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UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS CURSO DE SERVIÇO SOCIAL PROJETO DO CURSO DE SERVIÇO SOCIAL

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UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS

CURSO DE SERVIÇO SOCIAL

PROJETO DO CURSO DE SERVIÇO SOCIAL

CAXIAS DO SUL

2011

(2)

UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS

CURSO DE SERVIÇO SOCIAL

ELABORADO E ORGANIZADO PELAS PROFESSORAS:

MS. ELIZABETE BERTELE

DRA. MARA DE OLIVEIRA

DRA. ANA MARIA PAIM CAMARDELO

PROJETO DO CURSO DE SERVIÇO SOCIAL

FORMATADO E REVISADO PELA ACADÊMICA:

ANA KELEN DALPIAZ

CAXIAS DO SUL

2011

(3)

SUMÁRIO LISTA DE QUADROS ... 5 LISTA DE SIGLAS ... 6 1 APRESENTAÇÃO ... 7 2 JUSTIFICATIVA ... 9 3 REFERENCIAIS ORIENTADORES ... 12

3.1 O SERVIÇO SOCIAL: PROFISSÃO INSERIDA NA DIVISÃO SÓCIO-TÉCNICA DO TRABALHO ... 12

3.1.1 Espaços sócio-ocupacionais: campo de atuação dos assistentes sociais . 13 3.1.2 Demandatários da ação profissional do assistente social ... 14

3.1.3 Competências e habilidades gerais e especificas do trabalho do Assistente Social ... 14

3.1.4 Princípios fundamentais do exercício profissional ... 17

3.1.5 Política Nacional de Educação Ambiental e Educação em Direitos Humanos ... 18

3.2 PARÂMETROS DA FORMAÇÃO PROFISSIONAL ... 19

3.3 OBJETIVO ... 23

4 PERFIL DO EGRESSO ... 24

5 ORGANIZAÇÃO CURRICULAR ... 26

5.1 NÚCLEOS DE FUNDAMENTAÇÃO DA FORMAÇÃO PROFISSIONAL E DISCIPLINAS PERTINENTES DEFINIDOS PELAS DIRETRIZES CURRICULARES PARA OS CURSOS DE SERVIÇO SOCIAL ... 26

5.1.1. Núcleo de fundamentos teórico-metodológicos da vida social ... 27

5.1.2 Núcleo de fundamentos da formação sócio-histórica da sociedade brasileira ... 28

5.1.3 Núcleo de fundamentos do trabalho profissional ... 29

5.2. CONJUNTOS DE ATIVIDADES DE ENSINO E DE APRENDIZAGEM COM VISTAS À FORMAÇÃO PROFISSIONAL EM NÍVEL DE GRADUAÇÃO DEFINIDO PELA UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL. ... 30

5.2.1 Formação Geral ... 31

(4)

5.2.3. Formação Específica Própria da Profissão ... 32

5.2.4. Formação Complementar ... 33

5.3 SÍNTESE DOS CRÉDITOS E HORAS TOTAL, CONSIDERANDO O CONJUNTO DE ATIVIDADES DE ENSINO E APRENDIZAGEM. ... 34

5.4 CONCEPÇÃO METODOLÓGICA ... 35

5.5 CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO ... 36

5.6 PLANO DE EXECUÇÃO CURRICULAR ... 38

5.7 PROJETOS DAS UNIDADES DE APRENDIZAGEM ... 40

5.8 ESTÁGIOS EM SERVIÇO SOCIAL... 40

5.8.1. Estágio Obrigatório em Serviço Social ... 41

5.8.2. Estágios não-obrigatórios em Serviço Social ... 45

5.9 TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO (TCC) ... 46

5.10 ATIVIDADES COMPLEMENTARES ... 47

5.11 ARTICULAÇÃO ENTRE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO ... 48

REFERÊNCIAS ... 50

ANEXO A - PLANOS DE ENSINO DAS DISCIPLINAS DO PRIMEIRO SEMESTRE DO CURSO DE SERVIÇO SOCIAL ... 53

ANEXO B - PLANOS DE ENSINO DAS DISCIPLINAS DO SEGUNDO SEMESTRE DO CURSO DE SERVIÇO SOCIAL ... 77

ANEXO C - PLANOS DE ENSINO DAS DISCIPLINAS DO TERCEIRO SEMESTRE DO CURSO DE SERVIÇO SOCIAL ... 102

ANEXO D - PLANOS DE ENSINO DAS DISCIPLINAS DO QUARTO SEMESTRE DO CURSO DE SERVIÇO SOCIAL ... 130

ANEXO E - PLANOS DE ENSINO DAS DISCIPLINAS DO QUINTO SEMESTRE DO CURSO DE SERVIÇO SOCIAL ... 156

ANEXO F - PLANOS DE ENSINO DAS DISCIPLINAS DO SEXTO SEMESTRE DO CURSO DE SERVIÇO SOCIAL ... 178

ANEXO G - PLANOS DE ENSINO DAS DISCIPLINAS DO SÉTIMO SEMESTRE DO CURSO DE SERVIÇO SOCIAL ... 203

ANEXO H - PLANOS DE ENSINO DAS DISCIPLINAS DO OITAVO SEMESTRE DO CURSO DE SERVIÇO SOCIAL ... 225

(5)

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Disciplinas pertinentes ao núcleo de fundamentos teórico-metodológicos

da vida social...26

Quadro 2 - Disciplinas pertinentes ao núcleo de fundamentos da formação

sócio-histórica da sociedade brasileira...27

Quadro 3 - Disciplinas pertinentes ao núcleo de fundamentos do trabalho

profissional...29

Quadro 04 - Relação das disciplinas, créditos e quantidades de horas de Formação

Geral...30

Quadro 05 - Relação das disciplinas, créditos e quantidades de horas de Formação

Específica Básica...30

Quadro 06 - Relação das disciplinas, créditos e quantidades de horas de Formação

Específica Própria da Profissão...31

Quadro 07 - Relação das disciplinas, créditos e quantidades de horas de Formação

Complementar...33

Quadro 8 - Plano curricular do curso de Serviço Social...38 Quadro 9 - Relação das disciplinas que devem ser cursadas anteriormente ou

concomitantemente ao desenvolvimento do estágio, de acordo com as habilidades/competências exigidas...46

(6)

LISTA DE SIGLAS

ABEPSS – Associação Brasileira de Ensino, Pesquisa em Serviço Social ABESS – Associação Brasileira de Ensino em Serviço Social

CAPES – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior CEPE– Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão

CES – Câmara de Educação Superior

CFESS – Conselho Federal de Serviço Social CNE – Conselho Nacional de Educação

CNPQ – Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico CRAS – Centro de Referência de Assistência Social

CRESS – Conselho Regional de Serviço Social

CREAS – Centro de Referência Especializado de Assistência Social FG – Formação Geral

FE – Formação Específica

FEB – Formação Específica Básica

FEP – Formação Específica Própria da Profissão FC – Formação complementar

MEC – Ministério da Educação RJ – Rio de Janeiro

UBS – Unidade Básica de Saúde UCS– Universidade de Caxias do Sul

(7)

7

1 APRESENTAÇÃO

O presente Projeto do Curso de Serviço Social, tendo como produto um novo Plano de Execução Curricular, é resultado de um processo coletivo de debates, reflexões e proposições entre docentes e estudantes do Curso de Serviço Social da UCS, profissionais assistentes sociais inseridos na região, além da participação de representante da Seccional do CRESS de Caxias do Sul.

No ano de 2010, esse processo coletivo foi efetivado através de 12 oficinas, envolvendo os diferentes sujeitos: três oficinas abarcando todos os estudantes do Curso; duas oficinas específicas com os estudantes inseridos em estágios obrigatórios e não obrigatórios; cinco oficinas com os professores assistentes sociais e de áreas afins; duas oficinas com os profissionais assistentes sociais da região e representantes da Seccional do CRESS Caxias do Sul, além das inúmeras reuniões com os membros do Colegiado do Curso de Serviço Social.

