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Formação de Consultores de Núcleos Setoriais Empresariais / Módulo 3 / Introdução - Aula 1 - As Micro e Pequenas Empresas MPE

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Formação de Consultores de Núcleos Setoriais Empresariais / Módulo 3 / Introdução - Aula 1 - As Micro e Pequenas Empresas – MPE

Introdução - Aula 1

Olá alunos(as),

Bem-vindos(as) à Aula 1 – As Micro e Pequenas Empresas – MPE.

Segundo dados apresentados pelo SEBRAE em 2014, as micro e pequenas empresas são as princi-pais geradoras de riqueza ddno Comércio no Brasil, já que respondem por 53,4% do PIB deste setor. No PIB da Indústria, a participação das micro e pequenas (22,5%) já se aproxima das médias empre-sas (24,5%). No setor de Serviços, mais de um terço da produção nacional (36,3%) têm origem nos pequenos negócios.

Diante desse cenário, a importância das MPE para o desenvolvimento econômico – e consequente-mente social, do país, fica evidente e justifica a necessidade constante de oferecer soluções de apoio e fortalecimento para os pequenos negócios.

No entanto, para que essas soluções sejam eficazes, é igualmente necessário conhecer as caracte-rísticas dos diferentes perfis, como são organizadas em termos de legislação e quais são as princi-pais dificuldades e desafios enfrentados pelos empresários das MPE.

O propósito dessa aula não é esgotar o tema, e sim fazer um alinhamento sobre questões básicas, sensibilizar os alunos sobre a importância de buscar informações, conhecer cada vez mais o univer-so das MPE e poder contribuir para a efetividade do Empreender e para o desenvolvimento dos pequenos negócios, do seu município e sua região.

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Objetivos

Ao concluir esta aula, você deverá ser capaz de:

Formação de Consultores de Núcleos Setoriais Empresariais / Módulo 3 / Aula 1 – As Micro e Pequenas Empresas – MPE / Tópico 1 – O Universo das MPE

Tópico 1 – O Universo das MPE

Neste tópico, estudaremos sobre O Universo das Micro e Pequenas Empresas.

A MPE no Brasil e no mundo

As micro e pequenas empresas nos países desenvolvidos como a Alemanha, Estados Unidos, França e Itália desempenham um papel importante na economia nacional e, por esta razão, são protegidas por uma série de instrumentos, que garantem a sua sobrevivência em um ambiente altamente competitivo e globalizado, tais como:

- Estímulo à criação de novas MPE;

- Formação e qualificação especial para o empreendedor; - Assessoria técnica, comercial e administrativa;

- Fomento comercial (feiras, incentivos a exportação, etc.); - Legislação moderadora do dia-a-dia da empresa;

- Acesso a aval e créditos adequados.

Em troca, estas MPE devolvem para a nação o fortalecimento da classe média, que garantem a estabilidade da economia.

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Por outro lado, é possível e vantajoso para as médias e grandes empresas formarem parcerias com MPE tecnicamente capacitadas, estruturadas adequadamente, financeiramente estáveis e

gerenciadas com eficácia. Essas parcerias permitem às empresas de maior porte se adaptar com maior velocidade às mudanças de mercado e a conseguir atender diferentes nichos de mercado. No Brasil, o empreendedorismo vem crescendo muito e, atualmente, existem cerca de 9 milhões de Micro e Pequenas Empresas no País, o que representa mais da metade dos empregos formais.

*Vídeo disponibilizado no curso

Os pequenos negócios e as exportações

O número de MPE exportadoras brasileiras teve crescimento de 2,7%, entre 2013 e 2014, segundo estudo desenvolvido pelo SEBRAE, em parceria com a Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex). As micro e pequenas empresas representaram 59,4% das empresas exportadoras do país em 2014 e suas transações somaram R$ 2 bilhões. Esse valor foi 1% mais baixo do que no ano anterior. No entanto, a participação delas no total das exportações brasileiras subiu de 0,77%, em 2013, para 0,82% em 2014.

Saiba mais

Em relação ao número de empresas as MPE representaram, em 2011, nas atividades de serviços e de comércio, respectivamente, 98% e 99% do total de empresas formalizadas.

Os dados demonstram a importância de incentivar e qualificar os empreendimentos de menor porte, inclusive os Microempreendedores Individuais (MEI) que, em 2014 passaram a representar 50% dos empreendimentos formalizados optantes pelo simples com 4,3 milhões de empreendedores cadastrados como MEI.

