PÓS GRADUAÇÃO
HI FG Lançamento DA CDA Execução Fiscal
NÃO
Ação Declaratória
Mandado de Segurança Preventivo
NÃO
Ação Anulatória
Mandado de Segurança Repressivo
SIM
SIM
Embargos a Execução Exceção de Pré Executividade
Já pagou ? Ação de Repetição de
Indébito
Não consegue pagar? Ação de
Art. 1 A execução judicial para
cobrança da Dívida Ativa da União, dos Estados, do
Distrito Federal, dos
Municípios e respectivas autarquias será regida por esta Lei e, subsidiariamente, pelo Código de Processo
RECURSO ESPECIAL. PROCESSUAL CIVIL. OAB. ANUIDADE. NATUREZA JURÍDICA NÃO TRIBUTÁRIA. EXECUÇÃO. RITO DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. 1. A OAB possui natureza de autarquia especial ou sui generis, pois, mesmo incumbida de realizar serviço público, nos termos da lei que a instituiu, não se inclui entre as demais autarquias federais típicas, já que não busca realizar os fins da Administração. 2. As contribuições pagas pelos filiados à OAB não tem natureza tributária. 3. As cobranças das anuidades da OAB, por não possuírem natureza tributária, seguem o rito do Código de Processo Civil, e não da Lei n. 6.830/80. Recurso especial provido. (STJ, Relator: Ministro Humberto Martins, Data de julgamento: 22.05.2007, T2, -SEGUNDA TURMA).
Determinada empresa optante pelo regime simplificado do Simples Nacional, recebe notificação de inclusão de Dívida Ativa da União, em razão do não pagamento dos tributos incluídos na apuração.
No caso em tela a cobrança alcançará todos os tributos incidentes no regime, ou apenas tributos federais?
Art. 41 Os processos relativos a impostos e contribuições abrangidos pelo Simples
Nacional serão ajuizados em face da União, que será
representada em juízo pela Procuradoria-Geral da
Fazenda Nacional, observado o disposto no § 5º deste
Art. 4
A execução fiscal poderá ser promovida contra:
I - o devedor; III - o espólio; IV - a massa;
V - o responsável, nos
termos da lei, por dívidas, tributárias ou não, de
pessoas físicas ou pessoas jurídicas de direito privado; e VI - os sucessores a
Em uma determinada Execução Fiscal promovida em nome de Euclides Ferreira novo proprietário de um imóvel relacionado a dívidas de IPTU praticadas anteriormente a sua aquisição, o devedor se manifesta dentro do prazo legal, alegando que o alienante possui bens a serem penhorados suficientes a garantia da dívida, e por este motivo, conforme preceitua a Lei 6.830/80 em seu artigo 4º, §3º, não deveria arcar diretamente com o ônus tributário.
O juiz ao receber a inicial, realiza despacho para citar a Fazenda Municipal que de pronto se manifestou contrário ao pedido. Em face da negativa, o juízo intimou a parte devedora para que apresente os bens à penhora sob pena de constrição de bens através do sistema eletrônico – Bacenjud.
Art. 4, §3 Os responsáveis, inclusive as pessoas indicadas no § 1º deste artigo, poderão nomear bens livres e desembaraçados do
devedor, tantos quantos
bastem para pagar a dívida. Os bens dos responsáveis ficarão, porém, sujeitos à execução, se os do devedor forem insuficientes à
Termo de
Inscrição
de Dívida
Ativa
Certidão
Dívida
Ativa
Termo de Inscrição de
Dívida Ativa
I - o nome do devedor, dos co-responsáveis e, sempre que conhecido, o domicílio ou residência de um e de outros;
II - o valor originário da dívida, bem como o termo inicial e a forma de calcular os juros de mora e demais encargos previstos em lei ou contrato;
III - a origem, a natureza e o fundamento legal ou contratual da dívida;
IV - a indicação, se for o caso, de estar a dívida sujeita à atualização monetária, bem como o respectivo fundamento legal e o termo inicial para o cálculo
V - a data e o número da inscrição, no Registro de Dívida Ativa; e
VI - o número do processo administrativo ou do auto de infração, se neles estiver apurado o valor da dívida.
