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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA CÍVEL, FAZENDAS PÚBLICAS, REGISTROS PÚBLICOS E AMBIENTAL DA COMARCA DE VALPARAÍSO DE GOIÁS/GO

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA CÍVEL, FAZENDAS PÚBLICAS, REGISTROS PÚBLICOS E AMBIENTAL DA COMARCA DE VALPARAÍSO DE GOIÁS/GO

O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO GOIÁS, pela Promotora de Justiça

que esta subscreve, no uso de suas atribuições legais, com fundamento nos artigos 129, inciso III, e 225 da Constituição da República, artigo 25, incisos IV, alínea "a", da Lei nº 8.625/93, artigo 46, inciso VI, “a”, da Lei Complementar Estadual nº 25/98, artigo 1º, inciso I, da Lei nº 7.347/85, e demais disposições pertinentes, vem perante V. Ex.ª propor a presente

AÇÃO CIVIL DE RESPONSABILIZAÇÃO POR ATO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

em face de

LÊDA BORGES DE MOURA, servidora pública estadual, a qual pode ser localizada na

Secretaria da Mulher, Desenvolvimento Social, Igualdade Racial, Desenvolvimento Humano e Trabalho, Avenida Universitária, nº 609, Setor Universitário, CEP 74.605-010, Goiânia – GO;

MARLI LUZINETE ANTÔNIO DE SOUZA, brasileira, advogada, residente e domiciliada na quadra 8, lote 14, Etapa “A”, CEP 72.876-024, Valparaíso de Goiás – GO;

THEET CONSTRUTORA LTDA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o n.

02.631.443/0001-06, com sede na Q AC 104, S/N, bloco “A”, lote 21, Santa Maria, Brasília – DF, CEP 72.504-101;

EMIL – EMPRESA IMOBILIÁRIA LTDA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ

sob o n. 00.540.054/0001-40, com sede na LOC SEUP/norte, número 504, bloco “C”, lote 8, loja 37, Asa Norte, Brasília – DF, CEP 70.310-500;

JAMAICA CONSTRUTORA LTDA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o

n. 00.589.127/0001-98, com sede no Condomínio Centro Comercial Tropical, quadra 7, S/N, bloco “B”, sala 111, Etapa “A”, Valparaíso I, Valparaíso de Goiás - GO, CEP 72.876-901, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.

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I – Da súmula dos fatos

Consoante se depreende das inclusas peças, tramitou nesta Promotoria de Justiça o Inquérito Civil Público (ICP) nº 201600280067, instaurado em 16/5/2012, mediante portaria nº 9/2012, com o propósito de apurar possíveis irregularidades no contrato n. 130/2009 e aditivo, entabulados entre o Município de Valparaíso de Goiás e a empresa THEET CONSTRUTORA LTDA, objetivando contratação de mão-de-obra especializada em usinagem e aplicação de massa pré-misturada à frio para recuperação do pavimento asfáltico (“tapa-buracos”) de diversas ruas do município.

Consta que o inquérito civil anexo foi deflagrado em razão de cópia do requerimento 64/2009, manejado a este órgão ministerial pela Câmara Municipal de Valparaíso de Goiás, o qual prestou-se a noticiar possíveis irregularidades no referido instrumento contratual.

Emerge dos elementos de convicção angariados no bojo do citado inquérito civil que o contrato 130/2009 foi celebrado por intermédio de dispensa de licitação lastreada no dispositivo legal prescrito no artigo 24, inciso IV, da Lei nº 8.666/93, permissivo que considera a existência de situação emergencial ou calamitosa como requisito autorizador para contratação direta - sem licitação - pela administração.

Ocorre que, na trilha do noticiado pelo requerimento 64/2009, compulsando ao procedimento administrativo de dispensa de licitação realizado, revelou-se a existência das seguintes irregularidades: i) não caracterização de situação emergencial ou calamitosa que justificasse a dispensa; ii) ausência de motivo para escolha do contratado; iii) conluio entre os fornecedores que apresentaram propostas; iv) celebração de aditivo com percentual além do limite legal.

No que tange à inaplicabilidade da dispensa de licitação, impende considerar que a deterioração do pavimento asfáltico é resultado natural do decurso do tempo, vertiginado, na espécie, pela má conservação das vias. Tratando-se, pois, a recuperação asfáltica de serviço de natureza periódica e não emergencial como reputado pelos administradores locais, fator que inequivocamente impede o reconhecimento de dispensa de licitação com fundamento do artigo 24, inciso IV, da Lei nº 8.666/93.

