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INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE PARA A PRODUÇÃO ARQUITETÔNICA ATUAL

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ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 6ª Edição nº 006 Vol.01/2013 – dezembro/2013

INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE PARA A

PRODUÇÃO ARQUITETÔNICA ATUAL

Denise Bessa Andrade – denise_bessa@hotmail.com Curso Master em Arquitetura

IPOG - Instituto de Pós-Graduação Fortaleza, Ceará, 03 de Janeiro de 2013

Resumo

O conceito de sustentabilidade vem sendo amplamente discutido na atualidade. Incutir diferentes valores em sociedades existentes implica numa mudança de hábitos e na adoção de uma nova posição social e política, numa busca de uma consciência ambiental e de um desenvolvimento responsável. Tendo como base a política nacional brasileira e os dispositivos legais adotados pela mesma, observa-se a preocupação gerada pelas matrizes desse conceito. Uma projeção de crescimento sem a ponderação de suas conseqüências constitui-se numa afronta aos direitos humanos e ambientais. Inserido nesse contexto encontra-se o foco de estudo do presente trabalho – o traçado de indicadores de sustentabilidade para a produção do ambiente construído. Com o uso de diferentes enfoques, serão traçadas as matrizes para um projetar consciente e preocupado com as gerações futuras.

Palavras-chave: Sustentabilidade. Indicadores de sustentabilidade. Arquitetura verde.

1.Introdução

A inserção do conceito de sustentabilidade nas políticas urbanas alterou a postura do planejamento e, portanto, a forma de se pensar a edificação e a cidade. Do princípio da cidade sustentável, defendido pela Lei nº 10.257/2001 (Estatuto da Cidade), surgiu o questionamento da interferência do profissional no alcance desse objetivo.

Segundo Acselrad (2001), desde o Relatório Brundtland, em 1987, a noção de sustentabilidade passou a ser associada a diferentes matrizes. Dentre elas, a matriz da eficiência, que busca combater o desperdício da base material do desenvolvimento, estendendo a racionalidade econômica ao “espaço não mercantil planetário”; a matriz da escala, que determina um limite quantitativo de crescimento econômico e a pressão que ele exerce sobre os recursos ambientais; a matriz da eqüidade, que articula princípios de justiça e ecologia; a matriz da auto-suficiência, que defende a desvinculação das economias nacionais do fluxo mercadológico mundial; a matriz da ética, que inscreve a apropriação social do mundo material, evidenciando as interações da base material do desenvolvimento com as condições de continuidade da vida no planeta.

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Considerando o traço do projeto como um fator de consciência social e política, é justificada a análise da sua importância quando atuante nas edificações que servirão de alicerce para a formação de um indivíduo como cidadão.

Bogo (2001), ao abordar a relação entre o desenvolvimento sustentável e o projeto do ambiente construído, afirma que uma arquitetura sustentável e comprometida com o ser humano é mais uma necessidade do que uma escolha. Segundo o autor, o desenvolvimento deve estar ligado a uma nova perspectiva de utilização dos recursos do planeta, uma postura que modifique os valores estéticos, sociais e culturais.

Tais valores, todavia, só são adquiridos se estiverem presentes nos cenários cotidianos – a casa, a escola, a cidade. É necessário o projetar consciente, o risco inclusivo e responsável para que o espaço faça parte do desenvolvimento do indivíduo. Um espaço comprometido com o conforto e com a sustentabilidade incute uma nova formação, um aprendizado sob os preceitos da responsabilidade e da consciência ambiental, política, econômica e social.

Estudar esse tipo de espaço é a inspiração desse trabalho, relacionar o que o Homem pode fazer pelo edifício, como ele pode intervir para que a dimensão espacial reflita uma relação pacífica com o meio ambiente.

A pesquisa estabelece o quanto a sustentabilidade se faz necessária no dia a dia, mostra a sua interferência na construção civil e relata como são feitas as avaliações dos espaços construídos. Com base nesses pontos, traça indicadores para um projeto e para uma construção sustentável.

Os objetivos desse estudo são identificar e analisar os indicadores de sustentabilidade na concepção dos projetos arquitetônicos recentes, levando em consideração a política nacional e de sustentabilidade urbana e traçar indicadores de sustentabilidade a serem aplicados em projetos arquitetônicos.

2.Desenvolvimento

2.1 Sustentabilidade x desenvolvimento sustentável

Não é possível definir o termo desenvolvimento sustentável sem relacioná-lo com sustentabilidade.

