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Defender os direitos humanos é hoje um ato de coragem, não deixe que se extinga.

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(1)

MARATONA

DE CARTAS

2017

Defender os direitos humanos é hoje um

ato de coragem, não deixe que se extinga.

(2)

No mundo em que vivemos, de realidades em constantes mudanças e de graves ameaças aos direitos humanos, é cada vez mais urgente que as pessoas que defendem os direitos humanos sejam também elas protegidas.

Atualmente, estes defensores arriscam a sua segurança para defender os direitos de outros,

todos os dias. Defendem liberdades, desafiam as injustiças e lutam para garantir que todos são tratados de forma justa. A este grupo de corajosos a Amnistia Internacional dedica a sua nova campanha BRAVE

e esta edição da Maratona de Cartas.

As nossas palavras, cartas e ações têm mais poder do que imaginamos. Com a vossa participação

pressionamos governos para que seja tomada ação imediata em defesa dos direitos humanos, e de quem os defende. Num mundo de incertezas, a Maratona de Cartas representa a oportunidade de nos fazermos ouvir ainda mais alto e de chegar ainda mais longe pelos direitos humanos.

Juntem-se a nós!

AS NOSSAS PALAVRAS TÊM MAIS PODER

(3)

O QUE É A MARATONA DE CARTAS?

Decorre durante o último trimestre de cada ano, altura em que se assinala o Dia Internacional dos Direitos Humanos, a 10 de dezembro. Milhões de pessoas em todo o mundo assinam e enviam cartas em prol de pessoas e comunidades em risco.

A Maratona de Cartas é o

maior evento de direitos

humanos organizado pela

Amnistia Internacional.

(4)

NÃO ESTAMOS SOZINHOS NA DEFESA DOS

DIREITOS HUMANOS!

2010

5 611

2011

11 087

2012

42 806

2013

96 186

2014

150 436

2015

170 550 nr. assinaturas PORTUGAL / 2016

265 665

CARTAS

MUNDO / 2016

4 660 774

CARTAS

(5)

O objetivo da

Maratona de Cartas

é sensibilizar para os casos selecionados, o que poderá resultar

numa melhoria das condições de vida destes defensores de direitos humanos, simplesmente através da

assinatura e envio de cartas. Com a participação de todos, enviamos milhões delas todos os anos.

11 087

42 806

96 186

150 436

170 550

265 665

Em 2016, foram enviadas 265 665 cartas de Portugal, que contribuíram para um total de 4 660 774 cartas a nível mundial!

(6)

QUE MATERIAIS EXISTEM?

Todos os materiais devem ser solicitados à Amnistia Internacional, através do envio do formulário para o efeito, devidamente preenchido.

• Podem pedir esse formulário enviando um email para a.farias@amnistia.pt ou preenchendo o formulário aqui

• Cartas A5 para assinatura individual, de cada caso

• Abaixo-assinados A4, de cada caso

• Planos de aulas

• Brochuras informativas de cada caso

• Autocolante geral da Maratona de Cartas

• Poster geral da Maratona de Cartas

• Lanternas para suporte de velas sobre cada um dos casos

• Vídeos (disponíveis em breve)

Nota: As cartas A5 e os abaixo-assinados A4 contêm o mesmo texto, e ambos estão escritos e prontos para assinar.

Ao pedir os materiais, por favor indiquem as quantidades para cada caso. Por exemplo, se pretenderem 100 cartas por caso, deverão escrever 100x5 uma vez que existem 5 casos diferentes.

(7)

O QUE É PRECISO FAZER?

SITE

LOCAL

DIVULGAÇÃO

• A grande ação da Maratona de Cartas consiste em dar a sua assinatura, o seu nome.

• Poderão fazê-lo no nosso site ou com uma ação de recolha de cartas. Ambas têm a mesma força e a

mesma validade em prol da defesa dos direitos humanos.

• Poderão organizar a Maratona no local que lhe for mais conveniente. • Recomendamos um local central na escola, um auditório, polivalente, biblioteca ou as salas de aulas.

• Toda a divulgação permite conseguir mais assinaturas e na Maratona de Cartas todas elas contam!

• Quer seja através do site da escola ou da universidade, blog, redes sociais, rádios ou jornais, é importante que ninguém fique indiferente.

(8)

O QUE É PRECISO FAZER?

