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O Ritual de Morte Wiccano. Preparação

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Academic year: 2021

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O Ritual de Morte Wiccano

Preparação

A decoração do círculo e do altar para um Requiem será, neste caso, uma questão de gosto pessoal, dependendo das circunstâncias, da época do ano e do caráter do amigo que está sendo lembrado, bem como das associações com ele feitas.

Deposita-se ao lado do altar uma pequena tigela de louça (um caneco ou xícara com asa é o mais adequado) com um cordel prateado a ela atado; é preciso dispor também de um martelo para quebrar o pequeno recipiente e um pano para embrulhá-lo.

Para a Lenda da Descida da Deusa deve-se deixar à disposição, próximos do altar, jóias e um véu, bem como uma coroa para o Senhor do Mundo Subterrâneo. Também à disposição sobre o altar deve haver um colar.

O Ritual

O Ritual de abertura deve ser realizado como sempre até o fim da invocação do Deus Cernunnos. A Grã Sacerdotisa e o Sacerdote, em seguida, encaram os membros do coven

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A sacerdotisa diz:

NÓS NOS REUNIMOS HOJE EM MEIO À TRISTEZA E ALEGRIA. ESTAMOS TRISTES PORQUE UM CAPÍTULO SE ENCERROU E, NO ENTANTO, ESTAMOS JUBIOLOSOS PORQUE, COM O ENCERRAMENTO, UM NOVO CAPÍTULO PODE COMEÇAR.

NÓS NOS REUNIMOS PARA MARCAR O PASSAMENTO DE NOSSA(O) AMADA(O) IRMÃ(O) [NOME DA PESSOA] PARA QUEM ESTA ENCARNAÇÃO FINDOU. ESTAMOS REUNIDOS PARA CONFIÁ-LA(O) AO ZELO DA BENÇÃO DO DEUS E DA DEUSA, PARA QUE ELA(E) POSSA REPOUSAR, ISENTA(O) DE ILUSÃO OU TRISTEZA, ATÉ QUE

ADVENHA O TEMPO DE SEU RENASCIMENTO NESTE MUNDO. E SABENDO QUE ISSO SERÁ, SABEMOS TAMBÉM QUE A TRISTEZA NÃO É NADA E QUE O JÚBILO É TUDO.

O Sacerdote permanece em seu lugar e a Sacerdotisa conduz o coven numa dança em espiral, lentamente fechando o círculo num sentido anti-horário, mas não o fechando de maneira

demasiada.

O Sacerdote diz:

NÓS TE CONVOCAMOS, MÃE SOMBRIA E ESTÉRIL, TU PARA QUE TODA A VIDA MANIFESTA CUMPRE RETORNAR ADVINDO SEU TEMPO; MÃE SOMBRIA DA TRANQÜILIDADE E DO REPOUSO, ANTE QUEM OS HOMENS TREMEM PORQUE

FALTA-LHES A COMPREENSÃO DE TI. NÓS TE CONVOCAMOS, QUE É TAMBÉM HÉCATE DA LUA MINGÜANTE, SENHORA SOMBRIA DA SABEDORIA, QUE OS HOMENS TEMEM PORQUE TUA SABEDORIA SE ELEVA ACIMA DA DELES. NÓS, OS FILHOS OCULTOS DA DEUSA, SABEMOS QUE NADA HÁ A TEMER EM TEU ABRAÇO, DO QUAL NINGUÉM

ESCAPA; QUE QUANDO ENTRAMOS EM TUA ESCURIDÃO, COMO DEVEM TODOS, SERÁ COMO ENTRAR NOVAMENTE NA LUZ. ASSIM, COM AMOR E SEM TEMOR, CONFIAMOS A TI [NOME DA PESSOA], NOSSA(O) IRMÃ(O). TOMA-A(O), PROTEGE-A(O),

NORTEIA-A(O), ADMITA-A(O) À PAZ DE SUMMERLAND, QUE SE ENCONTRAM ENTRE A VIDA E A VIDA. E SABE, COMO SABES TODAS AS COISAS, QUE NOSSO AMOR COM ELA(E) VAI.

