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NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE NBC T 3 CONCEITO, CONTEÚDO, ESTRUTURA E NOMENCLATURA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

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NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE

NBC T 3 – CONCEITO, CONTEÚDO, ESTRUTURA E

NOMENCLATURA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

NBC T 3.8 – DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA

3.8.1 OBJETIVOS E CONTEÚDO

3.8.1.1 Esta norma estabelece critérios e procedimentos para a elaboração e a divulgação da Demonstração do Fluxo de Caixa, devendo ser observados os seguintes aspectos:

a) refletir as transações de caixa oriundas: a.1) das atividades operacionais; a.2) das atividades de investimentos; e a.3) das atividades de financiamentos.

b) apresentar conciliação entre o resultado e o fluxo de caixa líquido gerado pelas atividades operacionais com informações sobre os efeitos líquidos das transações operacionais e de outros eventos que afetam o resultado.

c) propiciar informações relevantes sobre as movimentações de entradas e saídas de caixa da entidade em determinado período.

3.8.1.2 As informações contidas na demonstração do fluxo de caixa, em conjunto com as demais Demonstrações Contábeis, destinam-se a ajudar seus usuários a:

a) avaliar a geração de caixa para pagamento de obrigações, lucros e dividendos;

b) identificar necessidades de financiamento;

c) identificar razões para as diferenças entre o resultado e o fluxo de caixa líquido originado das atividades operacionais; e

d) identificar o efeito das transações de investimentos e financiamentos sobre a posição financeira.

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3.8.2 DEFINIÇÕES

3.8.2.1 Fluxos de caixa – são ingressos e saídas de caixa e equivalentes de caixa. 3.8.2.2 Caixa – representa moeda em caixa e depósitos à vista em conta bancária. 3.8.2.3 Equivalentes de caixa – são recursos que possuem as mesmas características

de liquidez de caixa e de disponibilidade imediata ou até 90 (noventa) dias e que estão sujeitos a insignificante risco de mudança de valor. Como equivalentes de caixa, devem ser consideradas as aplicações financeiras que atendam a essas condições.

3.8.2.4 Atividades operacionais – são as principais atividades geradoras de receita da entidade e outras atividades diferentes das de investimento e de financiamento. Podem ser exemplificadas pelo recebimento de vendas, pagamento de fornecedores por compra de materiais, pagamento de funcionários, etc.

3.8.2.5 Atividades de investimentos – são aquisição e venda de ativos de longo prazo e outros investimentos que representam gastos destinados a gerar receitas futuras e fluxos de caixa e que não estão incluídos nos equivalentes de caixa. Exemplos: desembolsos para aquisição de ativo imobilizado, intangível e outros ativos de longo prazo, recebimento pela venda de ativo imobilizado, aquisição ou venda de ações ou instrumentos de dívida de outras entidades. As atividades de investimentos não compreendem a aquisição de ativos com o objetivo de revenda.

3.8.2.6 Atividades de financiamentos – são atividades que resultam em mudanças no tamanho e na composição do patrimônio líquido e empréstimos a pagar da entidade, que representam exigências impostas a futuros fluxos de caixa pelos fornecedores de capital à entidade. Exemplos: numerário proveniente da emissão de ações ou instrumentos de capital, pagamento a investidores para adquirir ou resgatar ações da entidade, numerário proveniente da emissão de debêntures, tomada de empréstimo em curto e longo prazos, amortização de empréstimos e pagamento de arrendamento.

3.8.3 PROCEDIMENTOS PARA ELABORAÇÃO

3.8.3.1 A Demonstração do Fluxo de Caixa para determinado período deve apresentar o fluxo de caixa oriundo ou aplicado nas atividades operacionais, de investimentos e de financiamentos e o seu efeito líquido sobre os saldos de caixa, conciliando seus saldos no início e no final do período.

3.8.3.2 A Demonstração do Fluxo de Caixa pode ser elaborada pelos métodos direto ou indireto, sendo incentivada a elaboração pelo método direto.

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3.8.3.3 O método direto caracteriza-se por apresentar os componentes dos fluxos por seus valores brutos, ao menos para os itens mais significativos dos recebimentos e dos pagamentos.

3.8.3.4 No método direto, devem ser apresentados, no mínimo, os seguintes tipos de recebimentos e pagamentos relacionados a:

a) clientes;

b) juros, lucros e dividendos; c) fornecedores;

d) empregados e encargos sociais; e) tributos sobre operações; f) tributos sobre lucros.