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Em relação aos produtos, as micro e pequenas empresas brasileiras exportadoras comercializam essencialmente produtos manufaturados, ou seja, industrializados e basicamente produzidos em série e com menor valor agregado.

Apesar do número significativo de empresas brasileiras exportadoras (em torno de 60% do total), a representatividade das MPE no volume dos recursos das exportações ainda é inexpressiva. Isso se deve a diversos fatores como, por exemplo, a descontinuidade das empresas em atuarem no

mercado internacional – o número de micro e pequenas empresas que desistem de exportar a cada ano tem sido bem superior ao número de estreantes. Elas também possuem dificuldade de produção em escala, sofrendo com as exigências burocráticas e com o impacto dos custos na cadeia produtiva que tiram a competitividade dos pequenos negócios.

Apesar das dificuldades de entrar e se manter no mercado internacional, os últimos anos vêem mostrando crescimento importante quanto à participação das MPE nas exportações. Ações como o Projeto Extensão Industrial Exportadora (PEIPEX), da Agência Brasileira de Promoção de

Exportações e Investimentos (Apex Brasil), apoiam os pequenos negócios a serem mais competitivos no mercado internacional.

Texto complementar

Lei Geral da Micro e Pequena Empresa

A Lei Geral, também conhecida como Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, foi instituída pela Lei Complementar Federal 123/2006 para regulamentar o disposto na

Constituição, que prevê o tratamento favorecido, simplificado e diferenciado a esse setor.

Atenção

Seu objetivo é fomentar o desenvolvimento e a competitividade dos pequenos negócios como estratégia de geração de emprego, distribuição de renda, inclusão social, redução da informalidade e fortalecimento da economia.

Saiba mais

Segundo especialistas da Apex Brasil, com qualidade dos produtos, eficiência no processo produtivo e eficácia na gestão, todos os pequenos negócios podem conquistar novos mercados, incluindo os internacionais, por isso a importância de projetos e programas de apoio às MPE.

Estudo complementar

Leia abaixo os textos Lei Geral da Micro e Pequena Empresa e A Lei Geral e os Núcleos.

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Os benefícios criados pela Lei Geral, com exceção do tratamento tributário diferenciado, aplicam-se também ao produtor rural pessoa física e ao agricultor familiar.

Aspectos Legais

O Estatuto Nacional da Microempresa e Empresa de Pequeno Porte instituído pela Lei Complementar 123/20061 e aperfeiçoado pela Lei nº 12.792 de 28/03/2013, pelas Leis

Complementares nº 139 de 10/11/2011, 133 de 28/12/2009, 128 de 19/12/2008 e 127 de 14/08/2007, se constitui atualmente no principal instrumento de desenvolvimento das micro e pequenas empresas a partir de ações institucionais, envolvendo o setor público e privado.

Para a regulamentação e implementação, a Lei Geral possui alguns dispositivos que orientam esse processo, dentre os quais destacam-se os seguintes:

Classifica os pequenos negócios com base na receita bruta anual

- Microempreendedor Individual: até R$ 60.000,00;

- Microempresa: até R$ 360.000,00;

- Empresa de Pequeno Porte: de R$ 360.000,00 até R$ 3.600.000,00.

Assegura a obrigatoriedade do tratamento diferenciado para os pequenos negócios

Toda nova obrigação que atingir os pequenos negócios deverá especificar, no instrumento que a instituiu, o tratamento diferenciado, sob pena de não ser aplicada às Micro e Pequenas Empresas.

Principais benefícios previstos na Lei Geral

- Regime unificado de apuração e recolhimento dos impostos e contribuições da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, inclusive com simplificação das obrigações fiscais acessórias;

- Desoneração tributária das receitas de exportação e substituição tributária; - Dispensa do cumprimento de certas obrigações trabalhistas e previdenciárias; - Simplificação do processo de abertura, alteração e encerramento das MPE; - Facilitação do acesso ao crédito e ao mercado;

- Preferência nas compras públicas; - Estímulo à inovação tecnológica;

- Incentivo ao associativismo na formação de consórcios para fomentação de negócios; - Incentivo à formação de consórcios para acesso a serviços de segurança e medicina do trabalho;

- Regulamentação da figura do pequeno empresário, criando condições para sua formalização; - Parcelamento de dívidas tributárias para adesão ao Simples Nacional.

