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Consolidação das contribuições encaminhadas

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Consolidação das contribuições encaminhadas

RESPONDENTE ITEM PROPOSTA JUSTIFICATIVA/ COMENTÁRIO

Dirceu Bartolomeu Greco - Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais

Ementa Altera a Resolução - RDC nº 45, de 23 de junho de 2008, que dispõe sobre o procedimento

administrativo relativo à prévia anuência da Anvisa para a concessão de patentes para produtos e processos farmacêuticos.

A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, no uso da atribuição que lhe confere o inciso IV do art. 11 do Regulamento aprovado pelo Decreto nº 3.029, de 16 de abril de 1999, e tendo em vista o disposto no inciso II e nos §§ 1º e 3º do art. 54 do Regimento Interno aprovado nos termos do Anexo I da Portaria nº- 354 da ANVISA, de 11 de agosto de 2006, republicada no DOU de 21 de agosto de 2006, em reunião realizada em 11 de outubro de 2012, e considerando o relatório final apresentado pelo Grupo de

Trabalho Interministerial constituído pela Portaria Interministerial nº 1.956/MS/MDIC/AGU, de 16 de agosto de 2011, e publicado pela Portaria Interministerial nº 1.065, de 24 de maio de 2012 , adota a seguinte Resolução de

Diretoria Colegiada e eu, Diretor-Presidente, determino a sua publicação:

O propósito é deixar mais clara a relação desta RDC com o relatório do GTI

RESPONDENTE ITEM PROPOSTA JUSTIFICATIVA/ COMENTÁRIO

ANTONIO CARLOS DUARTE COELHO

Art. 2°, I I - prévia anuência: ato deliberativo da Anvisa expedido com vistas ao atendimento do art. 229-C da Lei no 9.279, de 1996, no qual a Agência verifica se o objeto do pedido de patente ou modelo de utilidade nacional ou internacional é contrário à saúde pública.

É preciso deixar bem explícito que tal exigência também será feita quando se tratar tanto do pedido de privilégio de patente nacional e ou internacional. Além disso, uma patente pode não ser contrário à saúde pública mas seu modelo de utilidade por vir a sê-lo.

Associação Brasileira Interdisciplinar de Aids

Art. 2°, I I - prévia anuência: ato deliberativo da Anvisa expedido com vistas ao atendimento do art. 229-C da Lei no 9.279, de 1996, no qual a Agência verifica se o objeto do pedido é contrário à saúde pública.

Vide comentários na aba "GERAL".

Câmara Americana de Comércio - Amcham Brasil - Davi Uemoto da Silva

Art. 2° Art. 2° - Falta de clareza na definição de risco à saúde: Melhor definição de "risco a saúde".

No artigo 2º, inciso I, não há definição objetiva do que seja risco à saúde pública, o que pode implicar na dificuldade de correlação deste com a questão de patenteabilidade, gerando, por conseguinte, insegurança jurídica e margem para ampla interpretação do conceito. Destaca-se a

impossibilidade da Agência em avaliar o risco à saúde pública baseado em patente de molécula, não sabendo se esta resultará ou não em medicamento ou produto farmacêutico.

Dirceu Bartolomeu Greco - Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais

Art. 2°, I I - prévia anuência: ato deliberativo da Anvisa expedido com vistas ao atendimento do art. 229-C da Lei no 9.279, de 1996, no qual a Agência examina o objeto do pedido de

patente à luz da saúde pública;

A proposta de redação é no sentido de adequar a redação do artigo à linguagem do relatório do GTI.

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EMS S/A Art. 2°, I I - prévia anuência: ato deliberativo da Anvisa expedido com vistas ao atendimento do art. 229-C da Lei no 9.279, de 1996, no qual a Agência verifica se o objeto do pedido de patente é contrário à saúde pública;

A EMS considera que atribuição da ANVISA na análise dos critérios de patenteabilidade está prevista em lei e deve ser feita juntamente com o INPI. O trabalho em conjunto entre o INPI e a ANVISA é imprescindível para garantir a proteção da saúde e do desenvolvimento econômico e tecnológico do país, além de contribuir para a redução do custo dos medicamentos no Brasil.

Fabiano de Bem da Rocha - Associação Brasileira dos Agentes da Propriedade Industrial - ABAPI

Art. 2°, I I - prévia anuência: ato deliberativo da Anvisa expedido com vistas ao atendimento do art. 229-C da Lei no 9.279, de 1996, devendo a Agência atuar em conformidade com

suas atribuições institucionais estabelecidas no art. 6° da Lei 9.782 de 26 de janeiro de 1999, ou seja, impedir por meio do controle sanitário a produção e a

comercialização e serviços potencialmente nocivos à saúde humana;

Substituir o trecho “no qual a Agência verifica se o objeto do pedido de patente é contrário à saúde pública” pela delimitação das atribuições da ANVISA conforme redação do parecer da AGU 210/PGF/EA/2009, item (b) das “Conclusões” (página 13): “devendo a Agência atuar em conformidade com suas atribuições institucionais estabelecidas no art. 6° da Lei 9.782 de 26 de janeiro de 1999, ou seja, impedir por meio do controle sanitário a produção e a comercialização e serviços potencialmente nocivos à saúde humana”.Conforme decisão da AGU no parecer n° 210/PGF/EA/2009, ratificada no parecer n° 337/PGF/EA/2010, não é atribuição da ANVISA promover exame (avaliação/reavaliação) dos critérios técnicos de

patenteabilidade (novidade, atividade inventiva e aplicação industrial), bem como de suficiência descritiva, quando da atuação para a anuência prévia (art. 229-C da Lei 9.279/96, acrescido pela Medida Provisória n° 2006 de 15.12.1999, convertida posteriormente na Lei n° 10.196, de 2001), pois é uma atribuição própria do INPI, conforme estabelecido na própria lei (art. 2° da Lei n° 5.648/70).

Gabriel F. Leonardos - OAB / RJ Art. 2°, I I - prévia anuência: ato deliberativo da Anvisa expedido com vistas ao atendimento do art. 229-C da Lei no 9.279, de 1996, no qual a Agência verifica, dentro do bojo de sua

atribuições institucionais elencadas no artigo 7°, da Lei nº 9.782, de 26 de janeiro de 1999, se o objeto do pedido de patente é contrário à saúde pública, nos termos do artigo 18, inciso I, da Lei 9.279/96

... No relatório final do GTI, chegou-se ao mesmo entendimento firmado pela AGU em seus pareceres de 2009 e 2010. Ou seja, a ANVISA “... deve analisar a concessão da anuência prévia considerando o conjunto de suas

competências institucionais para avaliar de modo conclusivo a anuência (ou não anuência) dos pedidos de patente na área farmacêutica...”

Contudo, a ANVISA publicou no DOU, de 17 de outubro de 2012, consulta pública para a proposta de alteração da Resolução RDC nº 45, por meio da qual ignora os pareceres da AGU e o relatório do GTI para alterar diversos artigos da referida Resolução, de modo a permitir o exame de

patenteabilidade dos pedidos de patentes que envolvam produtos ou processos farmacêuticos “... de interesse para as políticas de acesso a medicamentos e de assistência no âmbito do SUS...”...

Julia da Silva Costa - CRF-RJ

Art. 2°, III e IV

Sugestão de correção da numeração dos incisos.

Corrigir numeração. Entende-se que a CP 66/2012 mantém as definições presentes na RDC 45/2008, Art 2º, itens II, III.

(3)

Licks Advogados

Art. 2°, I I - prévia anuência: ato deliberativo da ANVISA, expedido com vistas ao atendimento do art. 229-C da Lei no 9.279, de 1996, no qual a Agência verifica se a totalidade do objeto reivindicado em um pedido de patente é contrário à saúde pública, nos termos

do art. 18, I, da LPI

A alteração esclarece que a verificação do risco à saúde pública recai sobre o objeto reivindicado como um todo, não se limitando a eventuais produtos farmacêuticos abrangidos. A análise quanto à eficácia e segurança de determinado produto específico deve ser feita pela ANVISA apenas no momento da análise do pedido de registro sanitário, nos termos do art. 16 da Lei 6.360/76 e não durante o procedimento de anuência prévia para a concessão de patentes de produtos ou processos farmacêuticos, previsto no art. 229-C da Lei 9.279/96 (LPI). Neste sentido são as decisões do Poder Judiciário Federal nos seguintes recursos AI nº 2009.01.00.072096-2, AI nº 0008073-10.2011.4.01.0000, AI nº 70304-44.2009.4.01.0000/DF e MS nº 364288320094013400.

