especializada em segurança do trabalho. A entrega do prêmio foi feita no fim de agos-to, por ocasião da apresentação do case da empresa, durante o seminário Proteção Brasil, no Expo Center Norte, em São Paulo. O reconhecimento à Itapemirim se deveu às boas condições de trabalho oferecidas aos seus profissionais e ao empenho em

Projeto do Sono é premiado

promover a qualidade do sono dos seus 2.000 motoristas mediante acompanhamento, exames de diagnóstico e tratamentos espe-cíficos de eventuais distúrbios re-lacionados ao sono. Os cuidados também incluem a realização de visitas às famílias dos funcioná-rios e utilização de equipamen-tos. O projeto Higiene do Sono, implantado em 2005 e que vem sendo aperfeiçoado desde então, abrange 2.000 motoristas e suas famílias. Foi lembrado na catego-ria “Ações Preventivas em Saúde e Segurança no Trabalho”.

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São desenvolvidos outros progra-mas que incluem treinamento para de-senvolvimento pessoal e profissional dos motoristas (extensivos à família) e apoio aos familiares prestado por assistentes sociais, reuniões com esposas e visitas domiciliares.

Anualmente, os funcionários que estudam ou têm filhos matriculados no ensino fundamental recebem kits escolares que incluem mochila, cadernos, canetas e todo o material escolar básico.

CONTROLE

Durante praticamente toda sua existência, a Itapemirim operou linhas longas, que exigem manutenção cuida-dosa e apoio operacional constante. Essa cultura se incorporou a todas as pessoas que trabalham na empresa. Por isso, na preparação e realização de cada viagem são minuciosamente cumpridas várias etapas e providências. Cada deta-lhe é checado cuidadosamente antes de o veículo entrar em operação, o que se repete depois quando o carro é recolhi-do à garagem. Entre os procedimentos de rotina estão a análise minuciosa do tacógrafo que equipa todos os ônibus e o teste de bafômetro para os motoristas antes do início de cada viagem. Também antes, a área de Tráfego faz a chamada entrevista de pré-viagem, com perguntas que englobam a parte física, psicológica e familiar do profissional.

O uso de tacógrafo nos ônibus foi um pioneirismo da Itapemirim. Em 1974, preocupado em prevenir acidentes, o empresário Camilo Cola, fundador da companhia, determinou a instalação dos aparelhos em cada carro da empresa. A primeira linha a re-ceber o equipamento foi a Rio-Brasília. Só dois anos mais tarde seria baixada a resolução que obrigava todas as em-presas a usarem esse recurso.

Antigamente, a análise dos discos era feita visual mente, sem auxílio tecnológico. Em 2003, a Itapemirim adotou a leitura automatizada de disco, utilizando um software de ge-renciamento de frota que transforma os dados do disco-diagrama em infor-mações gerenciais.

Algumas dessas informações permitem à empresa avaliar o compor-tamento do motorista ao volante. Foi adotada uma tabela de pontuação, à maneira do Código de Trânsito Brasilei-ro. A pontuação considera desde o jeito como o motorista se apresenta aos clientes até faltas graves. Ao atingir 50 pontos (a tabela vai até 100), o moto-rista precisa passar por um processo de reavaliação no setor de Recursos Humanos. Só depois de um laudo

técnico e psicológico é reintegrado às atividades normais. O objetivo não é demitir o profissional, mesmo porque a empresa investiu na sua formação. Anualmente, é promovido o chamado Projeto Reflexão, que reúne turmas for-madas por profissionais que atingiram 50 pontos na tabela. Eles assistem a palestras, são entrevistados por técnicos do Tráfego Central e passam por novos testes psicológicos e físicos. Em 2005, foi implantada a análise de pontos críticos das estradas, ba-seado em um disco padrão que inclui parâmetros por trecho de estrada, condições de pista, sinalização e ve-locidade permitida em cada etapa da viagem. O motorista sabe onde estão as subidas, buracos e declives, e qual o ritmo a imprimir em cada trecho.

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A Viação Águia Branca é uma das empresas da Unidade Passageiros do Grupo Águia Branca. Está em ativida-de há 63 anos e acumula inúmeras premiações e distinções relacionadas à qualidade de seus serviços e ao ambiente de trabalho proporcionado aos colaboradores. Neste ano, por exemplo, foi apontada pela nona vez consecutiva como a empresa mais lembrada no Estado do Espírito Santo, na pesquisa denominada Recall 2009, feita pela Rede Gazeta de televisão.

Na opinião do diretor-geral da VAB, Renan Chieppe, presidente da ABRA-TI, essa escolha é resultado de uma história empresarial que, ao longo do tempo, soube agregar as melhores práticas para a oferta de um serviço de qualidade. Em síntese: os progra-mas desenvolvidos nas diversas áreas da Viação Águia Branca resultam em conforto, segurança no trabalho e nas viagens, reconhecimento de seus

pro-Repouso adequado e exercícios fisicos, a

receita ideal para viagens bem tranquilas

fissionais, excelência do atendimento e pontualidade nos itinerários.

Um desses programas representa à perfeição o empenho e a dedicação da empresa para proporcionar melhor qualidade de vida aos seus motoris-tas e assegurar as condições ideais para o trabalho que eles realizam. É denominado Programa Medicina do Sono e foi implantado pioneiramente na companhia há quase uma década, em 2000. Desde então, não houve um só acidente causado por sonolência na Viação Águia Branca e na Viação Salutaris, do mesmo grupo.

O médico Sérgio Barros, especia-lista em Medicina do Sono, é o coor-denador do programa, que estimula os motoristas a adotar hábitos saudáveis, como a prática de exercícios físicos, para combater problemas como pres-são alta, obesidade e índices elevados de colesterol no sangue — fatores que, se não forem tratados, interferem na

qualidade do sono e comprometem o desempenho dos profissionais nas estradas. Portanto, aumentam os ris-cos de acidentes causados por sono ao volante, fator responsável por 25% dos sinistros, de acordo com o médico Sérgio Barros.

A Águia Branca mantém em dife-rentes pontos dos estados do Espírito Santo, Bahia e Rio de Janeiro, salas de estimulação do alerta para uso de seus motoristas. Elas são uma das principais ferramentas do programa. Também dispõe de três laboratórios do sono, em Vitória, Salvador e Três Rios (RJ), onde preventivamente são reali-zados exames de polissonografia para diagnósticos e avaliação do sono.