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As instâncias gestoras do tratamento diferenciado para micro e pequenas empresas são o Comitê Gestor do Simples Nacional (CGSN), vinculado ao Ministério da Fazenda; o Fórum Permanente das Micro e Pequenas Empresas e o Comitê para Gestão da Rede Nacional para Simplificação do Registro e Legalização de Empresas e Negócios (CGSIM), vinculados à Secretaria da Micro e Pequena Empresa da Presidência da República.

Desburocratiza a inscrição e baixa das empresas

O processo de registro e legalização de empresas deve ter trâmite simplificado e unificado, integrando todos os órgãos envolvidos por meio de sistema informatizado, e adotando o seguinte sequenciamento das etapas: consulta prévia do nome empresarial e viabilidade de localização, registro empresarial, inscrições fiscais e licenciamento de atividades. Fica instituída a entrada única de dados e documentos.

O sistema informatizado deve permitir o compartilhamento de dados e a criação da base cadastral única de empresas. O CNPJ será a identificação nacional utilizada no cadastro único,

dispensando-se as demais inscrições. Fica instituído o Alvará de Funcionamento Provisório, permitindo que empresas de baixo grau de risco iniciem suas atividades logo após o registro, inclusive em áreas ou edificação sem regulação fundiária ou imobiliária, inclusive habite-se, bem como na residência do empresário.

A baixa de pequenos negócios é simplificada, transferindo-se para o titular da empresa os débitos porventura existentes.

É vedada, aos órgãos participantes dos processos de registro, alteração e baixa de empresas, a criação de qualquer exigência não prevista em lei.

A determinação do grau de risco das atividades econômicas definida pelo CGSIM será aplicada no âmbito estadual ou municipal, caso não exista lei local específica.

Institui o regime tributário especial e facultativo para os pequenos negócios – Simples

Nacional

Todas as atividades econômicas, com exceção das especificamente vedadas, podem optar pelo Simples tendo como critério único o teto de faturamento (3,6 milhões).

Para a micro e pequena empresa, o Simples Nacional engloba o recolhimento de 08 impostos em uma única guia.

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Para o Microempreendedor Individual, o Simples Nacional engloba 03 impostos em uma única guia:

1. Contribuição Patronal Previdenciária – CPP;

2. Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS; 3. Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISS.

Os pagamentos serão em valores mensais fixos, independentemente do valor da receita bruta. O MEI é isento dos outros impostos. Os Estados que contribuem com menos de 5% do PIB nacional podem adotar sublimites para fim de recolhimento do ICMS e do ISS.

A aplicação da Substituição Tributária do ICMS para os optantes do Simples Nacional será regulamentada pela Lei Geral a partir de 2016.É vedada, aos entes federativos, a exigência de obrigações tributárias acessórias relativas aos tributos incluídos no Simples, além das estipuladas pelo Comitê Gestor do Simples Nacional.

As multas aplicadas aos pequenos negócios, decorrentes do não cumprimento de suas obrigações tributárias acessórias, terão seus valores reduzidos.

Institui o Microempreendedor Individual

Conceito

O Microempreendedor Individual (MEI) é o empresário individual legalizado que tenha receita bruta anual de até R$ 60.000,00 e optante pelo Simples Nacional, que não esteja impedido, pela Lei Geral de optar por esta categoria. Além disso, o MEI não pode possuir mais de um estabelecimento ou participar de outra empresa como sócio ou titular, assim como não pode exercer atividades de serviços tributadas pelos Anexos V ou VI da Lei Geral.

Os impostos são:

- Imposto de Renda Pessoa Jurídica – IRPJ;

- Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL; - PIS/PASEP;

- Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – COFINS; - Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI;

- Contribuição Patronal Previdenciária – CPP;

- Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS; - Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISSQN.

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O MEI também pode ter um empregado contratado que receba o salário mínimo ou o piso da

categoria. É dispensado do pagamento de todos os custos, taxas, emolumentos e outros, relativos à inscrição, licenciamento ou baixa de seu negócio.

O MEI também é dispensado do pagamento de contribuições para órgãos sindicais, de

regulamentação, de anotação de responsabilidade técnica, de vistoria e fiscalização do exercício de profissões regulamentadas. A cobrança destas contribuições somente poderá ser efetuada mediante prévia autorização do MEI.