É importante informar ainda que, os estudantes formaram uma comissão para acompanhar diretamente o processo de construção do referido projeto, facilitando desta forma a comunicação entre os diferentes protagonistas.

Utilizaram-se como dispositivo nucleador dos debates perguntas abertas e alguns indicativos de respostas apresentadas pela coordenação de curso, tendo em vista levantamento construído pela mesma, diante das avaliações on-line realizadas semestralmente pelos estudantes, das avaliações feitas por estudantes em estágio obrigatório, supervisão acadêmica e supervisão de campo; das discussões ocorridas no espaço do Colegiado do Curso e nas reuniões de professores. As perguntas foram:

a) Que profissão é esta (Serviço Social), quais os princípios fundamentais do exercício profissional e quais os espaços sócio-ocupacionais (campo de atuação dos assistentes sociais) que vem demandando intervenção? Quem são os demandatários da ação profissional?

b) Quais são as competências e habilidades gerais e específicas do trabalho do Assistente Social definidas à profissão?

c) Qual o Perfil do egresso, capaz de exercitar qualificadamente as competências e atribuições dispostas ao assistente social?

(8)

8 d) Por que mudar o Projeto do Curso e o Plano de Execução Curricular (SER

227 G)?

Os indicativos de respostas às perguntas a) e b) foram sistematizados a partir das definições pautadas pelo Projeto Ético Político Profissional, consensado pela categoria profissional dos assistentes sociais e dispostos entre outros, na Lei de Regulamentação da Profissão (BRASIL, 1993); no Código de Ética Profissional dos Assistentes Sociais (CFESS, 1993); nas Diretrizes Curriculares para os Cursos de Serviço Social (CNE/CES, 2002).

A revisão de conceitos; princípios; direitos e responsabilidades gerais e específicas do Assistente Social; relações profissionais, com os usuários, com as instituições empregadoras, com outros profissionais, com as diferentes entidades governamentais e não governamentais; competências gerais e específicas responderam a pergunta c) Qual é o perfil do egresso, capaz de exercitar qualitativamente as competências e atribuições dispostas ao Assistente Social? e justificaram a pergunta d) Por que mudar o Projeto do Curso e o Plano de Execução Curricular (SER 227 G)?

As reflexões e proposições efetuadas nas oficinas ocorreram de forma cumulativa onde em cada uma resgataram-se as reflexões e proposições da anterior, diante do que ocorreram os avanços e decisões sobre o resultado ora apresentado.

Estes aspectos, conjuntamente com as discussões articuladas aos Núcleos de Fundamentação da Formação Profissional apontados nas Diretrizes Curriculares para os Cursos de Serviço Social (2002) e pelos Conjuntos de atividades de ensino e de aprendizagem com vistas à formação profissional em nível de graduação definido pela universidade de Caxias do Sul, determinaram os Parâmetros da Formação Profissional, Objetivos e Organização Curricular propostos.

(9)

9

2 JUSTIFICATIVA

O Curso teve seu reconhecimento através da Portaria do MEC nº 226, de 18 de março de 1980.

Em 1996, a partir da aprovação de novas diretrizes sobre a Política e Diretrizes de Ensino de Graduação - CEPE/93 - o Curso de Serviço Social desta Universidade revisou seu currículo levando em consideração essas novas diretrizes; bem como introduziu, na referida revisão, alguns princípios que estavam, naquele momento, sendo discutidos no âmbito da Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social – ABEPSS, sobre as novas diretrizes orientadoras do processo de formação profissional.

A partir da aprovação das Diretrizes Curriculares Nacionais, o Colegiado do Curso de Serviço Social da UCS estabeleceu avaliações sistemáticas, buscando integralizar os princípios das novas Diretrizes Curriculares – Parecer CNE/CES 492/2001 e Resolução CNE/CSE 15/2002, bem como os subsídios definidos pela UCS para elaboração e avaliação do projeto do curso, sem, no entanto, realizar alterações no plano de execução curricular.

O processo de revisão curricular teve por princípios: o envolvimento efetivo de alunos e professores do Curso de Serviço Social, tanto no âmbito das reuniões do Colegiado, quanto em oficinas, seminários e encontros programados para este fim, além dos resultados das avaliações desencadeadas pelo Colegiado e da autoavaliação institucionalizada pela Universidade de Caxias do Sul. Assim, pode-se apontar que as alterações previstas no novo Projeto do Curso de Serviço Social estão amparadas não somente nos aspectos jurídico-legais, mas também, na realidade e nas necessidades provindas da comunidade acadêmica.

Portanto, o atual Projeto do Curso de Serviço Social pauta-se em quatro

conjuntos de necessidades que direcionaram as discussões e proposições de

mudanças do referido projeto. São elas:

a) atender às exigências apontadas pelas normatizações estabelecidas pela UCS através da Resolução nº 22-2008 CEPE/UCS, distribuindo as disciplinas de acordo com o conjunto de atividades de ensino e de aprendizagem

(10)

10 geral, formação específica – básica e própria da profissão e formação complementar);

b) possibilitar ao acadêmico atividades de Estágio não vinculadas especificamente a disciplinas;

c) atender às demandas atuais de inserção do assistente social junto às diferentes políticas sociais públicas, por meio da ampliação da oferta de disciplinas na área das políticas sociais públicas para, também, educação, habitação, segurança pública e meio ambiente.

Cabe ressaltar que as demandas atuais para os profissionais em Serviço Social emergem da conjuntura nacional e internacional que passa por processos intensos de transformações do modo como se configuram as relações de uma sociedade globalizada.

Nesses sentido, vários estudos apontam um importante papel sendo exercido pelas chamadas “cidades médias”. Em linhas gerais, pode-se considerar que as cidades médias passam a se constituir em territórios de referência, pois possibilitam pôr em evidência os resultantes sociais determinados pelas dimensões políticas e econômicas presentes nas mesmas e que, de maneira particularizada, expressam as marcas históricas do desenvolvimento desigual da sociedade brasileira.1

No caso, o município de Caxias do Sul, cumpre um importante papel sociopolítico na região nordeste e no Estado do Rio Grande do Sul. Constitui o segundo maior e mais influente município do Rio Grande do Sul, possui, conforme dados da Fundação de Economia e Estatística (FEE) (2007) 399.038 habitantes, sendo o principal município da chamada “região da Serra”, cujo conjunto de mais de 50 municípios perfaz mais de um milhão de habitantes.2

A cidade tem uma identidade urbano-industrial, que apresenta muito das características próprias das grandes metrópoles industrializadas, com todas as conseqüências decorrentes da sociedade de mercado, ou seja, já vivenciou e vem vivenciando processos de transformações decorrentes do atual modelo de sociedade globalizada. Pesquisas já foram realizados a respeito da vocação

1

Para maiores aprofundamentos: VELTZ (2001).

2

Dados extraídos do site http://www.fee.tche.br/sitefee/pt/content/capa/index.php Acesso em: set. 2008.

(11)

11 econômica e industrial da cidade e também tem apontando as problemáticas sociais presentes nesse contexto.3

Com isso, verifica-se que, a Universidade, especialmente as comunitárias, deve contribuir para construção de uma sociedade que contemple crescimento econômico com desenvolvimento humano e social. Nesse sentido, a existência do curso de Serviço Social na UCS se justifica, à medida que se propõe a produzir conhecimento que permita aos futuros profissionais do campo social compreender e reconhecer as expressões da questão social contemporâneas com a finalidade de formular e implementar propostas de intervenção para o enfrentamento das múltiplas expressões da questão social, com capacidade de: “promover o exercício pleno da cidadania e a inserção criativa e propositiva dos usuários do Serviço Social no conjunto das relações sociais e no mercado de trabalho”. (CNE/CES, Resolução CNE/CES nº 15 de 2002).