SUGESTÕES DE AÇÕES DE RECOLHA DE CARTAS

• Sessão de educação para os direitos humanos (pode solicitar que um representante da Amnistia Internacional se desloque ao seu estabelecimento, aqui 1);

• Sessão de cinema;

• Encenação de um caso através de teatro, dança ou música;

• Debate ou tertúlia de esclarecimento;

• Festa de celebração do Dia

Internacional dos Direitos Humanos (10 de dezembro);

• Recolha de cartas com familiares e amigos;

• …. (deixamos à sua imaginação)

1Existem estruturas da Amnistia Internacional em várias cidades do país que pode contactar diretamente para fazer um pedido de sessão.

(9)

A imaginação não tem limites, e atentando às sugestões que nos

chegam todos os anos, repetimos o apelo:

façam-nos chegar fotografias

das vossas recolhas de

assinaturas!

Elas inspiram e motivam a

continuarmos o trabalho em prol

dos direitos humanos.

(10)

• Num local central da escola coloque a informação sobre os casos da Maratona, assim como as cartas que se encontram já escritas e prontas a ser assinadas. Estas cartas são enviadas para a escola, mediante pedido da mesma.

• É possível apresentar os casos também em contexto de sala de aula, através de atividades de

educação não formal, ou desafiando os alunos a introduzirem os casos da maneira mais original que conseguirem.

• Convidem toda a comunidade escolar a assinar as cartas.

• Em alternativa, peça às pessoas que assinem em:

• A Maratona de Cartas é uma

ótima oportunidade para as crianças e jovens terem um contacto mais ativo com os Direitos Humanos.

• Face à elevada taxa de sucesso, ao assinarem os casos sabem que estão a contribuir para o fim de injustiças e para um mundo melhor.

• Entre outubro, novembro e dezembro

COMO FUNCIONA?

PORQUE É IMPORTANTE?

QUANDO DECORRE?

(11)

QUEM PODE PARTICIPAR?

Todas as pessoas podem participar, e não existe

limite máximo de idade.

No entanto, atentando à capacidade de sensibilização e dos detalhes de cada caso, bem como da maturidade do público-alvo, tem sido prática que participantes com mais de 14 anos assinem as cartas.

Não é exigido qualquer documento de identificação para a assinatura em papel, e é apenas necessário a confirmação de dados pessoais a maiores de idade no nosso site.

(12)

SABER QUE NÃO FOI ESQUECIDO

E QUE ALGUÉM QUE NUNCA

CONHECEU ESTÁ A LUTAR PELOS

SEUS DIREITOS TEM UMA FORÇA

INCRÍVEL, NÃO DUVIDE.

Para os mais jovens, apelamos a que sejam feitos postais que reencaminhamos diretamente para as pessoas visadas nos casos.

A experiência que temos dos anos anteriores diz-nos que estas ações de solidariedade e estes postais têm uma força incalculável.

(13)

E DEPOIS DE RECOLHEREM ASSINATURAS E

CARTAS PARA A MARATONA?

Todas as cartas deverão ser enviadas para o escritório

da Amnistia Internacional

• As cartas são posteriormente enviadas ou entregues em

Embaixadas em Portugal durante o final do mês de janeiro. Na ausência ou recusa destes representantes diplomáticos em receber as cartas, a Amnistia Internacional envia diretamente para o país visado ou para outras representações

AMNISTIA INTERNACIONAL PORTUGAL

Departamento de Campanhas

(14)

IMPORTANTE

• A Amnistia Internacional responsabiliza-se pelos custos que poderão surgir com o envio das cartas. Para o efeito, pedimos que o envio por correio seja

feito com pedido de fatura em nome de Amnistia Internacional Portugal e com o nosso número de contribuinte: 501 223 738.

1É muito importante que as faturas venham em envelopes separados dos de envios das cartas, já que no ano passado perderam-se

encomendas de cartas com os recibos no interior, o que dificultou o reembolso. • Pedimos que enviem as cartas

em pacotes ao invés de em cartas individuais para poupar os custos. Pedimos também para que estes pacotes sejam enviados com a

identificação da escola, e não do agrupamento a que pertence (no

entanto, num pacote de um dado agrupamento podem vir as cartas das várias escolas desde que

devidamente identificadas). O envio deve ser feito por correio normal.