É vedado às concessionárias de serviços públicos o aumento das tarifas pagas pelo MEI, por conta da modificação de sua condição de pessoa física para jurídica.

Determina a fiscalização orientadora para os pequenos negócios

A fiscalização dos pequenos negócios, nos aspectos trabalhista, metrológico, sanitário, ambiental, de segurança e de uso e ocupação do solo, devem ser prioritariamente orientadora (educativa e não punitiva) e baseada no critério de dupla visita, salvo nos casos em que a atividade ou a situação não forem compatíveis com este procedimento. A inobservância do critério da dupla visita implica na nulidade dos autos de infração.

Os órgãos e entidades da administração pública federal, estadual, distrital e municipal devem

observar o princípio do tratamento diferenciado e favorecido para os pequenos negócios, na ocasião da fixação dos valores das multas e das demais sanções administrativas.

Determina a obrigatoriedade de tratamento diferenciado e simplificado aos pequenos

negócios nas licitações públicas

As licitações públicas realizadas no âmbito federal, estadual e municipal devem obrigatoriamente observar o tratamento diferenciado e favorecido para os pequenos negócios, objetivando a promoção do desenvolvimento econômico e social, a ampliação da eficiência das políticas públicas e o

incentivo a inovação tecnológica.

Caso não exista legislação estadual ou municipal regulamentando a participação dos pequenos negócios nas licitações públicas, deverá ser acatada a legislação federal.

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Veja o que a administração pública deve fazer para assegurar o tratamento diferenciado e favorecido para os pequenos negócios nas licitações

- Realizar licitações exclusivas para os pequenos negócios até o valor de R$ 80.000,00; - Exigir dos licitantes a subcontratação de micro e pequena empresa;

- Estabelecer em certames para aquisição de bens de natureza divisível, cota de até 25% para a contratação de MPE;

- Assegurar, em caso de empate,, a possibilidade de negociação e a preferência para contratação de micro ou pequena empresa;

- Exigir a comprovação da regularidade fiscal apenas no ato da contratação, considerando prazo adicional para sanar restrições.

Estimula as exportações dos pequenos negócios

As micro e pequenas empresas, optantes pelo Simples Nacional, usufruirão de regime diferenciado para a exportação de bens e serviços, com procedimentos simplificados para a habilitação,

licenciamento, despacho aduaneiro e câmbio.

As MPEs poderão auferir receitas de exportações de bens e serviços, até o teto de R$ 3.600.000,00, adicionais às receitas obtidas no mercado interno, sem que sejam excluídas do Simples Nacional.

Simplifica as relações de trabalho

O titular de micro ou pequena empresa pode ser representado perante a Justiça de Trabalho por terceiros que conheçam dos fatos, ainda que não possuam vínculo trabalhista ou societário.

Os pequenos negócios são liberados do cumprimento de uma série de obrigações trabalhistas, como a fixação do Quadro de Trabalho, anotação de férias dos empregados nas fichas de registro,

anotação do emprego e matrícula de aprendizes nos cursos dos Serviços Nacionais de Aprendizagem, entre outros.

Estimula o associativismo

As micro e pequenas empresas optantes pelo Simples Nacional podem se associar para realizar negócios de compras e vendas nos mercados nacionais e internacionais, por meio da constituição de Sociedades de Propósito Específico – SPE.

Estimula o crédito e a capitalização

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como divulgar os montantes disponíveis e as condições de acesso, que devem prever o tratamento simplificado e ágil.

Possibilita a criação do Sistema Nacional de Garantia de Crédito, com o objetivo de facilitar o acesso dos pequenos negócios ao crédito e a demais serviços financeiros e viabilizando a disponibilidade dos recursos do FAT para cooperativas de microcrédito.

Estimula a inovação

Cabe à União, estados, municípios e as respectivas agências de fomento, instituições científicas e tecnológicas, núcleos de inovação tecnológica e instituições de apoio, manter programas específicos para as micro e pequenas empresas.

As instituições públicas de fomento à inovação e tecnologia terão como meta a alocação de um mínimo de 20% dos recursos federais, estaduais e municipais em pesquisa, desenvolvimento e capacitação tecnológica em programas voltados para os pequenos negócios.

Facilita o acesso à justiça

As micro e pequenas empresas devem ser estimuladas a procurar formas alternativas para o tratamento de seus conflitos, como os institutos de conciliação prévia, mediação e arbitragem. Deverão ser criados juizados especiais para tratamento das causas relacionadas aos pequenos negócios.