Reginaldo Braga Arcuri - GRUPO FARMABRASIL

Art. 2°, III e IV

Sugestão de correção da numeração dos incisos. Correção de remissões

Conselho Regional de Farmácia / RJ (Via postal)

Art. 2°, III e IV

Sugestão de correção da numeração dos incisos.

Corrigir numeração. Entende-se que a CP 66/2012 mantém as definições presentes na RDC 45/2008, Art 2º, itens II, III.

Pró-genéricos (via postal)

Art. 2°, III e IV

Sugestão de correção da numeração dos incisos.

RESPONDENTE ITEM PROPOSTA JUSTIFICATIVA/ COMENTÁRIO

ABIFINA - Diva Barrio Arrepia

Art. 4°, caput Art. 4° Após recebimento dos pedidos de patente encaminhados pelo INPI, a Anvisa analisará se tais pedidos são contrários à saúde pública, mediante decisão

consubstanciada em parecer técnico emitido e tornado público pela unidade organizacional competente no âmbito da Agência.

A inclusão da expressão “e tornado público” permitirá que terceiros interessados possam tomar conhecimento da decisão proferida pela Anvisa, inclusive

aquelas ainda em fase de recurso. Art. 4°, §1º, I A Anvisa deverá definir e elencar os critérios para classificar o produto ou

processo farmacêutico contido no pedido de patente como sendo de risco à saúde.

Necessidade de definição do que seja “apresentar risco à saúde”. Art. 4°, §1º, II II - O pedido de patente de produto ou o processo farmacêutico for de interesse para

as políticas de acesso a medicamentos e/ou de assistência farmacêutica no âmbito do SUS e não atender aos requisitos de patenteabilidade e demais critérios estabelecidos pela Lei nº. 9.279, de 1996.

Pode acontecer uma situação ou outra.

Art. 4°, §1º, II A Anvisa deverá definir e elencar os critérios para classificar o produto ou processo farmacêutico contido no pedido de patente como sendo ou não de interesse para as políticas de acesso a medicamentos e/ou assistência farmacêutica no âmbito do SUS.

Necessidade de definição do que é ou não de interesse para as políticas de acesso a medicamentos e/ou assistência farmacêutica no âmbito do SUS.

(4)

Art. 4°, §3º (inclusão de

novo parágrafo)

§ 3° – O exame de prévia anuência seguirá o seguinte fluxo processual:

I – Após o recebimento do pedido de patente de produto ou processo farmacêutico enviado pelo INPI, a Anvisa analisará se o produto ou processo farmacêutico apresenta ou não risco à saúde;

II – Caso apresente risco à saúde o pedido não será anuído pela Anvisa e será encaminhado para o INPI para publicação do arquivamento definitivo;

III – Caso não apresente risco à saúde, o pedido será avaliado quanto ao interesse para as políticas de acesso a medicamentos e/ou assistência farmacêutica no âmbito do SUS; IV – O pedido de patente de produto ou processo farmacêutico que não interessar

para as políticas de acesso a medicamentos e/ou assistência farmacêutica no âmbito do SUS será anuído e retornará ao INPI para análise de mérito;

V – O pedido de patente de produto ou processo farmacêutico que interessar para as políticas de acesso a medicamentos e/ou assistência farmacêutica no âmbito do SUS será avaliado pela Anvisa, quanto aos requisitos de patenteabilidade e demais critérios estabelecidos pela Lei nº 9.279, de 1996;

VI – O pedido analisado pela Anvisa que não atender aos requisitos de

patenteabilidade e demais critérios estabelecidos pela Lei nº 9.279, de 1996, não será anuído e retornará ao INPI para arquivamento definitivo;

VII – O pedido analisado pela Anvisa que atender aos requisitos de patenteabilidade e demais critérios estabelecidos pela Lei nº 9.279, de 1996, será anuído e retornará ao INPI para análise de mérito.

Art. 4°, §3º §3º O requerente deverá apresentar à Anvisa, sempre que solicitado, por meio de exigência, todos os documentos necessários para esclarecer dúvidas surgidas durante o exame e estes poderão ser acessados por terceiros interessados.

Para maior transparência na condução dos processos.

Art. 4°, §4º §4º Até o final da análise de que trata esta Resolução, incluindo sua fase recursal, será facultada a apresentação, pelos requerentes ou terceiros interessados, de

documentos e informações que subsidiem o exame da Anvisa. (NR)

Para esgotar todas as possibilidades de contribuições ao exame.

Associação Brasileira Interdisciplinar de Aids

Art. 4°, §1º §1º: Considera-se que o pedido de patente será contrário à saúde pública quando

ocorrer qualquer uma das situações abaixo, isolada ou cumulativamente:

Vide comentários na aba GERAL.

Art. 4°, §1º, II II - O pedido de patente de produto ou o processo farmacêutico for de interesse para as políticas de acesso a medicamentos e de assistência farmacêutica no âmbito do SUS e não atender aos requisitos de patenteabilidade e demais critérios estabelecidos pela Lei nº. 9.279, de 1996.

Vide comentários na aba GERAL.

Art. 4°, §4º §4º Até o final da análise de que trata esta Resolução, será facultada a apresentação, pelos interessados, de documentos e informações que subsidiem o exame da Anvisa. Os nomes dos interessados que apresentarem documentos e informações (pessoas físicas e jurídicas) serão publicados no Diário Oficial da União.

(5)

Câmara Americana de Comércio - Amcham Brasil -

Davi Uemoto da Silva

Art. 4°, caput Exclusão do artigo 4º e retorno da redação original do artigo 6º (sic). A inversão da ordem das análises entre ANVISA e INPI transfere o backlog do INPI para a agência, além da questão de patenteabilidade fugir do seu escopo de atuação. Ademais, o número de funcionários da ANVISA é muito menor do que o do INPI, o que poderia atrasar ainda mais os trabalhos.

Art. 4°, caput Na Resolução não está definida a Unidade Organizacional responsável pela análise de patenteabilidade: Caso o artigo 4º não seja excluído, torna-se indispensável a melhor definição de qual é a unidade organizacional responsável pela decisão

consubstanciada, bem como o conhecimento desta em matéria de patentes.

A indefinição é percebida na apresentação, no artigo 4º, do corpo técnico da agência incumbido de emitir parecer técnico relativo à anuência.

Art. 4º, § 1º, inciso II

Favorecimento aos medicamentos do SUS causa desequilíbrio de mercado: Eliminar o inciso II do artigo 4º.

O inciso II do artigo 4º deve ser excluído, uma vez que é contrário à isonomia de mercado e pode resultar em favorecimentos e inibição de futuros investimentos. Ademais, a decisão extrapola o escopo de atuação da Agência.

Art. 4º, § 2º Definição critérios de análise: As diretrizes normativas já poderiam estar expostas para consulta ou, na impossibilidade, deveria haver nova consulta pública para

determinação dos critérios.

A afirmação de que os critérios de análise para o exame de prévia anuência serão detalhados em ato normativo próprio, conforme exposta no artigo 4º § 2º, é entendida como falta de transparência desta nobre agência.

Art. 4º, § 3º Documentos Necessários: Manter o texto original e não o sugerido, onde a apresentação dos documentos referentes à segurança sanitária seja apresentada quando de fato for debatida a questão da saúde pública.

A definição de “todos” é muito ampla e retoma a dificuldade de se estabelecer uma correlação direta entre o risco à saúde pública e patenteabilidade.

Dirceu Bartolomeu Greco - Departamento de DST, AIDS e

Hepatites Virais

Art. 4º, § 1º, inciso I

O produto ou o processo farmacêutico nele contido apresentar risco potencial à saúde;

A proposta é devido ao fato do risco real dificilmente poder ser verificado, bem como para ampliar o escopo

da análise. Art. 4º, § 1º,

inciso II

Não atender os requisitos de patenteabilidade e demais critérios estabelecidos pela Lei nº. 9.279 de 1996, ferindo os princípios que regem as políticas de acesso a medicamentos e de assistência farmacêutica no âmbito do SUS;

A proposta é devido ao fato do termo "interesse" eventualmente limitar a interpretação sobre quais pedidos

cabe a análise dos requisitos de patenteabilidade. Isto, pois existem portarias que definem os medicamentos de interesse/estratégicos para as políticas do SUS. Nesses casos, também, tende a existir um lapso grande de tempo entre a entrada do pedido e a incorporação ou inclusão do medicamento na lista de produtos de

interesse/estratégicos/etc. Art. 4º, § 3º O requerente deverá apresentar à Anvisa, sempre que solicitado, por meio de

exigência, os documentos adicionais necessários para a análise do pedido de patente.

