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CONCEITOS BÁSICOS DE ECONOMIA E FINANÇAS

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CONCEITOS BÁSICOS DE ECONOMIA

E FINANÇAS

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Tenho a alegria e satisfação de apresentar a mais nova edição do livro

digital  CPA 10 - Conceitos Básicos de Economia e Finanças, para ajudar

nossos estudantes e profissionais a conquistar sua certificação no intuito do

seu desenvolvimento, tanto pessoal quanto profissional.

 

A obra compreende o módulo 3 da avaliação e foi totalmente revisada e

está totalmente adequada para os alunos que gostariam de realizar a

certificação no ano de 2021, sendo constantemente atualizada afim de

garantir que os conteúdos propostos estejam de acordo com o conteúdo

programático cobrado na avaliação.

Espero que este trabalho colabore com o seu sucesso profissional e seja um primeiro passo para caminhadas ainda maiores.

Bruno Santos - Especialista de investimentos CEA

Dica Importante:

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(3)

Indicadores econômicos ... 5

- Produto Interno Bruto (PIB) ... 5

- Cálculo do PIB ... 5

Índices de inflação ...6

- Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ...6

- Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M) ... 7

Taxa de câmbio ... 8

- Taxa de câmbio spot ou “dólar pronto” ... 8

- PTAX ... 8

Taxas de juros ...9

- Taxa Selic Over ...9

- Taxa DI ...9

- Taxa Referencial (TR) ... 10

Copom – Comitê de Política Monetária... ‘0

Conceitos básicos de finanças ... 1’

- Taxa de juros nominal e taxa de juros real... 11

- Capitalização simples e composta ... 12

- Capitalização simples ... 13

- Capitalização composta ... 14

- Taxa de juros proporcional e taxa de juros equivalente ... 14

Benchmark ... 17

(4)

Volatilidade ... 19

Prazo médio ponderado de uma carteira de títulos ... 19

Marcação a mercado ... 21

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Indicadores econômicos exercem um papel fundamental no estudo e compreensão das condições econômicas de um país. Desse modo, há esforço tanto de órgãos governamentais como de entidade privadas na determinação desses valores.

Produto Interno Bruto (PIB)

O Produto Interno Bruto, geralmente chamado simplesmente de PIB, é definido como sendo a soma de todos os bens e serviços finais, em termos monetários e a valor de mercado, produzidos em uma certa região durante um determinado período de tempo – geralmente 1 ano, para fins de comparação com outros países. Nesse contexto, com produtos finais busca-se dizer que, para fim de cálculo, são desconsiderados os valores dos bens intermediários, ou seja, aqueles utilizados durante a etapa de produção.

Cálculo do PIB

É possível calcular o Produto Interno Bruto (PIB) partindo de duas óticas diferentes, a da despesa e da renda. Assim, na primeira, para uma economia que realiza importação e exportação (chamada de economia aberta), o PIB pode ser calculado pela seguinte expressão:

𝑌 = 𝐶 + 𝐼 + 𝐺 + (𝑋 − 𝑀)

• Y = produto da economia (PIB)

• C = consumo das famílias • I = investimento

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• X = exportações • M = importações

Já por outro lado, pela ótica da renda, o PIB pode ser compreendido como sendo uma soma de toda a remuneração paga aos fatores de produção que estão envolvidos na criação de produto da economia. Portanto, sob essa ótica, o PIB se dá pela soma de todos os salários, juros, lucros, aluguéis, lucros e dividendos recebidos tanto por empresas quanto por indivíduos na economia em dado período de tempo.

Os indicadores de inflação são essenciais na avaliação da evolução dos preços, tanto dos bens quanto dos serviços em geral. Assim, os participantes do mercado os observam ativamente e os usam nos cálculos de correção de valores.

Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)

O IPCA, calculado e divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), atua na medição da mudança de preços de uma forma ampla, de modo que abrange os gastos de famílias com rendimento mensal entre 1 e 40 salários mínimos, localizadas em áreas urbanas. Nesse sentido, quando o Conselho Monetário Nacional determina a meta de inflação, o IPCA é usado como ferramenta para determinar se a política monetária adotada pelo BACEN está sendo efetiva, ou seja, obtendo ou não sucesso.

