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Comprimido Comprimidos redondos,de cor laranja com a inscrição AAS numa das faces.

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APROVADO EM 11-05-2016 INFARMED RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO

1. NOME DO MEDICAMENTO AAS 150, 150 mg, comprimidos

2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Cada comprimido contém:

Ácido acetilsalicílico 150 mg Excipientes com efeito conhecido:

Amarelo-sol FCF (E110) 0,012 mg Manitol (E421) 100 mg

Lista completa de excipientes ver secção 6.1. 3. FORMA FARMACÊUTICA

Comprimido

Comprimidos redondos,de cor laranja com a inscrição AAS numa das faces. 4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS

4.1 Indicações terapêuticas

Como inibidor da agregação plaquetária, o ácido acetilsalicílico em baixas dosagens é indicado para as seguintes situações:

Angina de peito instável. Enfarte agudo de miocárdio. Prevenção de enfartes.

Após uma cirurgia vascular ou intervenção cirúrgica.

Prevenção de acidentes isquémicos transitórios (AIT) e trombose cerebral após o aparecimento de estados precursores.

Para a prevenção de trombose em vasos sanguíneos coronários em doentes com múltiplos fatores de risco.

Para a prevenção de trombose venosa e embolia pulmonar. 4.2 Posologia e modo de administração

Posologia:

Adultos e adolescentes com idade superior a 16 anos: Recomenda-se administrar 1 comprimido por dia.

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APROVADO EM 11-05-2016 INFARMED Doses superiores não demonstraram uma maior eficácia e aumentaram o número de complicações.

Não exceda a dose recomendada. Idosos:

O ácido acetilsalicílico deve ser usado com particular precaução em doentes idosos que são mais suscetíveis a sofrerem efeitos indesejáveis (ver secção 4.4)

Crianças:

AAS 150 está contraindicado em crianças com idade inferior a 16 anos, a menos que especificamente indicado pelo médico.

Doentes com insuficiência renal:

AAS 150 está contraindicado em doentes com insuficiência renal grave. O ácido acetilsalicílico causa retenção de água e sódio exacerbando a hipertensão, insuficiência cardíaca congestiva e insuficiência renal (ver secção 4.3)

Doentes com insuficiência hepática:

AAS 150 está contraindicado em doentes com insuficiência hepática grave (ver secção 4.3)

Modo de administração Via oral.

Os comprimidos devem ser tomados com a ajuda de algum líquido depois das refeições.

4.3 Contraindicações

Não administrar nos seguintes casos:

Hipersensibilidade à substância ativa ou a qualquer um dos excipientes mencionados na secção 6.1.

Hipersensibilidade a outros salicilatos, a outros anti-inflamatórios não esteróides ou à tartrazina (reação cruzada).

Úlcera gastroduodenal ativa, crónica ou recorrente; moléstias gástricas de repetição. Antecedentes de hemorragia ou perfuração gástrica após tratamento com ácido acetilsalicílico ou outros anti-inflamatórios não esteróides.

Asma.

Doenças relacionadas com transtornos da coagulação, principalmente hemofilia ou hipoprotrombinemia.

Insuficiência renal ou hepática graves.

Crianças com menos de 16 anos com processos febris, gripe ou varicela, uma vez que nestes casos a ingestão de ácido acetilsalicílico foi associada com o aparecimento do Síndrome de Reye.

No terceiro trimestre da gravidez. No período de aleitamento

Associações com metotrexato a doses igual ou superior a 15 mg/semana (ver secção 4.5)

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APROVADO EM 11-05-2016 INFARMED Doentes com historial de gota. O ácido acetilsalicílico a doses baixas diminui a excreção de ácido úrico, podendo desencadear gota em doentes com tendência a terem baixa excreção de ácido úrico.

4.4 Advertências e precauções especiais de utilização

Existe uma associação possível entre o ácido acetilsalicílico e o Síndrome de Reye quando administrado a crianças com febre, gripe ou varicela. Por este motivo, está contraindicada a administração de ácido acetilsalicílico a crianças com idade inferior a 16 anos, a menos que especificamente indicado pelo médico.