Na chamada estimulação do alerta, os motoristas permanecem por cerca de 20 minutos em salas fartamente iluminadas. Fazem exercícios de alongamento e pedalam em bicicleta ergométrica. As atividades aumentam a temperatura corporal e inibem a produção do hormônio melatonina, responsável pela sonolência no perío-do noturno.

Na mesma oportunidade, os mo-toristas recebem alimentação leve e saudável para que não permaneçam em jejum prolongado nem consumam alimentos de difícil digestão nas para-das. Alimentos pesados ou gordurosos geralmente contribuem para a sonolên-cia e a fadiga excessivas.

Complementando essas práticas, antes e depois da viagem o motorista submete-se ao teste de vigília e fadi-ga, que permite identificar possíveis distúrbios do sono. Também são rea-lizados testes de avaliação do tempo

Em sala de estimulação, motoristas se exercitam em bicicletas ergométricas.

(15)

de reação a um estímulo, ao início e término da viagem. Os testes medem o tempo de reação em segundos. Os resultados são registrados no histórico próprio de cada motorista. Isso permite detectar possíveis distúrbios e indicar a necessidade de acompanhamento preventivo ou tratamento com cada profissional.

A intervalos são feitas avaliações para identificar possíveis fatores de riscos no motorista relacionados ao tabagismo, alimentação, consumo de álcool, higiene do sono e outros. Finalmente, são realizadas campanhas educativas dirigidas aos motoristas e seus familiares, e proporcionados pro-gramas de reeducação alimentar.

Os resultados práticos de todas essas ações são muito mais amplos do que se possa imaginar. Além dos inquestionáveis benefícios para a saú-de dos motoristas, posaú-dem resultar até mesmo em avanços tecnológicos que igualmente contribuem para tornar a operação mais segura. São exemplos disso adaptações já introduzidas na

poltrona do motorista, a substituição dos modelos de lâmpadas dos faróis dos ônibus, a implantação de retrovi-sores laterais sem grau e a introdução de melhorias nos alojamentos.

SEGURANÇA

A Viação Águia Branca vê a segu-rança como um dos principais indica-dores da gestão operacional. Isso se revela na definição do padrão técnico dos equipamentos e ônibus operados, e se estende às exigências feitas no

momento de contratar um profissional. Como condições prévias, ele deve ter, preferencialmente, o 1º Grau completo, experiência mínima de 4 anos com ôni-bus, caminhão ou carreta em grandes rodovias e carteira de habilitação D ou E obtida há, no mínimo, 5 anos. Aten-dido o perfil descrito para trabalhar na empresa, a etapa seguinte inclui avaliações técnicas, psicológicas e médicas. Uma vez aprovado, ele parti-cipa do treinamento introdutório e de ambientação, para conhecer a cultura

Preparação para um exame de polissonografia: enquanto estiver dormindo, o motorista terá a qualidade de seu sono minuciosamente monitorada durante aproximadamente oito horas.

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e os valores do Grupo Águia Branca. Depois de admitido, passa a ter sua ro-tina de trabalho acompanhada por um profissional especialmente qualificado. Toma contato com campanhas preven-tivas de conscientização, participa de reuniões, palestras e debates, e sub-mete-se a treinamentos técnicos que reforçam a importância da segurança para os profissionais e para garantir o melhor serviço aos clientes.

Os profissionais contratados há mais de um ano passam por um pro-cesso contínuo de reciclagem, com abordagens mensais que tratam de assuntos como mudanças na legisla-ção, mudanças na frota, atendimento ao cliente, diminuição nos impactos ao meio ambiente pela economia de óleo diesel e outros, sempre focados em segurança.

Na parte do atendimento ao clien-te, o motorista deve realizar, antes do início de cada viagem, o chamado PO (Procedimento Operacional), informan-do os passageiros sobre a viagem, sua duração, trajeto e outros detalhes, buscando transmitir segurança e colo-cando-se à disposição para qualquer eventualidade. Também deve lembrar aos viajantes sobre a importância do uso do cinto de segurança durante a viagem — lembrete que é encontrado em cada uma das poltronas.

O mesmo rigor dispensado à preparação dos motoristas é mantido em relação à frota. São utilizados os ônibus mais modernos e tecnologi-camente avançados e observam-se padrões rígidos em sua manutenção. O pessoal é treinado por técnicos das próprias montadoras.

MENTES QUE BRILHAM

Por meio de duas iniciativas, o Prêmio Mentes que Brilham e o Prêmio Qualidade Águia Branca e Salutaris, a

Viação Águia Branca também estimula seus colaboradores a desenvolverem ideias inovadoras que resultem em aumento da produtividade e redução de custos, ou em novas ferramentas e metodologias de trabalho. Tudo isso voltado à maior satisfação dos passageiros.

Inicialmente, o Prêmio Mentes que Brilham foi instituído em 2000 pela área de manutenção do Núcleo Operacional de Itabuna (BA). O prêmio é coordenado pela Gerência Técnica e vale para as áreas de manu ten ção da Viação Águia Branca e da Salutaris. Os trabalhos abrangem as categorias de mecânica, elétrica, borracharia, lan-ternagem, lubrificação, almoxarifado, carpintaria, capotaria e pintura. Há um evento anual de premiação para os melhores trabalhos.

PRÊMIO QUALIDADE

O Prêmio Qualidade Águia Branca e Salutaris foi criado em 1996. O ob-jetivo, explica a empresa, é promover e incentivar a criatividade e ações inovadoras que resultem em benefícios para a manutenção dos clientes das empresas da Unidade Passageiros, além de valorizar o funcionário por meio do reconhecimento profissional. É realizado anualmente e podem par-ticipar os setores administrativo, co-mercial, operacional e de manutenção. Os prêmios vão de R$ 4.000,00 para o primeiro colocado a R$ 1.000,00 para o quarto.