Para que fique mais claro, é importante ter em mente que a inflação representa a desvalorização do dinheiro. Prova disso é o fato de que, por volta de 1995, o salário mínimo girava em torno de R$65,00 e, acredite ou não, era possível comprar muita coisa com essa quantia. Entretanto, com o passar do tempo, os preços dos produtos foram subindo (ocorreu desvalorização da moeda) e o poder de compra do cidadão brasileiro diminuiu.

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Visando controlar a situação, o IBGE realiza pesquisas mensais acerca dos preços dos produtos e, com uma média ponderada do aumento, mede a variação do IPCA. Assim, quanto maior a variação do IPCA em um intervalo de tempo, menor é o poder de compra da população.

Para o Conselho Monetário Nacional (CMN), é fundamental que o IPCA esteja em alta e controlado. Para isso, anualmente, o CMN determina uma meta de inflação que deve ser cumprida pelo BACEN, objetivando o aumento do PIB. Por sua vez, o BACEN deverá executar Políticas Monetárias para que essa meta seja cumprida.

Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M)

Além do IPCA, existe outro indicador de inflação, esse calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia (IBRE) da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M). Para obter o valor desse índice, é realizada uma média ponderada que engloba outros três índices, que são o IPA, IPC e INCC, de modo que:

• Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA): peso de 60% • Índice de Preços ao Consumidor (IPC): peso de 30%

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O IPCA é muito afetado pela variação de preços dos produtos no atacado e, além disso, devido a sua composição, é usado como indexador de contratos. Assim, é comum que o IPCA seja frequentemente levado em consideração na determinação de um contrato de aluguel de imóvel, por exemplo.

A taxa de câmbio é, simplesmente, o preço de uma moeda A comparada ao preço de uma moeda B. Assim, por exemplo, quando é escrito “BRL/USD = 4,00”, significa que é preciso de 4 unidades de real para obter uma unidade de dólar.

Essa nomenclatura pode ser explicada seguindo o formato “XYZ/ABC”, onde “XYZ” é a moeda de contagem e “ABC” é a moeda de base. Então, seguindo o exemplo anterior, se a relação XYZ/ABC é igual a 4,00, a moeda de contagem vale 4 vezes menos que a moeda de base.

Taxa de câmbio spot ou “dólar pronto”

Popularmente chamada de “dólar pronto”, a taxa de câmbio spot é a taxa para compra e venda imediata de dólares. Assim, essa taxa representa o valor pelo qual os participantes do mercado estão dispostos a comprar e vender a moeda estrangeira em dado momento da sessão de negociação.

PTAX

Como será abordado em assuntos futuros, os contratos no mercado financeiro compõem uma importante parte da rotina de transações. Isso posto, é importante ter ciência de que a PTAX é usada como referência para muitos desses contratos, incluindo derivativos.

A origem do nome PTAX se dá a partir do código PTAX800, que é um código de transação usado no Sistema do Banco Central (Sisbacen) para obter essa taxa.

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Assim, a PTAX nada mais é que a média das cotações do dólar no mercado. Com a finalidade de determinar esse valor, o BACEN utiliza uma metodologia de cálculo própria, utilizando como base quatro janelas de consulta feitas ao decorrer do dia.

As taxas de juros são responsáveis por demonstrar um fator predominante na decisão dos investidores acerca de investir ou não: o valor do dinheiro. Assim, os investidores observam as taxas de juros ativamente para que possam realizar investimentos quando o custo do dinheiro é relativamente baixo ou adiar os planos caso contrário.

Taxa Selic Over

A taxa overnight do Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) ou, simplesmente, Taxa Selic Over, como é mais conhecida, é a média das operações de financiamento de um dia (compromissadas) lastreadas em títulos públicos federais, realizadas no Selic e ponderadas pelo volume de operações. Nesse contexto, é apresentada em forma percentual ao ano e é divulgada todos os dias, aproximadamente às 9 horas da manhã, sempre no dia seguinte ao de referência.

Taxa DI

A Taxa DI – Cetip Over (Extragrupo) ou, como é mais conhecida, Taxa DI, representa a média entre as taxas de juros cobradas por insttituições do mercado interbancário nas operações de emissão de Depósitos Interfinanceiros (DI) prefixados, com prazo de um dia útil, liquidadas e registradas pelos sistemas da B3. Ainda, é importante destacar que a própria B3 realiza o cálculo dessa taxa.

