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152,2 153,6 146,5 136,1 139,2 150,1 152,0

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Arrecadação federal de

abril alcançou R$ 156,8

bilhões, surpreendendo

novamente as expectativas.

O resultado ficou acima da nossa projeção (R$ 151 bilhões) e do mercado (R$ 141 bilhões) e representa alta de 45,2% em termos reais na comparação interanual. Vale lembrar que a arrecadação no ano passado ficou comprometida por conta da pandemia. Na comparação

com 2019, a alta foi de 3,2%. Nos primeiros quatro meses de 2021, a arrecadação acumula R$ 603 bilhões, alta de 13,6% e 5,2% em termos reais em relação ao mesmo período de 2020 e 2019, respectivamente.

Segundo a Receita Federal, o resultado positivo pode ser explicado por fatores não

recorrentes, como recolhimentos extraordinários e compensações, mas a instituição

reconhece o avanço mesmo sem esses fatores.

Em nossos cálculos, considerando apenas

os recursos recorrentes e com ajuste sazonal, nos últimos três meses a arrecadação avançou cerca de 3% na margem, refletindo o crescimento da atividade no período, em especial da indústria e do setor de serviços. A continuidade da recuperação da arrecadação deverá ter prosseguimento em virtude da perspectiva de melhora da atividade, em especial a partir do segundo semestre.

O mercado revisou para cima a projeção para o crescimento da economia neste ano.

Segundo o último Relatório Focus, a mediana das projeções para o PIB de 2021 subiu de 3,21% para 3,45%. A revisão reflete, dentre outros fatores, a surpresa positiva com os dados de

ENFOQUE MACRO

INFORME SEMANAL

E PERSPECTIVAS

Ata do FOMC revela

preocupação de alguns

membros com a inflação

Brasil Mundo

Arrecadação Federal

surpreende positivamente

em abril

21 de maio de 2021

Fonte: Receita Federal

152,2 153,6 146,5 136,1 139,2 150,1 152,0 108,0 156,8 0 20 40 60 80 100 120 140 160 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021

Arrecadação Federal em abril

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ENFOQUE MACRO

atividade nos primeiros meses do ano. Para 2022, o consenso de mercado é de crescimento de 2,38%. Sobre os índices de inflação, houve alteração na mediana para o IPCA de 2021, que subiu de 5,06% para 5,15% na passagem da semana. Isso levou a mediana para ainda mais próximo do teto da meta de inflação para o ano, de 5,25%. Já para o IPCA de 2022, a mediana do mercado passou de 3,61% para 3,64%, um movimento modesto, mas que caracteriza a ampliação do desvio em relação ao centro da meta, de 3,50%. Outro índice cujas projeções sofreram revisões é o IGP-M, que deve variar 15,51% neste ano, ante mediana de 14,81% na semana anterior. Como consequência de expectativas de atividade e inflação mais elevadas, o mercado revisou também as projeções para a trajetória da taxa de juros, antecipando o ciclo de aperto monetário. De acordo com o boletim, a taxa Selic deve fechar o ano corrente em 5,50% e se elevar para 6,50% no final de 2022. No boletim da semana anterior, essa taxa de final de ciclo era alcançada apenas em 2023.

A balança comercial registrou saldo de US$ 2,9 bilhões na segunda semana de maio,

acumulando resultado positivo de US$ 4,8 bilhões no mês.

No acumulado do ano, o saldo

é positivo em US$ 16,7 bi, ligeiramente acima dos US$ 16,1 bi no mesmo período de 2020. Essa melhora da balança comercial é fruto da alta das exportações, que, na média diária do mês, registram alta de 49% na comparação interanual, puxada por veículos de passageiros e commodities como soja e minério de ferro. As importações, por sua vez, registram alta de 28% na mesma base de comparação, beneficiadas pela recuperação da atividade doméstica e difundidas entre os bens intermediários. Prospectivamente, o crescimento das exportações deve seguir favorecido pelo crescimento da atividade global e pela elevação dos preços de commodities, o que deve contribuir para saldos comerciais expressivos ao longo do ano.

Nos EUA, o Fed divulgou a ata da reunião de abril, revelando pela primeira vez que

alguns membros consideram debater nas próximas reuniões um ajuste no grau de

estímulo monetário.