A Pessoa Jurídica “Talentos Ltda” em conversa com o seu departamento jurídico e financeiro, optou pela não declaração do Imposto sobre os serviços que realizava, passando a não recolher o ISS no período de março a agosto de 2012, passando a recolher regularmente nos demais meses.
Em face disso a Fazenda Municipal ajuíza a Execução Fiscal em janeiro de 2017, sendo que a empresa foi citada regularmente em 20.11.2017 para pagar ou garantir juízo. Acompanhada do pedido de execução foi entregue a Certidão de Dívida Ativa com a descrição dos valores relacionados, incluindo juros e multa em razão da sonegação fiscal.
Jurisprudência...
Súmula 555 STJ
“Quando não houver declaração do débito, o prazo decadencial quinquenal para o Fisco constituir o crédito tributário conta-se exclusivamente na forma do art. 173, I, do CTN, nos casos em que a legislação atribui ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa.
PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO FISCAL. CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA. AUSÊNCIA DE NOTIFICAÇÃO DO DEVEDOR DO LANÇAMENTO DO TRIBUTO. PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO DEFICIENTE. VÍCIO QUE
CONTAMINA A CONSTITUIÇÃO DO CRÉDITO
TRIBUTÁRIO. PRESUNÇÃO DE LIQUIDEZ E CERTEZA DA CDA AFASTAD
A. DIVERGÊNCIA JURISPRUDENCIAL NÃO CARACTERIZADA. 1. Agravo
regimental interposto contra decisão que negou provimento a agravo de instrumento porquanto o Tribunal a quo, em consonância com a jurisprudência desta Casa, extinguiu execução fiscal por vício em sua constituição , qual seja, não há comprovação quanto à notificação do devedor do lançamento da contribuição de melhoria. 2. Defende o agravante que a dívida ativa regularmente inscrita goza de presunção de certeza e liquidez, não precisando ela vir acompanhada da prova de notificação ou de qualquer outro ato administrativo para se constituir em instrumento apto aos fins executivos, competindo ao executado o ônus de provar a inexigibilidade total ou parcial da quantia que está sendo cobrado. 3. Com efeito, o título executivo possui presunção de certeza e liquidez juris tantum, admitindo prova em contrário quando questionada sua validade em sede de execução.
Contudo, o vício alegado é antecedente à inscrição, isto é, refere-se à não ocorrência do procedimento de notificação ao contribuinte do lançamento, fato esse que contamina a constituição do crédito tributário. Precedentes. 4. No caso dos autos, o Tribunal a quo atestou a ausência da notificação do lançamento. Por conseguinte, inexistindo a notificação do contribuinte, o lançamento não se perfaz, o que torna nula a execução fiscal nele fundada. 5. Não se tem caracterizada divergência jurisprudencial porquanto os paradigmas colacionados para esse fim não se revestem de similitude fática com o caso em apreço. 6. Agravo regimental não provido. Superior Tribunal de Justiça STJ - AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO : AgRg no Ag 1265138 SP 2010/0001390-5- 24.11.2010.
Ainda de acordo com o caso anterior, se após o fato gerador de 2012, houve alteração no quadro societário em 2014, com a saída de um dos seus principais dirigentes, e posteriormente o novo sócio realiza a dissolução irregular, é possível a caracterização de responsabilidade tributária ao novo sócio com base na súmula 435 do STJ:
“Presume-se dissolvida irregularmente a empresa que deixar de funcionar no seu domicílio fiscal, sem comunicação aos órgãos competentes, legitimando o redirecionamento da execução fiscal para o sócio-gerente”.
Ainda, embora seja necessário demonstrar quem ocupava o posto de gerente no momento da dissolução, é necessário, antes, que aquele responsável pela dissolução tenha sido também, simultaneamente, o detentor da gerência na oportunidade do vencimento do tributo. É que só se dirá responsável o sócio que, tendo poderes para tanto, não pagou o tributo (daí exigir-se seja demonstrada a detenção de gerência no momento do vencimento do débito) e que, ademais, conscientemente, optou pela irregular dissolução da sociedade (por isso, também exigível a prova da permanência no momento da dissolução irregular) (AgRg no Resp 147.4570/SP – Relator(a) Ministro SÉRGIO KUKINA (1155) – PRIMEIRA TURMA – Dje 17.12.2014).