Devido ao seu efeito inibidor da agregação plaquetária o ácido acetilsalicílico pode aumentar a tendência de hemorragias durante e depois de operações cirúrgicas (incluindo pequenas cirurgias como por exemplo extrações de dentes) Deve evitar-se a administração de ácido acetilsalicílico antes ou depois de uma extração dentária ou intervenção cirúrgica, sendo conveniente suspender a sua administração uma semana antes das referidas intervenções.

O tratamento com anti-inflamatórios não esteróides está associado com o aparecimento de hemorragia, ulceração e perfuração do trato digestivo alto. Estes episódios podem aparecer a qualquer momento ao longo do tratamento, sem sintomas prévios e em doentes sem antecedentes de transtornos gástricos. O risco aumenta com a dose, em doentes idosos e em doentes com antecedentes de úlcera gástrica, principalmente se sofreram alguma complicação como hemorragia ou perfuração. Os doentes devem reportar ao médico qualquer sintoma de hemorragias. Se aparecer qualquer um destes episódios, o tratamento deverá interromper-se imediatamente.

Sempre que for possível deverá evitar-se o tratamento concomitante com medicamentos que possam aumentar o risco de hemorragias, principalmente digestivas altas, tais como corticosteróides, inflamatórios não esteróides, anti-depressivos do tipo inibidores seletivos da recatação de serotonina, anti-agregantes plaquetários, anticoagulantes. No caso de considerar-se necessário o tratamento concomitante, este deverá realizar-se com precaução, advertindo o doente de possíveis sinais e sintomas (melanorreias, hematemese, hipotensão, suores frios, dor abdominal, enjoos) bem como da necessidade de interromper o tratamento e consultar imediatamente o médico.

Além disto, este medicamento deverá administrar-se sob estreita supervisão médica em caso de: hipersensibilidade a outros anti-inflamatórios/anti-reumáticos

deficiência de glicose-6-fosfato desidrogenase (doses altas de ácido acetilsalicílico podem desencadear uma anemia hemolítica aguda em doentes com deficiência de glicose-6-fosfato desidrogenase)

urticária rinite

hipertensão desidratação

insuficiência renal ou hepática

O uso habitual de analgésicos (particularmente associações de diferentes fármacos analgésicos) podem danificar permanentemente os rins (nefropatia analgésica).

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APROVADO EM 11-05-2016 INFARMED Este medicamento contém amarelo-sol FCF (E110). Pode provocar reações alérgicas. Este medicamento contém manitol (E421). Pode ter efeito laxante moderado.

4.5 Interações medicamentosas e outras formas de interação

Outros anti-inflamatórios não esteróides (AINEs): a administração simultânea de vários AINEs pode aumentar o risco de úlceras e de hemorragias gastrointestinais, devido a um efeito sinérgico. Não deve administrar-se concomitantemente ácido acetilsalicílico com outros AINEs.

Ibuprofeno: o ibuprofeno pode inibir o efeito antiagregante plaquetário do ácido acetilsalicílico a baixa dosagem. Não é provável que efeitos clinicamente relevantes sobre a ação cardioprotetora do ácido acetilsalicílico se notem após a administração ocasional do ibuprofeno (ver secção 5.1). No entanto, os doentes devem ser indicados para consultar o médico ou farmacêutico antes de tomar ibuprofeno.

Corticosteróides: a administração simultânea de ácido acetilsalicílico com corticosteróides pode aumentar o risco de úlceras e de hemorragias gastrointestinais, devido a um efeito sinérgico, pelo que não se recomenda a sua administração concomitante (ver secção 4.4). Diminuição da salicilémia durante o tratamento com corticosteróides e risco de sobredosagem com salicilatos após a interrupção da sua administração, devido a um aumento da eliminação dos salicilatos provocado pelos corticosteróides.

Diuréticos: existe o risco de diminuição do efeito diurético especialmente em doentes com doença renal ou cardiovascular. Os AINEs podem originar uma falha renal aguda, principalmente em doentes desidratados (ver secção 4.4). No caso de ser administrado de forma simultânea ácido acetilsalicílico e um diurético, é preciso garantir a hidratação correta do doente e monitorizar a função renal ao iniciar o tratamento.