• O recibo deve ser enviado numa

carta separada (em correio registado para evitar que se extravie e de forma a garantirmos o pagamento)

para a Amnistia com a indicação de qual é a escola e professor responsável pelo envio das cartas e a indicação do respetivo IBAN para o qual se deverá fazer o reembolso da despesa1.

• Em caso de alguma dúvida por favor contacte a.farias@amnistia.pt

(15)

CASOS DA

MARATONA

DE CARTAS

2016

(16)

ANNIE ALFRED

MALAWI

EREN KESKIN

TURQUIA

Ainda antes de a Maratona de Cartas terminar, o Presidente do Malawi reforçou as leis que visam proteger as pessoas albinas, decretando que todos os que a violassem fossem condenados a prisão perpétua. Além disso, o governo do Malawi distribui agora, de forma gratuita, protetor solar em vários hospitais e centros de saúde. Os protetores solares são muitas vezes inacessíveis à maioria da população com albinismo pelo que, anteriormente, apenas dois hospitais os providenciavam. Além disso, a Primeira Dama apadrinhou a Associação de Pessoas com Albinismo no Malawi, sensibilizando ainda mais para o tema.

“Posso dizer que as campanhas da Amnistia Internacional foram sempre o único apoio que tive. Em países como a

Turquia, onde a opinião pública não é muito forte, a solidariedade internacional é incrivelmente importante… (…). Se perdemos a nossa confiança na solidariedade, não temos mais nada a que nos agarrar. A Amnistia Internacional faz campanha pelos meus direitos, e acredito que é por isso que nunca estive em pré-detenção. Já o disse antes: vejo a Amnistia Internacional como os salvadores dos defensores de direitos humanos e, pessoalmente, preciso muito desta solidariedade. Faz-me sentir mais segura. É por isso que vos peço, ativistas, que nunca desistam de nós.”

(17)

MÁXIMA ACUÑA

PERU

SHAWKAN

EGITO

No Peru, o caso de sucesso de Máxima Acuña marca um

precedente histórico no trabalho de ativistas ambientais: O Supremo Tribunal de Justiça decidiu, após 5 anos, que as acusações de invasão

Apesar de Shawkan permanecer em detenção na Prisão de Tora no Cairo, foi-lhe garantido o acesso aos cuidados médicos de que necessita (uma das nossas exigências). O caso de Mahmoud Abu Zeid, mais conhecido como

“Shawkan”, continua a ser monitorizado de perto pela Amnistia Internacional, pelo que apelamos a que o seu caso continue a ser divulgado. Pode assinar aqui , e continuar a promover o seu caso. Lembremo-nos sempre: fotografar não é um crime!

“Estou agradecida por não estar sozinha. Tenho o apoio de tantas pessoas de todo o

mundo, de países tão diferentes…Obrigada

(18)

UM OBRIGADO POR EDWARD SNOWDEN

Apesar de Barack Obama não ter perdoado Edward Snowden, decidiu perdoar Chelsea Manning: uma enorme vitória por todos os whistleblowers.

Chelsea Manning foi um caso da Maratona de Cartas de 2014.

Continuaremos a defender Edward Snowden, numa campanha global cuja participação ultrapassou todas as expectativas.

(19)

“Quero agradecer-vos, humildemente e de coração cheio, pelo vosso apoio inabalável. Mais de um milhão de vocês disse a uma única voz que a verdade importa. A minha gratidão está para lá de qualquer expressão possível.

Apesar dos poderes dos nossos dias me mantenham longe de casa por mais alguns anos, o vosso apoio faz-me companhia durante a luta. Com cada ação vossa, estão a assinar a história de como pessoas comuns, bondosas e generosas, se uniram nos Estados Unidos e em todo o mundo para mudar o nosso futuro coletivo. Não existe maior honra do que estar lado a lado com o vosso espírito generoso.

É esse mesmo espírito que permitiu libertar Chelsea Manning, que finalmente pôde voltar a casa após sete longos anos de prisão, por ter cometido o crime de dizer a verdade. Vai ser essa mesma força que vai preservar as nossas liberdades civis, não apenas durante os próximos quatro anos, mas para as gerações seguintes. É essa mesma força que me inspira a nunca desistir, e a pedir-vos que se comprometam ao mesmo.

Imbuídos desse espírito imparável, convido-vos a continuarem comigo uma vez mais para protegermos os valores que representam a verdadeira grandeza dos nossos tempos.