3

(12)

12

3 REFERENCIAIS ORIENTADORES

3.1 O SERVIÇO SOCIAL: PROFISSÃO INSERIDA NA DIVISÃO SÓCIO-TÉCNICA DO TRABALHO

O Serviço Social surge no Brasil como profissão na década de 1930 e “foi uma das primeiras profissões da área social a ter aprovada sua lei de regulamentação profissional” (CFESS, 2010).

As duas primeiras escolas de Serviço Social no Brasil foram: a Escola de Serviço Social de São Paulo, em 1936 e a Escola de Serviço Social do Rio de Janeiro, em 1937.

O curso superior de Serviço Social foi oficializado no país pela lei nº 1889 de 1953. Em 27 de agosto de 1957, a Lei 3.252, juntamente com o Decreto

994 de 15 de maio de 1962, regulamentou a profissão.

A institucionalização do Serviço Social está diretamente vinculada às necessidades de atendimento às contradições que são próprias da sociedade capitalista em seus processos sociais, políticos e econômicos que caracterizam as relações entre as classes sociais.

Assim, a institucionalização da profissão de uma forma geral, nos países industrializados, está associada à progressiva intervenção do Estado nos processos de regulação social. As particularidades desse processo no Brasil evidenciam que o Serviço Social se institucionaliza e legitima profissionalmente como um dos recursos mobilizados pelo Estado e pelo empresariado, com o suporte da Igreja Católica, na perspectiva do

enfrentamento e regulação da Questão Social, a partir dos anos 30,

quando a intensidade e extensão das suas manifestações no cotidiano da vida social, adquire expressão política. A Questão Social em suas variadas expressões e, em especial, quando se manifesta nas condições objetivas de vida dos segmentos mais empobrecidos da população é, portanto, a „matéria prima‟ e a justificativa da constituição do espaço do Serviço Social na divisão sócio-técnica do trabalho e na construção/atribuição da identidade da profissão. (YAZBEK, 2009, p. 130, grifo nosso).

Hoje é uma profissão devidamente regulamentada pela Lei 8.662, de 17/06/93 e orientada pelo Código de Ética Profissional do Assistente Social (Resolução do CFESS nº 273/93).

A partir da década de 1980, a área do Serviço Social passou a ser reconhecida pelos órgãos de fomento de pesquisa – CNPq e CAPES, ganhando

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13 assim sua autonomia acadêmico-científica, ampliando-se com isso os cursos de pós-graduação lato sensu em diferentes universidades brasileiras e as pesquisas em Serviço Social. Desde 1946 a ABEPSS responde pela qualidade da formação profissional.

Inscrito na divisão social e técnica do trabalho social, a intervenção do assistente social participa do processo de produção e reprodução das relações sociais. Sua atuação é demarcada no campo da prestação dos denominados

serviços sociais, diretamente vinculados ao campo das políticas sociais públicas e

privadas.

O Serviço Social é uma profissão de caráter sócio-político, crítico e interventivo, que se utiliza de instrumental científico multidisciplinar das Ciências Humanas e Sociais para análise e intervenção nas diversas refrações da „questão social‟ isto é, no conjunto de desigualdades que se originam do antagonismo entre a socialização da produção e a apropriação privada dos frutos do trabalho. Inserido nas mais diversas áreas (saúde, previdência, educação, habitação, lazer, assistência social, justiça, etc) com papel de planejar, gerenciar, administrar, executar e assessorar políticas, programas e serviços sociais, o assistente social efetiva sua intervenção nas relações entre os homens no cotidiano da vida social, por meio de uma ação global de cunho sócio-educativo e de prestação de serviços. (CRESS/RJ, 2008, p. 11).

3.1.1 Espaços sócio-ocupacionais: campo de atuação dos assistentes sociais

Historicamente, os assistentes sociais inseriram-se em espaços de trabalho governamentais e não governamentais, sendo estes últimos com ou sem fins lucrativos.

O trabalho profissional, na contemporaneidade, vem sendo exercido junto a: a) entidades estatais vinculadas ao poder executivo, da administração direta –

esferas nacional, estaduais e municipais – e da administração indireta – autarquias, fundações, empresas estatais; consórcios públicos e entes paraestatais;

b) entidades estatais vinculadas aos poderes judiciário e legislativo; c) ministério público;

d) entidades com fins lucrativos: sociedade empresária e sociedade simples, inclusive sociedades cooperativas;

(14)

14 e) entidades não governamentais sem fins lucrativos tais como as fundações e associações, com ou sem Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social;

f) conselhos de direitos, de políticas sociais e tutelares;

g) unidades de ensino e Cursos de Serviço Social, de graduação e pós-graduação;

h) associações, núcleos, centros de estudo e de pesquisa em Serviço Social; i) órgãos e entidades representativas da categoria profissional;

j) organizações populares, que agregam, entre outros, movimentos sociais em geral, associações de moradores, sindicatos, etc.

3.1.2 Demandatários da ação profissional do assistente social

Os demandatários da ação profissional do assistente social são usuários (sujeitos): indivíduos, grupos de diferentes segmentos sociais (inclusive famílias), população; organizações: movimentos sociais; órgãos da administração pública direta e indireta; empresas privadas e outras entidades; organizações populares; unidades de serviço social e serviços técnicos; unidades de ensino; associações, núcleos, centros de estudo e de pesquisa; órgãos e entidades representativas da categoria profissional; conselhos de direitos e de políticas sociais públicas.

3.1.3 Competências e habilidades gerais e especificas do trabalho do Assistente Social

De acordo com o Código de Ética Profissional do Assistente Social (Resolução CFESS nº 273, de 13 de março de 1993); Lei de regulamentação da Profissão (Lei n° 8.662, de 7 de junho de 1993); Diretrizes Curriculares para os Cursos de Serviço Social (Resolução CNS/CES nº 15 de 13 de março de 2002), os

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15 assistentes sociais, nos espaços sócio-ocupacionais, campo de atuação, indicados no item 3.1.1 devem exercer competências e habilidades específicas tais como:

 elaborar, formular, planejar, organizar, implementar, executar, coordenar/dirigir/administrar (gestar) e avaliar políticas sociais, planos programas, projetos, serviços, benefícios, estudos, pesquisas no âmbito de atuação do Serviço Social;

 exercer funções de direção em organizações públicas e privadas na área de Serviço Social;

 prestar assessoria e consultoria às entidades e órgãos definidos no item 3.1.1 Espaços sócio-ocupacionais: campo de atuação dos assistentes sociais;  orientar, acompanhar, encaminhar, através de atendimento direto, a

população na identificação de recursos para atendimento e defesa de seus direitos;

 realizar estudos socioeconômicos para identificação de demandas e necessidades sociais;

 realizar visitas, perícias técnicas, laudos, informações e pareceres sobre matéria de Serviço Social;

 supervisionar estagiários de Serviço Social;

 fiscalizar o exercício profissional através dos Conselhos Federal e Regionais;  assumir em unidades de ensino de Serviço Social – graduação e

pós-graduação lato e stricto sensu –, disciplinas e funções que exijam conhecimentos próprios e adquiridos em curso de formação regular.

