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Narrativa Juvenil. Adaptado por Sarah Nathan e Sela Roman

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Academic year: 2021

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Adaptado por Sarah Nathan e Sela Roman

Narrativa Juvenil

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Capítulo

1

N

um vale verdejante junto de um fiorde profundo, o castelo de Arendelle permanecia em silêncio na noite. O vivo resplendor da aurora boreal, a dançar através das janelas, acordou uma menina pequena que estava dentro de um quarto. Ela ergueu-se, sentou-se e sorriu ao ver aquela luz verde maravilhosa.

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A menina saltou da cama e caminhou em bicos dos pés pelo quarto para acordar a irmã.

– Elsa, Elsa – disse em tom urgente. – Acorda!

A menina mais velha, com cerca de oito anos, resmungou e en-colheu-se por baixo dos cobertores.

– Anna, vai dormir.

No entanto, Anna não desistiria.

– Não consigo. O céu está acordado, por isso, eu estou acordada, e então tenho de brincar – afirmou. – Queres fazer um boneco de neve?

Os olhos da Elsa ficaram de repente bem abertos. Aquilo tinha--lhe chamado a atenção.

As raparigas, filhas do rei e da rainha de Arendelle, eram muito amigas. Elsa não conseguiu resistir ao pedido da Anna. As irmãs desataram a correr, ainda com as suas camisas de noite, rindo en-quanto avançavam rapidamente pelo corredor. Quando entraram no Grande Salão, onde eram realizados todos os bailes reais, voltaram--se uma para a outra.

– Estás pronta? – perguntou a Elsa, sorrindo.

– Estou, estou! – exclamou a Anna, ao mesmo tempo que fazia cócegas à irmã.

Elsa soltou um risinho e, de repente, flocos de neve surgiram das suas mãos como se estivesse a cair um nevão.

Anna, muito contente, bateu palmas. Sabia que a irmã tinha um dom muito especial: era capaz de criar neve e gelo, mesmo em pleno verão!

Fazendo um gesto rodopiante com as mãos, Elsa invocou magi-camente os poderes do gelo. Depressa encheu o Grande Salão com montes de neve fofa, o que o transformou num recreio de inverno. Em seguida, bateu com os pés, e o chão ficou coberto de gelo. Ria ao ver a pequena Anna alegremente aos saltos.

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Juntas, começaram a trabalhar na construção de um boneco de neve. Anna riu e fez o seu melhor para dar forma ao corpo do boneco de neve. Em seguida, foi buscar a correr uma cenoura para o nariz.

– Boneco de neve! – exclamou com orgulho. Elsa riu-se daquele boneco torto.

– Olá, eu sou o Olaf – disse ela com voz profunda, fingindo ser o boneco de neve. – E gosto de abraços calorosos.

As raparigas riram e dançaram em volta do engraçado boneco de neve.

Elsa concentrou então a sua magia e fez um escorrega de gelo muito inclinado. Anna gritou de satisfação. Subiu alegremente para o cimo do escorrega, depois desceu com grande rapidez e subiu de novo ao longo da curva de gelo. Elsa criou logo outro escorrega para apanhar a Anna quando ela desceu. Em seguida, a menina ganhou velocidade e foi lançada para cima outra vez. Elsa tinha de

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trabalhar depressa para acompanhar o ritmo da Anna. Continuou a fazer mais escorregas para que a irmã pudesse manter-se no ar e voar em redor da sala.

– Anna, mais devagar – disse Elsa, começando a ficar preocu-pada. – É muito alto!

No entanto, a Anna estava a divertir-se. A princesinha era des-temida: saltava e deslizava para cada nova estrutura de gelo tão depressa quanto Elsa as fazia. Elsa ergueu a mão para criar mais um escorrega, mas, de repente, um dos seus pés resvalou. Ao cair, a sua magia falhou. O fluxo de gelo atingiu um dos lados da cabeça de Anna, passando através do seu cabelo.

Anna soltou um gemido e caiu no chão, inconsciente. – Anna! – gritou Elsa, correndo para a sua irmã.

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Ergueu a Anna e sentiu que ela tinha o corpo frio e a tremer. Uma mecha de cabelo da Anna ficara completamente branca no local onde a magia a tinha atingido. – Mamã! Papá! – gritou Elsa desesperadamente.

Enquanto Elsa pedia ajuda, pingentes de gelo formavam-se no teto e picos de gelo cresciam em altura à volta das raparigas, visto que a preocupação de Elsa criava ainda mais gelo.

O rei e a rainha entraram precipitadamente no Grande Salão e encontraram as filhas envolvidas numa paisagem congelada. Sabiam que Elsa tinha uma capacidade especial para criar gelo, mas aquilo era mais do que alguma vez tinham visto.

– Elsa – gritou o rei. – Isto está a ficar descontrolado!

– Peço desculpa – respondeu Elsa, aflita. – Não fiz de propósito! – Anna! – exclamou a rainha, enquanto corria para a sua filha mais nova.