Inibidores seletivos da recaptação de serotonina: a sua administração simultânea aumenta o risco de hemorragia em geral, e digestiva elevada em particular, pelo que deve evitar-se na medida do possível o seu uso concomitante.

Anticoagulantes orais: a sua administração simultânea aumenta o risco de hemorragia, pelo que não é recomendada. Se for impossível evitar uma associação deste tipo, é necessária uma monitorização cuidadosa do INR (International Normalized Ratio) (ver secção 4.4).

Trombolíticos e anti-agregantes plaquetários: a sua administração simultânea aumenta o risco de hemorragia, pelo que não é recomendada. (ver secção 4.4). Inibidores da enzima conversão de angiotensina (ECA) e antagonistas dos recetores da angiotensina II: os AINEs e antagonistas da angiotensina II exercem um efeito sinérgico na redução da filtração glomerular, que pode ser exacerbado em caso de alteração da função renal. A administração desta combinação em doentes idosos, ou desidratados, pode levar a uma falha renal aguda por ação direta sobre a filtração glomerular. Recomenda-se uma monitorização da função renal ao iniciar o tratamento assim como uma hidratação regular do doente. Além disto, esta combinação pode reduzir o efeito anti-hipertensivo dos inibidores da ECA e dos

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APROVADO EM 11-05-2016 INFARMED antagonistas dos recetores da angiotensina II, devido à inibição de prostaglandinas com efeito vasodilatador.

Fármacos hipoglicemiantes/antidiabéticos: a administração concomitante do ácido acetilsalicílico com insulina e sulfonilureias aumenta o efeito hipoglicemiantes destas últimas.

Ciclosporina: os AINEs podem aumentar a nefrotoxicidade da ciclosporina devido a efeitos das prostaglandinas renais. Recomenda-se uma monitorização cuidadosa da função renal, especialmente em doentes idosos.

Álcool: a administração conjunta de álcool com ácido acetilsalicílico aumenta o risco de hemorragia gastrointestinal.

Lítio: demonstrou-se que os AINEs diminuem a excreção do lítio, aumentando os níveis de lítio no sangue, podendo chegar a atingir valores tóxicos. Não é recomendado o uso concomitante de lítio e AINEs. A concentração de lítio no sangue deve ser cuidadosamente monitorizada durante o inicio, ajustamento e suspensão do tratamento com ácido acetilsalicílico, no caso desta combinação ser necessária. Metotrexato: os AINEs diminuem a secreção tubular de metotrexato aumentando as concentrações plasmáticas do mesmo e, como tal, a sua toxicidade. Por esta razão não é recomendado o uso concomitante com AINEs em doentes tratados com elevadas doses de metotrexato (ver secção 4.3). Deve ter-se igualmente em conta o risco de interação entre o metotrexato e os AINEs em alterada. Nos casos em que for necessário o tratamento combinado deveria monitorizar-se o hemograma e a função renal, especialmente nos primeiros dias de tratamento.

Uricosúricos: a administração conjunta de ácido acetilsalicílico e dos uricosúricos, além da diminuição do efeito destes últimos, produz uma diminuição da excreção do ácido acetilsalicílico atingindo-se níveis plasmáticos mais elevados.

Antiácidos: os antiácidos podem aumentar a excreção renal dos salicilatos por alcalinização da urina.

Digoxina: os AINEs aumentam os níveis plasmáticos de digoxina podendo atingir valores tóxicos. Não é recomendado o uso concomitante de digoxina e dos AINEs. Em caso da administração simultânea ser necessária, devem monitorizar-se os níveis plasmáticos de digoxina durante o início, ajustamento e suspensão do tratamento com ácido acetilsalicílico.

Anticonvulsivantes: a administração conjunta de ácido acetilsalicílico e de ácido valpróico produz uma diminuição da ligação às proteínas plasmáticas e uma inibição do metabolismo de ácido valpróico. O ácido acetilsalicílico pode aumentar o nível plasmático de fenitoína.