Essa é uma taxa muito importante no mercado financeiro, visto que muitos títulos privados (tema de módulos posteriores), como o caso da maior parte das

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debêntures, são referenciados pela taxa DI. Isso significa que a variação dessa taxa impacta diretamente no valor desses títulos e, portanto, é fundamental que o investidor saiba identificar boas oportunidades.

Taxa Referencial (TR)

As principais atribuições da Taxa Referencial (TR) são no cálculo do saldo devedor de financiamentos imobiliários, na remuneração da poupança e, também, na remuneração de contas com vínculo no FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).

O cálculo da TR, feito pelo BACEN, utiliza como base a média das taxas de juros que são negociadas no mercado secundário com LTNs (Letras do Tesouro Nacional). Nesse sentido, a média em questão é chamada de TBF (Taxa Básica Financeira) e, a ela, é aplicado um fator redutor que possibilita a obtenção do real valor da TR.

Criado em 1996, o Comitê de Política Monetária (COPOM) tem o dever de executar a política monetária chamada de Taxa Selic. Nesse sentido, atualmente, o Copom possui 3 objetivos:

• Analisar o Relatório de Inflação.

• Definir a meta da taxa Selic e seu eventual viés. • Implementar a política monetária.

O Copom é formado pelo presidente e pelos diretores do BACEN, que realizam reuniões com aproximadamente 6 semanas de intervalo. Nesse contexto, cada reunião tem a duração de 2 dias, sendo o primeiro dia realizado com o objetivo de apresentar, de forma técnica, a conjuntura econômica e, por fim, no segundo dia, são discutidas as decisões sobre as diretrizes da política monetária.

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No intervalo entre as reuniões do Copom, se caso um viés de alta ou baixa foi definido, o presidente do BACEN tem autonomia para alterar a meta da taxa Selic sem convocação de reunião extraordinária. Entretanto, essa mudança deve ser sempre no mesmo sentido do viés estabelecido na última reunião (se o viés é de alta, pode elevar a meta para a taxa Selic, mas não diminuir), de modo que, caso nenhum viés tenha sido estabelecido, essa alteração pode ocorrer somente na próxima reunião do Copom.

Dentro do assunto de conceitos básicos de finanças, é possível notar que o valor do dinheiro no tempo é um tópico fundamental. Isso porque, ao escolher adiar ou cancelar uma compra para economizar para o futuro, o indivíduo espera ser retribuído por isso. Essa retribuição se dá na forma de um rendimento em cima do recurso em questão. Nesse sentido, existem algumas formas de calcular esses juros.

Taxa de juros nominal e taxa de juros real

Ao realizar um investimento, esse é feito com o intuito de obter retorno ao final do processo. Desse modo, o investidor busca ser recompensado por abrir mão dos seus recursos financeiros por um determinado período de tempo.

Se um investidor faz uma aplicação de R$1.000,00 que o promete rentabilidade de 10% ao ano, é esperado que esse receba R$1.100,00 ao final do período. Essa taxa geralmente apresentada, é a taxa de juros nominal. Entretanto, é certo afirmar que o poder de compra do investidor cresceu em 10%?

A resposta para a pergunta anteior é: depende. Caso não tenha ocorrido inflação nesse período, a resposta é sim. Entretanto, se houver inflação durante esse período, deve ser feito um cálculo para que seja descontada a inflação e obtido o ganho real. Note que esse ganho pode até mesmo ser negativo, caso a inflação ocorra em valor superior a rentabilidade do investimento.

Há, então, duas formas de obter a taxa de retorno real, com o desconto da inflação, uma delas é:

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𝑅𝑅 = (1 + 𝑅𝑁) (1 + 𝑖) − 1

Onde:

RR: taxa de retorno descontada da inflação RN: taxa de juros nominal

i: taxa de inflação

A outra forma de cálculo permite um resultado aproximado, no qual assume-se que:

𝑅𝑅 ≈ 𝑅𝑁 − 𝑖

Por exemplo, para um investimento com retorno de 10% e uma taxa de inflação, nesse mesmo período, de 5%, teríamos que:

𝑅𝑅 =(1+10%)

(1+5%) − 1 = 4,76%

𝑅𝑅 ≈ 10% − 5% = 5%

O símbolo (≈) significa aproximadamente

Dica: Se a taxa de inflação for positiva, a taxa de juros real será inferior a subtração entre taxa de juros nominal e inflação. Se a taxa de inflação for negativa, a taxa de juros real será superior a subtração entre taxa de juros nominal e inflação.