Rodriguéz (1997) define sustentabilidade, dissociando- a em diferentes bases:

 Sustentabilidade ambiental: coexistência harmônica do homem com o seu meio ambiente, mediante o equilíbrio de sistemas transformados e criados através da eliminação de detritos. Pressupõe-se a incorporação de conceitos temporais, tecnológicos e financeiros, refletindo um processo dinâmico e aleatório de transações de fluxo de EMI (Energia, Matéria e Informação) entre todos os componentes espaciais.

 Sustentabilidade econômica: habilidade de um sistema ambiental de manter a produção através do tempo, na presença de repetidas restrições geoecológicas e pressões socioeconômicas.

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 Sustentabilidade social: manejo da organização social compatível com os valores culturais e éticos do grupo envolvido e da sociedade que aceita em suas comunidades e organizações, a continuidade de tal processo de tempo.

Silva (2003) complementa, afirmando que para se alcançar o equilíbrio do que é socialmente desejável, economicamente viável e ecologicamente sustentável, é necessário um equilíbrio entre as esferas sociais, econômicas e ambientais, tripé base do desenvolvimento sustentável. Da esfera ambiental é esperado que haja o equilíbrio entre proteção do ambiente físico e seus recursos, de forma que haja uma qualidade de vida aceitável. O âmbito social requer o desenvolvimento de sociedades mais justas, proporcionando oportunidades de desenvolvimento humano e de um nível aceitável de qualidade de vida para todos. Do campo econômico, espera-se a facilidade de acesso a recursos e oportunidades, dentro do que é ecologicamente possível, aumentando a prosperidade para todos, sem ferir os direitos humanos básicos.

Afora tais esferas, Zambrano, Bastos e Fernandez (2008) defendem que há outros princípios a serem considerados ao se falar em desenvolvimento sustentável. O princípio do longo prazo, visão que deve estar presente em todo tipo de ação de planejamento ou decisão. O princípio da globalidade, quando devem ser consideradas as novas tecnologias e os avanços obtidos em diferentes partes do mundo, contudo considerando sua aplicação no âmbito local. E o princípio da governança, gestão baseada no consenso da sociedade, onde todos os processos de decisão devem garantir o consenso e os interesses comuns.

2.2 Sustentabilidade meio urbano x edificação

O termo sustentabilidade pode ser aplicado em diferentes escalas. Muitas vezes o objeto arquitetônico é concebido sob parâmetros sustentáveis e, no entanto, não se insere sustentavelmente no meio urbano. É necessário que essas escalas sejam analisadas para que arquitetônico e urbano se integrem.

Netto (2008) busca uma discussão sobre os impactos do edifício para uma cidade sustentável e sobre a relação desde com a morfologia urbana. Para tanto, aplica dois conceitos: socialidade e micro-economicidade. No primeiro, relaciona a compressão das relações sociais gerada pelas diferentes configurações espaciais, incluindo a densidade das redes sociais, a possibilidade de encontro e o grau de apropriação social dos espaços como uma questão referente à configuração das ruas, quarteirões e edifícios. A micro-economicidade, por sua vez, refere-se à capacidade do edifício de responder ao potencial de troca dentro de uma área quanto à oferta de serviços e comércios, de forma proporcional à densidade e localização da área dentro do sistema urbano. Para o autor, a arquitetura não deve desconsiderar seu papel no suporte a economia do cotidiano, que responde por grande parte da vida social da cidade ou do bairro, parte fundamental para a economia de uma região e até mesmo do país.

No que condiz ao meio urbano existente, inúmeros são os aspectos avaliados para o alcance de um desenvolvimento e até mesmo de um crescimento sustentável. Andrade (2009)ressalta que a sustentabilidade envolve políticas baseadas nos “três Rs” – reduzir, reusar e reciclar. Em um ambiente construído isso implica em adotar posturas

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que reduzam o gasto de energia, o reuso das edificações e a reciclagem dos resíduos das construções. O autor ainda ressalta a importância da legislação ambiental de cada região, pois apenas com o respeito a mesma e a fiscalização das leis, haverá a proteção ecológica do meio ambiente.

2.3 Construção sustentável

A construção civil é a maior responsável pelo impacto ao meio ambiente. De acordo com Marques e Salgado (2007), construir de forma sustentável é considerar a economia e a eficiência de recursos, o ciclo de vida do empreendimento e o bem-estar do usuário, reduzindo e até eliminando os impactos negativos gerados.

Brecar e Eclipse (2002), apud. Silva (2003), definem construção sustentável como o compromisso com:

 Sustentabilidade econômica: aumentar a lucratividade e crescimento através do uso mais eficiente de recursos, incluindo mão de obra, materiais, água e energia.