Betabloqueantes: o ácido acetilsalicílico pode reduzir o efeito antihipertensivo dos betabloqueantes.

4.6 Fertilidade, gravidez e aleitamento Gravidez

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APROVADO EM 11-05-2016 INFARMED O ácido acetilsalicílico atravessa a barreira placentária.

O uso de salicilatos nos 3 primeiros meses da gravidez foi associado em vários estudos epidemiológicos a um maior risco de malformações (fenda do palato, malformações cardíacas). Com doses terapêuticas normais, este risco parece ser baixo.

Os salicilatos apenas devem administrar-se durante a gravidez após uma estrita avaliação da relação benefício-risco.

Se for administrado ácido acetilsalicílico durante o primeiro e segundo trimestre da gravidez, a dose deverá ser o mais baixa possível e a duração do tratamento o mais curta possível.

Está contraindicado o seu uso no terceiro trimestre da gravidez. A sua administração no terceiro trimestre pode prolongar o parto e contribuir para a perda de sangue maternal ou neonatal e para o fecho prematuro do ductus arterial.

Estudos em animais mostraram toxicidade reprodutiva (ver secção 5.3). Amamentação

É excretado através do leite materno, pelo que não é recomendada a sua utilização durante o período de aleitamento devido ao risco de ocorrerem efeitos secundários no lactente.

4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas Não foram descritos para a dose recomendada.

4.8 Efeitos indesejáveis

Os efeitos indesejáveis do ácido acetilsalicílico são, regra geral, pouco frequentes embora importantes em alguns casos. Na maioria dos casos, os efeitos indesejáveis são uma prolongação da ação farmacológica e afetam principalmente o aparelho digestivo. Entre 5-7% dos doentes sofre algum tipo de efeito indesejável.

Os efeitos indesejáveis mais característicos são: Doenças do sangue e do sistema linfático:

Frequentes (≥1/100, <1/10): prolongamento do tempo de hemorragia.

Pouco frequentes (≥1/1,000, <1/100): Anemia ferropénica.

Muito raros (<1/10.000): anemia hemolítica associada a deficiência de glucose-6-fosfato desidrogenase.

Frequência desconhecida: trombocitopenia, equimose Doenças do metabolismo e da nutrição:

Muito raros (<1/10.000): hipoglicémia.

Frequência desconhecida: retenção de sódio e líquidos. Vasculopatias:

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APROVADO EM 11-05-2016 INFARMED Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino:

Frequentes (≥1/100, <1/10): broncoespasmo paroxístico, dispnéia grave, rinite.

Doenças gastrointestinais:

Frequentes (≥1/100, <1/10): Úlcera gástrica, úlcera duodenal, hemorragia

gastrointestinal (melanorreias, hematemese), dor abdominal, dispepsia, náuseas, vómitos.

Afeções hepatobiliares:

Pouco frequentes (≥1/1.000, <1/100): hepatite, alterações dos valores das enzimas

hepáticas.

Afeções dos tecidos cutâneos e subcutâneos:

Frequentes (≥1/100, <1/10): Urticária, erupções cutâneas, angioedema.

Doenças renais e urinárias:

Frequência desconhecida: disfunção renal, aumento do nível sanguíneo de ácido úrico

Perturbações gerais e alterações no local de administração:

Pouco frequentes (≥1/1.000, <1/100): Síndrome de Reye (em menores de 16 anos

com processos febris, gripe ou varicela (Ver secção 4.3).

Em doses superiores às indicadas anteriormente, e em tratamentos prolongados, podem aparecer:

Doenças do sistema imunitário:

Frequência desconhecida: reações de hipersensibilidade, por exemplo rinite, angioedema, urticária, broncoespasmo, reações cutâneas e anafilaxia.