Além da contratação direta ter ocorrido fora das hipóteses legais, não foi apresentada qualquer justificativa sobre o porquê de se ter selecionado a empresa THEET CONSTRUTORA

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LTDA dentre tantas outras em atividade na região, o que viola o estatuído pelo artigo 26, inciso II, da Lei nº 8.666/93 e deixa transparecer a ausência de motivação idônea para a escolha.

Certo é que no intuito de agregar aparente legalidade ao objurgado procedimento administrativo de dispensa de licitação, a Administração Pública Municipal convidou, além da adjudicante THEET CONSTRUTORA LTDA, outras duas empresas para apresentarem proposta de preços, quais sejam, JAMAICA CONSTRUTORA LTDA e EMIL – EMPRESA IMOBILIÁRIA LTDA.

Sobre isso, os elementos produzidos nos autos do inquérito civil demonstram nitidamente que a participação de JAMAICA CONSTRUTORA LTDA e EMIL – EMPRESA IMOBILIÁRIA LTDA foi somente um ato arquitetado pelos envolvidos a fim de fraudar o procedimento licitatório em favor da empresa THEET CONSTRUTORA LTDA, o que pode ser facilmente constatado pela íntima relação existente entre os administradores dessas três únicas empresas participantes do procedimento.

Conforme fazem prova os documentos de fls. 332/351, 352/359 e 495/499 do ICP anexo, à época dos fatos, GILSON MAIA DE ASSIS (sócio majoritário de EMIL – EMPRESA IMOBILIÁRIA LTDA) convivia em união estável com MARIA CRISTINA SANTOS DE CARVALHO (administradora de THEET CONSTRUTORA LTDA – ME).

Outrossim, consta das fls. 361/365 e 495/499 do ICP anexo que MANOEL DOMINGOS NETO e HERTA MAIA DE ASSIS, sócios da empresa JAMAICA CONSTUTORA LTDA, são irmãos de GILSON MAIA DE ASSIS. Por força de procuração lavrada em 17/4/2007, foi outorgado a GILSON MAIA DE ASSIS amplos poderes para gerir administrar a empresa JAMAICA CONSTRUTORA LTDA (fl. 398).

Diante disso, percebe-se que o dever de licitar foi burlado por um procedimento de dispensa licitação realizado fora das hipóteses legais, do qual participaram apenas empresas cumpliciadas e administradas por pessoas de íntima relação (conviventes em união estável e irmãos).

Por fim, consta que o referido contrato foi aditado em 9 de março de 2009 para incluir ao objeto contratual diversas ruas do município a serem pavimentadas. Com isso, o valor do contrato, que primitivamente era de R$ 149.617,32, aumentou para R$ 286.031,65, representando um acréscimo de 91,309% em relação ao valor inicial, o que constitui outra irregularidade por violação ao percentual máximo de 25% estabelecido pela Lei de Licitações para acréscimo de serviços.

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Exposta a sinopse fática, salta aos olhos que o contrato 130/2009 e seu termo aditivo estão permeados de diversas irregularidades desencadeadas para viabilizar a contratação direta da empresa THEET CONSTRUTORA LTDA, à revelia da probidade administrativa.

II – Dos atos de improbidade

De acordo com o apurado em sede de inquérito civil, contribuíram para efetivação das ilegalidades atacadas na presente demanda as seguintes pessoas: LÊDA BORGES DE

MOURA (chefe de governo), MARLI LUZINETE ANTÔNIO DE SOUZA (consultora jurídica), THEET CONSTRUTORA LTDA (pessoa jurídica beneficiada), EMIL – EMPRESA IMOBILIÁRIA LTDA (pessoa jurídica envolvida) e JAMAICA CONSTRUTORA LTDA

(pessoa jurídica envolvida).

Deflui do inquérito anexo, notadamente dos documentos de fls. 103, 106/107, 134, 141, 143/147 e 176, que LÊDA BORGES DE MOURA, na condição de presentante do município, coadunou com as ilegalidades atacadas na presente demanda ao autorizar inapropriada dispensa de licitação e ao assinar o contrato nº 130/2009 e aditivo, tornando-se assim a agente responsável pela concretização da malfadada avença.

Não se pode olvidar que o procedimento administrativo em comento foi realizado de modo a preterir o dever de licitar, objetivando inadmissível contratação direta de pessoa jurídica previamente selecionada pelos envolvidos. Nesse particular, as condutas praticadas pela ex-gestora mostram-se em descompasso com o princípio republicano, fazendo o Estado retroagir cerca de cinco séculos, quando público e privado se confundiam.