Capitalização simples e composta

A observância do regime de capitalização é de suma importância na hora de optar por uma aplicação financeira. Isso se dá ao fato de que, entre outros fatores, esse é essencial para a compreensão de como funciona a remuneração da aplicação em questão.

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Capitalização simples

Na capitalização simples, o valor de referência é sempre o montante inicial. Isso quer dizer que em uma aplicação financeira, a base de cálculo para a remuneração não irá mudar, o juro será pago sempre em cima do montante inicial e o capital crescerá de forma linear.

Nesse contexto, é correto afirmar que em uma aplicação de R$1.000,00 com rendimento de 1% ao mês, aplicado por 1 ano, o cálculo será: 1% * 12 * 1.000,00 = R$120,00.

A regra geral para esse cálculo é dada pela seguinte expressão:

𝐽 = 𝑉𝑃 ∗ 𝑟 ∗ 𝑛

Onde: J = juros

VP = valor presente, o montante inicial r = taxa de juros por período

n = número de períodos

É possível, também, determinar o valor futuro do investimento através da seguinte expressão:

𝑉𝐹 = 𝑉𝑃 ∗ (1 + 𝑟 ∗ 𝑛)

Por fim, sabido o valor futuro da aplicação e, caso seja necessário obter o valor presente dentro de um regime de capitalização simples, basta realizar o seguinte cálculo:

𝑉𝑃 = 𝑉𝐹 (1 + 𝑟 ∗ 𝑛)

É fundamental que seja compreendido que no caso da capitalização simples os

juros não são capitalizados, ou seja, os juros de um período não geram juros para os

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Capitalização composta

Diferentemente da capitalização simples, na capitalização composta ocorre a capitalização dos juros. Isso faz com que, historicamente no Brasil, esse regime de capitalização seja o mais procurado.

Ao investir R$1.000,00, como no caso anterior, com rentabilidade de 1% ao mês, durante um período de 12 meses, em um regime de capitalização composta o cálculo de remuneração é diferente. Isso acontece devido ao fato de que o valor de referência para a remuneração é diferente ao fim de cada período, veja bem:

Mês inicial: 1% de R$1.000,00 = R$10,00 Segundo mês: 1 de R$1.010,00 = R$10,10

E assim em diante.

Esse cálculo, no longo prazo, resulta em juros bem maiores que a capitalização simples. Para calcular os juros de uma capitalização composta, é feito:

𝐽 = 𝑉𝑃 ∗ [(1 + 𝑟)𝑛− 1] 𝑉𝐹 = 𝑉𝑃 ∗ (1 + 𝑟)𝑛

Nessa situação, seguindo os mesmos valores do exemplo anterior, o cálculo dos ganhos seria:

𝑉𝐹 = 1.000,00 ∗ [(1 + 1%)12− 1] = 𝑅$1.126,83

Importante: nos juros compostos, quanto maior o prazo de aplicação e maior o valor aplicado, mais expressivos são os ganhos de maneira exponencial.

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Assim como exposto na seção anterior, os regimes de capitalização simples e composto acontecem de formas diferentes. Desse modo, no regime de capitalização simples é correto afirmar que uma taxa de 1% ao mês é igual a 12% ao ano, sendo assim proporcional. Por outro lado, no regime de capitalização composta isso não é verdade, visto que a base de cálculo será diferente a cada mês, de modo que uma taxa de 1% ao mês se transforma em uma taxa de 12,68% no 12º mês.

Em decorrência disso, a taxa de 1% ao mês, no regime de capitalização simples

é proporcional a 12% ao ano. Ao mesmo tempo, a taxa de 1% ao mês, no regime de

capitalização composta, não é proporcional a 12,68% ao ano, essa é chamada de

equivalente.

Na renda fixa é muito usual que sejam encontradas diferenças de unidades de tempo entre a taxa de juros usada na operação e a frequência de pagamento desses juros. Assim, uma operação pode informar uma taxa de juros mensal ou anual e, ao mesmo tempo, informar a periodicidade de pagamento desses juros de forma também mensal, trimestral, anual, etc. Dessa forma, é possível comparar taxas de juros a uma mesma base, geralmente anual, independentemente da periodicidade de pagamento dos juros em questão.