O exercício destas competências e habilidades, efetuadas por meio de políticas sociais públicas e privadas, podem ser assim sintetizadas:

a) organização e gestão de políticas sociais públicas (assistência social, educação, saúde, segurança pública, habitação, previdência social, entre outros);

b) organização e gestão de unidades de serviços (básicos e especializados de média e alta complexidade, tais como, CRAS, CREAS, UBS, Serviços Especializados de saúde mental, rede hospitalar);

c) organização e gestão junto a serviços sociais de entidades privadas e de unidades de Serviço Social de entidades públicas e privadas;

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16 d) atendimento direto aos usuários dos serviços, programas, projetos e

benefícios das políticas sociais públicas e privadas;

e) assessoria e consultoria a técnicos de diferentes áreas de conhecimento sobre políticas sociais públicas;

f) assessoria e consultoria a instituições públicas e privadas no âmbito de atuação do Serviço Social;

g) serviços técnicos especializados em Serviço Social a diferentes entidades e profissionais tais como constituição de diagnósticos sociais, planejamentos, avaliações sociais, etc.;

h) supervisão e orientação técnica a estudantes de graduação, pós-graduação e profissionais;

i) planejamento de serviços, benefícios, programas, projetos, políticas sociais e do próprio atendimento direto prestado ao usuário;

j) avaliação de pesquisas, programas, projetos, benefícios e políticas sociais. Independente do espaço sócio-ocupacional e das competências específicas exercidas, o assistente social tem como competências e habilidades gerais:

compreensão do significado social da profissão e de seu desenvolvimento sócio-histórico, nos cenários internacional e nacional, desvelando as possibilidades de ação contidas na realidade;

identificação das demandas presentes na sociedade, visando a formular respostas profissionais para o enfrentamento da questão social;

contribuição na viabilização da participação dos usuários nas decisões institucionais;

 desenvolvimento de ações vinculadas à defesa dos direitos de cidadania e dos valores democráticos, na perspectiva da liberdade, da equidade e da justiça social, incidindo diretamente: na melhoria da qualidade de vida nos processos de trabalho; voltadas para a superação de vulnerabilidades, riscos sociais e pessoais; voltadas à superação das necessidades humanas e sociais.

(17)

17

3.1.4 Princípios fundamentais do exercício profissional

De acordo com o Código de Ética do Assistente Social4, norteador das ações profissionais, são princípios fundamentais, que devem orientar, então, a

formação de futuros assistentes sociais:

Reconhecimento da liberdade como valor ético central e das demandas

políticas a ela inerentes – autonomia, emancipação e plena expansão dos indivíduos sociais;

Defesa intransigente dos direitos humanos e recusa do arbítrio e do

autoritarismo;

Ampliação e consolidação da cidadania, considerada tarefa primordial de

toda a sociedade, com vistas à garantia dos direitos civis sociais e políticos das classes trabalhadoras;

Defesa do aprofundamento da democracia, enquanto socialização da

participação política e da riqueza socialmente produzida;

Posicionamento em favor da equidade e justiça social, que assegure

universalidade de acesso aos bens e serviços relativos aos programas e políticas sociais, bem como sua gestão democrática;

Empenho na eliminação de todas as formas de preconceito,

incentivando o respeito à diversidade, à participação de grupos socialmente discriminados e à discussão das diferenças;

Garantia do pluralismo, através do respeito às correntes profissionais

democráticas existentes e suas expressões teóricas, e compromisso com o constante aprimoramento intelectual;

Opção por um projeto profissional vinculado ao processo de construção

de uma nova ordem societária, sem dominação-exploração de classe, etnia e gênero;

Articulação com os movimentos de outras categorias profissionais que

partilhem dos princípios deste Código e com a luta geral dos trabalhadores;

Exercício do Serviço Social sem ser discriminado, nem discriminar, por

questões de inserção de classe social, gênero, etnia, religião, nacionalidade, opção sexual, idade e condição física. (Código de Ética do Assistente Social, Princípios Fundamentais, 1993, grifo nosso).

Tais princípios devem ser concretizados no cotidiano profissional do assistente social, efetivado, como dispõe, também, seu Código de Ética:

a partir do fundamental: compromisso com a qualidade dos serviços

prestados;

tendo como diretriz o permanente aprimoramento intelectual, na perspectiva da competência profissional;

 com eficiência e responsabilidade, em acordo com legislação em vigor;

 na constituição de procedimentos que viabilizem a participação da população usuária nas decisões institucionais;

4

Este código, instituído pela Resolução CFESS nº 273/93, de 13 de março de 1993, está publicado no Diário Oficial da União, nº 60, de 30/03/93, Seção I, pp. 4004 a 4007.

(18)

18

 na garantia, à população usuária, à plena informação e reflexão sobre as possibilidades e consequências das alternativas profissionais apresentadas, respeitando, rigorosamente, desde que não firam a lei e coloquem em risco a vida e dignidade de outrem, as decisões dos usuários, mesmo que contrárias aos do profissional;

 com transparência, de acordo com os interesses e necessidades coletivas dos usuários.

Na sociedade contemporânea exercitar esses princípios demanda uma luta

permanente contra a corrente. Pode-se dizer que no Brasil e na América Latina

como um todo

os assistentes sociais há muito acenaram a bandeira da esperança - essa rebeldia que rejeita o conformismo e a derrota -, contradizendo a cultura da indiferença, do medo e da resignação que conduz à naturalização das desigualdades sociais, da violência, de preconceitos de gênero, raça e etnia. E conseguiram manter viva a capacidade de

indignação ante o desrespeito aos direitos humanos e sociais de homens e mulheres, crianças, jovens e idosos das classes subalternas com os quais trabalhamos cotidianamente (IAMAMOTO, 2004, p. 6, grifo nosso).

3.1.5 Política Nacional de Educação Ambiental e Educação em Direitos Humanos

A Política Nacional de Educação Ambiental (Lei nº 9795 de 27/04/1999) define educação ambiental como sendo “os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade”.

Em respeito a essa política, o curso assume os princípios básicos previstos: a) o enfoque humanista, holístico, democrático e participativo;

b) a concepção do meio ambiente em sua totalidade, considerando a interdependência entre o meio natural, o sócio-econômico e o cultural, sob o enfoque da sustentabilidade;

c) o pluralismo de ideias e concepções pedagógicas, na perspectiva da inter, multi e transdisciplinaridade;

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19 d) a vinculação entre a ética, a educação, o trabalho e as práticas sociais;

e) a garantia de continuidade e de permanência do processo educativo;

f) a permanente avaliação crítica do processo educativo; g)a abordagem articulada das questões ambientais locais, regionais, nacionais e globais; g) o reconhecimento e o respeito à pluralidade e à diversidade individual e

cultural.

Do mesmo modo, em vista da defesa da igualdade de direitos e da dignidade humanas, o curso também assume e reconhece a importância da Educação em Direitos Humanos, atendendo à Resolução nº 1 de 30 de maio de 2012 do Conselho Nacional de Educação, que estabelece Diretrizes Nacionais para a Educação em Direitos Humanos. A Educação em Direitos Humanos, um dos eixos fundamentais do direito à educação, refere-se ao uso de concepções e práticas educativas fundadas nos Direitos Humanos e em seus processos de promoção, proteção, defesa e aplicação na vida cotidiana e cidadã de sujeitos de direitos de responsabilidades individuais e coletivas.

3.2 PARÂMETROS DA FORMAÇÃO PROFISSIONAL

Os parâmetros da formação profissional encontram-se totalmente sintonizados com os princípios fundamentais do exercício profissional do

assistente social, uma vez que estes foram definidos nos vários fóruns de

discussão e deliberação da categoria profissional (apresentados na parte 3.1.2 Princípios Fundamentais do Exercício Profissional), orientam, assim, a formação de futuros bacharéis em Serviço Social.

No entanto, diante das particularidades que envolvem a formação profissional em nível superior preparatória de assistentes sociais que deverão apreender e colocar em ação tais princípios, em determinados espaços sócio-ocupacionais, é preciso que se faça uma interpretação dos mesmos, identificando que parâmetros são necessários à capacitação do egresso para que esse realize, de forma qualificada, as ações definidas como de sua competência e atribuição privativa.

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20 Para dar conta disso, o Projeto Pedagógico do Curso pauta-se naquelas definições estabelecidas aos Núcleos de fundamentação da formação apontados pelas Diretrizes Curriculares para os Cursos de Serviço Social (CNE/CES nº 15, 2002): núcleo de fundamentos teórico-metodológicos da vida social; núcleo de fundamentos da formação sócio-histórica da sociedade brasileira; núcleo de fundamentos do trabalho profissional.