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EMS S/A

Art. 4°, caput Após recebimento dos pedidos de patente encaminhados pelo INPI, a Anvisa analisará se tais pedidos são contrários à saúde pública, mediante qualquer decisão

consubstanciada em parecer técnico emitido e tornado público pela unidade organizacional competente no âmbito da Agência.

A EMS considera que atribuição da ANVISA na análise dos critérios de patenteabilidade está prevista em lei e

deve ser feita juntamente com o INPI. O trabalho em conjunto entre o INPI e a ANVISA é imprescindível para garantir a proteção da saúde e do desenvolvimento econômico e tecnológico do país, além de contribuir para a redução do custo dos medicamentos no Brasil.

Art. 4º, § 1º, inciso I

O produto ou o processo farmacêutico contido no pedido de patente apresentar risco à saúde;

Art. 4º, § 1º, inciso II

O pedido de patente de produto ou o processo farmacêutico for de interesse para as políticas de acesso a medicamentos ou de assistência farmacêutica no âmbito do SUS e não atender aos requisitos de patenteabilidade e demais critérios estabelecidos pela Lei nº. 9.279, de 1996.

Art. 4º, § 2º Os critérios de análise para o exame de prévia anuência serão detalhados em ato normativo próprio, onde serão definidos os critérios de patenteabilidade e o fluxo do

procedimento de anuência, e será publicado para fins de consulta pública.

Art. 4º, § 4º Até o final da análise de que trata esta Resolução, incluindo sua fase recursal, será facultada a apresentação, pelos requerentes ou terceiros interessados, de documentos e informações que subsidiem o exame da Anvisa.

Fabiano de Bem da Rocha - Associação Brasileira dos

Agentes da Propriedade Industrial - ABAPI

Art. 4°, caput Após recebimento dos pedidos de patente encaminhados pelo INPI, a Anvisa analisará

os pedidos para decisão de prévia anuência conforme redação do artigo 2°, inciso I, desta Resolução, a decisão devendo ser consubstanciada em parecer técnico emitido

pela unidade organizacional competente no âmbito da Agência.

A ABAPI considera importante que a definição do que será objeto de análise pela ANVISA esteja em

conformidade com o Artigo e seu inciso que define/delimita sua atuação, de acordo com o que entende a AGU.

Art. 4º, § 1º, inciso I

Excluir o §1° do art. 4°, inciso I O caput do art. 4° e o art. 2°, inciso I, desta Resolução já definem a atribuição da ANVISA com base no entendimento da AGU, como acima exposto

Art. 4º, § 1º, inciso II

Excluir o §1° do art. 4°, inciso II Os requisitos/critérios de patenteabilidade não devem ser analisados pela ANVISA. O INPI é a autarquia federal responsável pelo exame dos requisitos de patenteabilidade.

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Art. 4º, § 2º Os procedimentos de decisão para o exame de prévia anuência serão detalhados em ato normativo próprio.

O ato normativo a ser publicado não deve, de forma alguma, abordar definição de critérios, que já se encontram

definidos nos artigos supra (art. 2°, inciso I, e art. 4°, caput).

Os procedimentos a serem normatizados devem ser definidos quanto à: (i) adequada comunicação a Requerente sobre opiniões preliminares a respeito da análise de prévia anuência, bem como decisões finais de anuência e não anuência, determinando de forma clara os prazos para manifestação por parte da Requerente;

(ii) forma de divulgação dos atos praticados pela ANVISA, dando devida publicidade aos mesmos; e

(iii) determinação de prazos para conclusão da análise de prévia anuência.

Ademais, a substituição de “exame” por “decisão” visa evitar confusão com o exame do INPI, além de manter a expressão “decisão de prévia anuência” utilizada no caput do art. 4º.

Art. 4º, § 3º Excluir o §3° do art. 4°. Como já explicado na justificativa para a substituição do §1° pelo §2°, o ato normativo a ser publicado deve

definir todos os procedimentos relativos à atuação da ANVISA, inclusive aqueles referentes a eventuais exigências, de modo que o §3° do art. 4° torna-se desnecessário.

Art. 4º, § 4º Até o final da análise de que trata esta Resolução, será

facultada a apresentação, pelos interessados, de documentos e informações que subsidiem tal análise.

A substituição de “o exame da Anvisa” por “tal análise” visa evitar confusão com o exame do INPI e harmonizar com o restante do texto. Observação adicional: a definição de final de análise deverá ser incluída no ato normativo a ser publicado e deve abranger a possibilidade de apresentação de documentos e informações com o intuito de subsidiar a análise da Anvisa também em fase de recurso contra decisão de não anuência.

Gabriel F. Leonardos - OAB / RJ

Art. 4°, caput Após recebimento dos pedidos de patente encaminhados pelo INPI, a Anvisa analisará se tais pedidos são contrários à saúde pública, mediante decisão consubstanciada em parecer técnico emitido pela unidade organizacional competente no âmbito da Agência e limitada às suas atribuições institucionais elencadas no artigo 7°, da Lei nº

9.782, de 26 de janeiro de 1999.

... No relatório final do GTI, chegou-se ao mesmo entendimento firmado pela AGU em seus pareceres de 2009 e 2010. Ou seja, a ANVISA “... deve analisar a concessão da anuência prévia considerando o conjunto de suas competências institucionais para avaliar de modo conclusivo a anuência (ou não anuência) dos pedidos de patente na área farmacêutica...”

Contudo, a ANVISA publicou no DOU, de 17 de outubro de 2012, consulta pública para a proposta de alteração da Resolução RDC nº 45, por meio da qual ignora os pareceres da AGU e o relatório do GTI para alterar diversos artigos da referida Resolução, de modo a permitir o exame de patenteabilidade dos pedidos de patentes que envolvam produtos ou processos farmacêuticos “... de interesse para as políticas de acesso a medicamentos e de assistência no âmbito do SUS...”...

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Art. 4º, § 1º Considera-se que o pedido de patente será contrário à saúde pública quando o

produto ou o processo farmacêutico contido no pedido de patente apresentar risco à saúde da população, nos termos do artigo nº 18, inciso I, da Lei nº 9.279/96;

Acontece que o artigo 4o, inciso II, do texto sob consulta amplia o conceito da expressão “contrário à saúde pública” para cobrir um sem-número de situações indefinidas a serem avaliadas por um juízo de conveniência e oportunidade que o processo administrativo de patentes não deve abarcar. Com efeito, nos termos do referido dispositivo, seria considerado contrário à saúde pública o objeto de um pedido de patente farmacêutica quando o mesmo “for de interesse para as políticas de acesso a medicamentos e de assistência farmacêutica no âmbito do SUS” e não atender as condições legais...

Caso incorporado à Resolução 45/2008 o dispositivo em comento gerará uma situação de incerteza e insegurança jurídica, na medida em que os administrados nunca saberão quais pedidos de patente são “de interesse para as políticas de acesso a medicamentos e de assistência

farmacêutica no âmbito do SUS”, pois sempre ficaria a cargo de um juízo de conveniência e oportunidade avaliar quais seriam os processos patentatários de interesse da Administração Pública.

Em suma, através de um conceito jurídico indeterminado, a ANVISA tenta manter a possibilidade de examinar os requisitos de

patenteabilidade dos pedidos de patente da área farmacêutica, conforme sua conveniência. Cabe ressaltar, contudo, que o processo administrativo que envolve a concessão de patente é plenamente vinculado, não existindo espaço para juízos de conveniência e oportunidade...