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O sacerdote apanha a tigela, o cordel, o martelo e o pano. A dança cessa e os membros se afastam a fim de admitir o Sacerdote ao centro da espiral, onde ele deposita o pano sobre o chão e a tigela sobre o pano. Em seguida, a extremidade livre do cordel à Donzela.

A sacerdotisa diz:

SOLTE-SE O CORDEL PRATEADO, OU SE QUEBRE A TIGELA DOURADA, OU SE QUEBRE O CÂNTARO NA FONTE, OU SE QUEBRE NA CISTERNA E ENTÃO O PÓ RETORNARÁ À TERRA COMO ERA, E O ESPÍRITO RETORNARÁ À DEUSA QUE O CONCEDEU.

O sacerdote desata o cordel prateado e a Donzela o colhe. O Sacerdote embrulha então a tigela com o pano e a quebra com o martelo. A seguir recoloca o pano dobrado com os fragmentos da tigela e o martelo ao lado do altar. O Coven retorna, fechando novamente o círculo.

A Donzela carrega o cordel prateado e durante a invocação que se segue, movendo-se em sentido horário em torno do círculo, o oferece primeiramente aos senhores das Atalaias do Oeste (Senhores da Morte e da Iniciação), depois aos Senhores das Atalaias do Leste (senhores do Renascimento). Em seguida, ela deposita o cordel no chão diante da vela do leste e se reúne ao Sacerdote, junto ao altar (movendo-se sempre em sentido horário).

Enquanto isso, a Sacerdotisa dirige-se novamente a dança, repetindo o movimento de volta em sentido horário, a fim de desfazer a espiral até que se torne mais uma vez um círculo completo, continuando a se mover em sentido horário.

Logo depois de recolocar o pano e o martelo ao lado do altar, o Sacerdote encara o coven e diz:

NÓS TE CONVOCAMOS, AIMA, MÃE LUMINOSA E FÉRTIL, TU ÉS O ÚTERO DO

RENASCIMENTO, DE QUEM TODA VIDA MANIFESTA PROCEDE E EM CUJO SEIO QUE JORRA TODOS SÃO NUTRIDOS. NÓS TE CONVOCAMOS, QUE É TAMBÉM PERSÉFONE DA LUA CRESCENTE, SENHORA DA PRIMAVERA E DE TODAS AS COISA NOVAS. A TI

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UMA NOVA VIDA. E CONCEDE QUE, NESSA NOVA VIDA, ELA(E) POSSA SER AMADA(O) NOVAMENTE, COMO NÓS, SEUS IRMÃOS E IRMÃS, A AMAMOS.

O Sacerdote e a Donzela juntam-se novamente ao coven, que desenvolve um movimento circular, e a sacerdotisa inicia a Runa das feiticeiras, os demais se unindo a ela. Finda a runa, a Sacerdotisa ordena:

AO CHÃO!

Os membros se sentam, formando um círculo olhando para o interior deste. A Sacerdotisa atribui papéis para a Lenda da Descida da Deusa ao Mundo Subterrâneo: o Narrador, A Deusa, O Senhor do Mundo Subterrâneo, e o Guardião dos Portais.

A Deusa é adornada com jóias, coberta com véu e fica na borda do círculo ao sudeste. O senhor do Mundo Subterrâneo coloca sua coroa, toma a espada e permanece com suas costas para o altar. O Guardião dos Portais toma seu athame e o cordel vermelho e fica de pé

encarando a Deusa.