O regime de capitalização simples possibilita cálculos fáceis para a obtenção das taxas proporcionais. É possível fazê-lo apenas multiplicando ou dividindo as taxas pelo número de períodos, visto que os juros são calculados com base no valor presente da operação.

Apenas reforçando, por exemplo, uma taxa de juros, no regime de capitalizaçao simples, de 2% ao mês é proporcional a 24% ao ano (2%*12 = 24%). Também, uma taxa de 4% ao trimestre é proporcional à taxa de 1,33% ao mês (4% / 3 = 1,33%) e assim por diante.

Por outro lado, para encontrar as taxas equivalentes de um regime de capitalização composta é um pouco diferente, visto que a base de cálculo muda em decorrência dos juros compostos de cada período. Esse novo cálculo se dá a partir da seguinte fórmula:

𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑒𝑞𝑢𝑖𝑣𝑎𝑙𝑒𝑛𝑡𝑒 = (1 + 𝑡𝑎𝑥𝑎)𝑛2𝑛1− 1

A taxa equivalente é o valor buscado, enquanto a taxa é o valor da taxa de juros conhecida. Em sequência, n2 e n1 são, respectivamente, o período relativo à taxa

buscada e o período relativo à taxa de juros conhecida (os dois devem estar na mesma unidade).

Agora observe o cálculo das taxas equivalente para o regime de capitalização composta para uma taxa de 1% ao mês:

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𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑒𝑞𝑢𝑖𝑣𝑎𝑙𝑒𝑛𝑡𝑒 = (1 + 1%)121 − 1 = 12,68%

Isso significa que a taxa de 1% ao mês é equivalente a 12,68% ao ano. Nessa mesma linha de pensamento, é possível encontrar que essas taxas são equivalentes a 3,03% ao trimestre e 6,15% ao semestre:

𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑒𝑞𝑢𝑖𝑣𝑎𝑙𝑒𝑛𝑡𝑒 = (1 + 1%)31− 1 = 3,03%

𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑒𝑞𝑢𝑖𝑣𝑎𝑙𝑒𝑛𝑡𝑒 = (1 + 1%)61− 1 = 6,15%

Geralmente os investimentos são realizados com pensamento de longo prazo, o que faz bastante sentido no mundo da capitalização composta – que se beneficia muito de longos períodos de tempo. No Brasil, é bastante comum encontrar títulos de crédito privado atrelados à taxa DI. Sobre essa taxa, é importante saber que, apesar de dada em termos anuais, sua capitalização acontece todo dia útil, com base em um ano de 252 dias úteis.

A fórmula, para cálculos em geral com a taxa DI, pode ser uma adaptação da fórmula anterior:

𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑒𝑞𝑢𝑖𝑣𝑎𝑙𝑒𝑛𝑡𝑒 = (1 + taxa DI)252𝑛2 − 1

Por fim, é importante destacar que o melhor tipo de taxa depende da ocasião:

Capitalização: • 1% ao mês é equivalente a 12,68% ao ano • 1% ao mês é proporcional a 12% ao ano Descapitalização: • 12% ao ano é equivalente a 0,94% ao mês. • 12% ao ano é proporcional a 1% ao mês.

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Isso posto, é notável que para o processo de capitalização é mais interessante que a capitalização composta seja utilizada. Por outro lado, para a descapitalização é melhor que a capialização simples seja utilizada.

Existe uma gama enorme de tipos de investimentos, de modo que tanto na renda fixa quanto na variável o investidor é capaz de encontrar muitas opções. Em decorrência do número de opções, é natural que ocorram comparações entre os investimentos de modo a decidir qual o melhor de acordo com a situação do indivíduo e dos seus objetivos.

Nesse sentido, o índice de referência ou benchmark, mostra sua importância, permitindo que sejam realizadas avaliações de desempenho relativas, comparando diferentes produtos de investimento. Assim, ao comparar cada produto a um indicador com características de investimento semelhantes, é possível compreender as melhores opções.

Por exemplo, no caso da renda variável, geralmente é utilizado algum índice do mercado acionário enquanto na renda fixa, usualmente, é comparado o rendimento do investimento em questão com o retorno de um título emitido pelo governo ou ainda a uma taxa de juros média de mercado. Portanto, no fim do dia, o que realmente importa é ter escolhido o benchmark adequado ao produto de investimento que está sendo objeto de análise de rendimento.

