Nº 03 janeiro • 2021
MITrends
2021:
O QUE ESPERAR
REDAÇÃO
Cícero Nogueira Rafaela SiqueiraREVISÃO E EDIÇÃO
Rafaela Siqueira Laís NapoliCAPA E DIAGRAMAÇÃO
Amanda PedrosaPRODUÇÃO EDITORIAL
Marketing Cortex Copyright @ 2021 Cortex IntelligenceSUMÁRIO
01.
02.
03.
04.
O QUE AS ÁREAS DE
INTELIGÊN-CIA PODEM ESPERAR DE 2021
MANTENDO UM PLANEJAMENTO
MAIS FLEXÍVEL E ADAPTÁVEL
TAKEAWAYS
EDITORIAL
EDITORIAL
Mais um ano passou, não é mesmo? Agora, é o momento de as áreas de
Inteligência começarem a transformar seu planejamento em ações práticas que tragam resultados.
Porém, você, sua equipe e seus gestores estão realmente preparados para um
momento que naturalmente — considerando a velocidade e as oscilações do mercado — tende a exigir muito mais inteligência e agilidade por parte das áreas estratégicas?
O fato é que empresas que não reconhecem que o mundo está mudando e, em
consequência, os consumidores também, tendem a ficar para trás. Modernizar processos e gerar insights a partir de dados não é mais um tema corriqueiro ou excessivamente futurista. O momento é agora e sai na frente quem se antecipar! Por isso, trazemos nesta edição do MI Trends os principais conteúdos para ajudar você a saber o que as áreas de Inteligência devem esperar desse ano, mantendo um planejamento mais flexível e voltado para o mindset ágil.
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O QUE AS ÁREAS DE
INTELIGÊNCIA PODEM
ESPERAR DE 2021
Não dá para negar que 2020 foi um ano turbulento para o mercado, o que obrigou muitas empresas — por questão de
sobrevivência — a olharem para o ambiente externo e repensarem suas estratégias e modelos.
Mas o que as áreas de Inteligência — sejam elas Comerciais, de Mercado, Competitivas ou Estratégicas — devem esperar diante da recuperação gradual dos negócios e da adaptação a um novo cenário? Isso é o que você vai saber a seguir.
1. MAIOR RELEVÂNCIA DE
ÁREAS E PROFISSIONAIS DE
INTELIGÊNCIA
A partir de 2021, departamentos e
profissionais de inteligência devem ganhar ainda mais notoriedade. Para contextualizar essa afirmação, podemos considerar o
Benchmarking das áreas de Inteligência, realizado pela Cortex entre junho e julho de 2020.
De acordo com esse levantamento, a tendência é que as demandas aos profissionais de inteligência aumentem, principalmente nas seguintes frentes:
Apoio com dados e relatórios em
operações remotas
Para muitas empresas, o home office se consolidou com a pandemia e poderá continuar em alta. Isso não descarta a necessidade de avaliar a performance do
negócio diante da constante movimentação do mercado, o que traz uma demanda cada vez maior por relatórios gerados em tempo real.
Projetos de transformação digital
A transformação digital ainda é um desafio para 38,9% dos profissionais de inteligência. A expectativa é que, cada vez mais, as empresas visualizem o valor de estratégias digitais fortes, orientadas por dados e apoiadas pela tecnologia.
Essa demanda provavelmente se converterá em projetos de implementação de tecnologias e novos modelos de trabalho, algo favorável para profissionais que estão em busca de oportunidades de crescimento interno e desafios.
Predição para lidar com fatores
externos
As organizações vão demandar análises cada vez mais preditivas para lidarem melhor com fatores externos imprevisíveis, a exemplo da pandemia.
Monitoramento de mercados
Essa será uma ação ainda mais esperada das equipes de inteligência, tendo em vista que todas as organizações estão sujeitas a enfrentarem cenários oscilantes, novos concorrentes etc.
Suporte ferramental para
agilização e otimização de
processos
Pouco mais de 60% dos gestores percebem a necessidade de adquirir ferramentas mais elaboradas para atingir melhores resultados em inteligência, segundo o levantamento da Cortex.
Ao mesmo tempo, 44% dos profissionais dessa área apontam que suas empresas têm planos de realizar esses investimentos, o que vai demandar também maior qualificação técnica das equipes.