Os resultados são palpáveis. É o caso de uma inovação criada em 2007 pelo inspetor de Serviços Gerais Ronildo João Soares, que já foi implan-tada em 396 ônibus, com previsão de abranger 80% da frota até o fim deste ano. Consiste em adaptar e instalar no sistema sanitário componentes que possibilitam maior facilidade de

limpe-za e conservação da higiene. Testado e aprovado na Viação Águia Branca, o sistema passou a ser exigido das encarroçadoras na fabricação de todos os novos ônibus da empresa. Depois, os grandes fabricantes de carroçarias decidiram oferecer essa melhoria para todo o mercado brasileiro e latino-americano.

PRÊMIO TOP OURO

Uma terceira forma de reconhe-cimento, voltada exclusivamente aos motoristas e instrutores, é o Prêmio TOP Ouro, que a Viação Águia Branca instituiu para estimular o comprometi-mento com os resultados das metas da empresa, aumentar a produtividade desses profissionais e reconhecer o seu desempenho por meio da avalia-ção dos indicadores.

No início do mês cada motorista recebe da sua gerência um crédito de 100 pontos. O desempenho do profissional é acompanhado mensal-mente e, de acordo com o resultado da avaliação, ele pode manter ou perder pontos. Uma vez por ano, é realizado o evento de premiação dos motoristas destaques, que recebem uma bonifica-ção mensal e/ou anual.

Especializado em Medicina do Sono, o médico Sérgio Barros coordena o programa.

(17)

A União Transporte Interestadual de Luxo — UTIL — adota a política de investir fortemente em recursos con-siderados fundamentais para manter o alto nível de qualidade e segurança dos seus serviços. Ou seja, investe em frota, manutenção, tecnologia e no desenvolvimento pessoal de todos os seus colaboradores. No ano passado, essa política valeu à companhia a con-quista da certificação ISO 9001:2000,

concedida pelo Bureau Veritas Certi-fication e renovado periodicamente desde então, em reconhecimento à sua constante busca de ferramentas para aumentar a produtividade e a qualidade dos serviços.

No caso da UTIL, o capítulo tecno-logia merece atenção à parte e deve sempre ser acrescido do termo “de ponta”. A título de exemplo: toda a frota da empresa está equipada com

o Global Position System (GPS), que torna possível o monitoramento total de cada veículo da empresa. O sistema fornece dados às centrais localiza-das em pontos estratégicos, como as garagens do Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Juiz de Fora. Cada viagem pode ser acompanhada do início ao fim, com informações como velocidade do ônibus, horário de partida e horário de chegada. Pode-se também localizar o veículo a qualquer momento, o que assegura socorro rápido em caso de necessidade. Toda a trajetória da via-gem é acompanhada em tempo real, 24 horas, pelo Centro de Controle Operacional (CCO).

Outra novidade tecnológica é o canal de voz. Um dispositivo instalado nos ônibus possibilita contato perma-nente entre o CCO e os motoristas. O contato é estabelecido rápidamente em caso de qualquer eventualidade durante a viagem, de modo a desen-cadear uma ação imediata.

APRENDIZADO

Exatamente pela consciência de que o desenvolvimento de seu pessoal é garantia de viagens seguras e con-fortáveis para os passageiros, a UTIL realiza significativos investimentos na área responsável pela seleção e treina-mento de seus colaboradores.

A área de treinamento conta com equipe altamente qualificada e tem uma estrutura bem definida. O gerente de treinamento Luiz Carlos Jardim defi-ne as metas do setor e acompanha de perto os resultados. Recentemente a empresa contratou uma coordenadora de treinamento, Marcia Rubim, com

Ônibus monitorados em todas as rotas com

tecnologia e colaboradores bem preparados

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grande experiência em transporte de passageiros, que trouxe para o trei-namento conceitos pertinentes e im-prescindíveis: segurança e excelência no atendimento.

Além de agregar valor para a empre-sa, a coordenadora é responsável pelo planejamento, execução e controle dos treinamentos, tendo como missão o desenvolvimento e aperfeiçoamento de todos os colaboradores.

A companhia conta ainda com cinco instrutores especialistas em transporte rodoviário. Eles desenvol-vem um treinamento especialmente voltado para os motoristas, resumido na sigla (em inglês) OJT, que em por-tuguês significa “Treinamento no Local de Trabalho”.

Trata-se de uma metodologia pedagógica simples, eficaz e com baixo custo, que parte das seguintes premissas:

• O treinamento é realizado no próprio local de trabalho, ou seja, os motoristas são acompanhados constantemente pelos instrutores da empresa durante as viagens.

• O motorista é treinado em seu habitat, onde se sente seguro e mais disposto a aprender.

• A aprendizagem é absolutamente vivencial.

• Há maior integração da teoria à prática.

• O aprendizado é constante. Os resultados são mais efetivos porque, uma vez admitidos para trabalhar na UTIL, os colaboradores participam de um programa de aper-feiçoamento contínuo e de constan-tes reciclagens, sempre com foco na segurança e no atendimento aos clientes. Os treinamentos técnicos e comportamentais desenvolvidos estão reunidos em quatro cursos: Programa de Integração, Condução Econômica

e Direção Defensiva, Relacionamento Interpessoal, Marketing Pessoal e Excelência no Atendimento.

Recentemente, a UTIL decidiu aprofundar ainda mais suas práticas de preparação de pessoas e criou a Oficina do Aprendizado. Na realidade, é um projeto voltado ao aperfeiçoamento de motoristas rodoviários que não es-tejam empregados. Seu objetivo é de-senvolver talentos para o transporte de

passageiros em rodovias. No total, são 300 horas de treinamento, com ênfase em aulas práticas em rodovias.

O programa é coordenado pela área de treinamento da empresa e conta com a participação de instrutores experientes e qualificados. Após a conclusão do treinamento, automatica-mente os motoristas adquirem o direito de participar do rigoroso processo seletivo da UTIL.

Reunião de planejamento operacional: integração dos setores e qualidade dos serviços. A preparação e reciclagem dos motoristas inclui curso de mecânica veicular.

(19)

A Viação Cidade do Aço, de Barra Mansa-RJ, trabalha para manter-se como referência permanente no trans-porte de pessoas e bens. Seu objetivo central é a satisfação dos clientes internos e externos, e dos acionistas. Para concentrar-se nesse meta, a em-presa direciona todos os seus investi-mentos e atividades para os aspectos de atendimento, segurança e conforto dos passageiros. A gestão está forte-mente voltada à melhoria contínua dos serviços, ao treinamento e aprimora-mento do pessoal e dos métodos de trabalho, e à contínua modernização da frota e de suas instalações.