Henrique Uchió Tada - ALANAC - Associação dos Laboratórios Farmacêuticos

Nacionais

Art. 4º, § 3º (inclusão de novo §3º)

§ 3° – O exame de prévia anuência seguirá o seguinte fluxo processual:

I – Após o recebimento do pedido de patente de produto ou processo farmacêutico enviado pelo INPI, a Anvisa analisará se o produto ou processo farmacêutico apresenta risco à saúde;

II – Caso apresente risco à saúde o pedido não será anuído pela Anvisa e será encaminhado para o INPI para publicação do arquivamento definitivo;

III – Caso não apresente risco à saúde, o pedido será avaliado quanto ao interesse para as políticas de acesso a medicamentos e/ou assistência farmacêutica no âmbito do SUS;

IV – O pedido de patente de produto ou processo farmacêutico que não interessar para as políticas de acesso a medicamentos e/ou assistência farmacêutica no âmbito do SUS será anuído e retornará ao INPI para análise de mérito;

V – O pedido de patente de produto ou processo farmacêutico que interessar para as políticas de acesso a medicamentos e/ou assistência farmacêutica no âmbito do SUS será avaliado pela Anvisa, quanto aos requisitos de patenteabilidade e demais critérios estabelecidos pela Lei nº 9.279, de 1996;

VI – O pedido analisado pela Anvisa que não atender aos requisitos de

patenteabilidade e demais critérios estabelecidos pela Lei nº 9.279, de 1996, não será anuído e retornará ao INPI para arquivamento definitivo;

VII – O pedido analisado pela Anvisa que atender aos requisitos de patenteabilidade e demais critérios estabelecidos pela Lei nº 9.279, de 1996, será anuído e retornará ao INPI para análise de mérito.

A inclusão da expressão “e tornado público” permitirá que terceiros interessados possam tomar conhecimento da decisão proferida pela Anvisa, inclusive aquelas ainda em fase de recurso.

Sugestão: a Anvisa deverá definir e elencar os critérios para classificar o pedido como sendo de risco à saúde.

Justificativa: Necessidade de melhor definição do que seja “apresentar risco à saúde”.

Justificativa Art. 4º, §1º, Inciso II: Pode acontecer uma situação ou outra. Justificativa Art. 4º, §3: Para maior transparência na condução dos processos.

(9)

Art. 4º, § 3º §4º O requerente deverá apresentar à Anvisa, sempre que solicitado, por meio de

exigência, todos os documentos necessários para esclarecer dúvidas surgidas durante o exame. Estes documentos poderão ser acessados por terceiros interessados.

Justificativa Art. 4º, §4º: Para maior transparência na condução dos processos.

Art. 4º, § 4º §5º Até o final da análise de que trata esta Resolução, será facultada a apresentação, incluindo sua fase recursal, pelos requerentes ou terceiros interessados, de

documentos e informações que subsidiem o exame da Anvisa. (NR)”

Justificativa Art. 4º, §5º: Para esgotar todas as possibilidades de contribuições ao exame.

Japan Pharmaceutical Manufacturers Association (JPMA) - Representada por

Licks Advogados

Art. 4º, § 1º, inciso I

Todas as reivindicações independentes contidas no pedido de patente forem contrárias à saúde pública, conforme o artigo 18, I, da Lei 9.279/96.

A modificação no Artigo 4º, 4, §1, I, possui como objetivo a adequação às decisões da AGU (210/PFG/EA/2009 e

337/PGF/EA/2010) Art. 4º, § 1º,

inciso II

Excluir o inciso A exclusão do Artigo 4º, §1, II, deve-se ao fato de que o produto ou o processo farmacêutico que apresente eventual interesse para as políticas de acesso a medicamentos e de assistência farmacêutica no âmbito do SUS não terá qualquer relação com o conteúdo do artigo 18, I, da Lei 9.279/96, ou com os requisitos de patenteabilidade. Ademais, a RDC 45 de 2008 e as práticas da ANVISA não devem violar os artigos 27.1, 62.5 e 63.1 do Acordo TRIPS, Decreto 1.355 de 1994.

Licks Advogados

Art. 4°, caput Após o recebimento do pedido de patente deferido, encaminhado pelo INPI, a ANVISA analisará se a totalidade do objeto reivindicado é contrário à saúde pública, mediante decisão consubstanciada em parecer técnico emitido pela unidade organizacional competente no âmbito da Agência.

Art. 4º, § 1º Considera-se que o pedido de patente será contrário à saúde pública, conforme o art.

18, I, da Lei 9.279/96, quando, mediante decisão fundamentada, a ANVISA concluir que a totalidade do objeto reivindicado é contrário à saúde pública.

Art. 4º, § 1º, inciso I Excluir o inciso Art. 4º, § 1º, inciso II

Excluir o inciso O fato de um pedido de patente de produto ou processo farmacêutico ser de “interesse para as políticas de acesso a medicamentos e de assistência farmacêutica no âmbito do SUS” não o torna contrário à saúde pública, tampouco não patenteável.

Art. 4º, § 1º, inciso I (Inclusão de

inciso)

O procedimento de prévia anuência será efetuado em até 120 dias, após os quais, não

tendo sido comprovado risco à saúde pública, será concedida a anuência prévia, retornando o pedido de patente ao INPI para a concessão da patente, na forma da Lei 9.279/96.

(10)

Art. 4º, § 3º Excluir o parágrafo Tendo em vista que o Art. 5º estabelece os procedimentos relacionados aos pareceres de exigência que eventualmente venham a ser proferidos pela ANVISA durante a análise de anuência prévia e com a manifestação do depositante do pedido de patente, o §3º é redundante e deve ser excluído.

Maria Carmen de Souza Brito - Associação Brasileira da Propriedade Intelectual - ABPI

Art. 4º, § 1º Considera-se que o pedido de patente será contrário à saúde pública conforme art. 18,

inciso I, da Lei 9279/96, quando o produto farmacêutico reivindicado no pedido de patente apresentar risco à saúde devidamente comprovado pela ANVISA

i) Inicialmente retiramos a referência a “processos” deste artigo considerando que, do ponto de vista técnico, um

processo de produção em si jamais poderá ser contrário à saúde pública: apenas um produto farmacêutico final e colocado no mercado é que pode ser submetido a este tipo de avaliação. A saúde do “público” a quem se destina um produto farmacêutico não está diretamente sujeita aos seus processos de obtenção ou modificação;

ii) considerando que o Art. 18, inciso I, da Lei 9279/96 (LPI) prevê a não patenteabilidade de invenções que sejam contrárias à saúde pública, entendemos ser de suma importância demonstrar que as decisões da ANVISA estarão de acordo com o escopo do referido artigo;

iii) considerando que a possibilidade de um produto farmacêutico objeto de um pedido de patente oferecer “risco à saúde” é o parâmetro a ser avaliado pela ANVISA para decisão acerca da anuência prévia para concessão da respectiva patente e, por outro lado, considerando as atribuições específicas da ANVISA estabelecidas pelo Artigo 6° da Lei 9782 de 26 de janeiro de 1999 que incluem o controle, e

consequentemente, a proibição da produção e comercialização de produtos que possam ser prejudiciais à saúde, entendemos que uma eventual conclusão de existência de “risco à saúde” que leve a uma decisão negativa de anuência prévia para concessão de uma patente deve estar fundamentada em evidências concretas sobre tal risco que, nessas condições, devem ser fornecidas pela própria ANVISA

Art. 4º, § 1º, inciso I

(11)

Art. 4º, § 1º, inciso II

Excluir o inciso Exclusão do inciso II do art. 4º - no texto da proposta de resolução este inciso primeiramente estabelece uma

definição de “contrário à saúde publica” que engloba pedido de patente que se referirem a medicamento de interesse a políticas públicas no âmbito do SUS. Nesse sentido inicialmente é preciso destacar que, na grande maioria dos casos, durante a fase inicial do processamento de um pedido de patente relacionado a invenções na área farmacêutica tal invenção ainda não se transformou em um produto farmacêutico concreto, na forma em que será efetivamente comercializado. Ademais, uma invenção reivindicada pode se referir a mais de um produto farmacêutico. Por conseguinte, na fase de análise da ANVISA para concessão de sua anuência prévia não há como relacionar

necessariamente uma invenção descrita em um pedido de patente a um produto de interesse no âmbito do SUS.

Além disso, o inciso II do art. 4º mantém a previsão de uma análise de requisitos de patenteabilidade por parte da ANVISA o que no entender da ABPI é ilegal e contrário ao que já determinou a Advocacia Geral da União (AGU) sobre a atuação da ANVISA no que se refere ao Art. 229-C da LPI tal como modificado pela Lei n° 10.196, de 14 de fevereiro de 2001.

A ANVISA vincula-se à AGU para fins de orientação normativa e supervisão técnica...

Art. 4º, § 1º, inciso I (Inclusão de

inciso)

I – A referida comprovação por parte da ANVISA deverá ser efetuada em até 180 dias e, não havendo risco à saúde comprovado, a anuência prévia será concedida e o pedido de patente retornará ao INPI para continuidade de seu processamento.

