AUTOR Maria Aparecida Penteado
NRE Londrina
ESCOLA Colégio Estadual “Olavo Bilac”
SÉRIE 6ª Série DISCIPLINA Português Disciplina da relação interdisciplinar 1 Arte Disciplina da relação interdisciplinar 2 Matemática CONTEÚDO ESTRUTURANTE Discurso
CONTEÚDO ESPECÍFICO Produção de texto
TEMA DA UNIDADE Produzindo textos em HQs
O cotidiano de um jovem pode ser estressante. Problemas na escola, com amigos, com a família, com o namoro...
Que situações costumam deixá-lo mais nervoso? O que você costuma fazer para relaxar e se acalmar? ( ) ouvir música ( ) contar piadas ( ) jogar vídeo-game ( ) assistir televisão
( ) ler gibis ( ) ir ao shopping fazer compras
Quer uma sugestão? Leia um gibi, pois as histórias em quadrinhos tratam desses termos do cotidiano de nossas vidas com muito humor. As personagens vivenciam os mesmos problemas que nós enfrentamos na vida real, mas de uma maneira bem humorada que os torna bem mais fáceis de serem contornados. Afinal, como diz um conhecido ditado: “Rir é o melhor remédio”.
Leia a história em quadrinhos abaixo e confira você mesmo.
Agora, no seu caderno, produza um pequeno texto contando a historinha que acabou de ler e o resultado será um texto anedótico.
NARRAÇÃO
É o relato de fatos e acontecimentos que ocorrem a determinados (s) personagem (ns). Podemos narrar um fato (real ou imaginário) de diferentes maneiras: usando palavras (por exemplo, num conto, numa piada, , num poema, numa letra de música) ou não (por exemplo, nos quadrinhos, nas charges, num filme mudo).
Os principais elementos de uma narração são: o narrador (quem conta); os personagens (os que vivem os acontecimentos); o tempo (quando acontece); o espaço (em que lugar acontece); e as ações dos
personagens (o que eles fazem).
HISTÓRIA EM QUADRINHOS
Uma história em quadrinhos conta, como o nome diz, uma história. É, portanto, uma narrativa que envolve fatos, personagens, tempo e espaço. Os fatos organizam-se em seqüência numa relação de causa e efeito. Mas, o que são quadrinhos? São uma forma de linguagem que usa desenhos para narrar um caso ou um episódio qualquer. Sempre que duas imagens são desenhadas uma após a outra, criando uma sucessão de quadros, uma seqüência gráfica, trata-se de uma história em quadrinhos. Exatamente por isso que os quadrinhos ficaram conhecidos como arte seqüencial.
Ao contrário dos desenhos animados, em que as figuras são fotografadas para dar agilidade aos personagens, nos quadrinhos, o que faz
movimentar as figuras a cada episódio é a nossa leitura, a nossa imaginação.
VOCÊ SABIA?
Que os quadrinhos recebem em cada país um nome diferente: nos Estados Unidos – comic strips (tiras cômicas)
na França – bandes dessinées (bandas ou tiras desenhadas) na Itália – fumetti (fumacinha)
naAmérica espanhola – historieta no Japão – mangá
em Portugal – história aos quadradinhos na Espanha – tabeó
no Brasil – gibi (nome de uma revista muito conhecida na década de 30 e 40 e significa “moleque”)
Como você viu no quadro explicativo sobre narração, podemos narrar algo sem usar palavras, recorrendo apenas a imagens. É isso que acontece nos quadrinhos que você vai ler a seguir.
SOUZA, Mauricio de. Mônica. N 50. SP: Globo, 199, p.65-8. DOCE FANTASIA
ATIVIDADE
1 - Enquanto ia para o trabalho, o personagem se deparou com várias cenas que o desagradaram. Cite os problemas de acordo com a ordem em que aparecem na história.
2 – Depois de enfrentar tantos transtornos e, finalmente, chegar ao trabalho, com que tipo de problemas o personagem se deparou?
3 – Releia os quadros finais da história em quadrinhos e depois explique por que o autor colocou o título “Doce Fantasia” na história?
4 – Em grupo, discuta com seus colegas os problemas do cotidiano que costumam deixá-lo mais nervoso e quais são as formas que você encontra para relaxar e se acalmar. Depois, registre as conclusões da discussão em seu caderno.
Você percebeu que, apesar de a história que você leu não ter linguagem verbal (palavra escrita), aparecem nela várias onomatopéias. Você sabe o que é uma onomatopéia?
É a representação de algum som (Fom, Fom!) para indicar a buzina de um carro, por exemplo. Os balões nem sempre estão presentes, as letras geralmente aparecem soltas e com tamanhos diferentes - muitas vezes são também desenhos.
ATIVIDADE
1- Pesquise em gibis e faça um cartaz com onomatopéias, dispondo-as “artisticamente” e escrevendo, ao lado ou embaixo de cada uma delas, o seu significado.
2- Observe:
a) No primeiro quadrinho, que sentimentos o Menino Maluquinho expressa ao pensar “Eca!”?
b) que outra palavra ou expressão transmitiria os mesmos sentimentos? c) que motivo levou o Menino Maluquinho a utilizar a expressão “Eca!”?
Você sabia?
A expressão “Eca!” é chamada de interjeição. Ela pertence ao grupo de palavras que têm como função expressar sentimentos, emoções, estados de espírito.
3- Pesquise em uma gramática, respostas possíveis para as questões a seguir:
a) que interjeição você usaria se fosse expressar...