Ademais, consubstancia outra irregularidade praticada pela ex-prefeita a assinatura do aditivo do contrato nº 130/2009, cujo qual, como já visto, suplantou o percentual máximo de 25% estabelecido pela Lei de Licitações para acréscimo de serviços:

Art. 65. Os contratos regidos por esta Lei poderão ser alterados, com as devidas justificativas, nos seguintes casos:

(...)

§ 1º O contratado fica obrigado a aceitar, nas mesmas condições contratuais, os acréscimos ou supressões que se fizerem nas obras, serviços ou compras, até 25% (vinte e cinco por cento) do valor inicial atualizado do contrato, e, no caso particular de reforma de edifício ou de equipamento, até o limite de 50% (cinqüenta por cento) para os seus acréscimos. § 2º Nenhum acréscimo ou supressão poderá exceder os limites estabelecidos no parágrafo anterior, salvo:

(...) (Grifou-se).

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Sobre o tema, o Tribunal de Contas da União também já decidiu determinando o não aumento no quantitativo do objeto superior aos 25% permitidos no art. 65, §§ 1º e 2º, da Lei nº 8.666/1993, Vejam-se:

É ilegal termo aditivo de contrato administrativo, firmado na vigência da Lei nº 8.666/93, o qual prevê acréscimo quantitativo com percentual acima de 25%, ainda que o contrato em questão tenha sido celebrado à época da vigência do Decreto nº 2.300/86. (TCU. Acórdão nº 966/2005. Plenário, Rel. Min. Benjamim Zymler, DOU de 28.07.2005) (Grifou-se)

Assim sendo, face à ausência de motivos idôneos que fundamentassem a contratação direta daquela empresa e pela celebração de aditivo com percentual além do limite legal, deve a ex-prefeita ser responsabilizada por violação aos princípios administrativos, seguindo a inteligência do artigo 11, caput da Lei 8.429/92:

Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, e notadamente:

Nesta senda, é certo que a contração de empresa pela administração pública sem a adoção de critérios mínimos para alcançar a melhor proposta, o fornecedor que atenda aos requisitos exigidos pela lei, e demais cautelas para preservação do numerário público caracterizou odiosa violação aos princípios da legalidade, impessoalidade e moralidade.

Não obstante, também figura-se de rigor a responsabilização de LÊDA BORGES DE MOURA pela ocorrência dano ao erário na modalidade presumida (in re ipsa), tendo em vista que “a indevida dispensa de licitação, por impedir que a administração pública contrate a melhor proposta, causa dano in re ipsa, descabendo exigir do autor da ação civil pública prova a respeito do tema” (STJ. 2ª Turma. REsp 817.921⁄SP, Rel. Min. Castro Meira, julgado em 27⁄11⁄2012).

Quanto ao dolo da ex-gestora, torna-se nítida sua vontade de violar os princípios administrativos e, por desdobramento, causar prejuízo ao erário municipal da análise dos seguintes elementos: i) inaplicabilidade inequívoca da hipótese de dispensa de licitação, uma vez que não foram preenchidos os pressupostos autorizadores do dispositivo invocado para fundamentar a contratação direta (artigo 24, inciso IV, da Lei de Licitações), sobretudo porque os serviços contratados não são urgentes ou emergenciais; ii) direcionamento da contratação, visto que somente foram convidadas a participar do procedimento de dispensa de licitação empresas conluiadas para efetivar o ilícito, o que revela o intento criminoso da envolvida; iii) larga

experiência administrativa da requerida, fato que joga por terra eventual arguição de

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suntuoso valor do aditivo contratual, que representou aumento de 91,309% em relação ao

contrato original, bem acima dos 25% permitidos pela legislação, isto é, a percepção da irregularidade não demanda complexo cálculo aritmético.

A corroborar a existência de dolo, confira-se o teor do seguinte julgado:

Todos estes elementos (dispensa indevida de licitação, direcionamento da contratação, carência de fundamentação e a experiência administrativa) revelam o dolo necessário para configuração da improbidade administrativa. Conforme brilhante voto do Ministro MAURO CAMPBELL, “No esforço de desenhar o elemento subjetivo da conduta, os aplicadores da Lei n. 8.429⁄92 podem e devem guardar atenção às circunstâncias objetivas do caso concreto, porque, sem qualquer sombra de dúvida, elas podem levar à caracterização do dolo, da má-fé. (…) Pontue-se, antes de finalizar, que a prova do móvel do agente pode se tornar impossível se se impuser que o dolo seja demonstrado de forma inafastável, extreme de dúvidas. Pelas limitações de tempo e de procedimento mesmo, inerentes ao Direito Processual, não é factível exigir do Ministério Público e da Magistratura uma demonstração cabal, definitiva, mais-que-contundente de dolo, porque isto seria impor ao Processo Civil algo que ele não pode alcançar: a verdade real. 14. Recurso Especial provido”. (STJ, RESP n.º 1.245.765, Proc. 2011/0040108-7; MG; Segunda Turma; Rel. Min. Mauro Campbell Marques; Julg. 28/06/2011, DJE 03/08/2011). (Grifou-se).