Amigos, não se enganem: há injustiça neste mundo, mas não irá durar para sempre.

(20)

CASOS DA

MARATONA

DE CARTAS

2017

(21)

Vivemos atualmente numa era onde o medo, a divisão e a demonização ganham terreno.

À urgência de defender os direitos humanos soma-se agora a urgência em

defender todos os corajosos defensores que estão na linha da frente!

Nesse sentido, e no âmbito da nova campanha internacional BRAVE , todos os casos da Maratona de Cartas dizem respeito a defensores de direitos

(22)

Clovis Razafimalala adora a floresta tropical de Madagáscar. Este pai de duas crianças e ativista ambiental faz tudo o que estiver ao seu alcance para proteger as ameaçadas árvores cor de rubi, as árvores de pau-rosa. Contudo, nada

impedirá uma corrupta rede de traficantes de tentar silenciar Clovis e outros ativistas como ele. Motivados pelos milhares

de milhões de dólares que conseguem angariar através da venda ilegal desta árvore rara, Clovis e os restantes ativistas tentam corajosamente travá-los enquanto o governo ignora a situação. Apesar da existência de leis contra a sua venda, o mercado negro de pau-rosa está em crescimento, o que realça a importância dos traficantes para o efeito.

Infelizmente, o ativismo de Clovis tem um preço. Em setembro de 2016, Clovis foi detido, acusado de organizar um protesto

Apelamos ao ministro da justiça no Madagáscar para que a condenação de Clovis

Razafimalala seja anulada, e que os direitos de todos os defensores de direitos humanos sejam protegidos. Apelamos para que todos os traficantes sejam responsabilizados pelo comércio ilegal de pau-rosa.

violento. Várias testemunhas referiram que à hora do protesto ele estava num restaurante, mas essas testemunhas nunca foram inquiridas no decurso da investigação.

Esta não é a primeira vez que Clovis é considerado um alvo. Em 2009 a sua casa foi incendiada e tem sido frequentemente aliciado a receber

subornos para parar de defender a floresta tropical de Madagáscar, sendo que todas as ofertas foram recusadas.

Em julho de 2017, Clovis foi condenado, com recurso a acusações falsas, a uma pena suspensa de 5 anos. Encontra-se atualmente a cumprir pena suspensa em liberdade.

Clovis não vai parar, e o seu ativismo pode leva-lo para a prisão, a qualquer momento.

Em causa: Direitos ambientais; uso

abusivo da legislação; julgamentos justos; liberdade de expressão

(23)

Era suposto ter sido um dia normal para İdil Eser, diretora da Amnistia Internacional na Turquia. Estava numa formação de rotina para defensores de direitos humanos, em julho de 2017, em Istambul. Com ela estava a sua amiga e ativista Özlem Dalkıran, fundadora da secção da Amnistia na Turquia, fazendo agora parte da Avaaz e da Citizens’ Assembly.

Quando o terceiro dia do seu workshop estava a começar, a polícia invadiu o edifício e prendeu-as em conjunto com mais oito pessoas. A acusação? “Apoiar uma organização terrorista” – uma alegação absurda. A detenção dos 10 de Istambul seguiu-se à do Presidente da Amnistia na Turquia, Taner Kılıç, detido desde 9 de junho com uma

acusação igualmente inaceitável: a de ser membro de uma “organização terrorista organizada”.

Estas detenções são as últimas de uma série de esforços do governo turco em silenciar os seus críticos. Desde a tentativa de golpe de Estado de julho de 2016, mais de 150 000 pessoas encontram-se sob investigação criminal. Os 10 de Istambul dedicaram a sua vida a defender os direitos de outros. Defendem e promovem a liberdade, lutando para que todos na Turquia possam ser tratados de forma justa. Cada dia que estes

defensores de direitos humanos passem atrás das grades, é um dia a mais da atual violenta repressão de liberdades na Turquia.

Em causa: Direito à liberdade de

expressão; reunião e manifestação; julgamentos justos

(24)

Sakris Kupila nunca se identificou como uma mulher. Contudo, este estudante de medicina de 21 anos, enfrenta

perseguições diárias uma vez que os seus documentos de identidade afirmam que ele é mulher.