 Sustentabilidade ambiental: evitar efeitos perigosos e potencialmente irreversíveis no ambiente através de uso cuidadoso de recursos naturais, minimização de resíduos e proteção e, quando possível, melhoria do ambiente.

 Sustentabilidade social: responder às necessidades de pessoas e grupos sociais envolvidos em qualquer estágio do processo de construção (do planejamento a demolição), provendo alta satisfação do cliente e do usuário, e trabalhando estreitamente com clientes, fornecedores, funcionários e comunidades locais. Para a obtenção da construção sustentável, uma seqüência de medidas deve ser estabelecida. A aplicação de políticas que tracem diretrizes de preservação e de conservação do meio-ambiente, bem como dos interesses sociais daqueles que o habitam. A elaboração e estipulação de normas que, aplicadas a um edifício, possibilitem o cumprimento sustentável da sua função, uma relação entre viabilidade econômica, limitação ambiental e necessidade social.

Para o alcance de tais fins, uma fase essencial é a do projeto arquitetônico. Nela são traçados os objetivos e o comportamento de determinada edificação. De acordo com a proposta, tem-se um perfil de fatores como o material utilizado, o consumo de energia, o reaproveitamento da água, a geração de resíduos, enfim, um panorama do funcionamento do edifício ao longo do tempo.

Zambrano, Bastos e Fernandez (2008) ampliam o contexto, afirmando que a abordagem da sustentabilidade supera o processo de projeto, englobando decisões que antecedem o projeto e aspectos posteriores ao mesmo, relacionados com a obra e a utilização do edifício. Para a elaboração de um projeto seguindo os princípios sustentáveis, adotam algumas práticas:

 A formação de um comitê consultivo, com representantes de todas as etapas relacionadas ao empreendimento – pessoas que se reunirão em momentos estratégicos para opinar sobre as principais decisões de projeto.

 A adoção do programa arquitetônico como documento de planejamento. Este definirá os critérios e os níveis de desempenho exigidos para o projeto.

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 A criação de um caderno de encargos ambientais que determina critérios para o projeto, em função das necessidades do programa, características do sítio, das potencialidades e limitações na escala urbana.

 A escolha do sítio e a abordagem na escala urbana, tanto relacionando as restrições ambientais quando o cenário sócio-cultural existente.

Segundo os mesmos, o cerne da abordagem da sustentabilidade está nas decisões relacionadas à gestão da parcela (dejetos, ruídos, poluição do ar e da água, etc.) e na articulação com a vizinhança e com os futuros usuários. O uso do edifício confirmará o bom desempenho das etapas anteriores, justificando todo o processo realizado.

2.4 Elaboração de projetos com qualidade ambiental

A NBR ISO 14001 (ABNT, 2004) define que:

Aspecto ambiental é o elemento das atividades, produtos ou serviços de uma organização que pode interagir com o meio ambiente. Impacto ambiental é qualquer modificação do meio ambiente, adversa ou benéfica, que resulte, no todo ou em parte, das atividades, produtos ou serviços de uma organização.

De acordo com o Anexo A da NBR ISO 14001 (ABNT, 2004):

É recomendado que uma organização identifique os aspectos ambientais dentro do escopo de seu sistema da gestão ambiental, levando-se em consideração as entradas e saídas (tanto intencionais quanto não-intencionais) associadas às suas atividades, produtos e serviços relevantes presentes, passados, planejados ou de novos desenvolvimentos, ou associadas a atividades, produtos e serviços novos ou modificados. Recomenda-se que este processo considere as condições operacionais normais e anormais, condições de parada e partida, assim como situações de emergência razoavelmente previsíveis.

A legislação mencionada apenas corrobora a afirmação de que não é possível pensar no projeto de um edifício sustentável sem considerar os impactos gerados durante os diferentes processos que o envolvem. Degani e Cardoso (2002) relacionam cinco etapas no processo de desempenho ambiental de um edifício: planejamento, implantação, uso, manutenção e demolição (FIGURAS 2.1, 2.2, 2.3, 2.4, 2.5). Cada etapa com aspectos ambientais gerando efeitos diretos sobre o meio ambiente. Usando o edifício residencial como exemplo, os autores fazem essa relação sob o peso dos seguintes fatores: condições de saúde, bem estar, segurança e qualidade de vida; comportamento dos ecossistemas; recursos naturais ou ambientais e seu aproveitamento; atividades sociais e econômicas; patrimônio natural e cultural.