Perturbações do foro psiquiátrico: Raros (≥1/10.000, <1/1.000): Confusão

Doenças do sistema nervoso:

Raros (≥1/10.000, <1/1.000): Enjoos

Afeções do ouvido e do labirinto:

Raros (≥1/10,000. <1/1,000): Zumbidos, surdez temporária

Doenças renais e urinárias:

Muito raros (<1/10.000): Insuficiência renal e nefrite intersticial aguda. Perturbações gerais e alterações no local de administração:

Pouco frequentes (≥1/1.000, <1/100): cefaleia, suores

O tratamento deve ser suspenso imediatamente em caso do doente sofrer algum tipo de surdez, tinnitus ou enjoos.

Em doentes com história de hipersensibilidade ao ácido acetilsalicílico e a outros anti-inflamatórios não esteroides podem produzir-se reações anafiláticas ou anafilactoides. Isto também poderá acontecer em doentes que não mostraram previamente hipersensibilidade a estes fármacos.

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APROVADO EM 11-05-2016 INFARMED Notificação de suspeitas de reações adversas

A notificação de suspeitas de reações adversas após a autorização do medicamento é importante, uma vez que permite uma monitorização contínua da relação benefício-risco do medicamento. Pede-se aos profissionais de saúde que notifiquem quaisquer suspeitas de reações adversas diretamente ao INFARMED, I.P.:

INFARMED, I.P.

Direção de Gestão do Risco de Medicamentos Parque da Saúde de Lisboa, Av. Brasil 53 1749-004 Lisboa

Tel: +351 21 798 73 73

Linha do Medicamento: 800222444 (gratuita) Fax: + 351 21 798 73 97

Sítio da internet:

http://extranet.infarmed.pt/page.seram.frontoffice.seramhomepage E-mail: farmacovigilancia@infarmed.pt

4.9 Sobredosagem

O envenenamento por salicilatos está habitualmente associado a concentrações plasmáticas >350mg/L (2,5 mmol/L). A maioria de mortes em adultos ocorrem em doentes cujas concentrações excedem 700 mg/L (5,1 mmol/L). Doses únicas inferiores a 100 mg/kg são pouco prováveis de causarem envenenamento grave. Sintomas: Os sintomas comuns do salicilismo (náuseas, vómitos, desidratação, zumbidos, vertigens, surdez, suores, vasodilatação, extremidades quentes com pulsos delimitadores, aumento da velocidade de respiração e hiperventilação, cefaleia, visão desfocada, enjoos, confusão mental e ocasionalmente diarreia) são indícios de sobredosagem. A maioria destas reações são produzidas pelo efeito direto do composto. Contudo, a vasodilatação e os suores são resultado de um metabolismo acelerado.

São comuns alterações no equilíbrio ácido-base, o que pode influenciar na toxicidade dos salicilatos, alterando a sua distribuição entre plasma e tecidos. A estimulação da respiração produz hiperventilação e alcalose respiratória. A fosforilação oxidativa deteriorada produz acidose metabólica. É habitual em adultos e crianças com mais de 4 anos de idade ocorrer uma mistura de alcalose respiratória e acidose metabólica com pH arterial normal ou alto (concentrações de ião de hidrogénio normal ou reduzido). Em crianças com 4 anos de idade ou menos, é comum ocorrer uma acidose metabólica dominante com pH arterial baixo (concentração de ião de hidrogénio aumentada). A acidose pode aumentar a passagem de salicilato através da barreira hematoencefálica.

Características pouco comuns incluem hematemese, hiperpirexia, hipoglicémia, hipocalémia, trombocitopenia, aumento de INR/PTR, coagulação intravascular, insuficiência renal e edema pulmonar não cardíaco.

O aparecimento de transtornos neurológicos, tais como a confusão, desorientação, delírio, convulsões e coma, são menos comuns em adultos do que em crianças. Tratamento sintomático: administrar carvão ativado se um adulto tiver ingerido mais de 250 mg/kg dentro de uma hora. A concentração plasmática de salicilatos deve ser

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APROVADO EM 11-05-2016 INFARMED medida, apesar da gravidade do envenenamento não poder ser determinada só a partir deste dado e as características bioquímicas devem ser consideradas.