Benefícios para as MPE

A implementação da Lei Geral em todos os municípios cria a oportunidade de beneficiar às micro e pequenas empresas existentes e a formalização de outras, como foi o caso da figura jurídica do Microempreendedor Individual, que hoje existe legalmente.

A Lei Geral, uma vez implementada e institucionalizada, também traz um ambiente mais seguro aos futuros empresários que decidirem abrir seus negócios.

Para que este ambiente se estabeleça, é necessária a regulamentação dos capítulos e,

efetivamente, a participação dos homens públicos e dos agentes estimuladores dos empreendedores individuais e das micro e pequenas empresas, para que, na prática, a lei seja institucionalizada e se torne realidade, criando assim um ambiente legal propício aos microempreendedores individuais e das micro e pequenas empresas.

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Veja o que a Lei Geral estabelece uma nova realidade para as Micro e Pequenas Empresas

- Estimula a formalização de negócios

- Contribui para um clima favorável aos negócios - Amplia mercados e cria oportunidades de negócios - Promove a competitividade e a busca de capacitação - Estimula o desenvolvimento tecnológico

- Proporciona acesso ao crédito - Reduz a burocracia e tributos

Capítulos da Lei Geral

Simplificação e Desburocratização

É o primeiro tema da Lei Geral. Trata da simplificação, racionalização, otimização e reunião em um único espaço das informações, orientações e os procedimentos burocráticos necessários para dar entrada em documentos e solicitações para abertura, alteração e baixa (encerramento) de

empreendimentos de pequeno porte, bem como realizar a formalização do microempreendedor individual.

Uma das ações mais importantes do tema é a criação da Sala do Empreendedor. O resultado é a agilidade nas respostas e no atendimento das solicitações, com redução do tempo de abertura, alterações e encerramento de empresas, orientações, capacitação empresarial e a modernização dos processos burocráticos. O impacto se dá na melhoria do ambiente de negócios no município.

Tributação

Tema da Lei Geral voltado para racionalização e diminuição da carga tributária para micro e

pequenos empreendimentos. A desoneração tributária e a instituição de formas de arrecadação única de tributos – devidos por empreendimentos de pequeno porte, otimizam a cobrança e a carga

tributária para o poder público e a iniciativa privada. Ou seja, não compromete nem a arrecadação de tributos, nem a multiplicação e o desenvolvimento dos pequenos negócios no município.

Acesso aos Mercados

A compra pública de empreendimentos de pequeno porte é a principal ação deste tema. Adquirir bens e contratar serviços dos pequenos negócios é uma ação estratégica de uso do poder de compra pública no município, voltada para o incremento dos fluxos econômicos no local. Essa ação pode ser inserida em uma política pública voltada para o fortalecimento dos setores produtivos locais, utilizada na constituição e fortalecimento de consórcios e parcerias para o fornecimento local e

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Associativismo

Tema da lei voltado para formação e fortalecimento de uma rede de empreendimentos de pequeno porte. Trata-se de criar e implementar mecanismos e instrumentos para estimular a aproximação, diálogo, interação e o desenvolvimento de laços de confiança e reciprocidade, com a finalidade de tecer, reconstituir e fortalecer o tecido associativo e o cooperativismo no local, assim como estimular a formação de Sociedades de Propósito Específico – SPE e consórcios para acesso a serviços especializados em segurança e medicina do trabalho.

Uma SPE se constitui por firmas de pequeno porte optantes do SIMPLES. Essa sociedade de

compra e venda pode ser voltada para o mercado interno e externo, com o objetivo de reduzir custos e obter ganhos de escala e competitividade.

Acesso aos serviços financeiros

Um dos principais temas este capítulo é o estímulo ao crédito e a capitalização dos pequenos

negócios. Trata-se de normas que garantem aos pequenos negócios o fácil acesso às informações e as linhas de crédito com menor custo de transação, bem como possibilita a obtenção de garantias de crédito para tomada de empréstimos, por meio das Sociedades Garantidoras de Crédito (SGC). Essas sociedades são constituídas por micro e pequenas empresas e associações comerciais. Municípios podem realizar aporte de recursos financeiros nas SGC, conforme acórdão no. 472/12. Esse capítulo da lei estabelece uma arquitetura institucional e financeira, cujo desenho liga a

Sociedade Garantidora de Crédito com o Sistema Nacional de Garantias de Crédito que, por sua vez, integra o Sistema Financeiro Nacional.