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ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 6ª Edição nº 006 Vol.01/2013 – dezembro/2013 FIGURA 2.1 - Aspectos ambientais de entrada e saída dos processos empreendidos nas atividades

desenvolvidas na fase de planejamento de um edifício residencial Fonte: DEGANI; CARDOSO, 2002

FIGURA 2.2 - Aspectos ambientais de entrada e saída dos processos empreendidos nas atividades desenvolvidas na fase de implementação de um edifício residencial

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ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 6ª Edição nº 006 Vol.01/2013 – dezembro/2013 FIGURA 2.3 - Aspectos ambientais de entrada e saída dos processos empreendidos nas atividades

desenvolvidas na fase de uso de um edifício residencial Fonte: DEGANI; CARDOSO, 2002

FIGURA 2.4 - Aspectos ambientais de entrada e saída dos processos empreendidos nas atividades desenvolvidas na fase de manutenção de um edifício residencial

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ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 6ª Edição nº 006 Vol.01/2013 – dezembro/2013 FIGURA 2.5 - Aspectos ambientais de entrada e saída dos processos empreendidos nas atividades

desenvolvidas na fase de demolição de um edifício residencial Fonte: DEGANI; CARDOSO, 2002

Com base na identificação dos aspectos e dos impactos ambientais ao longo do ciclo de vida dos edifícios é que os projetos arquitetônicos poderão ser desenvolvidos sob nova ótica. Muller e Frota (2007), inclusive, esboçam roteiro para o projetar sustentável.

 Análise do programa arquitetônico;

 Análise do terreno e do Entorno;

 Utilização do clima como condicionante do projeto;

 Avaliação do desempenho do edifício;

 Reavaliação do projeto e detalhamento.

Os caminhos listados pelas autoras não divergem do conceito tradicional de projetar, mas incluem etapas que justificarão o funcionamento do edifício. Permitem ao responsável uma reavaliação das necessidades apresentadas, bem como uma melhor conscientização do que será necessário para o seu alcance.

2.5 Sistemas de certificação de desempenho ambiental para edifícios

Os sistemas de certificação correspondem a escalas comparativas num processo de avaliação de edificações. É feita uma análise da inserção de estratégias sustentáveis na concepção e execução de um projeto arquitetônico, de forma que este possa ou não ser proprietário de um selo verde. Os sistemas adotam quesitos mensuráveis para a concessão de pontos. A quantidade final de pontos determina o tipo de certificação.

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Alguns desses existem a quase duas décadas, diferindo-se apenas pelo conjunto de regras aplicadas em cada região.

2.5.1 BREEAM

Desenvolvido no Reino Unido em 1990, por pesquisadores do Building

Research Establishment e pelo setor privado, o Building Reserach Establishment Environmental Assesment Method (BREAM) baseia-se num sistema de checklist

(listagem de controle)para a avaliação de desempenho. São considerados fatores como: administração de edificações, consumo de energia, saúde e bem-estar, poluição, transporte, uso do solo, ecologia, materiais e água. De acordo com o comportamento da edificação, são gerados créditos ambientais e, por conseguinte, a certificação de desempenho BREEAM.

Segundo Silva, Silva e Agopyan (2001), versões internacionais do BREEAM foram adaptadas às condições do Canadá e de Hong Kong, com o objetivo de priorizar aspectos de relevância regional na avaliação.

2.5.2 LEED

A primeira versão do Leardeship in Energyand Enviromental Design (LEED) foi desenvolvida pelo United State Building Council e lançada em 1999 com a intenção de produzir um sistema de certificação nacional consensual voltado para o mercado e dedicado a edificações de alto desempenho.

Silva, Silva e Agopyan (2001) descrevem o sistema mostrando como é feita a análise de desempenho do edifício. Ele é avaliado ao longo de todo o seu ciclo de vida, considerando preceitos essenciais ao que constituiria o Green Building. O critério mínimo de nivelamento exigido para a avaliação de um edifício LEED é o cumprimento de uma série de pré-requisitos. Satisfeitas as exigências, é feita uma classificação de desempenho, em que a atribuição de créditos indica o grau de conformidade do atendimento aos itens avaliados.

A imparidade do LEED está em ser um documento aprovado por organizações industriais, que mesmo sob controvérsias, adotam medidas para diminuir o impacto de determinados materiais sobre o ambiente.