Sakris era ainda adolescente quando percebeu que o género que lhe foi atribuído à nascença não representava a pessoa que é. Ele escolheu um novo nome – considerado masculino – mas, segundo a lei finlandesa, as pessoas não estão autorizadas a ter um nome que corresponda a outro género que não o seu. Sakris teve de ser diagnosticado com um “distúrbio mental” para poder ter o nome que escolheu.

Este foi o seu primeiro passo para o reconhecimento legal da sua pessoa. Mas para que o seu género seja reconhecido e alterado na Finlândia, para além do diagnóstico de “distúrbio mental”

Apelamos ao primeiro ministro da Finlândia para alterar a lei e a apoiar os defensores dos direitos transgénero.

é também necessário submeter-se a um processo de esterilização. Estas exigências colocam em causa a reputação da Finlândia enquanto país tolerante e aberto.

Para Sakris a escolha era óbvia: ele opõe-se a este tratamento humilhante e exige a mudança da lei. Sakris refere que “os mais básicos direitos humanos de pessoas transgénero estão a ser violados na Finlândia”, e acrescenta “não só

somos discriminados pela sociedade como também pelo Estado”.

A luta de Sakris tornou-o alvo de ameaças e hostilidade. Mas ele não desiste! “Eu só paro quando a luta tiver terminado”, diz.

Em causa: Direitos LGBTI; direitos

sexuais e reprodutivos; identidade de género; discriminação; liberdade de expressão

(25)

Shackelia Jackson, uma corajosa ativista, não vai desistir. Quando o seu irmão Nakiea foi alvejado pela polícia em 2014, ela garantiu que investigadores independentes da Jamaica protegiam a cena do crime.

A polícia perseguia um suspeito de um assalto com “aspeto de rastafári”, e Nakiea correspondia a essa descrição. A polícia encontrou-o no seu pequeno restaurante e disparou.

Os homicídios perpetrados pela polícia são demasiado comuns na Jamaica e têm sobretudo como alvo os jovens e cidadãos mais pobres. Só na última década foram mortas cerca de 2000 pessoas.

Shackelia estava determinada a não deixar que a história de Nakiea terminasse aqui. Tem vindo a batalhar contra um sistema judicial muito lento,

processo, reuniu dezenas de pessoas cujos familiares foram assassinados de forma semelhante, ampliando o seu desespero por justiça. A polícia respondeu com intimidações e rusgas à sua comunidade, que sempre coincidem com as datas das audiências em tribunal. Também ela e a sua família já foram alvo de intimidações.

Mas Shackelia recusa-se a ser silenciada. Ela diz que estas tentativas apenas reforçam a sua crença de que o que faz está correto. “Eu luto porque não tenho outra escolha”, refere. “Parar significa que estou a dar autorização para que outro agente policial mate outro dos meus irmãos”.

Em causa: Excesso de força policial;

julgamentos extrajudiciais; julgamentos justos; discriminação; impunidade

(26)

Farid al-Atrash e Issa Amro querem o fim dos colonatos israelitas – um crime de guerra que resulta dos 50 anos de ocupação do território palestiniano. Israel transformou muitas partes dos territórios ocupados em áreas de acesso proibido a palestinianos, tornando impossível a sua livre deslocação. Em oposição, os colonos judeus israelitas podem circular livremente em todo o espaço.

Dedicados ao ativismo pacífico, Farid e Issa enfrentam ataques constantes por parte dos soldados israelitas e dos colonos. Issa incentiva os jovens palestinianos a encontrarem formas pacíficas de se oporem à ocupação de Israel e às leis discriminatórias em vigor na cidade de Hebron. Consequentemente, as forças israelitas já o prenderam mais de uma vez, tendo já sido agredido e

Apelamos ao primeiro ministro de Israel para que todas as acusações contra Farid e Issa sejam retiradas imediatamente.

submetido a deslocações e interrogatórios de olhos vendados. “As forças de

ocupação israelitas consideram-nos um alvo para nos silenciar”, referiu Issa. Por outro lado, Farid, um advogado que expõe os abusos quer das autoridades israelitas como das autoridades palestinianas, enfrenta abusos semelhantes.

Em fevereiro de 2016, Issa e Farid protestaram pacificamente na cidade de Hebron por altura do 22º aniversário do primeiro encerramento de umas das suas ruas a palestinianos, a rua al-Shuhada. Em Hebron, 200 000 palestinianos vivem reféns dos 800 colonos israelitas que vivem no centro da cidade. Os dois homens enfrentam agora acusações absurdas, claramente formuladas para impedirem que o seu trabalho em direitos humanos continue.