Satisfação por ter conseguido boas notas nas avaliações escolares Carinho por uma criança
Raiva por ter sido enganado por alguém
Medo por estar em uma loja que está sendo assaltada
b) Observe a escrita das interjeições e responda qual é a pontuação mais comum empregada diante de uma interjeição? Por quê?
c) Depois de ter pesquisado sobre a interjeição, diga qual a importância desta classe gramatical em nossa língua.
4 - Numa folha de sulfite, copie as interjeições abaixo com letras de diferentes formas e tamanhos. Imagine, também, a personagem que a empregou e a cena em que ela foi usada e desenhe-as:
a) Plaft! b) Psiu!
c) Eu te amo tanto... Smack! d) Ah-ah!
Características da história em quadrinhos
• Narra uma história em quadros por meio de texto e imagem;
• Apresenta os elementos essenciais da narrativa: fatos, personagens, tempo e lugar.
• A movimentação das personagens é sugerida por meio de trocas pela expressão do rosto, pelo movimento do corpo e pelos gestos das personagens.
O texto pode ir nos balões, nas legendas, nas onomatopéias e nas interjeições;
Sua produção obedece normalmente às seguintes etapas de criação: argumento (resumo da história), rascunho com o esboço das personagens, balões, etc,. acabamentos e cor.
ATIVIDADE
Pesquise, em gibis velhos, balões de todos os formatos. Em um cartaz, cole os balões, dando-lhes título: fala, pensamento, balão-uníssono, balão-berro, etc...
... ...
Um problema sério que enfrentamos hoje, no nosso cotidiano, é o da preservação dos sistemas naturais da Terra que são vitais para a nossa sobrevivência e nosso bem-estar e que, infelizmente, estão sendo destruídos pelo homem.
Leia o próximo texto e descubra o que Calvin e Haroldo, personagens dos quadrinhos, pensam de certas atitudes do Homem frente à natureza.
ATIVIDADES
1 – Observe com atenção os primeiros quadrinhos e diga em que lugar você imagina que as personagens estão? Explique como você chegou a esta conclusão.
2 - Por que as palavras ditas por Calvin no quarto quadrinho estão em negrito? Que sentimentos ele expressa?
3 – Releia com atenção o segundo e sexto quadrinhos e explique o que Calvin quis dizer em cada um deles?
4 – Os quadrinhos nos transmitem idéias importantes. Que idéias são estas?
5 - Faça uma pesquisa sobre o tipo de mata que temos no Paraná. Faça um paralelo de qual a área ocupada por este tipo de mata há dez anos atrás e qual a área ocupada hoje. Demonstre esta diferença através de um gráfico.
6 - Qual a vegetação nativa própria da nossa região? Há muita área ocupada por ela ainda hoje?
7 - Quais as espécies animais que necessitam deste tipo de mata para seu habitat?
8 - Com a destruição da vegetação nativa pode haver algum desequilíbrio ecológico na cadeia alimentar? Explique.
Vamos ler, agora, um outro texto de Calvin e Haroldo, este tratando dos nossos pequenos problemas do dia-a-dia.
ATIVIDADE
1 – Esta história em quadrinhos retrata um dia na vida de Calvin. Quais os problemas que ele enfrenta neste dia?
2 – Faça um paralelo entre esta HQ e o seu dia-a-dia. As situações vividas por Calvin são semelhantes às vividas por você e demais adolescentes na vida real? Justifique sua resposta.
3 – No último quadrinho, Calvin usa a expressão “Ai, Aiiiii...”. que estado emocional ela revela?
4- Segundo você, o que seria para a mãe de Calvin “um grande dia”?
5- apesar das pessoas adultas viverem chamando sua atenção, contrariando suas vontades, você sente que eles gostam de você? Explique sua resposta.
CRIAÇÃO DA HISTÓRIA EM QUADRINHOS
Que tal, agora, você criar a sua própria história em quadrinhos retratando uma cena do cotidiano?
Vamos começar inventando um personagem (protagonista). Pense:
- quem ou que será ele (ou ela)? - qual seu aspecto físico?
- quais suas características interiores?
Agora desenhe seu personagem. Faça vários esboços a lápis até ficar satisfeito com seu aspecto.
Crie outros personagens para conviver com o que você criou: os coadjuvantes, o antagonista, etc.
Invente um ambiente para ele (a) viver: seu universo, de acordo com o jeito dele (a).
Imagine uma aventura que seu personagem possa viver. Não precisa ser longa. Na verdade, quanto mais curta, melhor.
Trabalhe sua idéia para que ela seja clara, tenha começo, meio e fim definidos.
Lembre-se: numa história em quadrinhos, você deve passar a idéia usando apenas diálogos e, no máximo, algumas legendas.
Pense desde já no visual de sua HQ, definindo como os trechos da história aparecerão nos quadrinhos, que balões usar, onomatopéias, etc.
Lembre-se de não colocar textos muitos longos nos balões. Uma HQ deve ser sintética, dizer mais pelas imagens do que pelo texto.
REFERÊNCIAS
CEREJA, William Roberto. Todos os textos, 5ª série / William Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. São Paulo: Atual, 1998.
CEREJA, William Roberto. Português: Linguagens 5ª série / William Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. 4 ed. São Paulo: Atual, 2006.
GONÇALVES, Maria Silvia. Português em outras palavras / Maria Silvia Gonçalves, Rosana Rios. São Paulo: Scipione, 1997.
NEGRINHO, Maria Aparecida. Aulas de redação 5ª, 6ª séries. 3 ed. São Paulo: Ática, 1994.
OLIVEIRA, Tânia A. tecendo textos: ensino de língua portuguesa através de projetos, 5ª série / Tânia A. Oliveira, R. Bertolini, A. S. Silva, 2 ed. São Paulo: IBEP 2002.