A Lenda da Descida da Deusa ao Mundo Subterrâneo

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Narrador:

NOS TEMPOS ANTIGOS, NOSSO SENHOR, O CORNUDO, ERA (E AINDA É) O CONSOLADOR, O CONFORTADOR. MAS OS HOMENS O CONHECIAM COMO O TERRÍVEL SENHOR DAS SOMBRAS, SOLITÁRIO, INFLEXÍVEL E JUSTO. MAS NOSSA SENHORA, A DEUSA, RESOLVERIA TODOS OS MISTÉRIOS, ATÉ MESMO O MISTÉRIO DA MORTE; E ASSIM ELA VIAJOU AO MUNDO SUBTERRÂNEO. O GUARDIÃO DOS PORTAIS A DESAFIOU...

O Guardião dos portais desafia a Deusa com seu Athame.

TIRA TUAS VESTES, PÕE DE LADO TUAS JÓIAS POIS NADA TU PODES TRAZER CONTIGO AO INTERIOR DESTA NOSSA TERRA.

A Deusa retira seu véu e as jóias. Nada deve permanecer sobre seu corpo (se o Requiem é realizado com os participantes vestidos, somente o manto simples dela deve permanecer sobre seu corpo). O Guardião então a prende com o cordel vermelho à maneira da iniciação de

primeiro grau, com o centro do cordel em torno da frente do pescoço dela e as extremidades passando por seus ombros e indo atar seus pulsos por trás de sua cintura.

ASSIM ELA SE DESPOJOU DE SUAS VESTES E DE SUAS JÓIAS E FOI AMARRADA COMO TODOS OS VIVOS QUE BUSCAM INGRESSAR NOS DOMÍNIOS DA MORTE, A PODEROSA, TÊM QUE SER.

O Guardião dos portais conduz a Deusa perante o Senhor do Mundo Subterrâneo e, depois, se afasta para um lado.

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E COROA AOS SEUS PÉS.

O Senhor do Mundo Subterrâneo se ajoelha ante a Deusa, deposita sua espada e sua coroa no chão a cada lado dela, e em seguida beija os pés direito e esquerdo dela.

...E BEIJOU SEUS PÉS, DIZENDO: ABENÇOADOS SEJAM TEUS PÉS QUE TE

TROUXERAM POR ESTES CAMINHOS. PERMANECE COMIGO, MAS DEIXA QUE EU PONHA MINHAS MÃOS FRIAS SOBRE TEU CORAÇÃO.

O senho do Mundo Subterrâneo ergue suas mãos, com as palmas para a frente e as retém a algumas polegadas do coração da Deusa.

E Ela Responde: EU NÃO TE AMO. POR QUE FAZES TODAS AS COISAS QUE AMO E NAS QUAIS ME COMPRAZO FENECEREM E MORREREM?

O Senhor do Mundo Subterrâneo estende seus braços para baixo, com as palmas das mãos para a frente.

SENHORA... TRATA-SE DA IDADE E DA FATALIDADE, CONTRA OS QUAIS SOIS

IMPOTENTE. A IDADE, O ENVELHECIMENTO LEVA TODAS AS COISAS A DEFINHAREM; MAS, QUANDO OS HOMENS MORREM AO DESFECHO DE SEU TEMPO, CONCEDO-LHES REPOUSO, PAZ E FORÇA PARA QUE POSSAM RETORNAR. MAS TU, TU ÉS LINDA. NÃO RETORNES, PERMANEÇA COMIGO. Mas Ela responde: EU NÃO TE AMO!

O Senhor do Mundo subterrâneo se levanta, vai até o altar e pega o açoite. Volta-se para encarar a Deusa.

E então disse a morte: SE NÃO RECEBES MINHAS MÃOS SOBRE TEU CORAÇÃO, TENS QUE TE CURVAR AO AÇOITE DA MORTE. É A FATALIDADE - MELHOR ASSIM...

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Ela disse e se ajoelhou. E a morte a açoitou brandamente. A Deusa se ajoelha encarando o altar. O Senhor do Mundo Subterrâneo aplica-lhe de maneira muito branda três, sete, nove, vinte e um golpes do açoite.

E Ela bradou: EU CONHEÇO AS AFLIÇÕES DO AMOR.

O Senhor do Mundo Subterrâneo recoloca o açoite no altar, ajuda a Deusa a levantar-se e se ajoelha, encarando-a.