Em causa: Direito à liberdade de

expressão; reunião e manifestação; excesso de força policial; discriminação; detenções arbitrárias; impunidade; julgamentos justos

(27)

COMO FOI A

MARATONA

DO ANO

PASSADO?

2016

(28)

PORTUGAL

MUNDIAL

265 665

assinaturas

181 ENTIDADES DE ENSINO

23 ESTRUTURAS DA AMNISTIA

INTERNACIONAL

8 INSTITUIÇÕES

1009 AÇÕES DE SOLIDARIEDADE

4 660 774

assinaturas

AJUDAM-NOS A BATER ESTE RECORDE?

EM

AS NOSSAS ASSINATURAS CONTRIBUÍRAM

PARA O ENVIO DE

A NÍVEL

BATEMOS MAIS UM RECORDE

COM O ENVIO DE

FOI POSSÍVEL ATRAVÉS DE CENTENAS DE PARTICIPAÇÕES, ENTRE AS QUAIS DESTACAMOS

(29)

RECENTES DE SUCESSOS, ONDE A PARTICIPAÇÃO

DE TODOS FOI FUNDAMENTAL

MUHAMMAD BEKZHANOV

UZBEQUISTÃO

Muhammad Bekzhanov, um dos jornalistas detidos há mais anos em todo o mundo, foi liberto em fevereiro de 2017, após ter passado 17 anos atrás das grades. Centenas de pessoas escreveram a apelar pela sua liberdade.

“Receber as vossas cartas motivou-me verdadeiramente enquanto estava preso. Muito muito obrigado!”

(30)

MÁXIMA ACUÑA

CHELSEA MANNING

PERU

EUA

As acusações contra Máxima Acuña, uma camponesa e agricultora que desafiou uma das maiores empresas de mineração a nível mundial, foram retiradas em maio de 2017. Mais de 150 000 pessoas enviaram-lhe mensagens de solidariedade, de todos os cantos do mundo.

A whistleblower Chelsea Manning foi liberta em maio de 2017, após a sentença de 35 anos de que foi alvo ter sido encurtada pelo Presidente Barack Obama. Mais de 250 000 pessoas apelaram à sua libertação.

“Continuem a apoiar, a ajudar e não apenas a mim, ok?”

“Gostava de ter o tempo e a capacidade de agradecer a cada um de vocês por me terem dado um pouco mais de alegria em cada uma das vossas cartas!”

(31)

ERKIN MUSAEV

UZBEQUISTÃO

Após 11 anos de prisão, Erkin Musaev, foi liberto por ordem presidencial no dia 10 de agosto. Erkin tinha sido condenado a 20 anos de prisão, após ter sido detido com acusações politicamente motivadas a que se seguiu um julgamento injusto. Foi inclusive torturado e a sua família ameaçada ao longo destes anos. Milhares de pessoas apelaram à sua libertação.

“Quero expressar a minha mais profunda gratidão a todos os ativistas da Amnistia, bem como a todos os que me apoiaram e à minha família durante este período difícil. Esta é de facto uma grande vitória, para a qual a vossa contribuição foi indispensável! Muito muito obrigado por tudo o que fizeram por mim.”

(32)

As nossas assinaturas têm mais poder do que pensamos, e é através delas que

podemos continuar a mudar vidas!

Assine! A vida de alguém depende disso.

NINGUÉM DEVERÁ FICAR INDIFERENTE

Hoje, os defensores de direitos humanos encontram-se em risco. Precisam que

todos nós tenhamos a

coragem de os defender, da mesma forma que eles/as

incansavelmente defendem os direitos de todos, todos os dias.

(33)

NINGUÉM DEVERÁ FICAR INDIFERENTE

“O espírito de coragem ainda está vivo hoje. Seja

como a coragem de Malala Yousafzai, ou a coragem

de Chelsea Manning, há pessoas que, aqui e agora,

estão a enfrentar enormes riscos pelos direitos de

todos nós. Sem a sua coragem, o nosso mundo é menos

justo e mais desigual. É por isso que hoje apelamos a

todas as pessoas – não apenas aos líderes mundiais –

que apoiem os defensores de direitos humanos e que

Referências

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