Em sua última reunião, os membros reforçaram que apesar dos avanços

recentes, o cenário ainda depende da evolução da pandemia, enquanto as metas de inflação e emprego estão distantes de serem atingidas. Em relação ao mercado de trabalho a expetativa é de continuidade da retomada do emprego, a inflação mais alta no curto prazo é interpretada majoritariamente como transitória. Sobre possíveis próximos passos, apesar da visão geral da necessidade de manutenção dos estímulos diante do cenário de incerteza, um número de participantes demonstrou preocupação com a dinâmica mais pressionada da inflação. Caso a economia continue em ritmo acelerado de recuperação, na visão de alguns participantes será necessário discutir a redução das compras de ativo nas próximas reuniões. Avaliamos que esse incômodo, atualmente restrito a um grupo minoritário no Fed, se tornará mais intenso no comitê a partir do 3º trimestre, com potencial redução das compras de ativos antes do esperado atualmente.

(3)

A prévia dos índices de

confiança (PMI) de maio

reforçou o cenário de

retomada disseminada entre

indústria e serviços.

O PMI

Composto prévio da Zona do Euro, que incor pora as expectativas da indústria e dos serviços atingiu 56,9 pontos em maio ante 53,8 em abril, sinalizando continuidade da expansão da economia (nível a c i m a d e 5 0 p o n t o s indica expansão). Enquanto a

indústria segue em forte expansão (61,9 pontos), o PMI de serviços mostrou avanço significativo diante da reabertura da economia (55,1 pontos). Já nos EUA, o PMI Composto manteve o patamar robusto e avançou de 63,5 pontos em abril para 68,1 pontos em maio, o maior patamar da série histórica. O destaque foi o setor de serviços, que alcançou 70,1 pontos.

Os resultados positivos estão em linha com o avanço da vacinação e da mobilidade

em ambas as regiões.

Ademais, os relatórios do PMI mostram que a cadeia de bens segue

pressionada, sugerindo continuidade da alta de preços nos próximos meses.

Na China, os dados de atividade de abril frustraram as expectativas.

Na comparação

interanual, a produção industrial cresceu 9,8% e ficou abaixo da expectativa do mercado (10%). A abertura sugere que o desempenho da indústria ficou comprometido no setor automobilístico, dada a falta de alguns insumos na linha de produção. As vendas no varejo tiveram expansão de 17,7%, também abaixo da expectativa (25%), enquanto os investimentos em ativos fixos (FAI) expandiram 19,9%, em linha com o esperado. De uma maneira geral, mesmo com a perspectiva de que o governo remova gradualmente os estímulos adotados em 2020, a atividade econômica segue condizente com a meta de crescimento de pelo menos 6% estabelecida para esse ano. Nossa expectativa é de crescimento de 8,5%.

ENFOQUE MACRO

21 de maio de 2021

N a próx ima semana

Na agenda doméstica, destaque para a divulgação do IPCA-15 de maio (BRAM: 0,53%), e

para os dados de setor externo, resultado do Governo Central, crédito e emprego formal (Caged) de abril. Internacionalmente, destaque para números de inflação nos EUA e para os discursos dos membros do Fed.