Destarte, o Serviço Social, como as demais profissões inseridas na divisão sócio-técnica do trabalho coletivo, desenvolve uma atividade especializada (em nível de graduação): tem uma direção social claramente definida e “requer fundamentos teórico-metodológicos, a eleição de uma perspectiva ética e a formação de habilidades densas de política” (IAMAMOTO, 2004, p. 9). Dito de outra forma:

A análise do significado social do trabalho profissional, na ótica da totalidade, supõe decifrar as relações sociais nas quais se realiza em

contextos determinados: as condições de trabalho, o conteúdo e direção

social atribuídas ao trabalho profissional, as estratégias acionadas e os resultados obtidos, o que passa pela mediação do trabalho assalariado e pela correlação de forças econômica, política e cultural no nível societário.

Articula, pois, um conjunto de determinantes a serem considerados: as

particulares expressões da questão social na vida dos sujeitos, suas formas de organização e luta; o caráter dos organismos empregadores, seu quadro normativo, políticas e relações de poder que interferem na definição de competências e atribuições profissionais; os recursos materiais, humanos e financeiros disponíveis à viabilização do trabalho. Aliam-se a estes

determinantes os compromissos firmados no contrato de trabalho

(salário, jornada, benefícios, etc) e sua efetivação, envolvendo padrões de produtividade, formas de gestão, entre outras dimensões, que afetam o conteúdo do trabalho do assistente social. Certamente as respostas

acionadas dependem do perfil social e profissional dos assistentes

sociais e, em particular, da apropriação teórico-metodológica para leitura dos processos sociais, princípios éticos, a clareza quanto às

competências, atribuições e o domínio de habilidades adequadas ao trabalho concreto realizado, o que condiciona a eleição das estratégias

acionadas, a qualidade e resultados dos serviços prestados. (IAMAMOTO, 2004, p. 23, grifo nosso).

Diante disso, os parâmetros da formação profissional, aqui demarcados, intencionam dar conta dos desafios de capacitar estudantes dentro dos princípios fundamentais do exercício profissional, do perfil do formando, das competências gerais e específicas e dos conteúdos preconizados nas Diretrizes Curriculares para os Cursos de Serviço Social (CNE/CES, nº 15, 2002).

O cumprimento dos princípios da formação profissional do Curso de Serviço Social da Universidade de Caxias do Sul baseia-se na premissa que esse Projeto de Curso, conforme já afirmado, somente será efetivado a contento se o mesmo for compreendido como um processo através de uma construção que é coletiva. Isso

(21)

21 demanda a imprescindível e “permanente participação com postura crítica dos docentes e dos estudantes envolvidos [em um] processo de acompanhamento das ações decorrentes do Projeto, o seu constante aprimoramento [...] a partir dos resultados das ações implementadas” (UCS, 2008, p. 14).

Em acordo com as Diretrizes Curriculares para os Cursos de Serviço Social (CNE/CES nº 15, 2002, p. 3) e com os Princípios e Orientações para a Organização Curricular dos Cursos de Graduação da Universidade de Caxias do Sul (UCS, 2008) são onze os parâmetros que orientarão o presente Projeto, indicando a formação profissional a ser efetuada pelo Curso de Serviço Social da UCS:

a) “sólida formação geral-profissional, pautada por princípios ético-político e técnico-científico, voltados para a complexidade das relações e das demandas humanas e sociais” (UCS, 1999, p. 29);

b) “formação profissional em processo contínuo de aperfeiçoamento e atualização; compreensão da profissão como uma forma de inserção e intervenção na sociedade globalizada, tendo por base a comunidade regional (UCS, 1999, p. 29);

c) “rigoroso trato teórico, histórico e metodológico da realidade social e do Serviço Social, que possibilite a compreensão dos problemas e desafios com os quais o profissional se defronta” (CNE/CES nº15, 2002, p. 3);

d) “Adoção de uma teoria social crítica que possibilite a apreensão da totalidade social em suas dimensões de universalidade, particularidade e singularidade” (MEC, Diretrizes Curriculares Serviço Social, 1999);

e) desenvolvimento de competências e habilidades que possam servir: para uma compreensão de mundo no qual o graduando se insere; como elemento de fundamentação adequada para as futuras atividades profissionais; para a identificação dos necessários aprofundamento de estudos; para a criação de uma concepção de mundo diferenciada e, que isto, resulte em ações profissionais que contribuam com “processo de construção de uma nova ordem societária, sem dominação-exploração de classe, etnia e gênero”; f) estabelecimento das dimensões investigativa e interpretativa como requisitos

indispensáveis para o desenvolvimento de habilidades e competências necessárias para o futuro exercício da profissão;

(22)

22 g) consciência das implicações éticas do fazer profissional. Para isso, entre outros, é necessário que os estudantes “realizem vivências e práticas que possibilitem refletir sobre sua dimensão de sujeito histórico, político e social e em que medida as suas ações implicam melhorias ou retrocessos na condição de vida da população com a qual irá trabalhar” (UCS, 2008, p. 14); h) respeito à ética profissional;

i) “exercício do pluralismo teórico-metodológico como elemento próprio da vida acadêmica e profissional” (CNE/CES nº 15, 2002, p. 3);

j) interdisciplinaridade: “princípio orientador que não somente dá unidade ao conhecimento, mas que serve como um elemento epistemológico indispensável para evitar a elaboração de um currículo fragmentado [...].O essencial é que o processo de construção do conhecimento seja amplo, promova a integração disciplinar e seu diálogo, possibilite análises da realidade sob diversos olhares” (UCS, 2008, p. 19). A interdisciplinaridade está intimamente relacionada à flexibilidade curricular;

k) flexibilidade curricular possibilitadora e integradora da “diversidade de experiências como princípio de realidade, potencializando as conexões sócio-políticas e profissionais do processo formativo” (UCS, 2008, p. 19). Isso abarca, também, “diferentes formas de trabalhar os conteúdos [...] buscando com que o processo de construção do conhecimento, alcance níveis cada vez mais elevados de complexidade e inter-relação, superando o conceito do aprendizado linear, cumulativo, isolado e solidificando a interdisciplinaridade; a construção de uma estrutura curricular que permita incorporar outras formas de aprendizagem e formação presentes na realidade social” (UCS, 2008, p. 19);

l) indissociabilidade entre a supervisão acadêmica e supervisão de campo na atividade de estágio;

Em síntese, pretende-se, no âmbito da formação profissional em nível de graduação propiciar a oferta de referenciais teóricos básicos, que possibilitem a instrumentalização do futuro profissional em Serviço Social para atuar de forma criativa e competente, não apenas em situações rotineiras, mas também em situações imprevisíveis.

(23)

23 3.3 OBJETIVO

Ofertar uma sólida formação geral e específica (básica e própria da profissão) objetivando formar cidadãos, trabalhadores competentes, críticos e atualizados com o debate acerca das expressões da questão social contemporâneas, para o exercício profissional voltado à defesa dos direitos de cidadania e dos valores democráticos, na perspectiva da liberdade, da equidade e da justiça social.

(24)

24

4 PERFIL DO EGRESSO

Tendo como referencial o perfil do egresso definido para todos os cursos da Instituição5, o perfil do egresso do Curso de Serviço Social da Universidade de Caxias do Sul pauta-se nas definições apresentados nos itens 3.1, 3.2 e 3.3.