3.8.3.5 O método indireto caracteriza-se por:

a) apresentar ajuste do lucro ou prejuízo líquido, pelos efeitos das transações que não envolvem caixa ou equivalente de caixa, tais como: depreciação, amortização, baixas de itens do ativo permanente, quaisquer diferimentos ou provisões de recebimentos ou pagamentos operacionais, passados ou futuros, e itens da receita ou despesa relativa a fluxos de caixa de atividades de investimento ou financiamento;

b) movimentação líquida das contas que influenciam os fluxos de caixa das atividades operacionais, tais como: estoques, contas a receber, tributos e contas a pagar;

c) movimentação líquida das contas que influenciam os fluxos de caixa das atividades de investimentos e de financiamentos.

3.8.3.6 A conciliação do resultado com o fluxo de caixa líquido das atividades operacionais deve ser demonstrada tanto pelo método direto como pelo método indireto. Todos os ajustes de conciliação entre o resultado e o caixa gerado pelas atividades operacionais devem ser, claramente, identificados como itens de conciliação.

3.8.3.7 Determinados recebimentos ou pagamentos de caixa podem ter características que se enquadrem tanto no fluxo de caixa das atividades operacionais, como nas atividades de financiamentos ou nas atividades de investimentos. Se for o caso, a classificação apropriada deve levar em

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consideração qual atividade é predominante na geração do fluxo de caixa. Por exemplo, as transações envolvendo imóveis, geralmente, são consideradas como atividades de investimentos. Todavia, se um imóvel é adquirido com o objetivo de revenda, o fluxo de caixa gerado por essa transação é considerado como operacional, por possuir a característica de estoques, como numa entidade do ramo imobiliário.

3.8.3.8 Informações sobre atividades de investimentos e de financiamentos que resultaram em reconhecimento de um ativo ou de um passivo, mas que não resultaram em pagamentos ou recebimentos de caixa, não devem ser incluídas na Demonstração do Fluxo de Caixa. Exemplo: aquisições de ativos por meio de um passivo de arrendamento e aquisição de uma investida via emissão de ações da empresa.

3.8.3.9 Apenas as transações que afetam o fluxo de caixa devem ser apresentadas na demonstração dos fluxos de caixa.

3.8.4. EXEMPLOS DE CLASSIFICAÇÃO DE ATIVIDADES

3.8.4.1. Devem-se classificar como oriundo de atividade operacional os recebimentos de:

a) venda de produtos e serviços;

b) lucros e dividendos de investimentos; c) indenização de companhias de seguro; d) restituição de tributos;

e) recuperação de despesas; f) receitas financeiras;

g) royalties, comissões e honorários.

3.8.4.2. Devem-se classificar como utilizado na atividade operacional os pagamentos de:

a) fornecedores de bens e serviços; b) empregados e encargos sociais; c) tributos.

3.8.4.3. Devem-se classificar como oriundo de atividades de investimentos os recebimentos por:

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a) venda de ativos permanentes; b) venda de ativos de longo prazo;

c) venda de ações ou participações societárias;

d) instrumentos financeiros derivativos relacionados a investimentos.

3.8.4.4. Devem-se classificar na atividade de investimentos os pagamentos efetuados para aquisição de ativo permanente.

3.8.4.5. Devem-se classificar como oriundo de atividades de financiamentos os recebimentos de:

a) integralização de capital;

b) colocação de títulos a longo prazo (debêntures e equivalentes); c) obtenção de empréstimos.

3.8.4.6. Devem-se classificar na atividade de financiamentos os pagamentos a:

a) acionistas ou cotistas por lucros, dividendos, juros sobre o capital próprio;

b) acionistas ou cotistas por reembolso de capital;

c) bancos e outras instituições financeiras em decorrência de empréstimos tomados.

3.8.5. DISPOSIÇÕES FINAIS

3.8.5.1 A Demonstração do Fluxo de Caixa deve ser apresentada de forma comparativa mediante a divulgação simultânea de informações do período atual e anterior.

3.8.5.2 A demonstração referida no item anterior, quando divulgada, deve ser efetuada como informação complementar às Demonstrações Contábeis, não se confundindo com notas explicativas.

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3.8.5.3 A Demonstração do Fluxo de Caixa deve ser objeto de revisão ou auditoria se a entidade possuir auditores independentes que revisem ou auditem suas Demonstrações Contábeis.

