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2º Encontro do Ciclo de Saúde Ambiental ABES

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Academic year: 2021

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APRESENTAÇÃO DO PROGRAMA DE EXTENSÃO E PESQUISA EM

SAÚDE URBANA, AMBIENTE E DESIGUALDADES / UFRGS

27 de Agosto de 2013

Apoio MEC/SESU – PROEXT 2013

Prof. Maria Inês Azambuja,

Departamento de Medicina Social, FAMED

2º Encontro do Ciclo de Saúde

Ambiental – ABES

(2)

O PROGRAMA DE EXTENSÃO E PESQUISA EM

SAÚDE URBANA, AMBIENTE E DESIGUALDADES / UFRGS

foi criado em 2010, na UFRGS, a partir de um grupo de Professores do Departamento de Medicina Social, como um guarda-chuvas para Projetos de Extensão e Pesquisa interdepartamentais e interdisciplinares que favorecessem a atuação e reflexão de Professores, Alunos e a Comunidade sobre a relação entre Saúde e as Cidades.

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JUSTIFICATIVA

1 - Determinantes Sociais da Saúde

– BLACKWELL: A primeira coisa necessária é reconhecer que onde

você vive impacta na sua saúde. Que o ambiente na

comunidade, o ambiente social, o físico e o econômico juntos

determinam se teremos ou não uma existência saudável.

– WILLIAMS: Isto significa que

política de habitação é política de

saúde, educação é política de saúde, política antiviolência é

política de saúde, políticas de melhorias nos bairros são políticas

de saúde

. Tudo que nós fizermos para melhorar a qualidade de

vida dos indivíduos na sociedade tem um impacto na sua saúde

e é política de saúde.

• (diálogo final do vídeo “O lugar importa”, da séria “Unnatural causes: ... is inequalities making us

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JUSTIFICATIVA

2 –

Crescimento populacional

com URBANIZAÇÃO ACELERADA

(5)

JUSTIFICATIVA

2 –

Crescimento populacional

com URBANIZAÇÃO ACELERADA

0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 Urban 12 19 31 52 80 111 138 Rural 28 33 39 41 38 36 32 1940 1950 1960 1970 1980 1990 2000

Crescimento das populacões rural e urbana no Brasil, 1940-2000

(6)

Urbanização, Desigualdade e Doença

Europa Século XIX

Brasil / Porto Alegre hoje

 Entre 1750 e 1850 (100 anos) as populações de Paris e Londres aumentaram 5 vezes e a da Berlin 10 vezes!

 Entre 1830-40 Villermé na França e Chadwick na Inglaterra

mostraram que a mortalidade era

maior nas grandes cidades.

Villermé mostrou que ela era 50%

maior nos distritos mais pobres

• Entre 1950 e 2000 (50 anos) a

população urbana brasileira passou de 19 para 146 milhões, ou seja, aumentou mais de 7 vezes!

• Em 2010, mais de 80% dos

Brasileiros viviam em Cidades e

aproximadamente 40% em áreas

Metropolitanas

• Em 2008, Bassanesi e cols.,

mostraram que a mortalidade por

DCV é maior e a expectativa de vida é menor nos bairros mais pobres de Porto Alegre.

(7)

Programa Saúde Urbana Fonte: PNUD 2005 0 20 40 60 80 Paraguay South Africa Brazil Guatemala Swaziland Central African Republic Sierra Leone Botswana Lesotho Namibia

10 países com maior desigualdade social medida pelo GINI

URBANIZAÇÃO E DESIGUALDADE Brasil -

Distribuição de renda no UK, USA e Brasil, 70-98

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Distribuição dos bairros segundo a média de anos de estudo das pessoas responsáveis pelos domicílios permanentes*, Porto Alegre, 2000.

Fonte: IBGE * Pós suavização bayesiana

EDUCAÇÃO Média de anos de estudo -20000 -10000 0 10000 20000 0 a 4 5 a 19 20 a 39 40 a 59 60 a 69 70 e mais -20000 -10000 0 10000 20000 0 a 4 5 a 19 20 a 39 40 a 59 60 a 69 70 e mais -20000 -10000 0 10000 20000 0 a 4 5 a 19 20 a 39 40 a 59 60 a 69 70 e mais -20000 -10000 0 10000 20000 0 a 4 5 a 19 20 a 39 40 a 59 60 a 69 70 e mais Moinhos Rubem Berta Ilhas

(9)

Esperança de vida segundo o estrato

* Análise de Variância: p<0,001; Post Hoc (LSD e Duncan): Todos estratos diferenciam-se entre si