A EXECUÇÃO FISCAL POSSUI
GARANTIAS E PRIVILÉGIOS?
Jurisprudência...
Súmula 563 STF
“O concurso de preferência a que se refere o parágrafo único do art. 187 do Código Tributário Nacional é compatível com o disposto no art. 9º, I, da Constituição Federal.”
TRIBUTÁRIO. RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA. ART. 543-C DO CPC E RESOLUÇÃO STJ N. 8/2008. EXECUÇÃO FISCAL. ART. 185-A DO CTN. INDISPONIBILIDADE DE BENS E DIREITOS DO DEVEDOR. ANÁLISE RAZOÁVEL DO ESGOTAMENTO DE DILIGÊNCIAS
PARA LOCALIZAÇÃO DE BENS DO DEVEDOR.
NECESSIDADE.
1. Para efeitos de aplicação do disposto no art. 543-C do CPC, e levando em consideração o entendimento consolidado por esta Corte Superior de Justiça, firma-se compreensão no sentido de que a indisponibilidade de bens e direitos autorizada pelo art. 185-A do CTN depende da observância dos seguintes requisitos:
(i) citação do devedor tributário; (ii) inexistência de pagamento ou apresentação de bens à penhora no prazo legal; e (iii) a não localização de bens penhoráveis após esgotamento das diligências realizadas pela Fazenda, caracterizado quando houver nos autos (a) pedido de acionamento do Bacen Jud e consequente determinação pelo magistrado e (b) a expedição de ofícios aos registros públicos do domicílio do executado e ao Departamento Nacional ou Estadual de Trânsito - DENATRAN ou DETRAN. 2. O bloqueio universal de bens e de direitos previsto no art. 185-A do CTN não se confunde com a penhora de dinheiro aplicado em instituições financeiras, por meio do Sistema BacenJud, disciplinada no art. 655-A do CPC.
3. As disposições do art. 185-A do CTN abrangerão todo e qualquer bem ou direito do devedor, observado como limite o valor do crédito tributário, e dependerão do preenchimento dos seguintes requisitos: (i) citação do executado; (ii) inexistência de pagamento ou de oferecimento de bens à penhora no prazo legal; e, por fim, (iii) não forem encontrados bens penhoráveis. 4. A aplicação da referida prerrogativa da Fazenda Pública pressupõe a comprovação de que, em relação ao último requisito, houve o esgotamento das diligências para localização de bens do devedor. 5. Resta saber, apenas, se as diligências realizadas pela exequente e infrutíferas para o que se destinavam podem ser consideradas suficientes a permitir que se afirme, com segurança, que não foram encontrados bens penhoráveis, e, por consequência, determinar a indisponibilidade de bens.
6. O deslinde de controvérsias idênticas à dos autos exige do magistrado ponderação a respeito das diligências levadas a efeito pelo exequente, para saber se elas correspondem, razoavelmente, a todas aquelas que poderiam ser realizadas antes da constrição consistente na indisponibilidade de bens. 7. A análise razoável dos instrumentos que se encontram à disposição da Fazenda permite concluir que houve o esgotamento das diligências quando demonstradas as seguintes medidas: (i) acionamento do Bacen Jud; e (ii) expedição de ofícios aos registros públicos do domicílio do executado e ao Departamento Nacional ou Estadual de Trânsito - DENATRAN ou DETRAN. Superior Tribunal de Justiça STJ - RECURSO ESPECIAL :
REsp 1377507 SP 2013/0118318-6. DJe 02/12/2014
Jurisprudência
Jurisprudência...
Súmula 560 STJ
A decretação da indisponibilidade de bens e direitos, na forma do art. 185-A do CTN, pressupõe o exaurimento das diligências na busca por bens penhoráveis, o qual fica caracterizado quando infrutíferos o pedido de constrição sobre ativos financeiros e a expedição de ofícios aos registros públicos do domicílio do executado, ao Denatran ou Detran.