Há também apoio creditício no comércio exterior e possibilidade de acesso das Cooperativas de Crédito aos recursos do CODEFAT, desde que sejam destinados exclusivamente para

microempresas e empresas de pequeno porte.

Educação Empreendedora

Educação para o empreendedorismo é uma ação estratégica para o poder público. Contribui para despertar e desenvolver o potencial empreendedor e criativo de estudantes e da população economicamente ativa, para que possam dispor das suas competências empreendedoras e aplicá-las no mundo do trabalho e da produção.

Inovação e tecnologia

Tema da Lei Geral voltado para aumento da competitividade e do valor agregado dos produtos e serviços dos empreendimentos de pequeno porte. A lei estabelece o mínimo de 20% (vinte por cento) do total de recursos destinados à inovação empresarial na aplicação em empreendimentos de

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Dispõe sobre o conceito de inovação, identifica e define as instituições públicas e privadas

envolvidas, atribui responsabilidades as instâncias públicas federal, estadual e municipal e o Distrito Federal.

No Brasil, já existem Unidades da Federação que instituíram sistemas estaduais de inovação, que identificam seus componentes e estabelecem normas relativas ao apoio e estímulo à inovação nas empresas de pequeno porte. No caso do Paraná, a lei especifica as medidas para criação de um ambiente propício à inovação, os processos, a participação e os ganhos financeiros das partes, sejam públicas, privadas, instituições ou pessoas físicas, sejam criadores, pesquisadores públicos ou inventores independentes.

Acesso à Justiça

Tema da Lei Geral que possibilita a criação de um caminho extrajudicial para solução de

controvérsias, conflitos ou litígios, e promove a instituição da cultura jurídica da pacificação. Um meio rápido e eficaz de acesso à Justiça para todo cidadão e cidadã, bem como um caminho alternativo ao tradicional, moroso e custoso acesso à Justiça para proprietários de micro e pequenas empresas, clientes e fornecedores de pequenos negócios.

O caminho alternativo de acesso à Justiça via meios extrajudiciais, tais como a mediação e a arbitragem – regulamentada pela Lei 9.307/06, contorna os problemas de morosidade judiciária, elevadas custas processuais e honorários advocatícios. O tema contribui para modernização da gestão judiciária, aproximando a área de Direito e seus operadores do complexo mundo da vida.

Formação de Consultores de Núcleos Setoriais Empresariais / Módulo 3 /

Aula 1 – As Micro e Pequenas Empresas – MPE / Tópico 2 - Os Desafios das Micro e Pequenas Empresas

Tópico 2 – Os Desafios das Micro e Pequenas Empresas

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Isolamento externo

Vivem isoladas das demais empresas do mesmo segmento.

Isolamento interno

Não tem com quem dialogar e expor as suas dificuldades.

Desconhecimento de soluções

Desconhecem experiências que apresentem soluções para situações adversas que possam enfrentar.

Desconfiança em auxílio externo

Não acreditam que seja possível e têm receio de serem enroladas.

Visão do concorrente como inimigo

Consideram impossível qualquer relacionamento com as empresas concorrentes.

Características e principais desafios das MPE

As MPE, no Brasil e no mundo, têm um conjunto de características que as diferenciam das médias e grandes empresas: - Criativas; - Flexíveis; - Terceirizáveis; - Provedoras de serviços; - Absorvedoras de mão-de-obra; - Formadoras da classe média.

Entretanto, ao lado de tantas características positivas, as MPE, no Brasil, enfrentam ainda algumas dificuldades, que impedem o seu desenvolvimento e dificultam a economia e o aproveitamento total de seu grande potencial.

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Apoios de cima para baixo

Entidades ofertam “bons produtos” que o empreendedor da MPE não considera necessários. Todas as características positivas das MPE, como as listadas, são parcialmente neutralizadas pelos problemas vividos no cotidiano dos empreendedores. Assim, os problemas tradicionais levantados pelas entidades de fomento às MPE, tais como, falta de formação do empreendedor, dificuldade de acesso ao crédito, necessidade de tecnologia, entre outros, levam à oferta de soluções prontas e fechadas que não resolvem as dificuldades básicas. Esta é a principal diferença da proposta do Empreender: as soluções são encontradas em conjunto a partir das necessidades apontadas pelos próprios empresários.

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