3.8.5.4. Nos Anexos I e II, encontram-se modelos de demonstração de fluxo de caixa, pelos métodos direto e indireto.

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ANEXO I – MODELO DO MÉTODO DIRETO COMPANHIA ABC

DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA Exercício findo em 31 de dezembro de 20XX

FLUXOS DE CAIXA ORIGINADOS DE: EM R$ 1

Atividades operacionais

Valores recebidos de clientes 30.150

Valores pagos a fornecedores e a empregados (27.600)

CAIXA GERADO PELAS OPERAÇÕES 2.550

Tributos pagos (1.170)

Fluxo de caixa antes de itens extraordinários 1.380 Recebimentos por indenização de seguros 80 Recebimentos de lucros e dividendos 60 Outros recebimentos (pagamentos) líquidos 40 CAIXA LÍQUIDO PROVENIENTE DAS ATIVIDADES

OPERACIONAIS

1.560 Atividades de investimentos:

Compras de imobilizado (350)

Aquisição de ações/cotas (550)

Recebimentos por vendas de ativos permanentes 220

Juros recebidos de empréstimos 200

CAIXA LÍQUIDO USADO NAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTOS

(480) Atividades de financiamentos:

Integralização de capital 250

Pagamentos de lucros e dividendos (1.200)

Empréstimos tomados 250

Pagamentos de empréstimos/debêntures (90) CAIXA LÍQUIDO GERADO PELAS ATIVIDADES DE

FINANCIAMENTOS

(790)

AUMENTO (REDUÇÃO) NAS DISPONIBILIDADES 290

DISPONIBILIDADES – NO INÍCIO DO PERÍODO 120

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ANEXO II - MODELO PELO MÉTODO INDIRETO

COMPANHIA ABC - DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA Exercício findo em 31 de dezembro de 20XX

FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS: EM R$ 1

Resultado do período 3.350

AJUSTES PARA CONCILIAR O RESULTADO ÀS DISPONIBILIDADES GERADAS PELAS ATIVIDADES OPERACIONAIS

Depreciação e amortização 450

Perda cambial 140

Renda de investimentos (600)

Despesas de juros 400

LUCRO OPERACIONAL BRUTO ANTES DAS MUDANÇAS NO CAPITAL DE GIRO

3.740 VARIAÇÕES NOS ATIVOS E PASSIVOS

(Aumento) Redução em contas a receber e outros (500)

(Aumento) Redução nos estoques 1.050

Aumento (Redução) em fornecedores (1000) Aumento (Redução) em contas a pagar e provisões (600) Aumento (Redução) no Imposto de Renda e Contribuição Social (140)

CAIXA PROVENIENTE DAS OPERAÇÕES 2.550

Juros pagos (270)

Impostos de Renda e Contribuição Social pagos (900)

FLUXO DE CAIXA ANTES DOS ITENS EXTRAORDINÁRIOS 1.380

Recebimento de indenização de seguro 180 CAIXA LÍQUIDO PROVENIENTE DAS ATIVIDADES

OPERACIONAIS

1.560 FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTOS

Compras de imobilizado (330)

Aquisição de subsidiária, menos liquido do caixa incluída na aquisição (550)

Juros recebidos 200

Dividendos recebidos 200

CAIXA LÍQUIDO USADO NAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTOS

480 FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTOS

Integralização de capital 250

Pagamentos de lucros e dividendos (1.200)

Empréstimos tomados 250

Pagamentos de obrigações por lease e empréstimos (90) CAIXA LÍQUIDO USADO NAS ATIVIDADES DE

FINANCIAMENTOS

(790)

AUMENTO (REDUÇÃO) NAS DISPONIBILIDADES 290

NO INÍCIO DO PERÍODO 120

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DIVULGAÇÕES ADICIONAIS PELO MÉTODO DIRETO OU INDIRETO A entidade deve divulgar, ainda, informações sobre a demonstração do fluxo de caixa referentes à conciliação do resultado do período com o valor das disponibilidades líquidas geradas ou aplicadas nas atividades operacionais, como exemplificado a seguir:

Resultado do período EM R$ 1

Ajustes para conciliar o resultado com o valor das disponibilidades geradas

(aplicadas) R$

Depreciação e amortização R$

Resultado na venda de ativo permanente R$

Equivalência patrimonial R$

Juros recebidos R$

Juros pagos (R$)

Variações nos ativos e passivos

(Aumento) Redução em contas a receber (R$)

(Aumento) Redução nos estoques R$

Aumento nas despesas antecipadas (R$)

Aumento (Redução) em fornecedores e contas a pagar (R$) Aumento (Redução) na provisão para créditos duvidosos R$ Aumento (Redução) em salários e encargos e pagar R$ Aumento (Redução) na provisão para contingências R$ ---

Total dos ajustes R$

---

Disponibilidades líquidas geradas pelas (aplicadas nas) atividades operacionais R$ ---

Referências

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