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Capítulo

2

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biblioteca do castelo estava escura, mas o rei sabia do que estava à procura: um livro antigo, cheio de conhecimentos de séculos passados. Tirou-o da prateleira e folheou rapidamente as páginas. Por fim, encontrou a secção de que precisava. Nela havia o desenho de um troll, que parecia segurar a aurora boreal nas mãos. Em frente

do troll, um ser humano ferido estava imóvel, enquanto o troll usava

a magia da aurora boreal para o curar. O rei virou a página e viu um documento quase a desfazer-se enfiado no livro. Era um mapa antigo, que ele apressadamente desdobrou.

Sem perder tempo, o rei e a rainha puseram as suas capas, agasa-lharam as filhas e ordenaram que os cavalos fossem selados. A família real afastou-se apressadamente do castelo. A rainha viajou com a Elsa no seu próprio cavalo, enquanto o rei levou a Anna nos seus braços. Os cavalos galoparam a toda a velocidade pelo caminho da montanha.

Kristoff e Sven iam a descer o trilho da montanha rochosa sob o brilho intenso da aurora boreal. Mas, quando ouviram o barulho dos cascos, saíram do trilho, receando os cavalos que se aproximavam. Viram os cavaleiros passar a galope e deixar um rasto de gelo atrás deles.

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Kristoff e Sven, cheios de curiosidade, seguiram os viajantes até ao cume que se elevava sobre um vale da alta montanha. Escon-deram-se os dois atrás de uma rocha e observaram os cavalos, que relincharam e, por fim, pararam. O rei e a rainha desmontaram. O rei pegou numa menina pequena ao colo, a rainha deu a mão a uma rapariga um pouco mais velha.

– Por favor, preciso de ajuda! – gritou o rei. – A minha filha! A encosta parecia vazia. Em seguida, muitas pedras rolaram pela encosta abaixo. De repente, as pedras desdobraram-se em pernas e braços e puseram-se de pé, revelando que não eram pedras, mas sim pequenas criaturas cinzentas!

Trolls – murmurou Kristoff para Sven.

Naquele momento, uma pedra ao lado de Kristoff levantou-se e transformou-se numa mulher troll, baixinha e coberta de musgo.

Chamava-se Hulda.

– Chiu – disse Hulda a Kristoff distraidamente. – Estou a tentar ouvir.

Depois, assustada, Hulda olhou mais de perto para Kristoff, percebendo então que ele não era um troll. Com um sorriso

es-tampado no rosto, estendeu as mãos para dar um grande abraço a Kristoff e Sven.

– Lindinhos! – disse ela, rindo.

O rei permanecia no vale com as suas filhas quando Pabbie, um

troll muito velho, abriu caminho através da multidão de trolls para

observar as princesas.

Primeiro, olhou para Elsa.

– Ela nasceu com poderes ou amaldiçoada? – perguntou. – Nasceu com poderes – respondeu o rei. – E estão a ficar mais fortes.

O troll prestou depois atenção à pequena Anna, que ainda estava

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– Por sorte, o coração dela não foi atingido – comentou Pab-bie. – Não é nada fácil mudar o coração, mas a cabeça pode ser persuadida.

Fez uma pausa.

– Temos de remover toda a magia, mesmo as memórias da magia, para não correr riscos.

O rei concordou e disse: – Faça o que for preciso.

Com um toque suave dos dedos, o troll retirou uma série de memórias brilhantes da cabeça da pequena Anna. As memórias pairaram no ar enquanto o troll as transformou em cenas mais sensatas. Em vez de um boneco de neve mágico no salão de baile, Anna lembrar-se-ia agora de uma cena de inverno no pátio. Em vez de flocos de neve no corredor, lembrar-se-ia de flocos de neve a cair do lado de fora da janela. Todos os momentos mágicos que ela tinha compartilhado com Elsa tinham desaparecido, substituídos por momentos normais e felizes. A única coisa que restava do acidente mágico era a mecha branca no seu cabelo.

– Pronto – disse Pabbie quando terminou. – Ela vai lembrar-se da diversão, mas não da magia.

– Ela não vai lembrar-se de que eu tenho poderes? – perguntou a Elsa.

– Não – respondeu Pabbie. – É o melhor – disse o rei à filha.

– Ouve, Elsa – observou Pabbie. – O teu poder não vai parar de crescer. Há nele beleza, mas também um grande perigo.

Enquanto falava, o troll fez aparecer no céu uma imagem de Elsa

já mais velha. A imagem andou à volta graciosamente, rodeada por belos flocos de neve. Então, no meio da aurora boreal, os flocos de neve transformaram-se em espigões afiados. Em seguida, imagens

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de uma multidão juntaram-se a Elsa no céu, e as pessoas usaram os espigões de gelo como armas para atacar a imagem brilhante da jovem.

– Tens de aprender a controlar o teu poder – continuou Pabbie. – O medo será o teu inimigo.

O rei abraçou Elsa carinhosamente.

– Vamos protegê-la – prometeu. – Vamos fechar os portões, reduzir o pessoal e manter os poderes dela ocultos de todos… até da Anna.

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