De acordo com os procedimentos estabelecidos na resolução proposta a análise da ANVISA será realizada no

início do processamento de um pedido de patente, antes de seu exame técnico substantivo. Por essa razão naturalmente é importante que a manifestação desta Agência sobre a existência ou não de risco à saúde pública se dê da maneira mais célere possível com vistas a não gerar uma demora no processamento de pedidos de patente. Considerando que a ANVISA tem se pronunciado em algumas ações judiciais no sentido de que um prazo de 120 dias já seria suficiente para concluir sua avaliação dos pedidos de patente, sugerimos o estabelecimento de um prazo máximo de 180 dias para que, na ausência de uma comprovação por parte da ANVISA sobre o referido risco à saúde, sua anuência prévia seja concedida e o pedido de patente seja devolvido ao INPI. Com isso também haverá uma segurança maior tanto para o depositante como para terceiros interessados já que ao final do prazo de 180 dias, caso não haja a emissão de um parecer desfavorável por parte da ANVISA, saberão que o pedido de patente receberá sua anuência prévia e será submetido ao exame técnico no INPI.

Art. 4º, § 3º Exclusão do parágrafo. O Art. 5º da resolução estabelece procedimentos relacionados com a emissão de pareceres de exigências pela

ANVISA durante sua análise e com a manifestação por parte do depositante do pedido de patente, em nosso entendimento o parágrafo §3° é redundante e deve ser retirado.

(12)

Reginaldo Braga Arcuri - GRUPO FARMABRASIL

Art. 4º, § 1º, inciso I

Inserção da definição de "risco sanitário" Sugere-se que exista definição do termo risco à saúde e a forma de análise deste pela ANVISA. Ex: Risco saúde:

refere-se a substâncias que apresentam danos superiores aos seus benefícios, de conhecimento público e notório, com base em estudos existentes até a data do depósito.

Art. 4º, § 1º, inciso II

O pedido de patente de produto ou o processo farmacêutico for de interesse para as políticas de acesso a medicamentos e/ou de assistência farmacêutica no âmbito do SUS e não atender aos requisitos de patenteabilidade e demais critérios estabelecidos pela Lei nº. 9.279, de 1996

Justifica-se a alteração para conferir maior clareza e precisão ao texto, alterando-se a cumulatividade, pela alternatividade.

Art. 4º, § 2º Os critérios de análise para o exame de prévia anuência serão detalhados em ato normativo próprio, onde serão definidos os critérios de patenteabilidade, o fluxo do

procedimento de anuência, risco à saúde e interesse do SUS, e será publicado para fins de consulta pública.

A alteração busca conferir maior segurança jurídica ao processo de análise.

Art. 4º, § 4º Até o final da análise de que trata esta Resolução, incluindo sua fase recursal, será facultada a apresentação, pelos interessados, de documentos e informações que subsidiem o exame da Anvisa. (NR)

Busca-se com a sugestão permitir a intervenção de terceiros

interessados durante toda a análise processual da ANVISA, em prol dos princípios da publicidade e do contraditório.

Inclusão de parágrafo

Os pedidos que não forem de interesse do SUS, e não apresentem riscos à saúde pública serão automaticamente anuídos;

A alteração busca conferir maior na clareza, e explicitar a interpretação, contrário senso, do §1º e seus incisos, do artigo 4º.

Ricardo Magnani Andrade - Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento

das Empresas Inovadoras – ANPEI

Art. 4º, § 1º Considera-se que o pedido de patente será contrário à saúde pública, conforme art.

18, inciso I, da Lei 9279/96, quando o produto farmacêutico reivindicado no pedido de patente apresentar risco à saúde devidamente comprovado pela ANVISA;

O texto proposto apresenta uma série de equívocos técnicos, como por exemplo, a definição de que um processo químico pode ser contrário à saúde pública...

...Com o intuito de se evitar subjetividades que causariam grave prejuízo a celeridade do processo de concessão de patentes e, portanto, ao processo de inovação no Brasil, é fundamental que o alegado risco a saúde seja consubstanciado pela ANVISA...

...Ademais é de suma importância que a comprovação do risco a saúde pela ANVISA ocorra em tempo hábil para não retardar todo o processo de concessão da patente. Considerando que a ANVISA tem se

pronunciado em juízo informando que um prazo de 120 dias é suficiente para o exame de patentes, fica como sugestão a adoção deste limite temporal para o trecho a ser inserido em novo inciso I do §1º do art. 4º: “a referida comprovação deverá ser efetuada em até 180 dias” Art. 4º, § 1º,

inciso I

(13)

Art. 4º, § 1º, inciso II

Excluir o inciso ou nova redação:

II – caso haja outro(s) produto(s) farmacêutico(s) reivindicado(s) no pedido de patente que não apresente(m) risco à saúde devidamente comprovado pela ANVISA, será concedida prévia anuência especificamente para esse(s) produto(s).

...Não é, assim, possível determinar se o objeto de um pedido de patente terá ou não relação com produtos

farmacêuticos de interesse para as políticas de acesso à medicamentos e de assistência farmacêutica, visto que tal decisão ocorre em etapa muito posterior, especialmente após o produto ter a sua comercialização liberada pelo setor regulatório da própria ANVISA...

...Não há qualquer relação do ponto de vista técnico entre requisitos legais de patenteabilidade, como novidade, atividade inventiva e aplicação industrial e risco saúde pública...

Art. 4º, § 1º, inciso I (Inclusão de

inciso)

I – A referida comprovação deve ser efetuada em até 180 dias e, não havendo risco à saúde comprovado, a anuência prévia será concedida e o pedido de patente

retornará ao INPI para continuidade de seu processamento.

Art. 4º, § 3º Exclusão do parágrafo.

Rodrigo Tinoco Figueiredo

Art. 4º, § 1º, inciso II

Retirar a expressão: "e não atender aos requisitos de patenteabilidade" A análise dos requisitos de patenteabilidade não é atribuição da ANVISA por lei...

Ronaldo Luiz Pires - Interfarma Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa

Art. 4º, § 1º, inciso I

Considera-se que o pedido de patente será contrário à saúde pública quando o produto ou o processo farmacêutico contido no pedido de patente apresentar risco à saúde, assim caracterizado pela comprovada ausência de efeito benéfico à saúde, ainda que potencial, tanto no uso isolado como em composição com outras substâncias.

A referência ao “risco à saúde” como fundamento de uma eventual não-anuência é positiva porque atende à

recomendação contida no Parecer nº 337/PGF/AE/2009, ratificado pela AGU em 07/01/11. Contudo, como o pedido de patente pode não conter todas as informações necessárias para o exame de “risco à saúde”, faz-se necessário que a proposta de emenda à RDC 45/08 esclareça o conceito de “nocividade” como sendo a característica comprovadamente atribuída ao produto de apenas gerar agravos à saúde (sem nenhum efeito benéfico), independentemente das condições e circunstâncias em que o mesmo vier a ser futuramente utilizado.

Art. 4º, § 1º, inciso II

Excluir o inciso A menção a “critérios de patenteabilidade” como fundamento para a não-anuência deve ser excluído porque

contraria a orientação do Parecer nº 337/PGF/AE/2009, ratificado pela AGU em 07/01/11, que é claro ao definir que “: i) não é atribuição da ANVISA promover exames (avaliação/reavaliação) dos critérios próprios da patenteabilidade (novidade, atividade inventiva e aplicação

industrial), pois esta é uma atribuição própria do INPI; ii) A ANVISA deve atuar em conformidade com suas atribuições institucionais, ou seja, impedir a produção e comercialização de produtos e serviços potencialmente nocivos à saúde humana.

(14)

Sun Liu Rei Yan Art. 4º, § 1º, inciso II

Excluir o inciso Não cabe à ANVISA analisar os requisitos de patenteabilidade e demais critérios estabelecidos na Lei de

Propriedade Industrial. Isso é de competência exclusiva do INPI e não da ANVISA, até pelo motivo técnico: o INPI tem pessoas capacitadas para isso, não se trata de uma análise simples, pois os requisitos de

patenteabilidade não devem ser analisados por leigos (leigos entenda-se por aqueles que não trabalham com patentes).

Thalita Duque Martins - Althaia SA Indústria

Farmacêutica

Art. 4º, § 1º, inciso II

Excluir o inciso Manifestação contrária a análise de patenteabilidade. Ver manifestação anexo.

Art. 4º, § 2º Abrir nova consulta pública antes de estabelecer o ato normativo sobre os critérios para a análise da prévia anuência.