** Kruskal Wallis p<0,0001

*** Análise de Variância: p<0,001; Post Hoc (LSD e Duncan): Estratos 3 e 4 não se diferenciam entre si.

ESPERANÇA DE VIDA AO NASCER ESPERANÇA DE VIDA AOS 60 ANOS ESTRATO Todos * Homens * Mulheres * Todos ** Homens ** Mulheres *** 1. ALTO 78,3 74,4 81,3 22,9 20,0 24,9 2. MÉDIO ALTO 74,1 69,2 78,4 20,4 17,3 22,6 3. MEDIO BAIXO 70,8 66,2 75,3 18,5 15,7 20,7 4. BAIXO 68,6 64,0 73,4 18,0 15,4 20,1 Todos 73,3 68,7 77,3 20,1 17,2 22,2

(10)

Programa Saúde Urbana

NO CONTEXTO BRASILEIRO E LATINO-AMERICANO: DESAFIO METROPOLITANO

(11)

Urbanização: Pobreza x Doença

Soluções

Europa Século. XIX

Brasil hoje

• 1848 – Londres - discussão pública sobre a relação entre pobreza e doença e de ambas com o desenvolvimento

econômico e a segurança da Inglaterra

• Virchow: Medicina Social

“ A Medicina é uma ciência social e a política é medicina em grande escala”

• SOLUÇÃO: REFORMA URBANA

 o modelo Bio-Médico chegou antes

da Reforma Urbana!

 Saúde preponderantemente tratada como questão individual

 SUS - cobertura Universal, equidade

na assistência: enxugar gelo?

 Desafio : Retomada da Perspectiva da Medicina Social com investimentos na REFORMA URBANA e redução das DESIGUALDADES SOCIAIS!

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Urbanização: Pobreza x Doença

Soluções

Europa Século. XIX

Brasil hoje

• 1848 – Londres - discussão pública sobre a relação entre pobreza e doença e de ambas com o desenvolvimento

econômico e a segurança da Inglaterra

• Virchow: Medicina Social

“ A Medicina é uma ciência social

e a política é medicina em grande escala”

• SOLUÇÃO: REFORMA URBANA

 o modelo Bio-Médico chegou antes

da Reforma Urbana!

 Saúde preponderantemente tratada como questão individual

 SUS - cobertura Universal, equidade

na assistência: enxugar gelo?

 DESAFIO : Retomada da Perspectiva da Medicina Social com investimentos na REFORMA URBANA e redução das DESIGUALDADES SOCIAIS!

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JUSTIFICATIVA

1 - Determinantes Sociais da Saúde

no Ambiente URBANO

– BLACKWELL: A primeira coisa necessária é reconhecer que onde você vive impacta na sua saúde.

– Que o ambiente na comunidade, o ambiente social, o físico e o econômico juntos determinam se teremos ou não uma existência saudável.

– WILLIAMS: Isto significa que política de habitação é política de saúde, educação é política de saúde, política antiviolência é

política de saúde, políticas de melhorias nos bairros são políticas de saúde. Tudo que nós fizermos para melhorar a qualidade de vida dos indivíduos na sociedade tem um impacto na sua saúde e é política de saúde.

(diálogo final do vídeo “O lugar importa”, da séria “Unnatural causes: ... is inequalities making us sick?”, lançada pela PBS em 2008).

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Saúde Urbana

Fonte: CAIAFFA WT, et al 2008, adaptado de GALEA e VLAAHOV 2005

http://cmdss2011.org/site/opinioes/determinantes-sociais-da-saude-e-determinantes-sociais-das-iniquidades- intraurbanas-em-saude-a-mesma-coisa-o-debate-continua-e-sera-tema-da-10a-conferencia-internacional-de-saude-urbana-icuh-2011/

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Programa Saúde Urbana

• Saúde Urbana no Brasil - área em construção

• 2002 – criação do Observatório de Saúde Urbana de BH • 2005 - Fernando Augusto Proietti, Waleska Teixeira Caiaffa

(UFMG), Forum Cad Saúde Pública - o que é Saúde Urbana?

• 2005 – Observa Saúde – São Paulo

• 2010 – Programa de Extensão e Pesquisa em Saúde Urbana,

UFRGS

• 2011 – Congresso Internacional de Saúde Urbana BH • 2011 - Documento indutor Saúde Urbana, FIOCRUZ • 2012 – Congresso da ABRASCO ...?

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Saúde urbana, ambiente e

desigualdades

COMO FAZER? IR FAZENDO e APRENDENDO?

Na universidade, os recursos à disposição são a informação e a produção e circulação de conhecimentos, e a formação de recursos humanos

• 1 – produzir e disseminar conhecimento/informação sobre os efeitos de

investimentos setoriais (em habitação, saneamento, transporte, educação, inovação tecnológica, sustentabilidade ambiental etc.) sobre a saúde urbana.