2. ÁPICE DA INTELIGÊNCIA
ARTIFICIAL
A tão discutida Inteligência Artificial deve chegar a seu maior ponto de inflexão em 2021. Isso porque 30% do crescimento da receita líquida de soluções específicas de inteligência de mercado virá de tecnologias relacionadas a IA, de acordo com aGartner.
Em outras palavras, organizações deverão investir mais em plataformas e aplicações de Inteligência Artificial para elevar
sua competitividade. Esse movimento deverá tornar as organizações ainda mais inteligentes, principalmente no que diz respeito às predições e às melhorias na experiência de funcionários e clientes, mas também em outras frentes.
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3. SURGIMENTO DE ÁREAS
LIGADAS A DECISION
INTELLIGENCE (DI)
Vamos ouvir falar ainda mais em Decision Intelligence ou Inteligência de Decisão. Esse conceito remete a uma estrutura que reúne várias técnicas para projetar, modelar, alinhar, executar, monitorar e ajustar modelos e processos de decisão.
Para a chefe de Decision Intelligence da Google, Cassie Kozyrkov, essa disciplina reúne o melhor das ciências de dados, social e gerencial para melhorar a vida dos negócios e liderar projetos de Inteligência Artificial.
Até 2023, cerca de 33% das grandes
organizações terão analistas dedicados à inteligência de decisão dando suporte às lideranças nas mais diversas áreas, segundo um estudo global da Gartner.
4. HIPER AUTOMAÇÃO EM
PROCESSOS DE GESTÃO DE
DADOS
Outra tendência a romper paradigmas é a automação. Ela, apontam os institutos de pesquisa, será elevada à categoria de “hyper” — Hyperautomation, que, em síntese, lida com a aplicação de tecnologias avançadas, incluindo Automação de Processos Robóticos (RPA) e aprendizado de máquina.
Nesse sentido, a automação pode ser pensada de maneira bastante ampliada, chegando, inclusive, à gestão de processos
envolvendo dados. Em 2021, cerca de 20% das empresas de grande e médio porte se beneficiarão dessa tendência, reduzindo os custos de conformidade administrativa, de acordo com a Gartner. Isso sem contar, é claro, a redução do desperdício de tempo na realização de trabalhos manuais.
5. ANÁLISES PREDITIVAS CADA
VEZ MAIS RELEVANTES
As áreas de inteligência também devem ser beneficiadas com ainda mais soluções de predição.
Esse tipo de aplicação, em síntese, extrai e analisa padrões de dados para prever resultados futuros. Usando uma variedade de estatísticas e algoritmos, os analistas utilizam ferramentas preditivas para construir modelos de previsão, que os gerentes de negócios podem usar para planejar o melhor resultado possível para a organização.
Analistas, cientistas de dados e desenvolvedores usam softwares de análise preditiva para entender melhor clientes, produtos e parceiros. Também para identificar riscos e oportunidades potenciais em projetos e negócios.
Um dos contextos em que as ferramentas de análise preditiva são bem-vindas é a
previsão de vendas — hoje um dos maiores desafios para 52,8% dos profissionais de inteligência, conforme levantado no
Benchmarking das Áreas de Inteligência
6. INTEGRAÇÃO DE DADOS
EXTERNOS NAS DECISÕES
É interessante prestar atenção ao uso de dados externos à organização, de maneira integrada aos internos, na tomada de decisão. Atualmente, essa é uma dificuldade para 34,7% dos profissionais de inteligência, conforme levantado no Benchmarking das áreas de Inteligência.
“A tendência é que os dados externos e de mercado se tornem cada vez mais relevantes ao planejamento estratégico das empresas, auxiliando em previsões de vendas, análises do mercado endereçável, do cenário político-econômico, dentre outros”, diz o relatório da Cortex.
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MANTENDO UM
PLANEJAMENTO MAIS
FLEXÍVEL E ADAPTÁVEL
Rafaela Siqueira, analista de Conteúdo da Cortex
A instabilidade provocada pelo coronavírus trouxe novos questionamentos para
empresas e profissionais, entre eles:
• Até onde pode ir o impacto de fatores externos nos negócios?
• Como incorporar esses elementos nas análises de negócio, se preparando para circunstâncias adversas?
A movimentação do mercado global em 2020 trouxe para as empresas a urgência em rever o planejamento em prol da sobrevivência e da manutenção dos resultados na medida do possível. Muitas organizações precisaram se readequar e ainda será necessário imprimir mais esforço nessa tarefa ao longo do tempo.