Carlos Henrique possui um terreno em seu nome com registro público em 12.04.1998, contudo, em razão da ausência de projeto urbanístico, foi submetido a sistemática de IPTU progressivo, conforme determinação da Constituição Federal no período de 2000 a 2002. Após a regularização da situação, voltou a pagar IPTU na alíquota exigida pelo município, e impugnou sem sucesso os valores lançados no período progressivo, com decisão final proferida em Agosto de 2003. O pedido de execução foi protocolado pela Fazenda Municipal em Junho de 2008, com regular despacho de citação em Novembro do mesmo ano.
O pedido de Bloqueio datado de 10.02.2009 infrutífero a fazenda municipal não mais manifestou o processo. O Juízo requereu o arquivamento provisório em 06.12.2009.
Diante dos fatos, responda:
Caso...
A – Houve Prescrição do Crédito Tributário?
B – Com relação a prescrição Intercorrente o termo a quo seria a partir de qual data, considerando que a parte devedora requereu em Exceção de Pré Executividade a sua decretação em Novembro de 2015?
HI FG Lançamento DA CDA Execução Fiscal
NÃO
Ação Declaratória
Mandado de Segurança Preventivo
NÃO
Ação Anulatória
Mandado de Segurança Repressivo
SIM
SIM Embargos a Execução
Exceção de Pré Executividade
Já pagou ? Ação de Repetição de
Indébito
Não consegue pagar? Ação de
PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÁRIO. RECURSO REPRESENTATIVO DA CONTROVÉRSIA. ART. 543-C, DO CPC. APLICABILIDADE DO ART. 739-A, §1º, DO CPC ÀS EXECUÇÕES FISCAIS. NECESSIDADE DE GARANTIA DA EXECUÇÃO E ANÁLISE DO JUIZ A RESPEITO DA RELEVÂNCIA DA ARGUMENTAÇÃO (...). 6. Em atenção ao princípio da especialidade da LEF, mantido a reforma do CPC/73, a nova redação do art. 736 do CPC dada pela Lei n. 11.382/2006 – artigo que dispensa a garantia como condicionante dos embargos – não se aplica às execuções fiscais diante da presença de dispositivo específico, qual seja o art. 16§1º da Lei n. 6830/80, que exige expressamente a garantia para a apresentação dos embargos à execução fiscal. Muito embora por fundamentos variados - ora fazendo uso da interpretação sistemática da LEF e do CPC/73, ora trilhando o inovador caminho da teoria do "Diálogo das Fontes", ora utilizando-se de interpretação histórica dos dispositivos (o que se faz agora) - essa conclusão tem sido a alcançada pela jurisprudência predominante, conforme ressoam os seguintes precedentes de ambas as Turmas deste Superior Tribunal de Justiça. REsp 1272827 / PE. 22.05.13
Posso garantir o juízo com o
oferecimento de bens
ROCESSO CIVIL E TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. LEI 8.009/90. BEM DE FAMÍLIA. IMPENHORABILIDADE ABSOLUTA RENÚNCIA: IMPOSSIBILIDADE. 1. A jurisprudência desta Corte firmou-se no sentido de que o bem de família é absolutamente impenhorável. A Lei 8.009/90 é norma de ordem pública, tendo como escopo dar segurança à família, e não o direito à propriedade. Por isso, não é possível haver renúncia pelo proprietário. 2. Recurso especial não provido. REsp 828375 RS 2006/0073347-1 - T2 - SEGUNDA TURMA - DJe 17/02/2009
Benefício da justiça gratuita
também deve garantir o juízo?
TRIBUTÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. AUSÊNCIA DE VIOLAÇÃO DO ART. 535 DO CPC. EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL. GARANTIA DO JUÍZO. BENEFICIÁRIO DA JUSTIÇA GRATUITA. PRINCÍPIO DA ESPECIALIDADE DAS LEIS. 1. Não há violação do art. 535 do CPC quando a prestação jurisdicional é dada na medida da pretensão deduzida, com enfrentamento e resolução das questões abordadas no recurso. 2. Discute-se nos autos a possibilidade de oposição de embargos à execução fiscal sem garantia do juízo pelo beneficiário da justiça gratuita. 3. Nos termos da jurisprudência do STJ, a garantia do pleito executivo fiscal é condição de procedibilidade dos embargos de devedor nos exatos termos do art. 16, § 1º, da Lei n. 6.830/80. 4. O 3º, inciso VII, da Lei n. 1.060/50 não afasta a aplicação do art. 16, § 1º, da LEF, pois o referido dispositivo é cláusula genérica, abstrata e visa à isenção de despesas de natureza processual, não havendo previsão legal de isenção de garantia do juízo para embargar. Ademais, em conformidade com o princípio da especialidade das leis, a Lei de Execuções Fiscais deve prevalecer sobre a Lei n. 1.060/50. Recurso especial improvido. REsp 1437078 RS 2014/0042042-7. DJe 31/03/2014
Jorge Luiz, realizou em 2007 pagamento em duplicidade do IPTU, e para tanto ingressou com medida administrativa de forma tempestiva, mas não logro sucesso, vindo decisão administrativa irreformável em Agosto de 2014. Em face disto impetrou Mandado de Segurança para modificar o entendimento da autoridade, sendo que tal decisão transitou em julgado de forma favorável, reconhecendo o direito a restituição em Março de 2015. Aguarda no entanto o pagamento. Ocorre que em 2014 por dificuldades financeiras não quitou o seu imposto, vindo a ser executada em Setembro de 2017.
A – É possível garantir a execução através da compensação tributária
Art. 16, §3º Não será admitida
reconvenção, nem compensação, e as exceções, salvo as de
suspeição, incompetência e impedimentos, serão
arguidas como matéria preliminar e serão
processadas e julgadas com os embargos.
SE A FAZENDA DESISTE DA
EXECUÇÃO QUEM PAGA OS
Jurisprudência...
Súmula 153 STJ
A desistência da execução fiscal, após o oferecimento dos embargos, não exime o exeqüente dos encargos da sucumbência.
TRIBUTÁRIO PROCESSUAL CIVIL ART. 26, DA LEF EXTINÇAO DA EXECUÇAO FISCAL ANTERIOR CITAÇAO DO EXECUTADO EXISTÊNCIA DE SUCUMBÊNCIA.1. A controvérsia restringe-se ao cabimento de honorários advocatícios em face do pedido de desistência efetuado pela Fazenda Pública Paulista, de forma a dar ensejo à incidência do art. 26, da LEF, isentando de ônus processuais as partes.2. É entendimento pacífico nesta Corte que a extinção da execução fiscal, após a citação do devedor, possibilita a sucumbência processual, afastando-se a aplicação do art. 26, da LEF. Nesse sentido: AgRg nos EDcl no REsp 812597/PR; Rel. Min. José Delgado - Primeira Turma, DJ 3.8.2006 p. 220 e REsp 673174/RJ; Rel. Min. Castro Meira -Segunda Turma, DJ 23.5.2005 p. 231. 3. Incidência da Súmula 153/STJ. Recurso especial improvido. (REsp: 690.518/RS, 2ª Turma – Min. Humberto Martins. Dje 15.03.2007).
PROCESSUAL CIVIL. CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. EXECUÇÃO FISCAL. AÇÃO ANULATÓRIA AJUIZADA ANTERIORMENTE. CONEXÃO. NORMA DE ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA. EXISTÊNCIA DE VARA ESPECIALIZADA PARA JULGAR EXECUÇÕES FISCAIS. REUNIÃO DOS PROCESSOS. IMPOSSIBILIDADE. SUSPENSÃO DA EXECUÇÃO. GARANTIA DO JUÍZO. NECESSIDADE. 1. Esta Seção, ao julgar o CC 106.041/SP (Rel. Min. Castro Meira, DJe de 9.11.2009), enfrentou situação semelhante à dos presentes autos, ocasião em que decidiu pela impossibilidade de serem reunidas execução fiscal e ação anulatória de débito precedentemente ajuizada, quando o juízo em que tramita esta última não é Vara Especializada em execução fiscal, nos termos consignados nas normas de organização judiciária. No referido julgamento, ficou consignado que, em tese, é possível a conexão entre a ação anulatória e a execução fiscal, em virtude da relação de prejudicialidade existente entre tais demandas, recomendando-se o simultaneus processus. Entretanto, nem sempre o reconhecimento da conexão resultará na reunião dos feitos.