Neste sentido, espera-se que o egresso seja um profissional com base

intelectual e cultural generalista crítica, com capacidade de inserção criativa e propositiva em sua área de desempenho para, no conjunto das relações sociais e

no mercado de trabalho viabilizar através de capacitação teórico-metodológica e ético-política, requisito fundamental para a execução de atividades técnico-operativas, exercitar as competências e atribuições dispostas ao assistente social, o que demanda:

 compreender, interpretar e explicar as múltiplas expressões da questão social e os efeitos das mesmas nas condições e modo de vida e de trabalho, materiais e culturais, dos demandatários de sua ação profissional;

 planejar e executar propostas de intervenção para o enfrentamento das expressões da questão social, com capacidade de promover o exercício pleno da cidadania e a inserção criativa e propositiva dos usuários do Serviço;  gestar, monitorar e avaliar políticas sociais (públicas e privadas), planos

programas, projetos, serviços, benefícios, estudos, pesquisas no âmbito de atuação do Serviço Social;

 supervisionar estagiários de Serviço Social;

 fiscalizar o exercício profissional através dos Conselhos Federal e Regionais;  saber utilizar, com qualidade os recursos da informática.

5

Cf. STEDILLE, Nilva L. R. (org.). Cadernos da Graduação: Princípios e orientações para

organização curricular do curso de graduação da Universidade de Caxias do Sul. Caxias do Sul:

Educs, 2008, p. 22-23: atuar profissionalmente, pautado por princípios éticos, políticos, científicos e técnicos voltados à complexidade das relações e das demandas humanas e sociais; desenvolver autonomia de aprendizagem, buscando continuamente o aprimoramento de competências e habilidades humanas e profissionais, para atuação nos âmbitos regional, nacional e internacional; intervir profissionalmente tendo como base as necessidades da sociedade e nela atuar de forma a promover o desenvolvimento sustentado no conhecimento; avaliar permanentemente sua intervenção, com vistas ao aperfeiçoamento de sua atuação profissional; prevenir e resolver problemas ligados a sua área, por meio de uma atuação profissional responsável, empreendedora e atualizada em relação às questões sociais e ambientais; agir de forma interdisciplinar e interprofissional, resguardadas a autonomia e a identidade profissional; e utilizar os conhecimentos científicos e tecnológicos existentes e disponíveis e produzir novos conhecimentos, deles derivando condutas pessoais e profissionais responsáveis, justas e éticas.

(25)

25 Com isto, espera-se formar um profissional capaz de:

 produzir efeitos nas condições de vida materiais e culturais, comportamentos, valores, representações da população;

 contribuir para a consecução das finalidades sociais das entidades e órgãos onde trabalha;

 afiançar acesso aos bens socialmente produzidos e à satisfação de necessidades sociais, visando a garantia dos princípios estabelecidos pelo Projeto ético-político profissional;

 efetuar uma atuação profissional responsável, crítica e criativa, atualizada e respeitosa em relação aos aspectos sociais, políticos, culturais e ambientais;  “pensar e de aportar o seu conhecimento no conhecimento já disponível, de

maneira crítica, pessoal e consistente” (UCS, 1999, p. 30);

 “utilizar os conhecimentos científicos e tecnológicos disponíveis e de produzir novos conhecimentos, deles derivando condutas pessoais e profissionais responsáveis, justas e éticas” (UCS, 1999, p. 29);

 “auto-análise tendo em vista o aprimoramento de seu autoconhecimento e das suas relações interpessoais” (UCS, 1999, p. 29).

(26)

26

5 ORGANIZAÇÃO CURRICULAR

O Projeto Pedagógico do Curso de Serviço Social (SER 227 H) pauta-se em suas definições e organização a partir de dois grandes preceitos: os Núcleos6 de

fundamentação da formação profissional definidos pelas Diretrizes Curriculares

para os Cursos de Serviço Social, 20027 e o conjunto de atividades de ensino e

de aprendizagem com vistas à formação profissional em nível de graduação,

definidos pela Universidade de Caxias do Sul (UCS)8.

Para melhor esclarecimento explicitam-se os aspectos contemplados em cada Núcleo e, no conjunto de atividades de ensino e aprendizagem nos itens 5.1 e 5.2.

5.1 NÚCLEOS DE FUNDAMENTAÇÃO DA FORMAÇÃO PROFISSIONAL E DISCIPLINAS PERTINENTES DEFINIDOS PELAS DIRETRIZES CURRICULARES PARA OS CURSOS DE SERVIÇO SOCIAL

Os Núcleos de fundamentação da formação profissional indicam que a organização curricular dos Cursos de Serviço Social, em todo Brasil, devem constituir-se de forma articulada em um processo em que a construção de conhecimentos, efetivada na relação ensino e aprendizagem, remete, diretamente, a um conjunto de conteúdos indissociáveis (teóricos, éticos, políticos, culturais, significando que diferentes disciplinas, apesar de indicadas em apenas um Núcleo, articulam-se, fazem parte de mais de um Núcleo, considerando seus objetivos e

6 “Os núcleos englobam um conjunto de conhecimentos e habilidades que se especifica em

atividades acadêmicas, enquanto conhecimentos necessários à formação profissional. Essas atividades, a serem definidas pelos colegiados, se desdobram em disciplinas, seminários temáticos, oficinas/laboratórios, atividades complementares e outros componentes curriculares”. (CNE/CES, Resolução CNE/CES nº 15 de 2002).

7

Diretrizes curriculares para os Cursos de serviço Social, estabelecidas pelas: a) Resolução CNE/CES nº 15, de 13 de março de 2002, tendo em vista o disposto na Lei 9.131, de 25 de novembro de 1995 (Lei que altera dispositivos da Lei n.º 4.024 - LDB, de 20 de dezembro de 1961, e dá outras providências) e, ainda, o Parecer CNE/CES 492/2001 (tendo como assunto as Diretrizes Curriculares Nacionais de vários Cursos de Graduação, entre eles o de Serviço Social), homologado pelo Senhor Ministro de Estado da Educação em 9 de julho de 2001 através do Parecer CNE/CES 1.363/2001; b) Resolução nº 2, de 18 de Junho de 2007 do Ministério da Educação que dispõe sobre a carga horária mínima e procedimentos relativos à integralização e duração dos cursos de graduação, bacharelados, na modalidade presencial.

8

(27)

27 conteúdos programáticos) que se traduzem em NÚCLEOS DE FUNDAMENTAÇÃO constitutivos da FORMAÇÃO PROFISSIONAL DO ASSISTENTE SOCIAL, a saber:

 núcleo de fundamentos teórico-metodológicos da vida social;

 núcleo de fundamentos da formação sócio-histórica da sociedade brasileira;  núcleo de fundamentos do trabalho profissional.

Melhores esclarecimentos acerca destes Núcleos9 são descritos nos item 5.1.1; 5.1.2 e 5.1.3.

5.1.1. Núcleo de fundamentos teórico-metodológicos da vida social

Integram este Núcleo:

 conhecimentos que propiciam apreender o ser social enquanto totalidade histórica, fornecendo os componentes fundamentais da vida social que serão particularizados nos Núcleos de Fundamentação da Realidade Brasileira e do Trabalho Profissional.

Objetiva-se que os estudantes, através dos conhecimentos obtidos:

 compreendam acerca do ser social, historicamente situado no processo de constituição e desenvolvimento da sociedade burguesa, apreendida em seus elementos de continuidade e ruptura, frente a momentos anteriores do desenvolvimento histórico.

O trabalho é assumido como eixo central do processo de reprodução da vida social:

 sendo tratado como práxis, o que implica no desenvolvimento da sociabilidade, da consciência, da universalidade e da capacidade de criar valores, escolhas e novas necessidades, e, como tal, desenvolver a liberdade.

Quadro 1: Disciplinas pertinentes ao núcleo de fundamentos teórico-metodológicos da vida social.

Disciplinas pertinentes:

 Teorias sociológicas.

9

A síntese acerca dos componentes, objetivos, eixo central e disciplinas pertinentes, encontra-se exposta em ABEPSS, 1996.

(28)

28

 Trabalho e processos de trabalho em Serviço Social.

 Fundamentos de Filosofia.

 Ciência Política.

 Economia Política

 Teoria social crítica e Serviço Social.

 Epistemologia.  Ética.  Antropologia.  Famílias na contemporaneidade.  Psicologia social.  Eletiva.

