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A IMPORTÂNCIA DA COMERCIALIZAÇÃO DE FRUTAS NATIVAS NAS FEIRAS LIVRES DE SÃO LUÍS, MA

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A IMPORTÂNCIA DA COMERCIALIZAÇÃO DE FRUTAS NATIVAS NAS FEIRAS LIVRES DE SÃO LUÍS, MA

THE IMPORTANCE OF THE COMMERCIALIZATION OF NATIVE FRUITS IN THE FREE FAIRS OF SÃO LUÍS, MA.

Apresentação: Pôster

Maria Izadora Silva Oliveira1; Abimael dos Santos Carmo Filho 2; Ana Karoline Sodré de Medeiros3; André Luiz Nascimento de Oliveira Junior4; Ana Maria Aquino Ottati5

DOI: https://doi.org/10.31692/2526-7701.IIICOINTERPDVAGRO.2018.00230

Introdução

A feira livre representa um dos métodos mais antigos de comercialização de produtos agrícolas e, tem por intuito o oferecimento de mercadorias de boa qualidade e com preços mais baixos do que o comumente aplicado em supermercados. Entretanto, para a formação do preço de um produto é relevante considerar que além dos custos existentes, os clientes também fazem parte da composição do preço (SILVEIRA et al., 2017).

Similarmente, as possibilidades de exploração, de forma sustentável, dos recursos naturais e a ocupação dos recursos humanos nas múltiplas atividades da fruticultura nativa, como produção de polpa, doces cristalizados, compotas, massas, sucos, licores, vinhos e outras iguarias, oportunizando a geração de renda e alimento, são viáveis (LEAL; SOUZA e GOMES, 2006).

Ademais, a importância econômica das frutas nativas para as diversas regiões do Brasil não pode ser mensurada apenas por dados estatísticos, esta atividade é uma das principais geradoras de renda, de empregos e desenvolvimento regional. O país apresenta variadas condições ecológicas, possibilitando o cultivo de diferentes fruteiras com o objetivo de diversificar sua produção (RUFINO, 2008).

Assim, comercializar frutas nativas é fundamental para valorizar os alimentos típicos

1 Agronomia, Universidade Estadual do Maranhão, Maria-iza1006@hotmail.com 2

Agronomia, Universidade Estadual do Maranhão, abmaelfilho@hotmail.com 3

Agronomia, Universidade Estadual do Maranhão, karolinesodrem@outlook.com 4 Agronomia, Universidade Estadual do Maranhão, andreluizjr.junior56@gmail.com 5

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da região, bem como oferecer aos consumidores produtos “naturais”, livres de agrotóxicos e com grande valor cultural e nutricional. Desta forma, o objetivo desta pesquisa foi verificar a importância da comercialização de frutas nativas pelos feirantes de São Luís.

Fundamentação Teórica

O Nordeste brasileiro apresenta uma grande diversidade de espécies frutíferas exóticas e nativas bem adaptadas às suas condições edafoclimáticas, representando um grande potencial socioeconômico, tanto para o mercado interno e externo de comercialização de frutas in natura, como para a industrialização (SILVA; LIMA e CAMPOS, 2015).

Concomitantemente, a expressiva diversidade de espécies de valor alimentício, aliada à crescente tendência de procura e consumo dessas frutas nativas, pode constituir um nicho de exploração econômica, voltada para o aproveitamento desses recursos naturais, podendo também promover estimulo ao ecoturismo regional (PEREIRA e SANTOS, 2015).

Ademais, essa extraordinária diversidade e potencialidade das frutas nativas brasileiras vêm despertando muita atenção para os frutos tropicais, principalmente por parte dos países europeus. Tal fato sugere perspectivas muito otimistas para a comercialização das frutas in natura e para o aproveitamento industrial das mesmas (BEZERRA et al. 2005).

Metodologia

O trabalho foi realizado no Município de São Luís- MA, mais precisamente nas feiras da Cohab, Jardim América, São Bernardo, Liberdade e João Paulo. A metodologia empregada foi baseada em questionário diagnóstico participativo, através de percepção visual e diálogo junto aos comerciantes. O diagnóstico em questão envolvia perguntas relacionadas às questões de comercialização. A coleta de dados foi feita com apenas uma visita às feiras no dia 24 de outubro de 2018, onde foram realizadas observações diretas, entrevista semiestruturada junto aos feirantes. A coleta de dados partia de perguntas, tais como: se eles conheciam fruteiras nativas, qual importância da sua comercialização, quais frutas eles mais conheciam, como as frutas eram comercializadas, por qual unidade as frutas eram comercializadas, qual meio eles utilizavam para atrair o consumidor, qual era o entrave que atrapalhava na sua comercialização, se o fornecimento das frutas passava por algum intermediário e de acordo com origem das frutas se eles saberiam a origem, como mostra a figura 1 .A escolha das barracas visitadas partiram do pressuposto das que vendiam apenas

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frutas nativas. Foram entrevistados 15 feirantes por feira sem distinção de sexo.

Resultados e Discussões

As frutas mais comercializadas nas feiras de São Luís são as frutas: bacuri, buriti e cupuaçu, também sendo comercializadas na forma de polpa (Tabela 1). De acordo com Bezerra et al. (2005), a extraordinária diversidade e potencialidade das frutas nativas brasileiras vêm despertando muita atenção para os frutos tropicais. Tal fato sugere perspectivas muito otimistas para a comercialização das frutas in natura e para o aproveitamento industrial das mesmas.