“Com a utilização da tecnologia e da inovação, e com a busca incessante dos melhores métodos e processos, conseguimos construir uma

estrutu-Certificações ISO como consequência dos

melhores processos e do trabalho em equipe

ra sólida. Procuramos imprimir uma dinâmica moderna ao gerenciamento de pessoas, em que cada colaborador se sente responsável pela empresa. O papel de cada colaborador, somado ao esforço em equipe, faz com que o nosso sucesso possa ser compartilha-do por tocompartilha-dos”, explica o diretor Joel Fernandes Rodrigues.

Qualidade é a palavra que melhor sintetiza os resultados desse esforço. E se expressa de várias formas. Uma delas, sem dúvida, é o fato de a Viação Cidade do Aço ser detentora das mais importantes certificações, que atestam o alto padrão de todos os seus servi-ços. O certificado de qualidade ISO 9002 foi-lhe concedido pela Fundação Vanzolini em junho de 1999 e depois renovado em auditorias periódicas. Em

2002, a mesma Fundação lhe atribuiu a certificação ISO 9001:2000.

Tanto sucesso tornou-se possível porque a Cidade do Aço criou e de-senvolveu uma avançada estrutura gerencial e organizacional que lhe possibilita controlar estreitamente to-das as ações e processos — garantia de que a qualidade não será perdida a meio caminho.

Para qualquer área que se olhe, percebe-se imediatamente uma arti-culação e sinergia com as demais, evidenciando funcionamento em perfeita consonância com as metas e estratégias adotadas.

Por exemplo, a Gerência de Re-cursos Humanos, responsável pelo recrutamento, seleção e treinamento de todos os funcionários, orienta seu

(20)

trabalho no sentido de assegurar bem-estar aos colaboradores e criar todas as condições para que os clientes recebam sempre o melhor tratamento. Todos os candidatos são submetidos a rigoroso processo de seleção e, poste-riormente, a cuidadoso treinamento.

Os motoristas recém-contra tados são acompanhados por monitores, durante certo tempo, em suas viagens. A intervalos, frequentam cursos de treinamento, atualização e recicla-gem desenvolvidos pela Gerência de Recursos Humanos. Aprendem sobre direção defensiva, identificação de de-feitos, padrões operacionais, relações humanas, treinamento no posto de trabalho, qualidade no atendimento ao cliente, condução segura e econômica, normas de trânsito, noções básicas de primeiros socorros.

Os aspectos relacionados ao bem-estar e à saúde desses profissionais (assim como de todos os colabora-dores) merecem grande atenção da

empresa. A alimentação, por exemplo. Nos refeitórios onde fazem as principais refeições diárias, os funcionários têm o seu cardápio elaborado por nutricionis-tas. A premissa é de que a alimentação saudável e equilibrada ajuda a manter a saúde e — no caso dos motoristas — a evitar sonolência ao dirigir.

Para o descanso entre uma via-gem e outra, é utilizado o Hotel de Trânsito.

A Cidade do Aço também dedica total atenção à frota utilizada. Os cui-dados começam com a aquisição dos ônibus mais adequados às suas ope-rações. No ano passado, por exemplo, foram agregados à frota veículos mais silenciosos, com dispositivo especial de pré-seleção das marchas e moto-rização em conformidade com o nível de emissões Conama P5, equivalente à Norma Euro 3.

Todos os veículos são submetidos a minucioso programa de revisão e manutenção, quer na parte mecânica,

quer no que se refere aos itens de con-forto e aos equipamentos. Mecânicos, inspetores, lavadores, manobreiros e serventes se encarregam dessas ope-rações. Periodicamente, processam-se as manutenções preventivas.

A operação dos ônibus é perma-nentemente monitorada a partir dos dados registrados pelo tacógrafo de cada veículo. Também é utilizado o Black Tower Quartz, espécie de caixa preta para ônibus que registra procedi-mentos de operação do veículo.

O diretor Joel Fernandes Rodrigues resume com uma frase as razões que motivam a Cidade do Aço a trabalhar com tanta ênfase a questão da qua-lidade em função da segurança e do conforto de seus passageiros:

“Nós acreditamos que, mesmo diante de complicações de mobilidade, garantir a condição de deslocamento das pessoas, sempre com a preocupa-ção da segurança e do conforto, deve ser um objetivo único e universal.”

Motoristas, monitores e supervisores de treinamento: a satisfação de conquistar e manuter as certificações ISO da Cidade do Aço.

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(22)

Compras de ônibus

reanimam o mercado

Montadoras e encarroçadoras registram com moderado otimismo a ainda discreta

retomada das compras de ônibus pelas operadoras regulares de transporte rodoviário de

passageiros. As empresas, por sua vez, mesmo trabalhando em regime de autorização

provisória, e apesar da ausência de definições concretas do governo quanto ao seu

futuro, empenham-se em evitar um comprometimento irremediável do eficiente sistema

que vieram construindo ao longo dos últimos 70 anos.

(23)

D

epois de um primeiro semes-tre de muita preocupação e de retraimento quase absoluto, pelo menos parte das operadoras está tentando equilibrar-se entre a situação de risco gerada pelo atual quadro de insegurança jurídica e a necessidade de manter elevados os padrões de segurança e con-forto que sempre caracterizaram a atividade de transporte rodoviário de passageiros no Brasil.

A insegurança jurídica, como se sabe, decorre da indefinição do governo em relação às futuras regras para as concessões dos serviços.

Já a decisão das empresas de retomar parcialmente os investi-mentos em renovação de frota, explica-se pela própria cultura de qualidade que elas desenvolveram ano após ano em todas as suas áreas e departamentos — cultura essa que possibilitou a muitas companhias conquistar e manter as mais importantes certifica-ções nacionais e internacionais. Habitua das a substituir uma vez por ano parte de suas frotas, as transportadoras não querem permitir que uma situação apa-rentemente conjuntural venha a se refletir de maneira negativa na média de idade dos seus ônibus. Seja como for, e embora as compras ainda não tenham re-cuperado seus níveis históricos, fica claro que os empresários do setor têm orgulho do alto padrão dos seus serviços e estão dispos-tos a se dedicar cada vez mais a aperfeiçoá-los.