As questões cobertas pelo sistema devem ser abordadas em diferentes fases do projeto e da construção do edifício. Busca-se um projeto integrado do início ao fim de forma que o resultado seja uma edificação com baixo impacto ambiental e impacto econômico positivo aos proprietários. A avaliação obedece critérios estabelecidos em seis categorias, conforme FIGURA 2.6:

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ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 6ª Edição nº 006 Vol.01/2013 – dezembro/2013 FIGURA 2.6 - Quadro LEED – Listagem de Controle

Fonte: MARQUES; SALGADO, 2007

2.5.3 Green Star Australia

Desenvolvido em 2002 pelo Conselho de Edificação Sustentável da Austrália, o

Green Star Australia adota conceitos do LEED e do BREEAM, criando um dos

certificados mais consistentes do mundo.

Keeler e Burke (2010) descrevem o sistema como único, visto que oferece uma ferramenta para cada fase do ciclo de vida da edificação: projeto, construção, ocupação e uso. Além disso, considera e aplica ao resultado de certificação, fatores de ponderação, que se baseiam nas prioridades ambientais de cada região. As categorias de estratégias sustentáveis são: gestão, qualidade do ambiente interno, energia, transporte, água, materiais, uso do solo e ecologia, emissões e inovação.

2.5.4 Green Building Challenge (CBC)

Surgido em 1996 como um concurso internacional para selecionar a edificação mais sustentável, o CBC evoluiu e transformou-se num consórcio internacional com o objetivo de desenvolver um novo método de avaliação de desempenho ambiental para o edifício. A avaliação teria uma base comum e consideraria as diversidades técnicas e regionais das diferentes localidades.

Silva, Silva e Agopyan (2001) distinguem o CBC dos demais sistemas por considerar e refletir diferentes prioridades, tecnologias, tradições construtivas e até mesmo valores culturais de diferentes regiões. Segundo os autores, a diferença notável entre os sistema é que enquanto os últimos fornecem uma classificação de desempenho

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vinculada a uma certificação ambiental, no CBC, a pontuação final acaba sendo conseqüência da investigação principal, que é uma metodologia de avaliação que possa ser incrementada ou simplificada para atender às necessidades de cada local. Para fornecer resultados aderentes às particularidades locais, o CBC estabelece desempenhos de referência e as equipes são encorajadas a indicar a melhor ponderação entre as categorias de impacto em cada caso. Em sua evolução, o sistema busca uma fundamentação mais consistente para os valores de referência, bem como das ponderações entre categorias e dos itens das diversas categorias, e de uma gama mais ampla de indicadores de sustentabilidade para um refinamento das comparações internacionais.

2.5.5 HQE – Haute Qualité Environnementale

Criado na França pela Association pour La Haute Qualité Environnementale, ele fornece certificações com base na avaliação do desempenho e das estratégias de gestão das edificações. Foi concebido como um processo voluntário, disponível a todos que desejem alcançar um alto padrão de qualidade para a sua produção arquitetônica e para aqueles que dela usufruirão. O sistema define níveis de desempenho e têm o compromisso de capacitar os participantes do projeto para alcançá-los. Busca diminuir o impacto sobre o meio ambiente durante todo o ciclo de vida da edificação. O selo pode ser concedido a edifícios novos ou mesmo a prédios existentes, nas áreas de edifícios comerciais, habitação individual e em grupo.

2.5.6 Avaliação ambiental de edifícios no Brasil

O Brasil foi integrado ao CBC durante a conferência Sustentaible Buildings

2000 e encontra-se amadurecendo no que diz respeito a um sistema de avaliação. Os

primeiros passos vieram com o Programa Nacional de Avaliação de Impactos Ambientais de Edifícios (BRAIE) coordenado pela UNICAMP, o qual contemplava a formação de uma rede nacional de pesquisa, com a aplicação de metodologia a ser aplicada inicialmente em São Paulo e posteriormente nas demais regiões.

Em 2008, os resultados foram alcançados com a apresentação pela Fundação Vanzoline – uma instituição privada sem fins lucrativos criada pelos professores do Departamento de Engenharia de Produção da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo - do primeiro selo de certificação de construções sustentáveis adaptado a realidade brasileira – o AQUA – Alta Qualidade Ambiental.

Inspirado no modelo francês HQE, o selo AQUA leva em consideração critérios que avaliam a gestão ambiental das obras e as especificidades técnicas e arquitetônicas. São eles:

 Eco-construção

relação do edifício com o seu entorno;

escolha integrada de produtos, sistemas e processos construtivos; canteiro de obras com baixo impacto ambiental.

 Gestão

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da água;

dos resíduos de uso e operação do edifício;

manutenção: permanência do desempenho ambiental.