Tipos de benchmark

Pense um pouco, se alguém lhe contasse que um investimento X em um fundo de investimento em ações rendeu 20% em um ano, você diria que esse rendimento é alto ou baixo?

Bom, a resposta correta é: depende. Para que essa pergunta seja respondida corretamente, ela deve ser realizada corretamente. Assim, é preciso adicionar um comparativo, especificar a quê o investimento em questão está sendo comparado. É preciso especificar o benchmark.

(18)

Isso posto, é correto afirmar que o rendimento foi alto se o principal índice da bolsa nesse período tiver tido, por exemplo, uma queda de 4%. Entretanto, se esse índice tiver obtido um crescimento de 30%, o desempenho do fundo terá sido baixo. Adentrando um pouco mais aos benchmarks, é importante ter conhecimento de que esses devem ter algumas características fundamentais:

• Devem poder ser claramente definidos

• Deve haver facilidade para mensurá-los com certa frequência

• Precisa ser composto de modo que torne possível o investimento nos seus componentes

• Deve ser adequado ao produto de investimento alvo da avaliação de retorno

• Precisa ser especificado antes do início do período de avaliação (isso evita a escolha de benchmarks mais favoráveis, que não mostrariam o real desempenho)

Benchmarks mais comuns para renda variável:

• Índice Bovespa; • IbrX 100;

• IbrX 50;

• Índice de Ações com Governança Corporativa Diferenciada (ICG); • Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE).

Benchmarks mais comuns para renda fixa:

• Taxa DI;

• Índices de Mercado ANBIMA (IMA-B: indexados pelo IPCA; IMA-C: indexados peo IGP-M; IMA-S: pós-fixados pela taxa Selic); e rendimentos dos títulos emitidos pelo Tesouro Nacional.

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A volatilidade de um investimento é o grau de variação dos preços desse ativo

em um período definido de tempo,que é medido pelo conceito de desvio-padrão dos

retornos logarítmicos presente na estatística. Assim, é natural que entre dois investimentos com o mesmo retorno, o escolhido seja aquele cujo preço varia menos, logo aquele que é menos arriscado.

Isso posto, aqueles ativos com maiores oscilações de preço em um determinado período de tempo são chamados de mais voláteis. Essas variações são influenciadas por diversos fatores, a inflação é um deles. Desse modo, é muito importante que esses aspectos sejam observados e levados em consideração antes de realizar uma operação importante.

Para tratar desse assunto, é importante que se tenha em mente que um título de renda fixa possui vencimento. Isso significa que existe um prazo para que o investidor receba de volta o dinheiro que investiu.

Nesse contexto, foi desenvolvido um cálculo para que mesmo que um investidor tenha vários títulos, ainda assim seja possível calcular o prazo médio de recebimento. Isso se dá através da fórmula oficial para o prazo médio ponderado, disponível em uma Resolução do Conselho Monetário Nacional:

𝑃𝑀𝑃 = (1 + 𝑖) 𝑑𝑗 252 𝑉𝑃 ∗ 1 252

PMP = prazo médio ponderado;

dj = número de dias úteis a decorrer até cada fluxo;

i = taxa interna de retorno (com base anual em 252 dias úteis); VP = valor presente.

(20)

Título Valor Presente (a) Vencimento em

dias úteis (b) Produto (a*b)

CDB R$ 5.000,00 720 dias 3.600.000 LCI R$ 8.000,00 580 dias 4.640.000 LCA R$ 2.000,00 360 dias 720.000 Total R$ 15.000,00 8.960.000

Para obter o prazo médio da carteira é preciso pegar a soma das multiplicações (total da coluna a*b) e dividir pelo valor total da carteira:

8960000

15000 = 597,33 𝑑𝑖𝑎𝑠

Assim, essa carteira imaginária teria 597 dias como prazo médio de recebimento. Assim, desse assunto, é importante manter em mente que o prazo médio ponderado leva em consideração o prazo e o valor dos títulos. Além disso, é preciso atentar-se ao fato de que os títulos de valores maiores possuem maior peso, portanto “puxam” o recebimento para perto de si.

Outro aspecto importante a ser observado é que títulos com cupons têm o prazo médio ponderado menor que a data de vencimento, ao passo que os títulos sem cupons têm prazo médio ponderado igual a data de vencimento. Portanto:

• Ao passo que o prazo final do vencimento de um título com amortização integral no vencimento é maior, o seu prazo médio ponderado também é maior. Isso significa que o prazo até o vencimento e o prazo médio ponderado são diretamente proporcionais.