Conselho Regional de Farmácia / RJ (via postal)

Art. 4º, § 1º, inciso I

Solicitamos maior clareza do texto uma vez que o entendimento de risco à saúde é amplo e subjetivo.

Art. 4º, § 1º, inciso II

O pedido de patente de produto ou o processo farmacêutico for de interesse para as políticas de acesso a medicamentos e de assistência farmacêutica no âmbito do SUS e não atender aos requisitos de patenteabilidade e demais critérios estabelecidos pela Lei nº. 9.279, de 1996.

Entendemos que a análise aferindo o cumprimento aos requisitos de patenteabilidade e demais critérios estabelecidos pela Lei nº 9.279, de 1996, ficará a cargo do INPI.

Art. 4º, § 2º Os critérios de análise para o exame de prévia anuência deveriam ser objeto de Consulta Pública paralelamente à revisão da RDC 45/2008.

JIPA – Japan Intellectual Property Association (via

postal)

Art. 4º, § 1º, inciso I

Esclarecer os critérios a serem empregados.

Art. 4º, § 1º, inciso II

Excluir o inciso Isto indica que a ANVISA também fará o exame da patenteabilidade, o que faz subentender tratar-se de uma regra que supõe um exame duplo, tanto pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), quanto pela ANVISA, fato com o qual a JIPA não poderia concordar.

Art. 4º, § 4º Divulgação dos atos em inglês, para que a comunidade internacional possa acompanhar e fornecer informações.

Pró-genéricos (via postal)

Art. 4º, § 1º, inciso I

Esclarecer os critérios a serem empregados.

Art. 4º, § 1º, inciso II

O pedido de patente de produto ou o processo farmacêutico for de interesse para as políticas de acesso a medicamentos e/ou de assistência farmacêutica no âmbito do SUS e não atender aos requisitos de patenteabilidade e demais critérios estabelecidos pela Lei nº. 9.279, de 1996

Art. 4º, § 2º Os critérios de análise de risco à saúde e de interesse das políticas públicas de acesso

a medicamentos e assistência farmacêutica no âmbito do SUS serão detalhados em

ato normativo próprio.

(15)

Art. 4º, § 4º Até o final da análise de que trata esta Resolução, incluindo sua fase recursal, será facultada a apresentação, pelos interessados, de documentos e informações que subsidiem o exame da Anvisa. (NR)

Criar uma flexibilidade da agência para aceitar documentação de cumprimento de exigência em recurso.

Inclusão de parágrafo

Os pedidos que não forem de interesse do SUS, e não apresentem riscos à saúde não serão considerados contrários à saúde pública, conforme definido no parágrafo 1º deste artigo, e serão encaminhados ao INPI para análise dos requisitos de patenteabilidade.

RESPONDENTE ITEM PROPOSTA JUSTIFICATIVA/ COMENTÁRIO

ABIFINA - Diva Barrio Arrepia

Art.5º, caput Art.5º - Quando o parecer técnico opinar pela não anuência ou formular qualquer exigência, o requerente ou seu procurador será notificado por meio de carta registrada contendo o parecer técnico formulado ou a

exigência formulada em sua íntegra, para manifestação, no prazo de até

noventa dias, a contar da data da cientificação oficial ou da ciência dada ao interessado no processo.

Para ter conhecimento do conteúdo de qualquer exigência e se preparar

adequadamente para respondê-la.

Art.5º, §3º (inclusão de novo parágrafo)

§3º Toda e qualquer manifestação da Anvisa, seja ela proveniente de parecer técnico, exigência ou decisão deverá ser publicada e ser

disponibilizada em veículo adequado para consulta pelos requerentes ou terceiros interessados.

Para maior transparência do processo da análise da prévia anuência.

Câmara Americana de Comércio - Amcham Brasil - Davi Uemoto da Silva

Art. 5º §1º Definição do mérito: Torna-se fundamental melhor exposição da expressão “mérito”, tal como a publicação de uma ementa que fundamente as razões pelas quais as exigências não foram cumpridas.

No artigo 5º §1º, é destacado o mérito das exigências, embora sua definição não tenha sido exposta.

EMS S/A Art.5º, caput Quando o parecer técnico opinar, preliminarmente, pela não anuência ou formular qualquer exigência, o requerente ou seu procurador será notificado por meio de carta registrada contendo o parecer técnico

formulado preliminar ou a exigência formulada em sua integra, para

manifestação no prazo de até noventa dias, a contar da data da cientificação oficial ou da ciência dada ao interessado no processo.

A EMS considera que atribuição da ANVISA na análise dos critérios de patenteabilidade está prevista em lei e deve ser feita juntamente com o INPI. O trabalho em conjunto entre o INPI e a ANVISA é imprescindível para garantir a proteção da saúde e do desenvolvimento econômico e tecnológico do país, além de contribuir para a redução do custo dos medicamentos no Brasil.

Fabiano de Bem da Rocha - Associação Brasileira dos

Agentes da Propriedade Industrial - ABAPI

Art.5º, caput Quando o parecer técnico opinar, preliminarmente, pela não anuência ou formular qualquer exigência, o requerente ou seu procurador será notificado por meio de carta registrada, para manifestação no prazo de até noventa dias, a contar da data da cientificação oficial ou da ciência dada ao

requerente ou seu procurador.

Harmonização dos termos utilizados no art. 5°.

Comentários adicionais: independentemente da data de publicação do DOU, a data de cientificação oficial/ciência, para fins de contagem de prazo, deve ser aquela em que a

Requerente tomou conhecimento do conteúdo integral do parecer.

(16)

Art. 5º (inclusão de novo §1º) "§1° O termo inicial do prazo será definido pela data em que a requerente ou seu procurador efetivamente tomar ciência do conteúdo integral do parecer da Anvisa que consubstancia a decisão

Ressalta-se que, independentemente da data de publicação do DOU, a data de cientificação oficial/ciência, para fins de contagem de prazo, deve ser aquela em que a Requerente tomou conhecimento do conteúdo integral do parecer. Art. 5º §1º §2º Respondida a exigência, ainda que não cumprida, ou contestada sua

formulação, e havendo ou não manifestação sobre o mérito da mesma, a Anvisa dará prosseguimento à análise

A menção a “mérito” é desnecessária, tendo em vista que, ao responder a exigência, a Requerente necessariamente manifestar-se-á sobre o mérito da mesma.

Art. 5º §2º §3º Não sendo respondida a exigência, a Anvisa negará anuência ao pedido de patente, cabendo recurso desta decisão

O fato de a Requerente ou seu procurador não responder à exigência não significa que houve perda de interesse no caso. Henrique Uchió Tada -

ALANAC - Associação dos Laboratórios Farmacêuticos

Nacionais

Art.5º, caput Quando o parecer técnico opinar, preliminarmente, pela não anuência ou formular qualquer exigência, o requerente ou seu procurador será notificado por meio de carta registrada contendo o parecer técnico

preliminar formulado ou a exigência formulada em sua íntegra, para

manifestação, no prazo de até noventa dias, a contar da data da cientificação oficial ou da ciência dada ao interessado no processo.

Para ter conhecimento do conteúdo da exigência e se preparar adequadamente para respondê-la.

RESPONDENTE ITEM PROPOSTA JUSTIFICATIVA/ COMENTÁRIO

ABIFINA - Diva Barrio Arrepia

Art. 7°, §2º Após a decisão final da Anvisa, o pedido retornará ao INPI para exame de

mérito dos pedidos de patentes anuídos pela Anvisa ou arquivamento definitivo dos pedidos não anuídos.

Maior clareza no fluxo processual.

Associação Brasileira Interdisciplinar de Aids

Art. 7° (inclusão de novo parágrafo)

§3º Caso a decisão final da Anvisa tenha negado anuência ao pedido, o mesmo deverá ser arquivado pelo INPI. Em caso de concessão da anuência, o INPI procederá ao exame técnico do pedido

Vide comentários na aba GERAL.

Câmara Americana de Comércio - Amcham Brasil - Davi Uemoto da Silva

Art. 7º, caput Publicação das decisões: Publicação não só das decisões relativas à conclusão do exame, mas também das exigências em uma página ou site destinado somente para visualização.

No artigo 7º está exposto que somente as decisões relativas à conclusão do exame serão publicadas.

Dirceu Bartolomeu Greco - Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais

Art. 7°, §2º Após a decisão final da Anvisa, o pedido retornará ao INPI para conclusão

da análise na hipótese de anuência ou o arquivamento na hipótese de não anuência.