Eis aí a prova do dolo de LÊDA BORGES DE MOURA que se demonstra plasmada

nos elementos objetivos carreados aos autos.

Igualmente, devem responder pelos mesmos atos de improbidade administrativa imputados à ex-prefeita as pessoas jurídicas THEET CONSTRUTORA LTDA, EMIL – EMPRESA IMOBILIÁRIA LTDA e JAMAICA CONSTRUTORA LTDA, a primeira por se tratar de beneficiária direta da contratação ilícita e as demais por terem cooperado com a fraude do procedimento de dispensa, nos moldes preconizados pelo artigo 3º da Lei 8.429/72:

Art. 3° As disposições desta lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não sendo agente público, induza ou concorra para a prática do ato de improbidade ou dele se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta.

Tendo em vista que a responsabilidade de THEET CONSTRUTORA LTDA decorre do benefício financeiro auferido em virtude das irregularidades, o que é insofismável, não convém deter-se sobre tal análise, importando referir a respeito do papel desempenhado pelas outras duas empresas requeridas na efetivação dos ilícitos.

Nesse seguimento, verifica-se que a participação de EMIL – EMPRESA IMOBILIÁRIA LTDA e JAMAICA CONSTRUTORA LTDA consubstanciou artifício utilizado pelos envolvidos a fim fraudar o termo de referência do procedimento de dispensa de licitação, restringindo seu acesso apenas às empresas administradas pelo grupo, controlando os valores

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praticados e, diante da suposta participação de três empresas interessadas, agregando aparente legalidade ao esquema.

Não é demais ressaltar que todas as empresas participantes do procedimento em comento eram administradas por pessoas intimamente relacionadas, como já visto, conviventes em união estável e irmãos, manifestando evidente articulação para fraudar o procedimento.

Posto isso, cumpre demonstrar os atos ímprobos praticados pela consultora jurídica MARLI LUZINETE ANTÔNIO DE SOUZA, advogada contratada pelo município que atestou a contratação direta de THEET CONSTRUTORA LTDA em desacordo com as hipóteses previstas na Lei 8.666/93 (fls. 162/165- ICP).

Neste sentido, insta chamar atenção para o fato de que muitos gestores se servem de ambientes previamente elaborados para fuga de eventuais responsabilidades perante os órgãos de controle, no qual constituem um corpo de assessoria jurídica subserviente e despida de autonomia, cuja atividade principal é respaldar suas próprias pretensões - licitas ou não – para que, em caso de eventual ilícito, a orientação técnico-jurídica confeccionada pela assessoria mascare o dolo do gestor.

É comum que tal cenário ocorra em municípios em que a assessoria jurídica seja prestada por ocupantes de cargo em comissão ou por escritórios de advocacia contratados de forma direta, como é o caso de Valparaíso de Goiás. Por mais qualificados e probos que sejam os profissionais que exerçam tal labor, é evidente que lhes faltam a autonomia necessária para contrariar os interesses daquele os nomeiam/contratam.

Diante dessa situação fática, com vistas a expurgar lacunas que possibilitem evasão da justiça, a doutrina e a jurisprudência pátria têm sedimentado entendimento no sentido da possiblidade de responsabilização destes profissionais solidariamente com o gestor público, a exemplo do emblemático MS n.º 24.584-1 – DF julgado pela Suprema Corte, isto quando a lei vincula a atuação administrativa à manifestação favorável do parecerista, como ocorre no caso de dispensa de licitação no exato sentido do art. 38, parágrafo único, da Lei de Licitações.