A eliminação é aumentada pela alcalinização urinária, feita através da administração de bicarbonato de sódio a 1,26%. O pH da urina deve ser monitorizado. Corrigir a acidose metabólica com bicarbonato de sódio a 8,4% intravenoso (verificando primeiro o potássio plasmático). Não deve ser usada isoladamente uma diurese forçada, já que não aumenta a excreção de salicilato e pode causar edema pulmonar.

Hemólise é o tratamento de escolha nos envenenamentos graves e deve ser considerada em doentes com concentrações plasmáticas de salicilato >700 mg/L (5,1 mmol/L), ou concentrações inferiores associadas a características clinicas ou metabólicas graves. Doentes com idade inferior a 10 anos ou com mais de 70 anos tem um maior risco de toxicidade por salicilato e podem necessitar logo de diálise. 5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS

5.1 Propriedades farmacodinâmicas

Grupo Farmacoterapêutico: 4.3.1.4 Sangue. Anticoagulantes e antitrombóticos. Anticoagulantes. Antiagregantes plaquetários, código ATC: B01A C06:

Na sua qualidade de salicilato, o ácido acetilsalicílico pertence ao grupo dos analgésicos/anti-inflamatórios não esteróides (AINEs). Sendo um éster do ácido salicílico, o ácido acetilsalicílico é uma substância dotada de propriedades analgésicas, antipiréticas e anti-inflamatórias.

O efeito analgésico do ácido acetilsalicílico é exercido perifericamente pela inibição da síntese das prostaglandinas, impedindo a estimulação dos recetores da dor pela bradicinina e outras substâncias. Também é provável que efeitos centrais sobre o hipotálamo estejam envolvidos no alívio da dor.

O efeito antipirético pode dever-se á inibição da síntese de prostaglandinas, apesar do núcleo do hipotálamo ter um papel importante no controlo destes mecanismos periféricos.

O ácido acetilsalicílico inibe a formação do tromboxano A2, por acetilação da cicloxigenase. Este efeito antiagregante é irreversível durante a vida das plaquetas. O ácido acetilsalicílico tem um efeito acentuado e inibitório sobre a agregação plaquetária. É um inibidor mais potente da síntese das prostaglandinas e da agregação plaquetária do que outros derivados do ácido salicilico. Julga-se que as diferenças de atividade entre o ácido acetilsalicílico são devidas ao grupo acetil da aspirina. Este grupo acetil é responsável pela inativação da ciclooxigenase via acetilação. A inibição irreversível da cicloxigenase é especialmente acentuada a nível das plaquetas, que são incapazes de ressintetizar esta enzima. Este efeito dura a vida da plaqueta e impede a formação de tromboxano A2 e a agregação plaquetária. Salicilatos não acetilados não conseguem inibir esta enzima e não tem efeito sobre a agregação plaquetária. A inibição da síntese do tromboxano é muito intensa com doses reduzidas de ácido acetilsalicílico, doses essas que não chegam para inibir a

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APROVADO EM 11-05-2016 INFARMED formação de prostaciclina nas paredes vasculares. Em doses um pouco mais elevadas, o ácido acetilsalicílico inibe reversivelmente a formação de prostaciclina, que é um vasodilatador artificial e inibe a agregação plaquetária

Assim, com pequenas doses de ácido acetilsalicílico, a inibição da agregação plaquetária é satisfatória, em termos clínicos, sem que fiquem afetados os mecanismos de proteção local contra a formação de coágulos a nível dos endotélios. Os dados experimentais sugerem que o ibuprofeno pode inibir o efeito de doses baixas de ácido acetilsalicílico ao nível da agregação plaquetária quando estes medicamentos são administrados concomitantemente. Num estudo, quando foram administrados 400 mg de ibuprofeno em dose única 8 horas antes ou 30 minutos após a administração de 81 mg de ácido acetilsalicílico de libertação imediata, verificou-se a diminuição do efeito do ácido acetilsalicílico na formação de tromboxano ou na agregação plaquetária. No entanto devido às limitações destes dados e ao grau de incerteza inerente à extrapolação de dados ex vivo para situações clínicas não é possível retirar conclusões definitivas relativamente à administração habitual de ibuprofeno. Não é provável que se verifiquem efeitos clinicamente relevantes na ação cardioprotetora do ácido acetilsalicílico decorrentes da administração ocasional de ibuprofeno.