• 2- produzir e disseminar mais conhecimento e informações sobre os efeitos das

desigualdades sociais na saúde, e das desigualdades em saúde no

desenvolvimento social, no meio urbano. MENSURAÇÃO DE DESIGUALDADES • 3- problematizar a formação dos profissionais e sua capacitação para lidar com os

desafios da gestão urbana INTERSETORIALIDADE, INTERDISCIPLINARIDADE, PARTICIPAÇÃO

• 4- identificar oportunidades para o desenvolvimento e utilização de novas

tecnologias nas áreas de saneamento ambiental, poluição atmosférica, mobilidade urbana, reciclagem, habitação - com vistas à promoção de mais saúde e qualidade de vida

(17)

Programa Saúde Urbana

Desafios para a Academia

Interdisciplinaridade e Participação

Formação de recursos humanos com perspectiva ampliada sobre as dificuldades para a produção da Saúde e da qualidade de vida

Prof. Alzira Lewgoy, S.Social (coord); Prof. Maria Ines Azambuja (Med); Dr. João Kolling (ESF), Prof. Maurem Ramos (Nut), Enf. Margery B. (UBS), A.S. Milene Latuada (CRAS-PrefPoa), Prof. Roberta Reis (Fono) e alunos de diversos cursos.

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Programa Saúde Urbana

Alguns Consensos

• Cidades são sistemas complexos, e a saúde urbana depende de muitas interações

• Em condições de complexidade, o planejamento linear ou cíclico é insuficiente

• Faltam indicadores de equidade em Saúde e eles são necessários pois indicadores universais - e.g. – mortalidade infantil do município – são menos úteis do que medidas contexto-específicas que apontem para necessidades locais.

• É preciso integrar ciência/inovação com participação democrática, e produzir indicadores que permitam que diferentes atores sociais

analisem criticamente o que está sendo realizado e possam influir na tomada de decisão

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Programa Saúde Urbana

Uma reflexão adicionada posteriormente à

apresentação...

McNamara (2011) diz que os determinantes sociais da saúde – condições da vizinhança, trabalho, qualidade da educação, distribuição da renda, racismo,… – são

consequências de um determinante anterior: a política. E que quando profissionais de Saúde Pública reconhecem que a saúde está fora das possibilidades do sistema de

assistência mas aceitam que ela seja suscetível à

intervenção política, deveriam dar o próximo passo, e

aceitar que a promoção da saúde seja responsabilidade de atores políticos. E coloca a questão: os profissionais de saúde pública são, ou deveriam ser, agentes políticos?

MCNAMARA C. Social Determinants of Health and Political

Responsibility.

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Programa Saúde Urbana

O desafio político...

Chama a atenção, em campanhas eleitorais, que enquanto os temas saúde, educação e segurança sejam a pauta

dominante dos debates debates públicos (voltado aos eleitores), nos debates fechados para empresários, banqueiros e autoridades (o poder instituído, os financiadores) os temas dominantes são os juros, o

agronegócio, o desenvolvimento economico…Nítidamente duas agendas…

Nosso desafio não seria juntar estas duas agendas em benefício da promoção da saúde e do desenvolvimento social?

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O Programa Saúde Urbana 2013 abrange 8 projetos e conta com 15 docentes de Departamentos acadêmicos vinculados a 7 Cursos (Medicina, Odontologia, Fonoaudiologia, Enfermagem e Nutrição, Psicologia e Serviço Social) e à Assessoria de Gestão Ambiental da Universidade, e 10 bolsistas de diferentes cursos de graduação.

Coordenador

Roger Dos Santos Rosa (Medicina) – Doutor

Professores

Aline Petter Schneider (Nutrição) – Doutor Aloyzio Cechella Achutti (Médicina)

Alzira Maria Baptista Lewgoy (S. Social) – Doutor Cristianne M. Famer Rocha (Saude Coletiva)– Doutor Darci Barnech Campani (Engenharia) – Especialista Francisco Arsego de Oliveira (Medicina) – Mestre Luciana Dias De Oliveira (Nutrição)– Doutor

Maria Ines Reinert Azambuja (Medicina) – Doutor Maurem Ramos (Nutrição) – Doutor

Paul Douglas Fisher (Medicina) – Doutor

Paulo Antonio Barros Oliveira (Medicina) – Doutor Roberta Alvarenga Reis (Fonoaudiologia)– Doutor Sergio Luiz Bassanesi (Medicina)– Doutor

Tatiana Reidel (Ser. Social) - Doutor

Bolsistas

Anely Marmitt - Serviço Social

Cristiano Borges Martins - Psicologia Denise dos Santos - Serviço Social

Felipe Silva Vianna da Silva - Ciência da Computação Guilherme Augusto Codignolle Souza - Comunicação Social/Habilitação em Jornalismo

Leticia Laguna Caetano - História/Bacharelado Lucas da Cunha Godoy - Estatística

Marília Backes - Arquitetura e Urbanismo (até julho/2013) Pâmela Carolina Pasqualotto Rossetto – Serviço Social (a partir de maio/2013)

Pedro Henrique Pinto Morales - Engenharia de Computação (até abril/2013)

Rafaela Faccin - Nutrição

Scheila Adriane Stoffel - Arquitetura e Urbanismo (a partir de agosto/2013)

(22)

www.ufrgs.br/saudeurbana

Obrigada!

Programa de Extensão e Pesquisa

em Saúde Urbana, Ambiente e

Referências

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