De outro bordo, ainda que assim não fosse, a doutrina e a jurisprudência são firmes no sentido de permitirem a responsabilização nos casos de culpa grave do parecerista, consoante se depreende do julgado abaixo:

ADMINISTRATIVO - IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA - AGRAVO DE INSTRUMENTO - EMISSÃO DE PARECER - NATUREZA OPINATIVA - INEXISTÊNCIA DE CULPA GRAVE OU DOLO - PARECER DO PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO - AUSÊNCIA DE RESPONSABILIZAÇÃO DO PARECERISTA - AGRAVO DE INSTRUMENTO PROVIDO. 1. O agravante, na

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qualidade de Coordenador Jurídico da Superintendência da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA), emitiu parecer favorável à contratação, sem licitação, de especialista jurídico privado para subsidiar decisão administrativa, da dirigente da entidade, em sentido contrário à instauração de processo administrativo disciplinar, que apuraria irregularidades funcionais perpetradas pelo agravante e outros Procuradores Federais atuantes na SUFRAMA. 2. Conquanto os julgados do TCU não vinculem o Judiciário, observa-se que, in casu, que o Acórdão 801/2012 - Plenário foi proferido após detida análise de todos os elementos dos autos. 3. A prática de ato administrativo por agente público que tenha causado dano ao erário, ainda que fundamentado em parecer jurídico de consultoria jurídica, não gera como consequência necessária a responsabilidade do profissional da advocacia pública que subscreveu a peça jurídica. É imprescindível a existência de dolo (conluio com os agentes políticos) ou de culpa grave, revelando que o profissional agiu de má-fé ou foi grosseiramente equivocado ou desinteressado pelo estudo da causa ou do direito, a ponto de não conseguir se escusar do ato ilícito. 4. A função do Advogado Público (ou assessor jurídico) quando atua em órgão jurídico de consultoria da Administração é de, quando consultado, emitir uma peça (parecer) técnico-jurídica proporcional à realidade dos fatos, respaldada por embasamento legal, não podendo ser alçado à condição de administrador público, quando emana um pensamento jurídico razoável, construído em fatos reais e com o devido e necessário embasamento legal. 5. Agravo de instrumento a que se dá provimento. (TRF-1 - AG: 3263 AM 0003263-55.2012.4.01.0000, Relator: Desembargadora Federal Monica Sifuentes, Data De Julgamento: 18/12/2012, Terceira Turma, Data de Publicação: e-DJF1 p.577 de 08/03/2013)

No vertente caso, ainda que considerando a remota hipótese de atuação proba da assessora jurídica, é notória sua responsabilidade em razão de erro grosseiro ou desinteresse pelo estudo da causa que se evidencia do parecer elaborado.

Considerando que o direito não se trata de uma ciência exata, é perfeitamente aceitável a existência de entendimentos distintos sobre determinados aspectos, no entanto, o que se visualiza no parecer jurídico elaborado pela profissional requerida é uma verdadeira deturpação de importantes dispositivos trazidos pela Lei de Licitações.

Já é sabido que a contração direta ocorreu com fulcro em alegada hipótese de dispensa de licitação, também já foi demonstrado que inexistia situação emergencial ou calamitosa que autorizasse aplicação do dispositivo invocado por se tratarem os serviços pretendidos de natureza periódica. Deste modo, autorizar o seguimento do procedimento diante da carência dos requisitos legais significa inverter os preceitos estampados na Lei de Licitações, pelos quais a regra é a realização de licitação, sendo a contratação direta uma exceção, ou seja, um evento episódico que deve ser fundado em elementos robustos.

É de se estranhar que, ainda assim, a parecerista tenha reconhecido hipótese de inexigibilidade de licitação.

De todo modo, mesmo que acreditando na atuação proba da advogada parecerista, está sobejamente demonstrada a culpa grave da agente ou desinteresse no estudo da causa revelado

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pelo teratológico reconhecimento de hipótese de dispensa de licitação frente ao não preenchimento dos requisitos autorizadores.

Verifica-se, portanto, que todos os requeridos contribuíram para a contratação ilegal, cuja qual, além de vilipendiar os princípios que regem a Administração Pública, encerrou dano ao erário na modalidade presumida.

Gizadas essas razões, resta patente a responsabilidade de todos os demandados pelos atos de improbidade administrativa tipificados no art. 10, caput, e art. 11, caput, ambos da Lei n. 8.429/92.

III – Das penalidades

Como preceito punitivo à prática de ato de improbidade administrativa, assim dispõe o artigo 12 da Lei n.º 8.429/92:

Art. 12. Independentemente das sanções penais, civis e administrativas previstas na legislação específica, está o responsável pelo ato de improbidade sujeito às seguintes cominações, que podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato:

(...)

II - na hipótese do art. 10, ressarcimento integral do dano, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, se concorrer esta circunstância, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de cinco a oito anos, pagamento de multa civil de até duas vezes o valor do dano e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de cinco anos;

III - na hipótese do art. 11, ressarcimento integral do dano, se houver, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de três a cinco anos, pagamento de multa civil de até cem vezes o valor da remuneração percebida pelo agente e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de três anos.