E a morte a ergueu e disse: SEJAS ABENÇOADAS. E LHE DOU O BEIJO QUÍNTUPLO, DIZENDO: ASSIM APENAS PODES ATINGIR A ALEGRIA E O CONHECIMENTO.

O Senhor do Mundo Subterrâneo dá na Deusa o beijo quíntuplo. Em seguida, desamarra os pulsos dela, depositando o cordel no chão.

E ELE A ELA ENSINA TODOS OS SEUS MISTÉRIOS E LHE DÁ O COLAR QUE É O CÍRCULO DO RENASCIMENTO.

O Senhor do Mundo Subterrâneo pega o colar no altar e o coloca em torno do pescoço da Deusa. A Deusa então, toma a coroa e a recoloca na cabeça do senhor do Mundo

Subterrâneo.

E ELA ENSINA A ELE O MISTÉRIO DA TAÇA SAGRADA, QUE É O CALDEIRÃO DO RENASCIMENTO.

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ELES AMARAM E SE TORNARAM UM, POIS HÁ TRÊS GRANDES MISTÉRIOS NA VIDA DO HOMEM, E A MAGIA OS CONTROLA A TODOS. PARA REALIZAR O AMOR, TENDES QUE RETORNAR NOVAMENTE AO MESMO TEMPO E NO MESMO LUGAR DAQUELES QUE SÃO OS AMADOS; E TENDES QUE ENCONTRÁ-LOS, CONHECÊ-LOS, LEMBRÁ-LOS E AMÁ-LOS DE NOVO.

O Senho do Mundo Subterrâneo solta as mãos da Deusa e esta recoloca o cálice no altar. Ele toma o açoite em sua mão esquerda e a espada em sua mão direita e fica na posição do Deus, antebraço cruzados sobre o peito, espada e açoite apontados para cima, com suas costas para o altar. Ela fica ao lado dele na posição de Deusa, pernas escarranchadas e braços estendidos formando o pentagrama.

MAS PARA RENASCER, TENDES QUE MORRER E SER PREPARADO PARA UM NOVO CORPO. E PARA MORRER TENDES QUE NASCER E SEM AMOR NÃO PODES NASCER. E NOSSA DEUSA SEMPRE SE INCLINA PARA O AMOR, E O JÚBILO, E A VENTURA; E ELA PROTEGE E ACARICIA SUAS CRIANÇAS OCULTAS NA VIDA, E NA MORTE MINISTRA O CAMINHO DA COMUNHÃO COM ELA; E MESMO NESTE MUNDO ELAS LHES ENSINA O MISTÉRIO DO CÍRCULO MÁGICO, QUE É DISPOSTO ENTRE OS MUNDOS DOS HOMENS E DOS DEUSES.

O Senhor do Mundo Subterrâneo recoloca o açoite, a espada e a coroa sobre o altar junto deste. Isto completa a Lenda e os atores se juntam de novo aos demais membros. A Grã Sacerdotisa diz:

QUE PARTICIPEMOS AGORA, COMO A DEUSA NOS ENSINOU, DA FESTA DE AMOR DO VINHO DOS BOLOS; E A MEDIDA QUE O FAZEMOS, QUE NOS LEMBREMOS DE

NOSSA(O) IRMÃ(O) [NOME DA PESSOA], COM A QUAL NÓS TÃO AMIÚDE

COMPARTILHAMOS TAL FESTA. E MEDIANTE ESTA COMUNHÃO, NÓS COLOCAMOS AMOROSAMENTE NOSSA(O) IRMÃ(O) NAS MÃOS DA DEUSA.

Todos Dizem: QUE ASSIM SEJA!

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O vinho e os bolos são consagrados e passados por todos.

O mais cedo possível, após o Requiem, os fragmentos da tigela deverão ser ritualmente arremessados num rio, com a tradicional ordem:

RETORNA AOS ELEMENTOS DOS QUAIS VIESTE.

Referências

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