Entretanto, nem sempre o reconhecimento da conexão resultará na reunião dos feitos. A modificação da competência pela conexão apenas será possível nos casos em que a competência for relativa e desde que observados os requisitos dos §§ 1º e 2º do art. 292 do CPC. A existência de vara especializada em razão da matéria contempla hipótese de competência absoluta, sendo, portanto, improrrogável, nos termos do art. 91 c/c 102 do CPC. Dessarte, seja porque a conexão não possibilita a modificação da competência absoluta, seja porque é vedada a cumulação em juízo incompetente para apreciar uma das demandas, não é possível a reunião dos feitos no caso em análise, devendo ambas as ações tramitarem separadamente. Embora não seja permitida a reunião dos processos, havendo prejudicialidade entre a execução fiscal e a ação anulatória, cumpre ao juízo em que tramita o processo executivo decidir pela suspensão da execução, caso verifique que o débito está devidamente garantido, nos termos do art. 9º da Lei 6.830/80. 2. Pelas mesmas razões de decidir, o presente conflito deve ser conhecido e declarada a competência do Juízo suscitado para processar e julgar a ação anulatória de débito fiscal. (STJ - CC: 105358 SP 2009/0096889-5, Relator: Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, Data de Julgamento: 13/10/2010, S1 - PRIMEIRA SEÇÃO, Data de Publicação: DJe 22/10/2010)
PROCESSO CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL. AÇÃO ANULATÓRIA DE DÉBITO FISCAL. CONEXÃO. JULGAMENTO SIMULTÂNEO. COMPETÊNCIA. Havendo conexão entre execução fiscal e ação anulatória de débito fiscal, impõe-se a reunião dos processos, de modo a evitar decisões conflitantes; espécie em que, ajuizada primeiro a execução fiscal, o respectivo juízo deve processar e julgar ambas as ações. Agravo regimental não provido.
(STJ - AgRg no AREsp: 129803 DF 2012/0036880-8, Relator: Ministro ARI PARGENDLER, Data de Julgamento: 06/08/2013, T1 - PRIMEIRA TURMA, Data de Publicação: DJe 15/08/2013)
Carlos Henrique possui um terreno em seu nome com registro público em 12.04.1998, contudo, em razão da ausência de projeto urbanístico, foi submetido a sistemática de IPTU progressivo, conforme determinação da Constituição Federal no período de 2000 a 2002. Após a regularização da situação, voltou a pagar IPTU na alíquota exigida pelo município, e impugnou sem sucesso os valores lançados no período progressivo, com decisão final proferida em Agosto de 2003. O pedido de execução foi protocolado pela Fazenda Municipal em Junho de 2008, com regular despacho de citação em Novembro do mesmo ano.
O pedido de Bloqueio datado de 10.02.2009 infrutífero a fazenda municipal não mais manifestou o processo. O Juízo requereu o arquivamento provisório em 06.12.2009.
Diante dos fatos, responda:
Caso...
A – Houve Prescrição do Crédito Tributário? Considere para sua resposta que a LEF determina que a inscrição em dívida ativa suspende a contagem da prescrição – Art. 2º, §3º.
B – Com relação a prescrição Intercorrente o termo a quo seria a partir de qual data, considerando que a parte devedora requereu em Exceção de Pré Executividade a sua decretação em Novembro de 2015?
Jurisprudência...
Súmula 314 STJ
Em execução fiscal, não localizados bens penhoráveis, suspende-se o processo por um ano, findo o qual se inicia o prazo da prescrição quinquenal intercorrente..
(...)2. Nos termos da Sumula 314/STJ, em execução fiscal, não localizados bens penhoráveis, suspende-se o processo por um ano, findo o qual se inicia o prazo da prescrição quinquenal intercorrente. A orientação das Turmas que integram a Primeira Seção desta Corte firmou-se no sentido de que o prazo da prescrição intercorrente se inicia após um ano da suspensão da execução fiscal quando não localizados bens penhoráveis do devedor, conforme dispõe a Sumula 314/STJ, de modo que o arquivamento do feito se opera de forma automática após o transcurso de um ano. 3. Agravo regimental não provido. (AgRg nos EDcl no RMS 44.372/SP, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL, SEGUNDA TURMA, julgado em 13.05.2014, Dje 19.05.2014).