Total créditos/horas: 46 créditos/690 horas.

Nota: Elaborado em 2011, pelas professoras organizadoras desse projeto.

5.1.2 Núcleo de fundamentos da formação sócio-histórica da sociedade brasileira

Integram este Núcleo:

 conhecimento da constituição econômica, social, política e cultural da sociedade brasileira, na sua configuração dependente, urbano-industrial, nas diversidades regionais e locais, articulada com a questão agrária e agrícola, como elemento fundamental da particularidade histórica nacional.

Objetiva-se que os estudantes, através dos conhecimentos obtidos:

 apreendam os movimentos que permitiram a consolidação de determinados padrões de desenvolvimento capitalista no país, bem como os impactos econômicos, sociais e políticos peculiares a sociedade brasileira , tais como suas desigualdades sociais, diferenciação de classe, de gênero e étnico-raciais, exclusão social e outros.

Quadro 2: Disciplinas pertinentes ao núcleo de fundamentos da formação sócio-histórica da sociedade brasileira.

Disciplinas pertinentes:

 Universidade e Sociedade.

 Formação Social, Econômica e Política do Brasil.

 Direito e Legislação Trabalhista.

 Questão social: objeto de trabalho em serviço social.

 Políticas sociais no Brasil.

 Questão Urbana e Rural no Brasil.

(29)

29

 Seguridade Social no Brasil: Assistência Social

 Política social de Segurança Pública no Brasil.

 Política Social de Educação no Brasil.

 Seguridade Social no Brasil: Previdência Social.

 Participação e Controle Social.

 Eletiva.

Total créditos/horas: 48 créditos/720 horas

Nota: Elaborado em 2011, pelas professoras organizadoras desse projeto.

5.1.3 Núcleo de fundamentos do trabalho profissional

Integram este núcleo:

 conhecimentos referentes à profissionalização do Serviço Social como uma especialização do trabalho e a sua prática é entendida como concretização de processos de trabalho.

Os processos de trabalho, como o de qualquer outro trabalhador, têm como dimensões constitutivas do fazer profissional os seguintes elementos fundamentais:

o objeto ou matéria-prima sobre a qual incide a ação transformadora, no caso a questão social e suas múltiplas expressões;

os meios de trabalho - instrumentos, técnicas e recursos materiais e intelectuais que propiciam uma potenciação da ação humana sobre o objeto;  a atividade do sujeito direcionada por uma finalidade, ou seja, o próprio

trabalho;

o produto do trabalho profissional em suas implicações: materiais, ídeo-políticas e econômicas.

Objetiva-se que os estudantes, através dos conhecimentos obtidos:

 reconheçam o caráter interventivo da profissão, por meio da articulação dos diferentes conhecimentos teórico-metodológicos, técnico-operativos e ético-políticos que permitem ao assistente social colocar-se diante das situações das quais se defronta, vislumbrando com clareza os objetos de intervenção, em suas particularidades sócio-institucionais, para a elaboração de propostas de intervenção comprometidas com as proposições do projeto ético-politico profissional.

(30)

30 Quadro 3: Disciplinas pertinentes ao núcleo de fundamentos do trabalho profissional.

Disciplinas pertinentes:

 Leitura e Escrita na Formação Universitária.

 Introdução ao Serviço Social.

 Fundamentos Históricos, Teórico-metodológicos do Serviço Social I.

 Fundamentos Históricos, Teórico-metodológicos do Serviço Social II.

 Seminários de Pesquisa.

 Instituições e Serviço Social.

 Planejamento em Serviço Social.

 Ética em Serviço Social.

 Pesquisa em Serviço Social.

 Organização e Gestão das Políticas Sociais Públicas.

 Dinâmicas institucionais: relações de poder e violência.

 A materialização do trabalho em serviço social I.

 A materialização do trabalho em serviço social II.

 Instrumentalidade no trabalho do assistente social I.

 Instrumentalidade no trabalho do assistente social II.

 Avaliação e monitoramento em políticas, programas e projetos sociais.

 Serviço Social na Contemporaneidade.

 Estágio em Serviço Social I

 Estágio em Serviço Social II

 Estágio em Serviço Social III

 Trabalho de Conclusão de Curso I.

 Trabalho de Conclusão de Curso II.

 Eletiva.

Total créditos/horas: 94 créditos/1.680 horas

Nota: Elaborado em 2011, pelas professoras organizadoras desse projeto.

5.2. CONJUNTOS DE ATIVIDADES DE ENSINO E DE APRENDIZAGEM COM VISTAS À FORMAÇÃO PROFISSIONAL EM NÍVEL DE GRADUAÇÃO DEFINIDO PELA UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL.

Os conjuntos de atividades de ensino e de aprendizagem da graduação definidos pela Universidade de Caxias do Sul contemplam: Formação Geral (FG), Formação Específica e Formação Complementar (FC). Sendo que a Formação Específica envolve a Básica (FB) e a Própria da Profissão (FP), a exemplo do já apresentado em relação aos Núcleos de fundamentação da formação profissional, “devem constituir-se de forma articulada em um processo em que a construção de conhecimentos, efetivada na relação ensino e aprendizagem, remete, diretamente, a um conjunto de conteúdos indissociáveis”.

(31)

31 mesmos serão descritos nos item 5.2.1; 5.2.2 e 5.2.3.

5.2.1 Formação Geral

A Formação Geral (FG), “refere-se ao desenvolvimento de competências que atendam à multidimensionalidade da educação superior” (UCS, 2008, p. 42). As disciplinas que compõem os conhecimentos agrupados a este conjunto de atividades são apresentadas no Quadro 04.

Quadro 04: Relação das disciplinas, créditos e quantidades de horas de Formação Geral. Nome da disciplina Créditos Horas (1) Leitura e Escrita na Formação Universitária 4 60

Universidade e Sociedade 4 60

Epistemologia 4 60

Seminários de Pesquisa 2 30

Ética 2 30

Total: 16 240 horas

Nota: (1) de acordo com as normas da UCS, as horas são calculadas na proporção de 15 (quinze) horas para cada crédito (6 créditos x 15 horas= 90 horas; 4 créditos x 15 horas= 60 horas; 2 créditos x 15 horas= 30 horas).

(2)

Elaborado em 2011, pelas professoras organizadoras desse projeto.

5.2.2. Formação Específica Básica

A Formação Específica Básica (FB), “refere-se ao desenvolvimento de competências que capacitam ao entendimento dos instrumentos e conceitos fundamentais pertinentes a um determinado campo de atuação profissional, partilhadas por área do conhecimento” (UCS, 2008, p. 42). As disciplinas que compõem os conhecimentos agrupados a este conjunto de atividades são apresentadas no Quadro 05.

Quadro 05: Relação das disciplinas, créditos e quantidades de horas de Formação Específica Básica.

Nome da disciplina Créditos Horas

(32)

32

Fundamentos de Filosofia 4 60

Formação Social, Econômica e Política do Brasil

4 60

Ciência Política 4 60

Economia Política 4 60

Antropologia 4 60

Seguridade Social no Brasil: Saúde 4 60

Seguridade Social no Brasil: Assistência Social

4 60

Seguridade Social no Brasil: Previdência Social

4 60

Psicologia Social 4 60

Direito e Legislação Trabalhista 4 60

Serviço Social na Contemporaneidade 4 60

Total: 48 720 horas

Nota: Elaborado em 2011, pelas professoras organizadoras desse projeto.

5.2.3. Formação Específica Própria da Profissão

A Formação Específica Própria da Profissão (FP): “refere-se ao desenvolvimento de competências que definem e caracterizam um campo de atuação profissional específico. (UCS, 2008, p. 42). As disciplinas que compõe os conhecimentos agrupados a este conjunto de atividades são apresentadas no Quadro 06.

Quadro 06: Relação das disciplinas, créditos e quantidades de horas de Formação Específica Própria da Profissão.