 Conforto hidrotérmico; acústico; visual; olfativo.  Saúde

qualidade sanitária dos ambientes; do ar;

da água.

Ao avaliar os critérios, o selo AQUA qualifica a edificação entre bom, superior e excelente, sendo:

Bom: corresponde ao desempenho mínimo aceitável para um empreendimento de Alta Qualidade Ambiental.

Superior: corresponde a boas práticas de sustentabilidade.

Excelente: corresponde aos desempenhos máximos constatados em empreendimentos de Alta Qualidade Ambiental.

O método utilizado para essa certificação integra além de escolas e escritórios, quaisquer interessados em um empreendimento com um padrão de qualidade. Escolhas são feitas baseadas em um referencial básico e passam por adaptações. Depois, a eficiência do edifício é testada na prática. Se atender às exigências, ganha a certificação - e ainda passa a servir de referência para as demais construções daquele setor.

2.6. Indicadores de Sustentabilidade

O projetar sustentável é uma premissa mundial. Uma consciência “verde” na concepção e na execução dos projetos arquitetônicos é uma necessidade tão urgente no mundo, quanto no Brasil. E considerando as particularidades de cada região, é definida a proposição do trabalho: delinear indicadores de sustentabilidade para concepção do edifício.

Keeler e Burke (2010)definem projeto integrado como o processo que considera as relações entre as diferentes decisões tomadas durante o projeto de uma edificação. Na elaboração da listagem dos indicadores que servirá de parâmetro para a análise de uma edificação serão consideradas não apenas as decisões de projeto, mas os fatores que interfiram na edificação durante o seu processo construtivo e na sua pós-ocupação. Referências para isso foram os quesitos utilizados nas matrizes dos sistemas de certificação. Os mesmos permitiram determinar o quão sustentável o prédio se torna no contexto de exigências. A seguir são descritas as variáveis que se configuram como indicadores de sustentabilidade para edifícios, utilizadas nesta investigação:

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Com um programa de necessidades definido, a primeira questão a ser considerada é o impacto que a execução do projeto terá sobre a área em que estará inserido. Qualquer edificação gera impacto, a preocupação é a minimização deste perante a natureza e a sociedade. Deverão ser observados aspectos como a escala e a dimensão do projeto, recuos, a lei de uso e ocupação do solo, acessibilidade, orientação do edifício, condicionantes geográficos- respeito à topografia natural do terreno. Nesse parâmetro ainda deverão ser considerados os níveis de ruídos, a gestão das águas pluviais e o controle da poluição visual.

2.6.2 Conforto térmico e conservação de energia

Uma das premissas em qualquer projeto é o conforto. Os usuários esperam que os impactos climáticos sejam corrigidos na edificação, não importa quão extremas sejam as condições. Essa correção tem diferentes soluções, as escolhidas para o projeto determinarão a eficiência sustentável. Os condicionantes são: ventilação e iluminação natural, uso de elementos de sombreamento, tipo de iluminação, uso de ar-condicionado, aquecimento da água, fontes de energia renováveis.

2.6.3 Racionalização do uso da água

Em projetos arquitetônicos, o uso racional da água circula em três esferas: lançamento de esgoto, preservação da paisagem e manejo dos recursos hídricos.

Projetos sustentáveis buscam o aproveitamento das águas e a diminuição do consumo de água potável, especialmente para o descarte de dejetos humanos. Keeler e Burke (2010) se valem da reciclagem das águas fecais e servidas como uma estratégia de conservação. Os mesmos ainda sugerem um projeto hidrossanitário baseado na demanda de usuários, o que seria possível considerando fatores como: ocupação, freqüência do uso e tipos de aparelhos hidrossanitários.

A preservação da paisagem, por sua vez, será alcançada com uma diminuição significativa do uso de água nos jardins e no consumo e água potável pela edificação. Para projetar considerando a paisagem, devem ser ponderadas questões como: tipo de vegetação, sistemas de irrigação, controle de erosão e manejo de águas pluviais.

Quanto ao respeito aos recursos hídricos, os autores anteriormente mencionados defendem estratégias como: a coleta e a armazenagem das águas pluviais, o tratamento das águas fecais, a utilização das águas servidas municipais e as tecnologias futuras que permitam a dessalinização da água e a reciclagem para torná-la potável.

2.6.4 Materiais e recursos

Para se projetar sustentavelmente, um dos fatores mais relevantes é a especificação de materiais. Pontos como durabilidade e vida útil do material, a possibilidade de reciclagem, de reuso e de recuperação, a energia incorporada, a

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proporção de recursos renováveis e não renováveis em cada produto devem ser questionados durante o processo de escolha. Afora isso, há as ações práticas: adoção de materiais locais, materiais de fácil obtenção, uso de produtos certificados.