Parágrafo único. Na fixação das penas previstas nesta lei o juiz levará em conta a extensão do dano causado, assim como o proveito patrimonial obtido pelo agente.

Dada a ocorrência das condutas dos requeridos, as quais se mostram eficientes para burlar o procedimento de dispensa de licitação, violar aos princípios que regem a Administração Públicas e, por conseguinte, provocar dano ao erário, estes estão sujeitos às sanções acima transcritas.

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IV – Do pedido cautelar de indisponibilidade patrimonial

Da análise do arcabouço probatório trazido com esta exordial, isto é, em sede de cognição não exauriente, vislumbram-se presentes os pressupostos que rendem azo ao deferimento da medida cautelar de indisponibilidade patrimonial. Para a concessão da cautelar de indisponibilidade patrimonial, basta existir a plausibilidade de êxito na demanda, tendo em mira que o perigo da demora é presumido por lei. No caso em foco, o Ministério Público trouxe elementos probatórios contundentes da prática de ato de improbidade administrativa que causou prejuízo ao erário no valor total de R$ 286.031,65 (duzentos e oitenta e seis mil trinta e um reais e sessenta e cinco centavos) - valor do contrato após aditivo - e redundou na violação dos princípios basilares do regime jurídico administrativo.

Para assegurar o resultado prático do processo é imprescindível a decretação da indisponibilidade de bens, uma vez que o arcabouço probatório carreado aos autos revela a prática de ato de improbidade que causou grave lesão material ao erário do Município de Valparaíso de Goiás, face a celebração irregular do contrato e do respectivo aditivo contratual.

Consoante preconiza o artigo 5º da Lei de Improbidade, “ocorrendo lesão ao

patrimônio público por ação ou omissão, dolosa ou culposa, do agente ou de terceiro, dar-se-á o integral ressarcimento do dano”. Em seguida, preceitua o artigo 7º, caput, do mesmo diploma

legal, que “quando o ato de improbidade causar lesão ao patrimônio público, ou ensejar

enriquecimento ilícito, caberá a autoridade administrativa responsável pelo inquérito representar ao Ministério Público, para a indisponibilidade dos bens do indiciado”. O parágrafo único do artigo 7º, por sua vez, reza que a indisponibilidade “recairá sobre bens que assegurem o integral ressarcimento do dano, ou sobre o acréscimo patrimonial resultante do enriquecimento ilícito”.

No caso concreto, as provas carreadas aos autos indicam claramente que houve a celebração irregular de contrato mediante dispensa de licitação sem subsunção ao permissivo legal, autorizando a adoção da medida cautelar de indisponibilidade de bens.

Urge consignar que o requisito do perigo da demora decorre do fato dos envolvidos terem causado dano ao erário, pois o preceito normativo plasmado no art. 7º da Lei de Improbidade determina que a indisponibilidade dos bens ocorrerá quando se apresentar lesão ao patrimônio público por ação ou omissão dolosa ou culposa, do agente ou de terceiro, devendo recair a

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indisponibilidade sobre bens que assegurem o integral ressarcimento do dano, ou sobre o acréscimo patrimonial resultante do enriquecimento ilícito.

Destarte, em razão da redação legal, é lícito dizer que o perigo da demora é presumido pelo legislador, está ínsito no art. 7º, pois decorre simplesmente do ato que lesou o erário. Nesse diapasão é a orientação pretoriana consolidada do Superior Tribunal de Justiça:

EMENTA: (...)5. No que se refere à indisponibilidade de bens do recorrido, importante pontuar que a origem manteve o indeferimento inicial do pedido ao entendimento de que não havia prova de dilapidação patrimonial, bem como pela não-especificação dos bens sobre os quais recairia a medida cautelar (fl. 163, e-STJ). Esta conclusão merece reversão. 6. É que é pacífico nesta Corte Superior entendimento segundo o qual o periculum in mora em casos de indisponibilidade patrimonial por imputação de conduta ímproba lesiva ao erário é implícito ao comando normativo do art. 7º da Lei n. 8.429/92, ficando limitado o deferimento desta medida acautelatória à verificação da verossimilhança das alegações formuladas na inicial. Precedentes.1STJ, Segunda Turma, REsp. n.º 967.841/PA, Rel. Min, Mauro Campbell Marques, DJ de 08/10/2010.