Essa disposição vem sendo detectada nos últimos meses pelos executivos das montadoras e encarroçadoras, como é o caso

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de José Antonio Fernandes Martins, presidente da FABUS, entidade que congrega as empresas encarroçadoras de ônibus. Ao avaliar o movimento das mais recentes aquisições de veículos rodoviários, Martins mostra-se mais animado do que no primeiro semestre, embora ressalvando que os volumes ainda são inferiores aos normais.

O presidente da FABUS vinha há meses alertando o governo federal para os riscos da paralisia imposta aos fabricantes de carroçarias, tendo como causa a indefinição quanto ao futuro das empresas transportadoras. Via inevitáveis e funestas conse quências para o mercado de trabalho, determina-das pelo quadro de demissões.

“O mercado de venda de carroça-rias para ônibus rodoviários estava praticamente paralisado já há algum tempo, impondo a nossas associadas rigorosos ajustes nos seus quadros de pessoal. Com essa retomada, ainda que não no nível desejado, esperamos poder voltar a contratar”, avalia Mar-tins, que acrescenta:

“É importante ressaltar que a re-novação de frota feita neste momento representa a recuperação da idade mé-dia da frota do sistema interestadual de passageiros. No ano passado, a

idade média chegou a cinco anos, mas agora beira os dez”.

Entre as empresas que voltaram a comprar está a Viação Águia Branca, uma das mais tradicionais do País. O diretor-geral da Unidade Passageiros do Grupo Águia Branca, Renan Chiep-pe, também presidente da ABRATI, informa que estão sendo adquiridos 60 novos ônibus para substituição de parte da frota da operadora, hoje com cerca de 700 carros.

“Ainda não é a compra normal que fazemos todo ano, ao redor de 75 veículos novos. Mas nosso portfólio é de 60% de linhas intermunicipais e 40% de linhas federais. Optamos então por priorizar a renovação da frota que opera dentro do Estado e destinamos às linhas interestaduais um número menor de carros, em comparação com a última compra realizada”.

Para Chieppe, mesmo que em menor volume as compras são neces-sárias, já que as empresas operam em ambientes tanto estaduais como federais. Sendo assim, uma eventual licitação provavelmente não afetará o negócio como um todo. Também pesa o fato de a maioria das empresas optar por trabalhar com frotas mais novas, por causa da significativa redução

dos custos de manutenção, justifica Renan Chieppe, lembrando ainda que a filosofia da empresa é a de sempre oferecer aos seus passageiros veícu-los novos, seguros e confortáveis, que proporcionam a melhor viagem:

“A frota nova, aliada ao rigoroso programa de treinamento a que são submetidos os nossos motoristas, representa um diferencial qualitativo que não pode ser desprezado”.

Também a Expresso Guanabara, de Fortaleza, empresa do grupo Jacob Barata, decidiu renovar agora uma parte de sua frota. O diretor Paulo Porto, que é vice-presidente da ABRATI, afirma que a decisão é consequência da filosofia da empresa de investir na renovação constante da frota.

“Além disso — explica — não po-demos abrir mão do padrão de serviço que prestamos aos nossos clientes. Consideramos fundamental manter o diferencial de operar com uma frota de ultima geração, dotada de todas as inovações tecnológicas.”

Um terceiro exemplo de grupo empresarial que continua dando prio-ridade absoluta à qualidade e ao con-forto de seus passageiros é o Grupo JCA, com sede em Niteroi. Para Heinz Kumm Júnior, Diretor Executivo da Auto

José Antonio Fernandes Martins, presidente da FABUS.

Paulo Porto Lima, diretor da Expresso Guanabara e Vice-Presidente da ABRATI. Renan Chieppe, Diretor-Geral da Viação

Águia Branca e Presidente da ABRATI.

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Viação 1001, que faz parte do Grupo, a renovação de frota é fundamental para a manutenção do alto padrão de servi-ços que é característica das empresas que compõem o grupo:

"Embora ainda não tenhamos um horizonte bem definido, do ponto de vista jurídico, de como ficará o futuro das empresas que operam linhas interestaduais, e em virtude de não haver ainda definições do governo so-bre o tema, os acionistas das nossas empresas entendem que não se pode deixar de investir, visando sempre o aperfeiçoamento da prestação dos serviços."

O Grupo JCA opera 6 empresas de transporte de passageiros, com serviços intermunicipais e interesta-duais, e o plano de renovação de frota aprovado pelos acionistas atenderá à todas elas.

INDEFINIÇÃO

O Diretor de Vendas Veículos Co-merciais da Mercedes-Benz do Brasil, Gilson Mansur, assinala uma queda de 50% nas vendas de ônibus rodoviários 4x2 e de 30% nas versões 6x2 no primeiro semestre, "provocada pelos efeitos da crise mundial e pela indefini-ção das licitações". Mas destaca:

"Notamos que o mercado de veícu-los rodoviários começa a dar sinais de recuperação para o segundo semes-tre. Fatores como a recuperação da economia, as taxas de financiamento oferecidas pelo Finame, aliados à aproximação do fim do ano, que tra-dicionalmente provoca a renovação/ ampliação de frota, devido às viagens de férias, nos levam a acreditar num melhor resultado no período de agosto a dezembro deste ano".

Por sua vez, Wilson Pereira, Dire-tor de Vendas de Ônibus da Scania, registra a movimentação para novas aquisições, mas continua cauteloso porque, segundo ele, nos últimos dois anos o mercado de vendas de chassis rodoviá rios tem sido muito irregular.

“Podemos identificar, como causa, a indefinição quanto às renovações das concessões das linhas federais. Porém, nos últimos meses, temos veri-ficado que, especialmente nos grandes clientes, há uma certa movimentação no sentido de promover renovações de frota, ainda que tímidas. Em nossa ava-liação, isto se deve ao envelhecimento da frota e ao consequente aumento nos custos de manutenção.”