Tal sugestão é no sentido de esclarecer o andamento final do pedido de patente de acordo com o fluxograma estipulado no relatório final do GTI.

EMS S/A Art. 7° (inclusão de novo parágrafo)

§3º Após a decisão final da ANVISA, o pedido não anuído retornará ao INPI para arquivamento definitivo.

A EMS considera que atribuição da ANVISA na análise dos critérios de patenteabilidade está prevista em lei e deve ser feita

juntamente com o INPI. O trabalho em conjunto entre o INPI e a ANVISA é imprescindível para garantir a proteção da saúde e do desenvolvimento econômico e tecnológico do país, além de contribuir para a redução do custo dos medicamentos no Brasil.

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Fabiano de Bem da Rocha - Associação Brasileira dos

Agentes da Propriedade Industrial - ABAPI

Art. 7º, caput Os pareceres de formulação de exigência, pareceres de ciência para a não anuência e [a]s decisões relativas à conclusão do exame para a

prévia anuência serão publicadas no Diário Oficial da União.

Artigo 2°, inciso V, da Lei 9.784 de 29 de janeiro de 1999, a respeito da divulgação dos atos administrativos. Não apenas as decisões finais da Anvisa devem ser publicadas no DOU. Deve também ser dada devida publicidade a todos os pareceres da Anvisa, tanto de formulação de exigência como de ciência para a não anuência. Art. 7°, §1º Da decisão que negar anuência ao pedido caberá recurso à Diretoria

Colegiada da Anvisa no prazo de sessenta dias, nos termos do art. 15, §2º, da Lei no- 9.782, de 1999, do art. 11, §1º, do Decreto no- 3.029, de 16 de abril de 1999, do art. 212 da Lei no- 9.279, de 1996, observando-se o regulamento específico que dispõe sobre o procedimento de recurso administrativo no âmbito da Anvisa.

O regulamento específico em vigor, o Ato Portaria 616, de 24 de abril de 2012, apresenta inúmeras falhas e inconsistências conforme apresentado do documento anexo ao presente formulário e, por esta razão, deve ser substituído por outro regulamento que supere as irregularidades elencadas e discutidas neste documento.

Henrique Uchió Tada - ALANAC - Associação dos Laboratórios Farmacêuticos

Nacionais

Art. 7º §2º Após a decisão final da Anvisa, o pedido retornará ao INPI para exame de

mérito dos pedidos de patentes anuídos pela Anvisa.

Maior clareza no fluxo processual. Art. 7º (inclusão do §3º) §3º Após a decisão final da Anvisa, o pedido não anuído

retornará ao INPI para arquivamento definitivo.

Maior clareza no fluxo processual.

Licks Advogados

Art. 7º, caput Os pareceres intermediários proferidos pela ANVISA durante o procedimento de anuência prévia, bem como as decisões relativas à

conclusão do exame para a prévia anuência serão publicadas no Diário Oficial da União.

Tendo em vista que todos os atos e decisões administrativas devem ser devidamente divulgados, nos termos da Lei 9.784/2009 (art. 2º, V), não somente as decisões finais relativas ao exame de anuência prévia, mas também os pareceres intermediários, sejam eles de não anuência ou de exigências, devem ser tornados públicos por meio do Diário Oficial.

Art. 7º §2º Após a decisão final da Anvisa pela concessão de anuência

prévia, o pedido retornará ao INPI, para a concessão da patente.

A despeito de a ANVISA realizar a análise prévia para fins de anuência ao pedido de patente, nos termos do art.

229-C, o INPI é legalmente responsável para verificar se o pedido de patente atende todos os requisitos legais para sua concessão, previstos na Lei 9.279/96, e para conceder ou negar o pedido de patente. Assim, após a decisão final da ANVISA pela concessão da prévia anuência, o pedido deve ser remetido ao INPI, que prosseguirá com o procedimento administrativo de concessão da patente.

(18)

Art. 7º (inclusão do §3º) §3º Negada a anuência prévia ao pedido, é facultado ao titular deste a apresentação de elementos que comprovem a ausência do risco à saúde que ainda não tenham sido examinados pela ANVISA.

Caso a anuência prévia seja negada, o pedido de patente retorna ao INPI, uma vez que não se trata de hipótese

legal de arquivamento nos termos da Lei 9.279/96. A ausência de anuência tampouco pode ser óbice para que o titular do pedido de patente requeira novamente a análise de anuência prévia à ANVISA, com base em outros elementos que comprovem a ausência de risco à saúde pública e que ainda não tenham sido examinados pela ANVISA.

Ademais, destaque-se que a própria análise de anuência feita pela ANVISA deve ocorrer em momento posterior ao deferimento do pedido de patente pelo INPI. Isto porque o termo “concessão” possui natureza técnica, quando empregado na lei 9.279/96, e a concessão de uma patente se dá em momento ulterior ao deferimento do pedido. Portanto, ao mencionar o art. 229-C que a “concessão de patentes para produtos e processos farmacêuticos dependerá da prévia anuência” da ANVISA, está claro que o deferimento do pedido de patente pelo INPI é um pressuposto para que a ANVISA venha a se manifestar em sede de anuência prévia para fins de concessão.

Maria Carmen de Souza Brito - Associação Brasileira da Propriedade Intelectual - ABPI

Art. 7º, caput Os pareceres intermediários de não anuência ou contendo

exigências, bem como as decisões relativas à conclusão da análise para

prévia anuência serão publicadas no Diário Oficial da União.

De forma a manter a divulgação exigida para todos os atos e decisões administrativas de acordo com a Lei

nº 9.784 de 29 de janeiro de 1999 (Artigo 2, inciso V), entendemos que tanto os pareceres intermediários emitidos durante a análise da ANVISA quanto as decisões finais que concederem ou negarem a anuência prévia devem ser publicadas no DOU,

independentemente do prazo estabelecido para manifestação por parte da depositante, prazo este que já está previsto no Art. 5º da resolução.

Reginaldo Braga Arcuri - GRUPO FARMABRASIL

Art. 7º §2º Após a decisão final da Anvisa, o pedido retornará ao INPI,

para exame de mérito dos pedidos anuídos e arquivamento definitivo

dos não-anuídos.

A sugestão busca conferir maior precisão ao texto, em relação às etapas do procedimento.

Ricardo Magnani Andrade - Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras – ANPEI

Art. 7º, caput Os pareceres intermediários de não anuência ou contendo

exigências, bem como as decisões relativas à conclusão da análise para

prévia anuência serão publicadas no Diário Oficial da União.

De forma a manter a divulgação exigida para todos os atos e decisões administrativas de acordo com a Lei

nº 9.784 de 29 de janeiro de 1999 (Artigo 2, inciso V), entendemos que tanto os pareceres intermediários emitidos durante a análise da ANVISA quanto as decisões finais que concederem ou negarem a anuência prévia devem ser publicadas no DOU,

independentemente do prazo estabelecido para manifestação por parte da depositante, prazo este que já está previsto no Art. 5º da resolução.

(19)

Ronaldo Luiz Pires - Interfarma Associação da Indústria Farmacêutica de

Pesquisa

Art. 7º, caput As decisões relativas à conclusão do exame para a prévia anuência serão publicadas no Diário Oficial da União no prazo máximo de 90 (noventa) dias, a contar do recebimento do pedido de patente do INPI, sendo o mesmo considerado automaticamente anuído caso a Anvisa não divulgue sua decisão no prazo ora estabelecido.

Inclusão de parágrafo §2º O recurso será julgado no prazo máximo de 90 (noventa)

dias, a contar da sua interposição pela parte interessada, sendo o mesmo considerado automaticamente provido caso a Anvisa não divulgue sua decisão no prazo ora estabelecido.

É importante definir com clareza o procedimento para que a parte interessada possa usufruir da faculdade de

apresentar sua sustentação oral durante as sessões de julgamento, sobretudo no que se refere à prévia comunicação da agenda e pauta (com antecedência de, pelo menos, 10 dias), além de eventuais cancelamentos.

Inclusão de parágrafo §3º As decisões que negarem anuência ao pedido de patente sempre informarão as razões de fato e de direito que as sustentam, inclusive, quando for o caso, indicando as evidências científicas que comprovem a presença de nocividade e risco à saúde.