Tabela 1: Principais frutas nativas comercializadas nas feiras de São Luís. Fonte: Própria.

Os feirantes afirmam que a comercialização dessas frutas nativas mencionadas é viável, pois a demanda tem crescido constantemente e é perceptível esse resultado positivo em todas as feiras visitadas (Tabela 2).

Tabela 2: Fatores que condicionam a comercialização das frutas nativas. Fonte: Própria.

FRUTA LIBERDADE COHAB SÃO BERNARDO CIDADE

OPERÁRIA JOÃO PAULO Açaí 4% 0% 15% 9% 10% Bacuri 16% 38% 11% 14% 15% Buriti 15% 38% 19% 14% 12% Cajá 15% 0% 7% 19% 11% Cupuaçu 15% 14% 7% 5% 10% Mangaba 0% 5% 4% 5% 0% Murici 19% 5% 4% 19% 13% Pequi 8% 0% 22% 10% 14% Seriguela 8% 0% 11% 5% 15%

FATOR LIBERDADE COHAB SÃO

BERNARDO CIDADE OPERÁRIA JOÃO PAULO Cultural 0% 0% 0% 0% 0% Demanda 71% 100% 46% 27% 67% Nutricional 0% 0% 0% 0% 0% Preço 29% 0% 54% 73% 33%

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Podemos destacar as formas de venda dessas frutas nas feiras visitadas onde as unidades mais utilizadas são através do quilo e quantidade (Tabela 3).

Tabela 3: Formas de venda das frutas nativas nas feiras de São Luís. Fonte: Própria

Vale ressaltar que a comercialização dessas frutas é prejudicada por vários entraves, e nesse trabalho, podemos destacar o frete que tem contribuído negativamente para a venda desses produtos, visto que as estradas têm contribuído para essa problemática devido a falta de acesso devido (Tabela 4).

Tabela 4: Principais entraves para a comercialização de frutas nativas. Fonte: Própria

Os feirantes entendem a importância de comercializar essas frutas, tendo como principal vantagem dessa comercialização a economia regional, que contribui diretamente na valorização e consumo das frutas da nossa região (Tabela 5).

Tabela 5: A importância da comercialização de frutas nativas. Fonte: Própria

LIBERDADE COHAB SÃO

BERNARDO CIDADE OPERÁRIA JOÃO PAULO Sim 67% 80% 69% 100% 87% Não 33% 20% 31% 0% 13% Conclusões

Diante do exposto, é perceptível a importância da comercialização das frutas nativas, visto que a aceitabilidade das frutas nativas nas feiras de São Luís vai além da vantagem

UNIDADE LIBERDADE COHAB SÃO

BERNARDO CIDADE OPERÁRIA JOÃO PAULO Caixa 0% 0% 0% 20% 7% Peso 25% 100% 46% 13% 40% Quantidade 75% 0% 54% 67% 53%

ENTRAVE LIBERDADE COHAB SÃO

BERNARDO CIDADE OPERÁRIA JOÃO PAULO Falta de Informação 33% 0% 0% 20% 13% Frete 7% 100% 54% 80% 67% Sazonalidade 60% 0% 46% 0% 20%

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nutricional, que é a segurança alimentar, mas também, não menos importante, o fortalecimento do mercado regional como atividade econômica gerando inclusão social.

Vale ressaltar que, para melhorar a comercialização dessas frutas nativas é preciso superar alguns entraves que dificultam o aumento desse consumo e comercialização desses produtos, entre os quais destaca-se o frete que tem prejudicado esse transporte devido a estradas de difícil acesso.

Entretanto, a utilização de fruteiras nativas em cultivos comerciais tem muito que melhorar e isso será possível através do número de pesquisas e pesquisadores envolvendo a temática.

Referências

BEZERRA, G. S. A.; MAIA, G. A.; FIGUEIREDO, R. W.; SOUZA FILHO, M. S. M. Potencial agroeconômico do Bacuri: revisão. Revista Boletim Centro de Pesquisa de Processamento de Alimentos, Curitiba, v. 23, n. 1, p. 47-58, 2005.

LEAL, A. F.; SOUZA, V. A. B.; GOMES, J. M. A. Condições do extrativismo e aproveitamento das frutas nativas na microrregião de Teresina, Piauí. Revista Ceres, Viçosa, v. 53, n. 310, p. 591-601, 2006.

PEREIRA, A. C.; SANTOS, E. R. Frutas nativas do Tocantins com potencial de aproveitamento econômico. RevistaAgri-Environmental Sciences.Palmas, vol. 1, n. 1, p. 22-37, 2015.

RUFINO, M. S. M. Propriedades funcionais de frutas tropicais Brasileiras não tradicionais. Mossoró, 2008.237 p. Tese(Fitotecnia).Pró-Reitoria de Pós-Graduação, UFERSA, 2008. SILVA, O. S. S.; LIMA, J. I. S.; CAMPOS, P. P. Levantamento das espécies frutíferas nativas e exóticas comercializadas na feira livre de Serra Talhada – Pernambuco. Anais do XIII Congresso Internacional de Tecnologia na Educação, 2015.

SILVEIRA, V. C.; OLIVEIRA, E. S.; SILVEIRA, N. F.; MARIANI, M. A. P. Avaliação da importância das feiras livres e a forma de comercialização adotada pelos feirantes na cidade de Nova Andradina – MS. Anais do I Encontro Internacional de Gestão, Desenvolvimento e Inovação, 2017.

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