Diante das incertezas que estamos vivendo, é essencial aprimorar estratégias para garantir a segurança da organização e a coerência do plano em relação aos desafios
enfrentados.
E, por isso, contar com um planejamento estratégico flexível e que leva em conta o cenário do mercado e períodos de curto, médio e longo prazos é fundamental. Porém, é importante ressaltar que isso não significa abrir mão de metas ou investimentos. Veja abaixo alguns pontos que podem ser interessantes para flexibilizar:
• metas e prazos;
• objetivo de cada meta;
• custos operacionais;
• receitas para investimentos;
• investimentos em marketing e tecnologia.
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
FLEXÍVEL E CULTURA ÁGIL
Muitas empresas já enxergam o impacto de fatores externos em seus mercados de atuação. Esse é o caso da companhia em que você trabalha?
Isso acontece porque pensar somente no longo prazo e considerar apenas a performance interna da empresa, frente a mercados cada vez mais acelerados e dinâmicos, pode não ser tão eficaz. O fato é que a transformação digital e as mudanças cada vez mais velozes no comportamento de consumo demandam uma maior agilidade no mundo
corporativo.
Por isso, os processos das empresas precisam ser revistos para acompanhar o ritmo do mercado.
Agora, é preciso trazer o mindset ágil para a frente do negócio. Afinal, como surtir resultados no futuro se, no presente, não houver um plano robusto e flexível para solucionar rapidamente os desafios que surgirem?
O cenário atual exige entregas mais dinâmicas e de qualidade, a fim de manter a empresa competitiva. Entretanto, é preciso que as mesmas tenham equipes versáteis que saibam colaborar entre si e agir rapidamente.
Nesse contexto, a cultura ágil se mostra uma proposta de mudança de hábitos e processos organizacionais. Assim, as empresas se adaptam às transformações do mercado de forma produtiva.
O QUE É CULTURA ÁGIL?
Você já ouviu falar no modelo de
desenvolvimento em cascata? Ele consiste em projetos lineares e com etapas bem definidas. Na prática, isso significa que, para uma demanda avançar para a fase seguinte, é preciso que a anterior esteja completa.
O fato é que, para empresas que já vivem a era digital, esse modelo pode trazer algumas desvantagens, como:
• processos engessados;
• perda de tempo até o encerramento das fases do projeto;
• falta de flexibilidade para se adaptar às novas realidades.
Diante desse cenário, a cultura ágil é uma opção para modernizar a inteligência de negócios. Isso porque ela remodela processos e aponta novos caminhos para melhorar a gestão de tempo, recursos e equipes.
Esse conceito é guiado por ciclos adaptáveis e flexíveis — daí a importância de um planejamento com mais fluidez — em que os profissionais conseguem se organizar individualmente e coletivamente.
Sendo assim, o resultado disso é uma maior autonomia tanto na empresa quanto no desempenho da tarefa.
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• A movimentação do mercado em uma era altamente conectada tende a elevar continuamente o protagonismo das áreas de Inteligência em organizações dos mais variados segmentos.
• A reviravolta causada pela pandemia fez boa parte das lideranças entenderem que situações imprevisíveis requerem maior poder de análise, uso de tecnologias mais avançadas e um mindset mais ágil para trazer soluções assertivas em tempo hábil.
• Independentemente do segmento ou tamanho da empresa, o mercado sempre estará vulnerável ao inesperado e, por isso, montar um plano estratégico rígido e considerando apenas o longo prazo provavelmente será uma tarefa cada vez mais complexa e passível de gerar retrabalho.
• A cultura ágil, aliada a um planejamento flexível, é uma opção para as empresas modernizarem suas áreas de negócios. Isso porque ela remodela processos e aponta novos caminhos para melhorar a gestão de tempo, recursos e equipe, trazendo resultados mais assertivos.
TAKE
SOBRE A CORTEX
A plataforma líder
na América Latina em
Soluções de Inteligência
de Vendas.
Cortex é a solução líder em inteligência e insights para marketing, comunicação e vendas no Brasil. Com interface amigável, atende desde as necessidades mais simples às mais sofisticadas e possibilita análises que combinam dados externos do mercado, monitorados automaticamente, com dados internos da própria empresa.