Nome da disciplina Créditos Horas

Introdução ao Serviço Social 4 60

Fundamentos Históricos, Teórico-Metodológicos do Serviço Social I

4 60

Trabalho e Processos de Trabalho em Serviço Social

4 60

Fundamentos Históricos, Teórico-Metodológicos do Serviço Social II

4 60

Teoria Social Crítica e Serviço Social 4 60

Instituições e Serviço Social 4 60

Questão Social: Objeto de Trabalho em Serviço Social

4 60

Políticas Sociais no Brasil 4 60

Planejamento em Serviço Social 4 60

Ética em Serviço Social 4 60

(33)

33

Questão Urbana e Rural no Brasil 4 60

Organização e Gestão das Políticas Sociais Públicas

4 60

Dinâmicas Institucionais: Relações de Poder e Violência

4 60

A Materialização do Trabalho em Serviço Social I

4 60

Instrumentalidade no Trabalho do Assistente Social I

4 60

A Materialização do Trabalho em Serviço Social II

4 60

Participação e Controle Social 4 60

Política Social de Segurança Pública no Brasil

2 30

Política Social de Educação no Brasil 2 30

Instrumentalidade no Trabalho do Assistente Social II

4 60

Famílias na Contemporaneidade 4 60

Avaliação e Monitoramento em Políticas, Programas e Projetos Sociais

4 60

Estágio em Serviço Social I 6 (1) 180

Estágio em Serviço Social II 6 (1) 180

Estágio em Serviço Social III 6 (1) 180

Trabalho de Conclusão de Curso I 2 30

Trabalho de Conclusão de Curso II 4 60

Total: 112 1.950 horas

Nota: (1) Diferentemente das outras disciplinas, onde cada crédito equivale a 15 horas, nos Estágios (obrigatórios) em Serviço Social cada crédito equivale a 30 horas.

(2)

Elaborado em 2011, pelas professoras organizadoras desse projeto.

5.2.4. Formação Complementar

A formação complementar: refere-se ao desenvolvimento de competências por livre escolha do estudante de graduação, podendo [excluídos os Estágios obrigatórios e não obrigatórios] ter ou não relação direta com o campo de atuação profissional específico (UCS, 2008, p. 42). As disciplinas que compõe os conhecimentos agrupados a este conjunto de atividades, assim como as horas devidas a Estágio Obrigatório em Serviço Social e atividades complementares são apresentadas no Quadro 07.

(34)

34 Quadro 07: Relação das disciplinas, créditos e quantidades de horas de Formação Complementar.

Nome da disciplina Créditos Horas

Eletiva 4 60

Eletiva 4 60

Eletiva 4 60

Atividades complementares x.x.x.x 150 horas

Total 12 330 horas

Nota: Elaborado em 2011, pelas professoras organizadoras desse projeto.

5.3 SÍNTESE DOS CRÉDITOS E HORAS TOTAL, CONSIDERANDO O CONJUNTO DE ATIVIDADES DE ENSINO E APRENDIZAGEM.

Formação Geral

Total créditos/horas: 16 créditos e 240 horas

Formação Específica Básica

Total créditos/horas: 48 créditos e 720 horas

Formação Específica Própria da Profissão

Total créditos/horas: 112 créditos e 1.950 horas

Formação Complementar

Total de créditos horas: 12 créditos e 330 horas

Total Geral: 188 créditos e 3.240 horas (sendo 540 horas em Estágio Obrigatório

em Serviço Social e150 horas de Atividades Complementares).

Frisando o reconhecimento da importância da Política Nacional de Educação Ambiental e do previsto nas Diretrizes Nacionais para a Educação em Direitos Humanos, os temas focados encaminham-se para investigação junto às pesquisas institucionais, ações de extensão e, de forma transdisciplinar no currículo do Curso. Nesse sentido também, destacam-se no currículo disciplinas como Políticas Sociais

(35)

35 no Brasil, Ética em Serviço Social, Questão Urbana e Rural no Brasil, Participação e Controle Social, Dinâmicas Institucionais: relações de poder e violência e Serviço Social na Contemporaneidade.

Em consonância com a proposta de autonomia do aluno e responsabilização do mesmo para com sua formação, o currículo do Curso ainda prevê que o aluno desenvolva competências por livre escolha através da realização de Atividades Complementares. Cabe salientar que, dentre estas atividades, os acadêmicos podem cursar a disciplina Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS –, de acordo com a Ordem de Serviço Nº 02-08-PRGR, em cumprimento ao Decreto nº 5.626/2005.

Uma representação gráfica do currículo do Curso, de modo a apresentar a trajetória de formação do aluno em direção ao perfil profissional desejado é apresentada no Item 5.6 deste projeto.

5.4 CONCEPÇÃO METODOLÓGICA

O Curso está norteado por uma metodologia educacional que considera o estudante sujeito do seu próprio conhecimento, o que significa ser necessário

estimular permanentemente o potencial autônomo, criativo e intelectual no seu

processo formativo, buscando com isso formar um profissional reflexivo. Nesse sentido, entende-se que

para formar um profissional reflexivo deve-se, acima de tudo, formar um profissional capaz de dominar sua própria evolução, construindo competências e saberes novos ou mais profundos a partir de suas aquisições e de sua experiência. O saber-analisar é uma condição necessária, mas não suficiente, da prática reflexiva, a qual exige uma postura, uma identidade e um habitus específicos. (PERRENOUD, 2002, p. 24, grifo nosso).

O assistente social com capacidade de exercitar, com qualidade teórico-metodológica, ético-política e técnico-operativa, as competências e atribuições a ele devidas na divisão sócio-técnica do trabalho precisa aprender/desenvolver a “capacidade de mobilizar diversos recursos cognitivos para enfrentar um tipo de situação”. (PERRENOUD, 2000, p. 15), aspecto essencial a ser buscado junto aos estudantes do Curso de Serviço Social.

(36)

36 Para isso, entende-se que na relação docente-discente, o professor é um facilitador do processo de ensino e aprendizagem, que, através da utilização de estratégias pedagógicas atualizadas, dispondo de capacitação profissional “[...] necessárias para imaginar e criar outros tipos de situações de aprendizagem, [...] encaradas como situações amplas, abertas, carregadas de sentido e de regulação, as quais requerem um método de pesquisa, de identificação e de resolução de problemas” (PERRENOUD, 2000, p. 25), estimulará o desenvolvimento da

formação profissional do discente de forma participativa, crítica e propositiva.

Busca-se o alcance dessa perspectiva pedagógica através da articulação de atividades de ensino - pesquisa - extensão, potencializando a relação teoria-prática na formação profissional. Ou seja, essa

[...] forma pedagógica de agir exige que se privilegiem a contradição, a dúvida, o questionamento; que se valorizem a diversidade e a divergência; que se interroguem as certezas e as incertezas, despojando os conteúdos de sua forma naturalizada, pronta, imutável. [...] Deste enfoque, defende-se o caminhar da realidade social, como um todo, para a especificidade teórica da sala de aula e desta para a totalidade social novamente, tornando-se possível um rico processo de trabalho pedagógico (GASPARIN, 2003, p.3-4).

Para isso, utilizam-se as seguintes estratégias metodológicas: seminários, painéis, estudos dirigidos, estudos de caso, discussões em grupos, aulas expositivas dialogadas e provocativas, oficinas, visitas institucionais, pesquisas documentais e bibliográficas, atividades de dispersão tendo como referências experiências/vivências cotidianas, filmes, documentários, inventários e outras

estratégias que se fizerem necessárias à construção e à resiginificação de conhecimentos, o desenvolvimento de habilidades e atitudes que conformam o

perfil do egresso do curso de Serviço Social da UCS.

5.5 CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO

O Curso concebe avaliação como um processo construtivo e cumulativo de aprendizagem que visa fornecer indicadores, tanto para os docentes quanto para os discentes, que possibilitem a (re)adequação, (re)construção permanente dos

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