EMENTA: (…) Admite-se a indisponibilidade dos bens em caso de forte prova indiciária de responsabilidade dos réus na consecução do ato ímprobo que cause enriquecimento ilícito ou dano ao Erário, estando o periculum in mora implícito no próprio comando legal. Precedentes do STJ. (...)2STJ, Segunda Turma, REsp. n.º 1.177.290/MT, Rel. Min. Herman Benjamim, DJ de 01/07/2010.

EMENTA: (…) 2. O requisito cautelar do periculum in mora está implícito no próprio comando legal, que prevê a medida de bloqueio de bens, uma vez que visa a 'assegurar o integral ressarcimento do dano'. 3. A demonstração, em tese, do dano ao Erário e/ou do enriquecimento ilícito do agente, caracteriza o fumus boni iuris. STJ, Segunda Turma, REsp. n.º 1.098.824/SC, Rel. Min. Eliana Calmon, DJ de 23/06/2009.

Insta ressaltar que o deferimento da cautelar de indisponibilidade não depende de prévia notificação dos requeridos, conforme entendimento judicial consagrado: TJMG: “(...) Na ação civil pública por ato de improbidade administrativa, a decisão concessiva de liminar restritiva da disponibilidade de bem imóvel não se condiciona à prévia notificação do demandado, prevista no art. 17, § 7º, da Lei nº 8.429/92.” (Agravo nº 1.0481.05.045140-2/001, 3ª Câmara Cível do TJMG, Patrocínio, Rel. Maciel Pereira. j. 30.03.2006, unânime, publ. 26.04.2006).

A indisponibilidade deve recair sobre patrimônio suficiente para ressarcir o erário e garantir o pagamento das multas civis decorrentes do sancionamento da improbidade. Neste sentido: STJ: “PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. LIA. INDISPONIBILIDADE DE BENS. MULTA CIVIL. INCLUSÃO. 1. Considerando-se que a multa civil integra o valor da condenação a ser imposta ao agente ímprobo, a decretação da indisponibilidade de bens deve abrangê-la, já que essa medida cautelar tem por objetivo assegurar futura execução da sentença condenatória proferida na ação civil por improbidade administrativa. 2. Ainda que não haja previsão literal no art. 7º da Lei nº 8.429/92 para a decretação da indisponibilidade de bens em relação à multa civil, o magistrado tem a faculdade de determinar a efetivação da medida com base no poder geral de cautela consubstanciado nos artigos 797 e 798, do Código de Processo Civil. (…).” (STJ, RESP n.º 1.023.182/SC, 2ª T, Rel. Ministro Castro Meira, j. 23.09.2008, DJe 23.10.2008).

(12)

____________________________________________________________________________________________________

No caso em tela, os réus devem, solidariamente, ressarcir aos cofres públicos do Estado de Goiás pelo dano ao erário causado, sendo ainda cada um dos requeridos responsável ao pagamento da multa civil prevista no artigo 12, inciso II da Lei 8.429/92, pelo que o Ministério Público passa a dimensionar os valores da indisponibilidade1:

Considerando que: a.1) o valor do Dano Ao Erário foi [R$ 286.031,65] corrigido monetariamente, acrescido de juros de 1% a.m = R$ 962.792,72; a.2) o artigo 12, II, comina multa civil de até duas vezes o valor do dano, ou seja, R$ 286.031,65 apenas com correção monetária a partir do termo inicial da irregularidade que se deu em 9/3/2009: 476.630,12 X 2 = R$ 953.260,12;

a.3) a data do termo inicial da irregularidade foi o dia da celebração do aditivo contratual: 9/3/2009; a.4) o valor da indisponibilidade que em tese pode se pleitear consistirá no somatório atualizado do

valor do dano ao erário (com correção monetária e juros da mora) e do dano ao erário multiplicado por dois (com correção monetária); a.5) o valor da indisponibilidade para cada requerido deve

ser de R$ 1.916.052,84 (um milhão novecentos e dezesseis mil e cinquenta e dois reais e oitenta e quatro centavos)2.

Tecidas estas considerações, requer o Ministério Público o deferimento da medida cautelar de indisponibilidade patrimonial, sem oitiva dos requeridos, ordenando o bloqueio de valores em contas e aplicações financeiras (através do BACENJUD), a anotação nos registros de imóveis (através da Corregedoria-Geral do TJGO e de requisição direta ao CRI de Valparaíso de Goiás, Goiânia e Brasília - DF), de veículos (através do RENAJUD) e de semoventes (através da AGRODEFESA – proibição de alienação e transporte) existentes em nome das rés até os limites

indicados, de modo a garantir o ressarcimento integral dos danos materiais que causaram ao

patrimônio público e assegurar o cumprimento das sanções pecuniárias decorrentes da improbidade, nos termos do art. 7º da Lei nº 8.429/92.