Já Luiz Caparelli, gerente de ônibus rodoviários da Volvo Bus Latin

Ameri-ca, atribui a retomada das compras principalmente às novas regras de financiamento e juros do BNDES:

“Em agosto, observamos um dis-creto aumento na procura de chassis no Brasil, por operadores que deci-diram investir em renovação de uma parte menor de suas frotas, sobretudo aqueles que possuem linhas estaduais e interestaduais, mas numa quantida-de menor do que fazem regularmente. No entanto, se continuar a indefinição sobre a licitação, nos preocupa o que poderá ocorrer no início de 2010, uma vez que as condições especiais do Finame são válidas até o fim deste ano”.

Wilson Pereira, Diretor de Vendas de Ônibus da Scania.

Gilson Mansur, Diretor de Vendas Veículos Comerciais da Mercedes-Benz.

Heinz Kumm Júnior, Diretor Executivo da Auto Viação 1001.

Luiz Caparelli, Gerente de Ônibus Rodoviários da Volvo Bus Latin America.

(26)
(27)

De um dos mais modernos centros de desenvolvimento e produção de veículos para transporte coletivo de passageiros foi concebida a Geração 7 da Marcopolo. Muito mais que uma nova geração, a Marcopolo lança um novo conceito que inova caminhos para passageiros, motoristas e frotistas. Os detalhes evolucionários são impressionantes em todos os aspectos. Representa um grande avanço no universo do design, aerodinâmica, identidade, originalidade, segurança, robustez e acessibilidade. Tudo isso com menor custo operacional. Do ponto de vista técnico, é um projeto inteiramente novo que priorizou o prazer de viajar. A Geração 7 incorpora a paixão pela superação e evolução nos caminhos do futuro.

Paradiso 1050

Viaggio 1050 Viaggio 900

B E M - V I N D O A O F U T U R O , H O J E .

(28)

Centro de Memória revive

a história da Cometa

O acervo histórico dos 60

anos de atividades da Viação

Cometa está reunido em uma

expografia permanente na

sede da empresa em São

Paulo. O trabalho de pesquisa,

projeto e execução durou

15 meses. A inauguração

foi o derradeiro evento das

comemorações do sexagésimo

aniversário da companhia,

completado em 2008.

O

s atos festivos dos 60 anos foram concluídos no dia 15 de julho último, com a inauguração do Centro de Memória em sua sede, à Rua Nilton Coelho de Andrade, 772, na Vila Maria, em São Paulo. O centro, que recebeu o nome de um dos dois funcionários mais antigos da empresa — o superintendente Ivan Comodaro —, recuperou a decoração original da sala da presidência e transformou duas salas anexas em exposição permanente de objetos, imagens, miniaturas, documentos, recortes de publicações, anúncios, músicas e filmes sobre a empresa. No caso da sala da presidência, ela foi redecorada, trazendo-se de volta móveis antigos e o revestimento de madeira das paredes. Atrás da mesa do presidente foram

O Centro foi projetado para proporcionar, em ambiente agradável, informações objetivas sobre a história de uma das principais empresas brasileiras de transporte de passageiros.

(29)

gundo Carlos Otávio Antunes, ao todo foram investidos R$ 230 mil, como parte da reforma e modernização da sede, que demandaram R$ 2 milhões no total. Foram reformadas a oficina de manutenção, alojamentos, vestiário, salas de treinamento dos motoristas, a área de tráfego e os escritórios.

Com 200 m², o Centro de Memória tem as paredes das salas revestidas com painéis de vidro iluminados nas cores da empresa — azul e branco —, entremeados por vitrines com miniaturas dos principais modelos de ônibus usados pela empresa ao

longo do tempo, como os famosos GM Coach importados. Também aparecem os modelos atuais. No centro da sala está exposto um exemplar do motor de seis cilindros que equipava o GM Coach. A placa com o nome do Centro de Memória se destaca na parede revestida com painéis iluminados de vidro branco. A segunda sala contém um balcão curvo, de vidro, que contor-na as paredes em L e expõe mapas da evolução das rotas, desde 1948, com a linha São Paulo-Santos, até a malha atual que cobre inúmeras cidades dos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Paraná.

Também estão ali documentos originais como antigos bilhetes de pas-sagem em formato de cartões postais da cidade de destino, tendo no verso a descrição da rota; fichas de registro de antigos funcionários; crachás de autorização de viagem e vitrines com quepes de motoristas e boinas de ro-domoças, entre outros. Nas paredes, painéis com fotos de motoristas e rodomoças com uniformes de diver-sas épocas e cenas do cotidiano da empresa. Um outdoor mostra fotos sobre vidros dos modelos de ônibus com datas referenciais do período em

Miniatura do Dinossauro, um dos clássicos do transporte por ônibus no Brasil.

Na sala que faz parte da história da Cometa, o presidente Carlos Otávio da Costa Antunes junto à mesa que já foi utilizada por Tito Mascioli e por seu pai, Jelson da Costa Antunes.

colocados pôsteres do fundador da Cometa, major Tito Mascioli, e do empresário Jelson da Costa Antunes, que em 2002 adquiriu a empresa dos herdeiros de Mascioli.

“Com o Centro de Memória, quere-mos preservar e divulgar a história da empresa para o público interno e os visitantes. Estamos estudando a pos-sibilidade de receber visitas programa-das de estudantes e pesquisadores”, informou o atual presidente, Carlos Otávio da Costa Antunes. “Quisemos dar ao acervo da empresa, que sem-pre foi uma referência para o setor, o tratamento que merece, e no lugar certo, sua sede”.

Localizado no primeiro andar do prédio principal da empresa, com acesso independente pela portaria, o Centro de Memória Ivan Comodaro reúne material e peças adquiridas e recuperadas nas diversas instalações da empresa, em arquivos pessoais de funcionários e ex-funcionários, e em coleções de particulares. A museóloga Ana Silvia Bloise, da empresa encarre-gada de realizar o projeto, conta que do contrato até a inauguração decorreram 15 meses, na sua maior parte dedica-dos à busca e seleção do acervo.

(30)

Se-que operavam na empresa, como GM Coach, Greyhound, Morubixaba, Papo Amarelo, Dinossauro, Flecha Azul, Halley e Halle Pop.

Na mesma sala, o visitante pode assistir a um filme em preto e branco sobre a Cometa, feito pelo documen-tarista Jean Manzon em 1971. Con-tornando a saleta de projeção, vitrines mostram recortes de revistas, gibis e artes finais de anúncios e historias em quadrinhos sobre a empresa. Pode-se também ouvir músicas e jingles. Paineis colocados nas duas salas fornecem resumos em capítulos da história da empresa.