5.2 Propriedades farmacocinéticas

A absorção do ácido acetilsalicílico processa-se rápida e completamente após administração oral, em função da forma farmacêutica. Os alimentos reduzem a velocidade mas não a extensão da absorção. Após ingestão das formas farmacêuticas sólidas e de libertação rápida, atingem-se os níveis plasmáticos máximos após 0,3 – 2 horas (salicilado total).

Durante e após a absorção, o ácido acetilsalicílico é rapidamente convertido no seu principal metabolito ativo – o ácido salicílico, com uma semi-vida de 15 a 20 minutos. O grupo acetil do ácido acetilsalicílico começa por sofrer uma dissociação hidrolítica ainda no decurso da sua passagem através da mucosa intestinal, ocorrendo este processo predominantemente a nível do fígado.

A ligação às proteínas plasmáticas, no Homem, é dependente da concentração, tendo-se registado valores de 80-90% (ácido salicílico).

Após administração de doses elevadas, o ácido acetilsalicílico é detetável nos líquidos cefaloraquidiano e sinovial. O ácido salicílico atravessa a placenta e passa para o leite materno.

A cinética de eliminação do ácido salicílico é dependente da dose, uma vez que o metabolismo se encontra limitado pela capacidade das enzimas hepáticas. A semi-vida de eliminação varia entre 2 e 20 horas.

O ácido salicílico é parcialmente excretado inalterado e parcialmente metabolizado. Os principais metabolitos são o conjugado de glicina do ácido salicílico (ácido salicilúrico), os glucoronidos éter e éster do ácido salicílico (salicifenol glucoronido e salicilacetil glucoronido) e ainda o ácido gentísico e o seu conjugado de glicina, produzidos pela oxidação do ácido salicílico.

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APROVADO EM 11-05-2016 INFARMED O ácido acetilsalicílico e o ácido salicilico são distribuídos no líquido sinovial, no sistema nervoso central e na saliva.

O ácido salicílico e os seus metabolitos são excretados predominantemente por via renal por filtração glomerular e secreção tubular.

5.3 Dados de segurança pré-clínica Potencial mutagénico e tumorigénico:

O ácido acetilsalicílico foi devidamente testado no que respeita à mutagenicidade e carcinogenicidade, não se tendo observado evidências relevantes de potencial mutagénico ou carcinogénico.

Toxicidade a nível da função reprodutora:

Verificou-se que os salicilados exercem efeitos teratogénicos em algumas espécies animais. Existem referências a alterações a nível da implantação dos embriões, a efeitos embriotóxicos e fetotóxicos.

6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS 6.1 Lista dos excipientes

Ácido ascórbico Amido de milho

Celulose microcristalina Manitol (E421)

Ácido esteárico

Sacarina sódica (E954) Aroma de laranja artificial Amarelo-sol FCF (E110) Água purificada 6.2 Incompatibilidades Não aplicável. 6.3 Prazo de validade 3 anos.

6.4 Precauções especiais de conservação

O medicamento não necessita de quaisquer precauções especiais de conservação. 6.5 Natureza e conteúdo do recipiente

Os comprimidos de A-A-S 150 mg são redondos, de cor laranja, com a inscrição AAS numa das faces. Está envolto em alumínio (fita termossoldada) em embalagens contendo 20 30, ou 40 comprimidos.

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APROVADO EM 11-05-2016 INFARMED 6.6 Precauções especiais de eliminação e manuseamento

Não existem requisitos especiais.

7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Omega Pharma Portuguesa, Lda.

Av. Tomás Ribeiro 43, Edifício Neopark, Bloco 1 - 3ºC 2790-221 Carnaxide

8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Nº de registo: 5301049 - 20 comprimidos, 150 mg, blisters de OPA/Alu Nº de registo: 5323951 - 30 comprimidos, 150 mg, blisters de OPA/Alu Nº de registo: 5301056 - 40 comprimidos, 150 mg, blisters de OPA/Alu 9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO

Referências

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