O LEED relaciona ainda fatores como a reutilização de edificações existentes, o gerenciamento de entulho da obra e o reaproveitamento de recursos.

No que se refere a materiais e recursos, um dos temas mais discutidos é o ciclo de vida do lixo produzido na obtenção dos materiais para construção civil. Keeler e Burke (2010) caracterizam resíduos sólidos nas seguintes fases, considerando sua produção no ciclo de processamento:

 Recursos naturais são usados para fins de extração ou coleta de matérias primas, ao passo que resíduos são gerados por meio da produção ineficiente de materiais.

 São gerados produtos derivados dos métodos de produção ou extração industrial, incluindo o uso de água nos processos de produção, as emissões aéreas, ruídos e odores.

 Durante o transporte para os centros de distribuição, assim como para o canteiro de obras e do canteiro de obra para o descarte são gerados produtos derivados do lixo, como a emissão de carbono dos motores de combustão dos transportes. Os autores anteriormente citados defendem ainda que ao optar pelo uso e materiais produzidos regionalmente com conteúdos recicláveis, reaproveitados de demolições e materiais de rápida renovação é interferir nas fontes de resíduos de forma benéfica. A manutenção e a limpeza de materiais, seja em qual for a fase do seu ciclo de vida é outro fator. Escolher materiais com baixa necessidade de manutenção diminui a produção de resíduos com materiais de limpeza e, por conseqüência, reduz a agressão ao meio ambiente. Em seu ciclo final de vida, os materiais devem seguir as recomendações feitas pela Agenda 21:

 Prevenir ou minimizar

 Reusar ou reciclar

 Incinerar com recuperação de calor

 Utilizar alternativas à incineração. Escolha de materiais com maior segurança, como a compostagem ou o reprocessamento biológico.

 Evitar o descarte dos resíduos em aterros sanitários.

2.6.5 Qualidade do ambiente interno

A qualidade do ambiente interno interfere diretamente na produtividade, na saúde e no conforto dos usuários. De acordo com Keeler e Burke (2010), diferentes fatores relacionam-se para a conquista dessa qualidade: a qualidade do ar interno, a acústica, a iluminação natural, o conforto visual, a conexão com o ambiente externo e o conforto térmico.

Para obter um bom ar interno é necessário reduzir a exposição dos usuários a produtos químicos preocupantes. Os autores consideram quatro elementos no projeto, pontos que foram considerados norteadores da presente investigação:

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 O controle da fonte: seleção dos materiais, acabamentos, móveis e acessórios da edificação. Eles devem ser escolhidos de acordo com a emissão de compostos orgânicos voláteis.

 O controle da ventilação: deve haver sistemas eficazes para filtrar o ar externo fazendo-o circular, superando as taxas mínimas de troca de ar. O sentido da ventilação de cada região deve ser fator de ponderação. Aberturas posicionadas corretamente podem garantir as trocas de ar.

 Avaliação da edificação e da qualidade interna do ar: verificação do funcionamento dos sistemas da edificação.

 Manutenção da edificação: uso de produtos de limpeza e manutenção benignos, bem como o estabelecimento de um programa de monitoramento de sustentabilidade.

As fontes ruídos são uma grande preocupação para a saúde pública, são causadores de altos níveis de estresse e reduzem a produtividade. Para uma arquitetura sustentável é necessário técnicas que reduzam ou mascarem os níveis de ruído, controlando-os para o bem-estar do ambiente.

A iluminação natural garante a qualidade do ambiente interno, favorecendo diferentes atividades e colabora para o controle do consumo de energia. Pode ser alcançada na fase inicial do projeto, com a orientação da edificação e com a determinação da quantidade de aberturas. A forma como essa luz entrará no ambiente é outra preocupação. Decisões de projeto podem fazê-la entrar indiretamente, evitando ofuscamento e incidência de raios solares diretos e até aquecimento do ambiente interno.

Os fatores que interferem no conforto visual relacionam-se com o ofuscamento, a iluminação natural incorreta e o uso de cores e texturas com o contraste de luminosidade do local.

A conexão com o ambiente externo torna-se preponderante pela necessidade do homem de interagir com o exterior, com a proximidade com o verde, com o contato visual com o céu e com a sensação de ar externo sobre a pele. É um fator psicológico que traz ao usuário sentimentos de conforto.