FUNCIONÁRIOS ANTIGOS

Ao inaugurar o Centro de Memória, a Viação Cometa prestou homenagem a dois funcionários que ingressaram na empresa em 1968 e que continuam trabalhando na companhia até hoje.

Ivan Comodaro, que deu nome ao Centro de Memória, é atualmente o superintendente da companhia. Co-meçou como auxiliar de contabilidade e chegou a gerente de setor, cargo máximo possível de ser atingido por

A Viação Cometa tem ori-gem em 1937, com a criação da Auto-Viação Vila Parque Jabaquara S/A, em São Paulo, pelos italianos Tito Mascioli e Arthur Brandi. Dez anos depois, a companhia foi encampada pela Companhia Municipal de Transportes Coletivos — CMTC. Em 1947, os sócios compra ram a Auto Viação São Paulo-Santos Ltda, mudando seu nome para Viação Cometa S.A. (1948). A partir da década de 1950 ela passou a ligar São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Curitiba.

A empresa foi pioneira na criação de um serviço médico e psicológico para avaliação e seleção de motoristas (1948), na implantação de comunica-ção com os ônibus por rádio (1956) e no uso de computa-dores (1958).

Na década de 1960, pas-sou a utilizar ônibus Mercedes-Benz. Em 1964, mudou para a mecânica Scania. A Ciferal fornecia as carroçarias de alumínio. Em 1973, começou a operar com o Dinossauro. Em 1983, criou a Companhia Manufatureira Auxiliar — CMA — e passou a produzir com exclusividade as carroçarias do Dinossauro. Depois, fabri-cou oito gerações do ônibus Flecha Azul. No fim de 2001, a Cometa foi adquirida pelo grupo JCA. Em 2002, substituiu parte da frota por ônibus Mercedes-Benz/Marcopolo.

quem não tinha o sobrenome da famí-lia dos fundadores. Quando a Viação Cometa passou para o controle do Grupo JCA, em 2002, ele foi promovido a superintendente.

Manuel de Ataíde Martins, que atualmente é gerente do escritório de Poços de Caldas, tem sua ficha, crachá e carteira de trabalho expostos no cen-tro do balcão principal da exposição. Ele tinha 22 anos e era carpinteiro em Ouro Fino (MG) quando foi trabalhar na garagem da Cometa em Poços de Cal-das, como servente de manutenção. A filial atendia Águas da Prata, São João da Boa Vista, Mogi Mirim, Mogi Guaçu e Campinas. Manuel atingiu o cargo máximo de gerente de setor e continua na empresa.

Numa das paredes são mostradas imagens dos ônibus utilizados de 1949 a 1984

Ivan Comodaro: o diretor superintendente foi homenageado pela Viação Cometa.

A trajetória

(31)

A

matemática

também conta história.

“O Contrato de Serviços Scania coloca a matemática a favor dos meus negócios. Eu tirei

toda a estrutura que precisava para manter os veículos em operação, desde espaço físico,

manutenção, mão-de-obra treinada e estoque de peças, e ganhei a garantia de tempo integral

de trabalho da minha frota, além de maior economia de combustível, redução de despesas

e

melhor custo operacional

. No final, o custo por quilômetro rodado ficou menor.”

Sr. Eloir Bellorini - Assessor Gestão Organizacional do Grupo DSR

(32)

Acomodação e

riscos

do

futuro

O setor de transporte rodoviário de passageiros representado pela ABRATI tem muito de que se

orgulhar. O País deve encarar com respeito o serviço prestado com o desenvolvimento de uma rede

de qualidade de transporte que une a todos os brasileiros e vai até mesmo além de nossas fronteiras.

Mas o setor não pode se acomodar e deve fortalecer-se para enfrentar os riscos do futuro.

E

ste foi o foco da palestra do vice-presidente da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP) e ex-secretário de Transportes Metropolitanos de São Paulo, Claudio de Senna Frederico, a representantes das empresas associadas à ABRATI, no dia 15 de julho em São Paulo.

Cláudio de Senna analisou os principais números relacionados à atividade do setor e parabenizou os empresários responsáveis pelo bom desempenho mantido ano após ano. Deu ênfase ao fato de que os resul-tados são obtidos sem subsídios, por um sistema desconcentrado que

recolhe anualmente R$1,1 bilhão em tributos e emprega 70.000 trabalha-dores diretos.

No entanto, observou, o setor não pode cair na acomodação e deve fortalecer-se em relação aos riscos do futuro. Lembrou que de 2005 a 2007, enquanto os ônibus perderam

De acordo com Cláudio de Senna, o setor deveria atrair também passageiros de outras faixas etárias, como os estudantes.

(33)

7% dos seus passageiros, os aviões aumentaram os seus em 26%. Senna mencionou ainda diversos motivos sistêmicos ou conjunturais que devem fazer parte das preocupações das em-presas de ônibus. Entre eles:

• A queda das tarifas aéreas, que atraem contingente importante de usuá rios que nunca voaram antes.

• O crescimento da motorização, principalmente na classe C.

• A dispersão dos centros urbanos, principalmente os metropolitanos, o que torna o destino da rodoviária menos atraente.

• A prioridade dada pelo poder pú-blico ao automóvel, com facilidades de financiamento, subsídios e restrições aos veículos pesados.

• A prioridade dada pelo poder pú-blico às infraestruturas exclusivas para os modais aéreo e ferroviário e, quase nunca, para o modal rodoviário.

• A permanência de estradas pre-cárias, que aumentam os custos para os ônibus e diminuem a qualidade da viagem.

• A insegurança nas rodovias, que segue aumentando tanto no tocante a assaltos quanto a acidentes que falsamente são mais associados aos ônibus.

NOVA QUALIDADE

Em seguida o palestrante referiu-se aos fatores positivos do transporte rodoviário de passageiros, destacando não somente números e desempenho como o aumento da satisfação dos usuários dos serviços interestaduais e internacionais, registrado em pesqui-sas realizadas desde 2000. Assinalou que os índices subiram de 78,6% para 87,6%, enquanto a insatisfação não chega a 12%. Além disso, a avaliação do preço é boa e indica que não se tra-ta de fator determinante na escolha.