Outra oportunidade de aperfeiçoamento nos processos e procedimentos em curso diz respeito à publicação da decisão de não-anuência com breve descrição de seus

fundamentos. Atualmente, a decisão publicada no Diário Oficial não contém nenhuma informação sobre as razões que a fundamentam. Art. 7º §2º

Após a decisão final da Anvisa, ou transcurso dos prazos de decisão

estabelecidos nesta Resolução,o pedido retornará ao INPI, para a

conclusão do procedimento administrativo.

Thalita Duque Martins - Althaia SA Indústria Farmacêutica

Art. 7º §2º Após a decisão da ANVISA, o pedido retornará ao INPI para a

continuidade do exame de mérito e de patenteabilidade para a conclusão do procedimento da concessão da patente.

A proposta do §2º do art. 7º demonstra que a ANVISA está normatizando também as atribuições do INPI para os pedidos farmacêuticos, mencionando que o instituto será responsável apenas pela conclusão do procedimento

administrativo. Novamente, o princípio da legalidade estaria sendo afetado, pois a análise de patenteabilidade estaria sendo

transmitida completamente à ANVISA e o INPI se encarregaria apenas das questões administrativas para a conclusão dos processos.

E no caso do INPI examinar os documentos anuídos pela ANVISA e verificar sua não patenteabilidade? Como se chegará a uma conclusão? Qual análise seria mandatória? Observe novamente, que sempre que houver conclusões contrárias da ANVISA e INPI com relação à patenteabilidade, sempre haverá uma brecha para os depositantes questionarem judicialmente a competência da análise dos órgãos, havendo sempre maior insegurança jurídica.

Pró-genéricos (via postal)

Art. 7º §2º Após a decisão da ANVISA, o pedido retornará ao INPI para exame de

mérito dos pedidos anuídos e arquivamento dos não- anuídos.

(20)

RESPONDENTE ITEM PROPOSTA JUSTIFICATIVA/ COMENTÁRIO

ABIFINA - Diva Barrio Arrepia

Art. 8°

Art. 8° As petições e documentos de que trata esta Resolução

deverão ser dirigidos à área especifica de propriedade intelectual da Agência e serão recebidos conforme o regulamento específico sobre

protocolo da Anvisa.

Melhor endereçamento dos processos envolvendo a prévia anuência.

Câmara Americana de Comércio - Amcham Brasil - Davi Uemoto da Silva

Art. 8º

Entrega das petições: Inclusão do procedimento de sustentação oral com o intuito de compilar o procedimento administrativo numa só resolução, no qual a empresa interessada deve ser

intimada/notificada, no mínimo, com 10 (dez) dias de antecedência. Caso não seja possível a inclusão desse assunto nesta consulta pública, requer-se que outra seja aberta para que se discuta o procedimento para o processo administrativo.

Como definido no artigo 8º, as petições e documentos de que trata a Resolução serão recebidos conforme regulamento específico. Ainda, com esse ato pretende-se garantir os princípios do contraditório e ampla defesa

Henrique Uchió Tada - ALANAC - Associação dos

Laboratórios Farmacêuticos Nacionais

Art. 8° "As petições e documentos de que trata esta Resolução serão recebidos conforme o regulamento específico sobre protocolo da Anvisa”, dirigidas à área especifica de propriedade intelectual da

Agência.

Melhor endereçamento dos processos envolvendo a prévia anuência.

RESPONDENTE ITEM PROPOSTA JUSTIFICATIVA/ COMENTÁRIO

Japan Pharmaceutical Manufacturers Association (JPMA) - Representada por Licks Advogados

Art. 2 (incluir alteração no artigo 1º, parágrafo único da RDC 45 de 2008)

Artigo 1 – Parágrafo único. O disposto neste artigo se aplica aos pedidos de patentes de invenção de produtos ou processos farmacêuticos, depositados entre 14 de maio de 1996 e 15 de maio de 1997, conforme os artigos 230 e 231 da Lei 9.279 de 1996, e que em 15 de dezembro de 1999 se encontravam em andamento junto ao Instituto Nacional de Propriedade Intelectual - INPI.

A atuação da ANVISA à luz do Artigo 229-C, da Lei 9.279 de 1996, limita-se a determinar se o objeto de um pedido de patente depositado entre 14 de maio de 1996 e 15 de maio de 1997, conforme artigos 230 e 231 da Lei 9.279 de 1996, foi

disponibilizado no mercado pelo depositante da patente ou por terceiro com seu consentimento, antes do depósito do pedido de patente em questão. Outrossim, as práticas da ANVISA não devem violar os artigos 27.1, 62.5 e 63.1 do Acordo TRIPS, Decreto 1.355 de 1994.

Thalita Duque Martins - Althaia SA Indústria Farmacêutica

Art. 2º Excluir artigo Ao invés de inserir o §2º do art. 7º conforme esta proposta a Althaia é da opinião que deve-se preservar a atribuição do INPI na análise de patenteabilidade e concessão das patentes.

(21)

RESPONDENTE ITEM PROPOSTA JUSTIFICATIVA/ COMENTÁRIO

Meredith Fensom - Biotechnology Industry

Organization (BIO)

Art. 3º A resolução não deveria entrar em vigor até que sejam discutidos, em consulta pública, e avaliados os critérios de análise da prévia

anuência da ANVISA (art. 5º, §2º).

Roberto Domingos Taufick - Secretaria de Acompanhamento Econômico - Ministério da

Fazenda - SAE/MF

Art. 3º A resolução só deveria entrar em vigor após a edição do ato

normativo previsto.

Thalita Duque Martins - Althaia SA Indústria

Farmacêutica

Art. 3º A alteração não está em conformidade com o que a Althaia acredita que seria eficaz, e, portanto, não estaria pronta para entrar em vigor.

(22)

GERAL – COMENTÁRIOS GERAIS

RESPONDENTE ITEM PROPOSTA JUSTIFICATIVA/ COMENTÁRIO

Governo dos Estados Unidos - Albert T. Keyack

Texto da proposta

[...] o Governo dos Estados Unidos recebeu com satisfação a publicação dos dois pareceres da Procuradoria-Geral da República esclarecendo que o Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) seria o único responsável pelo exame de requerimentos de patentes farmacêuticas, enquanto a ANVISA manteria a

competência sobre questões de segurança e eficácia dos medicamentos. No entanto, a alteração proposta

recomenda para o regulamento sobre o exame dos requerimentos uma mudança que parece contrariar os pareceres da Procuradoria-Geral. Especificamente, a alteração proposta muda os procedimentos de tal forma que a ANVISA formula de início uma determinação sobre os méritos dos requerimentos da patente de produtos farmacêuticos. De acordo com o projeto de regulamento, parece que a ANVISA teria capacidade para analisar certos requerimentos de patente em bases amplas, estranhas aos critérios internacionalmente reconhecidos para a patenteabilidade, e somente se a ANVISA aprovasse tais requerimentos a proposta seria enviada ao INPI para a decisão final sobre a patenteabilidade. Ademais, as decisões da ANVISA no sentido de indeferir requerimentos de patente tomadas segundo este sistema parecem obrigatórias para o INPI, e não sujeitas a análise do INPI. Não está claro se a ANVISA estará obrigada a seguir os pareceres da Procuradoria-Geral esclarecendo que a ANVISA não deve examinar requerimentos de patentes

farmacêuticas para avaliar sua patenteabilidade ou se a ANVISA estará autorizada pelo Artigo 229-C do Código de Propriedade Industrial brasileiro a negar patentes com base em critérios de patenteabilidade. [...]

as alterações ao Artigo 4 em relação à proposta original parecem confirmar a ideia de que a ANVISA determina a patenteabilidade. Além disso, a definição do termo “contrário à saúde pública” agora pendente abrange os critérios de patenteabilidade que tradicionalmente se situam no âmbito do INPI. De forma semelhante, as alterações propostas aos artigos 6 e 7 sugerem que o INPI teria um papel limitado na determinação da patenteabilidade, embora seja a agência competente para tal. No geral, as mudanças propostas também não parecem corresponder ao objetivo de determinar tempestivamente se o

requerimento merece uma patente. [...] as alterações propostas inspiram preocupação por sua falta de previsibilidade e transparência, e também porque o processo e os padrões de análise se aplicam apenas a requerimentos de patentes para produtos e processos farmacêuticos. Mesmo que se dê à ANVISA outro

papel, e não o de examinar patentes segundo critérios de patenteabilidade, perdura nossa preocupação com o fato de, em um dado campo da tecnologia, as patentes estarem sujeitas a um processo que lhes é estranho mesmo antes do exame do INPI para verificar patenteabilidade, o que não é requisito para patentes de outros setores industriais.

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