V – Dos Pedidos

Por todo o exposto, requer o Ministério Público que Vossa Excelência se digne a: a) seja a presente autuada e processada na forma e no rito preconizado no art. 17 da Lei nº 8.429/92, pleiteando desde já a juntada dos documentos que acompanham a presente, notadamente o Inquérito Civil Público nº 201600280067;

1 Cálculos realizados de acordo com o Manual de Cálculos do MPF: Combate à Corrupção e Tutela do Patrimônio

Público.

(13)

____________________________________________________________________________________________________

b) seja dispensado o pagamento de custas, emolumentos e outros encargos, desde logo, à vista do disposto no artigo 18 da Lei nº 7.347/85, aplicado subsidiariamente;

c) sejam as intimações do autor feitas pessoalmente, nos termos do artigo 180 do Código de Processo Civil, e do art. 41, inciso IV, da Lei nº 8.625/93;

d) seja o Município de Valparaíso de Goiás, intimado para, querendo, integrar a lide na qualidade de litisconsorte, devendo suprir as omissões e falhas da inicial e apresentar ou indicar os meios de prova de que disponha (artigo 17, § 3º, da Lei nº 8.429/92);

e) seja determinada a notificação dos requeridos para, querendo, oferecerem manifestação por escrito, que poderá ser instruída com documentos e justificações, dentro do prazo de quinze dias, na forma prevista no § 7º do artigo 17 da Lei 8.429/92;

f) seja recebida a petição inicial, determinando-se a citação dos requeridos, já qualificados na exordial, para, querendo, contestarem o presente pedido, sob pena de confissão e revelia, permitindo-se ao Oficial de Justiça utilizar-se da exceção prevista no art. 238 e ss. do Código de Processo Civil;

g) seja feito o julgamento antecipado da lide, já que a prova documental é mais que suficiente para deslinde da questão, sendo desnecessária, via de consequência, a produção de prova oral em audiência de instrução e julgamento (art. 355, do CPC);

h) ao fim, observadas as garantias constitucionais e legais, sejam confirmadas as

medidas liminares e sejam julgados procedentes todos os pedidos, condenando-se os requeridos LÊDA BORGES DE MOURA, MARLI LUZINETE ANTÔNIO DE SOUZA, THEET CONSTRUTORA LTDA, EMIL – EMPRESA IMOBILIÁRIA LTDA e JAMAICA CONSTRUTORA LTDA nas sanções civis previstas no art. 12, incisos II e III da Lei nº 8.429/92;

i) após o trânsito em julgado da sentença, sejam expedidos ofícios ao Tribunal Regional Eleitoral e ao Tribunal Superior Eleitoral, para o fim previsto no artigo 20 da Lei nº 8.429/92;

j) sejam os requeridos condenados ao pagamento das custas e demais despesas processuais;

k) por fim, que seja determinada a tramitação prioritária da ação civil pública, fundada no princípio da máxima prioridade da tutela jurisdicional coletiva3, tendo em vista que a

3“Portanto, sempre existirá interesse social na tutela jurisdicional coletiva, razão pela qual, valendo-se da regra interpretativa do sopesamento,

conclui-se que os processos coletivos devem ser analisados com a máxima prioridade, até porque o interesse social prevalece sobre o individual. O

princípio da máxima prioridade da tutela jurisdicional coletiva é consequência dessa supremacia do interesse social sobre o individual, e também decorre do artigo 5°, §1°, da CF, que determina a aplicabilidade imediata das normas definidoras de direitos e garantias

(14)

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presente demanda tutela interesses públicos difusos e coletivos.

Caso não seja atendido o pedido constante da alínea “g” supra, o que se admite apenas ad argumentandum, protesta também pela produção de prova oral, através do depoimento pessoal dos requeridos e de testemunhas que serão oportunamente arroladas.

Dá-se à presente causa o valor de 1.916.052,84 (um milhão novecentos e dezesseis

mil e cinquenta e dois reais e oitenta e quatro centavos)4.

Nesses termos, pede deferimento.

Valparaíso de Goiás, 18 de agosto de 2017.

Oriane Graciani de Souza Promotora de Justiça

fundamentais. O Poder Judiciário, assim como os operadores do direito, deve atuar para priorizar a tramitação e o julgamento do processo coletivo.” (GREGÓRIO ASSAGRA DE ALMEIDA, na obra “Direito Processual Coletivo Brasileiro”, SP: Saraiva, 2003).

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