• Em relação a taxa de juros do título, quanto maior essa for, menor será o prazo médio ponderado. Isso acontece devido ao fato de que, ao longo do tempo, os fluxos de caixa ficam mais pesados em decorrência dos valores elevados das taxas de juros. Portanto, é correto dizer que a taxa de juros e o prazo médio ponderado são inversamente proporcionais.

• Por fim, quanto maior for a frequência de pagamentos de juros e principal, menor é

o prazo médio ponderado do título, ou da carteira de títulos em questão. Seguindo

a mesma lógica anterior, conclui-se que a frequência de pagamentos e o prazo médio ponderado são inversamente proporcionais.

(21)

Dica Importante: Se dois títulos tiverem o mesmo vencimento, terá maior prazo médio ponderado aquele que não apresentar cupons de juros.

Marcar a mercado é o nome dado ao ato de precificar um ativo no mercado considerando seu preço naquele momento. Assim, é importante entender que existem alguns fatores que podem alterar o preço de um ativo, tais como:

• Grau de risco assumido pelo investidor na compra do ativo; • Oferta e demanda;

• Facilidade de vender o ativo no mercado secundário, entre outros.

No momento em que um investidor adquire um ativo é crucial que o mesmo possa acompanhar a mudança dos preços desse ativo. Para isso, os tópicos citados anteriormente devem ser levados em consideração. Nesse contexto, marcar a mercado significa encontrar o valor presente de um ativo no mercado financeiro.

Quando um título pré-fixado é vendido, nele já é atribuída a taxa de juros que deve ser paga para determinado risco. Assim, considerando um risco constante, caso a taxa de juros suba, o valor do título também sobe, visto que para um mesmo valor de risco o mercado está, agora, pagando mais do que antes. Então, é correto afirmar que no caso dos títulos pré-fixados, o aumento da taxa de juros acarreta em desvalorização do título ao passo que, caso ocorra uma diminuição da taxa de juros, ocorre valorização do título.

É possível, também, realizar outra analogia, dessa vez considerando uma taxa de juros constante e uma variação do risco atrelado ao título. Por exemplo, uma instituição lança um título que paga juros de 10% ao ano e, depois de certo tempo, apesar de mantida a taxa, a instituição sofre uma reavaliação que conclui que o risco dessa instituição agora é menor. Isso faz com que o título sofra valorização, pois apesar da taxa de juros ser fixa, agora o investidor estará correndo um risco menor e, assim, a precificação do mercado atribuirá um preço maior ao título em questão.

(22)

É fundamental ter essas situações claras em mente para que seja fixado o conceito e a utilidade da marcação a mercado. Dessa forma, é possível visualizar a importância da precificação contínua do título, não somente no seu vencimento.

Para ilustrar claramente a diferença entre mercado primário e secundário, leia com atenção o seguinte exemplo:

Você compra um título para que o receba, futuramente, com juros. Essa compra gera caixa para a empresae lhe garante um recebível para ser usado futuramente. Assim, quando uma empresa capta recursos dos investidores através do lançamento de títulos no mercado pela primeira vez, essa está expressando exatamente a definição de Mercado Primário.

Por outro lado, caso você precise do dinheiro antes do prazo acordado, será necessário que negocie a sua dívida com uma outra pessoa. Dessa forma, essa pessoa irá lhe pagar o dinheiro que você investiu e, no seu lugar, ela receberá os juros no futuro. Isso caracteriza o Mercado Secundário.

No mercado primário é onde são lançados os títulos e ações, por parte dos emissores, com o objetivo de atrair investidores. Também participam desse mercado, junto dos emissores, os bancos de investimento que fazem a distribuição dos papéis, agentes fiduciários, investidores institucionais, fundos de investimento, escritórios de advocacia que se responsabilizam pelos aspectos legais das operações, entre outros. Por sua vez, o mercado secundário é onde os ativos são negociados depois de sua emissão. É nesse mercado que os ativos passam de um investidor para o outro sem que haja envolvimento dos emissores. Assim, os participantes desse mercado são as corretoras, investidores individuais e institucionais, gestores de fundos de investimento, entre outros.

Referências

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