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DESENHO ANIMADO. Eu acho que vi um gatinho Procurando Nemo

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Academic year: 2021

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(1)

ESCONDE-ESCONDE

Mergulhando fundo em mim mesmo Encontrei sentada – bem quietinha – Minha dor

De mãos dadas com minha raiva A tristeza me convidou a brincar De esconder com elas

“Estou aqui justamente para me encontrar”, Respondi

(2)

ERRO DE PONTUAÇÃO Foi o que ela me disse pela terceira vez:

Coloquei um ponto final no nosso relacionamento. Ora, um ponto final

Mais um ponto final Mais um ponto final São reticências...

(3)

DESENHO ANIMADO Eu acho que vi um gatinho Procurando Nemo

(4)

PRENDEDORES Não!

Eu Prendo Amores

(5)

À VIDA

Onde está aquele velho sonho de juventude? Morreu atropelado ali na esquina,

Por um poste acinzentado de concreto. A luminária parece que ainda ilumina

Aquela mancha vermelha que banha o asfalto, Enquanto, ao lado, um jovem grita

Com as mãos para o alto: “Por quê?” Sua voz ecoa no silêncio da noite,

Seus pensamentos ecoam em sua cabeça confusa. Mal consegue lembrar horas atrás,

Estava tão feliz, Era um dia perfeito...

Amigos, uma festa, música a todo volume... Ainda está difícil lembrar...

Ele apenas fecha os olhos E chora inconformado,

Quando uma frase responde-lhe a pergunta, Uma frase repetida por ele e por seus amigos, Tantas vezes naquela noite,

Madrugada adentro... “Mais um brinde à vida!”

(6)

PRETO E BRANCO

Vejo um mundo em meio a uma guerra diferente. Vejo cores que lutam entre si,

Cores que lutam como se fossem inimigas... Nessa batalha sem sentido, nada colorida, Brancos e pretos se agridem,

Esquecendo-se que todos voltam à mesma caixa No fim do jogo de xadrez da vida.

Se quando um tocasse o outro As cores das peles se misturassem,

Talvez percebessem que são como irmãos. Para muitos, porém, não haveria graça: Todos de uma só cor,

Sem distinção de raça...

(7)

INCOERÊNCIAS O navio navegava pelo deserto,

E os sedentos tripulantes bebiam a areia quente, Sentindo uma sensação gelada na boca.

Um cachorro passou voando pelo céu, Que estava vermelho e amarelo, Enquanto os três sóis azuis Nasciam em plena noite.

O capitão, de costas para a tripulação, Chamou-os por nomes diferentes, E todos responderam, calados. Começou a chover canivetes, E então a janta foi servida, Pois já eram quase meio-dia. Finalmente,

Após dormirem acordados, Recomeçaram a viagem Que já haviam terminado.

(8)

ENTRELINHAS

Aqui estou eu, sozinho. Olho para ti,

Ansioso por te ter em meus braços... Não quero apenas que nos encontremos Por um simples instante,

E que depois me deixes. Mas, pior ainda,

Seria se escolhesses tomar o caminho Contrário ao meu...

Talvez ficasse imóvel, Sem saber como reagir. Ou então me atirasse ao chão, Desolado, chorando por ti...

Sei que um dia nos encontraremos de novo,

Porém percebo que este não será um momento nosso. Esta minha derrota, entretanto,

Não será culpa minha,

Pois fiz de tudo para te ter junto a mim. Nem posso culpá-la por isso também... Estavas aos pés de um homem

Em quem confiavas,

Mesmo assim ele não te quis. Agora encontras em tua vida Outro homem que jura fidelidade, E preferes morrer só,

Entre linhas, feliz.

(9)

A Viagem

A viagem começou cansativa

Chata como os pescadores que contavam prosa Falavam de um tal boto cor-de-rosa

Que tinha roubado corações e coisa e tal. Olhei lá fora, o céu cheinho de estrelas Noite linda, procurei a lua

Lá estava ela, amarelo ouro No fim do horizonte

Quase tocava a lagoa onde reluzia

Estava pela metade, parecia um queijo, até deu fome... Mas olhar a lua me fez lembrar de ti...

E aí a fome virou saudade...

Veio como um aperto no peito, parecia uma faca atravessando-o. Eu não entendi direito...

O meu pensamento viajava mais rápido que o ônibus E a noite agora calava os pescadores

Será o efeito da minha vontade de ficar a sós com a lua? Nisso, uma estrela cadente passa roçando a lua linda E ela pareceu ainda mais majestosa

Pareceu sorrir

E eu mais do que rápido lasquei um desejo

De poder te levar para onde quer que meu pensamento estivesse Mas ele já estava em ti novamente

(10)

CONJUGAÇÃO SEM MELODIA

Conjuguei te amar em Sol Maior Mas conseguiste – sem Dó – Transformar-me em sujeito oculto Sem predicado

Nota musical apagada da partitura Sem melodia

Sem complemento Nem mesmo um hífen Ou uma crase

Ponto final

(11)

LÁGRIMAS DA LUA

Um dia contou-me sobre uma noite passada

Quando a lua, enciumada, sozinha aos prantos chorava... E suas lágrimas de chuva que caíam na janela

Confundiam-se com as minhas

Enquanto minha tristeza confundia-se com a dela... Pois ao anoitecer, ao cair da tarde

Há dentro de nós uma paixão que arde Inspirada pela lua que chegou

E é neste momento, que a lua, que me amava Sentiu-se traída,

Ao ver em meus olhos

Referências

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