48,8 53,2 53,8 56,9 59,5 59,7 63,5 68,1 40 45 50 55 60 65 70

fev-21 mar-21 abr-21 mai-21

Zona do Euro e EUA - PMI Composto

Zona do Euro EUA

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ENFOQUE MACRO

21 de maio de 2021

PROJEÇÕES MACROECONÔMICAS - BRADESCO ASSET

INDICADORES ECONÔMICOS

CALENDÁRIO SEMANAL

Nível

21-mai Semana Mês Ano

Real (R$/US$)1 5,34 1,2% -1,8% 2,7%

CDS Brasil 5 anos 178,0 2,13 -14,08 35,13

Taxa Prefixado 2 anos (%) 6,80 0,03 0,52 2,61

Taxa Prefixado 10 anos (%) 9,40 0,06 0,43 2,20

Taxa 10 anos + IPCA (%) 4,01 0,00 0,03 1,21

Taxa 20 anos + IPCA (%) 4,30 0,00 0,08 0,71

Ibovespa2 121.832 0,0% 2,5% 2,4%

Euro (USD/EUR) 1,218 -0,3% -1,3% 0,3%

Renminbi (CNY/USD) 6,43 0,0% -0,6% -1,4%

S&P 500 Index 4.160 -0,3% -0,5% 10,7%

Título 10 anos Alemanha (%) -0,13 0,00 0,07 0,44

Título 10 anos EUA (%) 1,63 0,00 0,00 0,71

CRB (R$) 2.860 0,8% -1,2% -34,4%

Petróleo BRENT (US$/bbl.) 66,7 -2,9% -0,8% 28,7%

Minério de Ferro 191,6 -5,0% 4,1% 21,0%

Soja (US$/bu.) 15,35 -3,2% -2,3% 16,7% Dados atualizados às 13:30

(1) Variações negativas significam valorização em relação ao dólar (2) Índices acionários medidos em moeda local

Variação

2019 2020E 2021E 2022E

PIB (% ao ano) 1,4% -4,1% 4,3% 1,5%

Taxa de Inflação - IPCA (% a.a.) 4,3% 4,5% 5,2% 3,7%

Taxa de Inflação - IGP-M (% a.a.) 7,3% 23,1% 17,0% 4,5%

Taxa Selic (final do ano) 4,50% 2,00% 6,25% 6,50%

R$/US$ média do ano 4,14 5,15 5,40 5,45

R$/US$ final do ano 4,03 5,20 5,40 5,50

Balança Comercial (US$ bilhões) 26,5 32,4 66,7 64,4

Exportações (US$ bilhões) 225,8 210,7 257,1 264,8

Importações (US$ bilhões) 199,3 178,3 190,4 200,4

Balanço em Conta-Corrente (US$ bilhões) -65,0 -24,1 -7,2 -23,9

Balanço em Conta-Corrente (% do PIB) -3,9% -1,7% -0,5% -1,7%

Resultado Primário (% PIB) -0,9% -11,1% -3,4% -2,3%

Dívida Líquida (% PIB) 55,7% 63,0% 59,6% 64,3%

Dívida Bruta (% PIB) 75,8% 89,3% 86,4% 90,2%

PIB Global 2,8% -3,3% 5,8% 3,5%

Fontes: IBGE, BCB, MDIC, FMI e BRAM

Mercado Anterior

TER. 25 MAI

09:00 (BR) IPCA-15 (M/M), mai 0,55% 0,60%

11:00 (EUA) Vendas de Casas Novas, abr 950k 1021k

QUA. 26 MAI

09:30 (BR) Transações Correntes, abr $6150m -$3970m

QUI. 27 MAI

09:00 (BR) Taxa de Desemprego, mar 14,6% 14,4%

09:30 (EUA) Pedidos de Bens Duráveis, abr 0,7% 0,8%

09:30 (EUA) PIB (T/T anualizado), 1T 6,4% 6,4%

SEX. 28 MAI

09:30 (BR) Nota de crédito, abr -- 4105b

09:30 (EUA) Renda Pessoal, abr -14,8% 21,1%

09:30 (EUA) Gastos Pessoais, abr 0,5% 4,2%

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ENFOQUE MACRO

21 de maio de 2021

As opiniões, estimativas e previsões apresentadas neste relatório constituem o nosso julgamento e estão sujeitas a mudanças sem aviso prévio, assim como as perspectivas para os mercados financeiros, que são baseadas nas condições atuais de mercado. Acreditamos que as informações apresentadas aqui são confiáveis, mas não garantimos a sua exatidão e informamos que podem estar apresentadas de maneira resumida. Este mate-rial não tem intenção de ser uma oferta ou solicitação de compra ou venda de qualquer instrumento financei-ro. Material produzido pela Bradesco Asset Management, empresa responsável pela gestão de recursos de terceiros do Banco Bradesco S.A.

Tel: 11 3847-9171

economia@bram.bradesco.com.br Material produzido em 21/05/2021 às 14h00 Outras edições estão disponíveis em bram.bradesco

MARCELO CIRNE DE TOLEDO

Economista-Chefe marcelo.toledo@bram.bradesco.com.br

HUGO RIBAS DA COSTA

hugo.costa@bram.bradesco.com.br

MATHEUS ROSIGNOLI

matheus.rosignoli@bram.bradesco.com.br

SARAH BRETONES

Referências

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