O cientista dinamarquês P.Ole Fanger(1970) desenvolveu uma equação matemática para o cálculo do conforto térmico. As variáveis são: temperatura ambiente, temperatura radiante, umidade relativa, velocidade do ar, isolamento das roupas e nível de atividade, sendo as últimas variáveis metabólicas. Todavia, apesar dos cálculos, a percepção do conforto térmico está no comportamento dos usuários e na sua produtividade em meio ao ambiente.

2.6.6. Matriz de indicadores de sustentabilidade para edificação

A tabela 1, a seguir, traz os parâmetros de análise utilizados neste estudo, bem como os aspectos a serem analisados nos projetos arquitetônicos ou nos edifícios.

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INDICADORES DE SUSTENTABILIDADES APLICADOS NO EDIFÍCIO PARÂMETROS DE ANÁLISE ASPECTOS A SEREM ANALISADOS

ESCOLHA DO SÍTIO

Escala e dimensão do projeto Recuos

Lei de uso e ocupação do solo Acessibilidade

Orientação do Edifício Condicionantes Geográficos Níveis de ruído

Gestão de águas pluviais Controle da poluição visual

CONFORTO TÉRMICO E CONSERVAÇÃO DE ENERGIA Ventilação Natural Iluminação Natural Elementos de sombreamento Uso ar-condicionado Aquecimento da água

Fontes de energia renováveis

RACIONALIZAÇÃO DA ÁGUA Lançamento de esgoto Preservação da Paisagem Tipo de vegetação Sistemas de Irrigação Controle de erosão Manejo de águas pluviais Manejo de recursos hidricos

Reaproveitamento da água para descarte resíduos fecais

Armazenagem de águas pluviais

Tratamento e reutilização das águas servidas

MATERIAIS E RESÍDUOS

Reutilização de edificações existentes Adoção de materiais locais

Utilização de materiais de fácil obtenção

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Materiais de alta durabilidade e fácil manutenção

Recursos certificados

Controle de geração de resíduos Gestão de resíduos produzidos Reaproveitamento de recursos Reciclagem

QUALIDADE DO AMBIENTE INTERNO

Qualidade do ar interno Acústica

Conforto térmico

Interação com o ambiente externo Iluminação natural

Tabela1 - Indicadores de Sustentabilidade aplicados no Edifício Fonte: ANDRADE, DENISE, 2011

3. Conclusão

Ao se discutir sustentabilidade, não se está debatendo a vida do planeta, mas a vida dos seres humanos. Todos são partes integrantes de um contexto e, portanto, co-responsáveis por tudo que nele ocorre.

É muito difícil defender a idéia de sustentabilidade na construção civil, pois, no que concerne a conservação do meio ambiente, na maioria dos países, não há uma legislação restritiva. Seria necessária a adoção de atitudes em níveis federal, estadual e municipal para que novas leis fossem aprovadas, para que a fiscalização se tornasse mais responsável, com uma análise detalhada do projeto e com a imposição de multas e advertências em caso de ilegitimidades. A instituição de uma certificação ambiental seria um outro aspecto. O incentivo ao traço verde reconheceria projetos e incutiria no panorama geral a preocupação com o meio ambiente e, portanto, com uma arquitetura sustentável.

Afora isso, vem a atuação dos responsáveis pelos projetos. O tema deveria fazer parte da grade curricular dos diferentes centros de ensino. Se a responsabilidade ambiental e, por conseqüência, a social são inseridas na educação desde as suas bases, torna-se um processo natural na formação do indivíduo.

Os custos financeiros que empresas alegam ser mais elevados com soluções sustentáveis podem ser questionados se tais soluções vierem desde a fase inicial do projeto, na concepção, onde o todo será pensado com esse objetivo. Cabe aos profissionais da Arquitetura, Engenharia e áreas afins dar os passos iniciais, a investir e defender os conceitos. Muitas vezes são processos simples: buscar a melhor orientação para o edifício, especificar materiais menos agressores, considerar o sítio, respeitar suas

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limitações e tirar partido das dificuldades, entender que a água é um bem, prever o seu reaproveitamento e evitar o desperdício.

Faz-se necessária uma mudança de postura, a adoção do traço verde nos projetos, a concepção da idéia relacionando meio ambiente e sociedade. É válido seguir medidas adotadas por países como o Reino Unido, Austrália e Estados Unidos, assumir posturas verdes, seja para uma arquitetura mais consciente, seja para a preservação do planeta.

Por fim, é imperativo que se reconheça a importância dos princípios sustentáveis, que sejam estes utilizados para produzir uma arquitetura responsável e aliada ao planeta.

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