Entretanto, no modo de ver de Cláudio de Senna, algumas pergun-tas e dúvidas parecem não ter sido respondidas pelas pesquisas feitas até agora. Por que o setor perdeu passageiros? Para onde eles foram? E aqueles que deixaram de usar, por que o fizeram? E os que nunca usaram, por que não usaram? O que o setor fez certo? O que fez de errado? A quem o setor deve atrair? Quais devem ser os públicos prioritários do setor? Como eles são?

Referiu-se então ao conceito de “nova qualidade”, exemplificada pelas teorias do Professor Noriaki Kano no Japão. Explicou que tais teorias po-dem ser úteis para se analisar essa questão.

Inicialmente, deve-se separar os atributos de qualidade dos produtos ou serviços em dois grupos:

Os que têm qualidade “necessária” ou “higiênica”, e que, de forma geral, são aqueles que estão sendo respondi-dos nas pesquisas convencionais.

Os que têm qualidade “diferencial” ou “atraente” e que fazem a real dife-rença da novidade que leva um usuário a desejar mais um determinado produ-to, em comparação a outros com os mesmos atributos “necessários”.

As qualidades “necessárias” — explicou — tornam o produto utilizável. Ou seja: sem elas o consumidor nem mesmo consideraria a hipótese de utilizar o produto. Já no caso da quali-dade “diferencial” ou “atraente”, são características que o consumidor ado-raria ter, embora ele mesmo ainda não tenha pensado nelas. São, portanto, os produtos que atendem e excedem as expectativas. Isso faz com que as pesquisas convencionais jamais pos-sam identificar quais são.

A QUEM ATRAIR?

Quanto ao público que o setor deve atrair, Cláudio de Senna citou o grupo dos estudantes, principalmente secun-dários e superiores. Eles podem trazer, segundo afirmou, “uma imagem de modernidade que falta ao setor, bem como criar uma experiência que, se for satisfatória, atrairá maior fidelidade no futuro, quando forem mais velhos”.

Advertiu, porém, que dirigir-se a esse grupo não é chamar sua atenção para os evidentes argumentos econô-micos do meio “ônibus”, mas sim or-ganizar uma “experiência” que só ele, além dos automóveis, pode proporcio-nar plenamente. “Trata-se do famoso roteiro de estrada com imagem de

(34)

ônibus”, informou.

Senna comentou que na Europa já existem esses pacotes, os quais se interligam ainda com outros pacotes de “aventura” ao longo do percurso e oferecem aos jovens o contato de que necessitam para tornar a experiência inesquecível: pousadas especializa-das, minirroteiros com “adrenalina”, encontro com outros aventureiros, comunicação e participação em uma “comunidade de jovens na estrada”.

Outro aspecto abordado, que ele considerou importante e que, segundo sua avaliação, deu muitas vantagens ao transporte aéreo, foi a flexibilidade de tarifas, que possibilita a prática de ofertas especiais. Por meio delas, explicou, as empresas aéreas podem vender aquilo que estaria encalhado, por preços que muitas vezes preten-dem apenas atrair passageiros com mecanismos de fidelização do tipo amostra grátis. Segundo ele, isso só é possível com os grandes sistemas de reservas que muitas empresas usam coletivamente, incluindo modelos ma-temáticos avançados para administrar a rentabilidade com tarifas variáveis e promoções criativas.

O QUE FAZER?

Na opinião de Cláudio de Senna, muitas coisas precisam ser feitas para que o setor de transporte rodoviário de passageiros possa ser cada vez mais competitivo.

Ele deu alguns exemplos. Os ôni-bus necessitariam ter preferência nas estradas e nas saídas e entradas das cidades, da mesma forma como os aviões regulares têm preferência no espaço aéreo. Deveria haver rodovi-árias de menor porte localizadas nos

centros de maior demanda, renda e emprego, garantindo ao setor a capila-ridade que representaria um diferencial importante em relação aos modais aéreo e ferroviário.

Já as rodoviárias de maior porte teriam que ser servidas por sistemas de transporte expresso adequado, que incluíssem o necessário transbordo de bagagens. Também seria importante a existência de um sistema nacional de bilhetagem, com compensação de bilhetes, nos mesmos moldes daquele que é proporcionado internacionalmen-te pela IATA no caso do transporinternacionalmen-te aéreo.

Os passageiros deveriam ainda contar com sistemas de informação em tempo real sobre chegadas, partidas, atrasos e reprogramações. Finalmente, deveriam dispor de redes confiáveis de celular e wi-fi ao longo das principais rodovias, para poderem aproveitar o tempo maior de viagem.

Para enfrentar a questão dos clan-destinos, Claudio de Senna propôs

Em São Paulo, representanes das empresas do setor acompanharam com interesse as observações e sugestões do palestrante Cláudio de Senna Frederico.

que seja instituída uma Bolsa Nacional de Transporte de interesse social. Por esse mecanismo, seria possível subsidiar o transporte dos passageiros mais necessitados.

Ele acrescentou algumas outras sugestões para que o ônibus conquiste seu espaço como alternativa real de viagem, independentemente da exis-tência ou não de outras opções. Enu-merou a presença, o merchandising e o patrocínio na mídia de entretenimento; a presença de veículos conceito em feiras, os espetáculos e eventos es-portivos; um bom trabalho da base de dados de clientes, com comunicação diferenciada, milhagem e programas de fidelidade integrados a outros mer-cados e não apenas ao próprio produto da empresa. Por fim, sugeriu a comu-nicação e a gestão segmentadas e adequadas da imagem e dos produtos, tendo em vista os diversos grupos que viajam de ônibus — como no exemplo da conquista do imaginário de aventura no grupo “juventude”.

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A indústria de ônibus

torce pela Copa

A confirmação dos nomes das 12 cidades brasileiras que vão receber os jogos da XIX Copa do Mundo

de Futebol, em 2014, foi a senha para o início de uma grande disputa entre as montadoras brasileiras

de ônibus, interessadas em participar dos projetos de remodelação e ampliação dos sistemas de

transporte público do País. A disputa se justifica: estima-se que o esforço para adequar metrôs,

aeroportos e sistemas viários deverá exigir investimentos federais da ordem de R$ 7 bilhões.

Referências

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