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NANOTECNOLOGIA NA ALIMENTAÇÃO NANOTECHNOLOGY IN FOOD. Mônica Henriques da SILVA; Charline SOUZA; Giselle Medeiros da Costa ONE

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Academic year: 2021

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NANOTECNOLOGIA NA ALIMENTAÇÃO

NANOTECHNOLOGY IN FOOD

Mônica Henriques da SILVA; Charline SOUZA; Giselle Medeiros da Costa ONE

RESUMO: O Brasil tem realizado várias pesquisas com vários produtos fármacos, materiais nano estruturados para sensores e nano partículas magnéticas, aliando aos Estados Unidos, Europa, China, América Latina e Japão. Neste sentido, o presente trabalho teve como objetivo realizar uma revisão bibliográfica acerca da nanotecnologia dos alimentos. A revisão bibliográfica foi realizada através de artigos científicos e livros. Desta forma verifica-se a existência de vários estudos com a finalidade de desenvolver bioprodutos nanoencapsulados com aplicabilidade em vários setores. E exemplo o setor da agropecuária, pesquisadores da EMBRAPA, unidade São Carlos-SP, estudam o uso de películas invisíveis comestíveis para a proteção de frutas e legumes. Assim, afirma-se que as Nanotecnologias se constituem na revolução tecnológica em andamento. Apesar de estas tecnologias mostrarem o potencial de propiciar alguns benefícios significativos aos consumidores é extremamente importante fazer pesquisas detalhadas e completas sobre as potenciais implicações de saúde e segurança, a fim de garantir que os possíveis riscos sejam identificados.

Palavras-Chave: Nanotecnologia, Revolução Tecnológica, Micropartícula.

ABSTRACT: Brazil has conducted several studies with several drug products, nano materials structured to sensors and nano magnetic particles, joining the United States, Europe, China, Latin America and Japan. In this sense, this study aimed to carry out a literature review on the nanotechnology food. The literature review was conducted through scientific papers and books. Thus it appears that there are several studies in order to develop bioproducts nanocapsules can be applied in various sectors. And the example of the agricultural sector, EMBRAPA, São Carlos-SP unit, study the use of invisible edible films for the protection of fruits and vegetables. Thus, it is claimed that nanotechnologies constitute the technological revolution in progress. While these technologies show the potential to deliver some significant benefits to consumers is extremely important to make detailed and complete research on the potential health and safety implications, to ensure that potential risks are identified.

Keywords: Nanotechnology, Technological Revolution, Microparticles.

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A nanotecnologia tem atraído o interesse de inúmeros grupos de pesquisa em todo o mundo, devida as inúmeras vantagens nos diversos setores industriais. O Brasil tem realizado várias pesquisas e desenvolvidos vários produtos expandindo suas pesquisas se aliando aos Estados Unidos, Europa, China, América Latina e Japão, fazendo parte da Rede de Nanotecnologia, a qual é formada por três sub-redes: nano partículas para liberação controlada de fármacos, materiais nano estruturados para sensores e nano partículas magnéticas.

A promessa dessa área espantosa que é a nanotecnologia é a capacidade para processar alimentos naturalmente perniciosos para o organismo humano como: hambúrgueres, gelados, chocolates, enfim tudo aquilo que consumido em excesso tem efeitos negativos na nossa saúde e de tornar estes alimentos em saudáveis sem afetar o seu sabor. Outros benefícios potenciais que são proporcionados pela nanotecnologia são eles: sensor de contaminação, melhoras no estoque de alimentos, potencialização de nutrientes, embalagens ecológicas, textura, sabor e identificação e eliminação de bactérias.

Neste contexto, o presente trabalho teve como objetivo realizar uma revisão bibliográfica acerca da nanotecnologia dos alimentos.

2 MATERIAL E MÉTODOS

Este trabalho tratou-se de uma revisão bibliográfica realizada através de artigos científicos e livros.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

O prefixo “nano” vem do grego e significa “anão”. Após toda a ciência na escala “micro” (pequeno em grego) desenvolvida a partir do século XVII, inaugura-se agora a era “nano”. Sai micropartícula entra agora nano partícula que é igual a um milímetro dividido por um milhão.

Em 1986, o mundo da observação nano teve início, com o advento do microscópio de força atômica: podia-se agora observar a matéria no nível do átomo, nascia a nanociência. As vantagens desse novo mundo minúsculo são várias, entre elas a facilidade para a miniaturização.

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O nanômetro (abreviado nm) é a bilionésima parte do metro, ou seja: 10-9 do metro, ou seja: o número 1/1.000.000.000, ou, ainda: 0, 000 000 001 m, ou ainda que o nanômetro é nove ordens de grandeza menor que o metro. Para se ter uma ideia destas grandezas, ou melhor – o senso da nanoescala, vejamos alguns exemplos um fio de cabelo humano tem cerca de 50.000 nanômetros; célula de uma bactéria tem cerca de algumas centenas de nanômetros; 10 átomos de hidrogênio, alinhados, perfazem 1 nanômetro.

Vários estudos estão sendo realizados afim de desenvolver bioprodutos nanoencapsulados com aplicabilidade em vários setores. No setor da agropecuária, pesquisadores da EMBRAPA, unidade São Carlos-SP, estudam o uso de películas invisíveis comestíveis para a proteção de frutas e legumes (Figura 1). Peras, maçãs, goiaba fatiada, alho descascado, nozes e macadâmias têm tido resultados promissores. Com a película, as frutas demoram até 20 dias para começar a apodrecerem. A idéia principal é aumentar o tempo de prateleira de produtos perecíveis em 100% em média (DIÁRIO DA SAÚDE, 2010).

Figura 1. Representa as nanopartículas microscopicamente.

Fonte: diariodasaude.com.br

Uma das grandes vantagens da utilização das películas protetoras comestíveis é evitar o desperdício. Segundo dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e

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Abastecimento, o Brasil perde cerca de 35% de todas as frutas e legumes que produz. Além disso, a utilização dessa inovação pode agregar valor à frutas e hortaliças brasileiras destinadas à exportação (DIÁRIO DA SAÚDE, 2010).

Os alimentos são banhados em uma solução (Figura 2) e depois secos naturalmente. Ao secar, um filme invisível se forma na superfície, protegendo os alimentos (Figura 3). Isso só é possível devido ao tamanho nanométrico das partículas que compõem as películas. Após a imersão no líquido, elas ficam recobertas por um filme fino, que funciona como uma barreira de proteção ao reduzir a quantidade de oxigênio que entra e a de gás carbônico que sai, o que evita a perda de água. Quando a fruta é lavada em água corrente o biofilme é totalmente eliminado. (ERENO, 2004).

São dois tipos principais de filmes comestíveis: um a base de proteínas do milho e outro à base de quitosana (polissacarídeo de origem animal). Cada película é indicada a um tipo de alimento (DIÁRIO DA SAÚDE, 2010).

Figura 2. Representação da fruta recebendo o filme comestível.

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28 Figura 3. Fruta parcialmente protegida com o biofilme comestível.

Fonte: cnpdia.embrepa.br.

Diversas outras pesquisas comprovam a importância da nanotecnolgia para os alimentos, como a microencapsulação de própolis, onde o mesmo foi processado até obter um pó que tornou o produto isento de álcool e com gosto e aroma atenuados (podendo ser introduzido no alimento (Figura 4). O pão TipTop produzido na Austrália (Figura 5), onde foram incorporadas nanocápsulas de Ômega 3 a fim de elevar a função de suplemento alimentar (AGENDA SUSTENTÁVEL, 2007).

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29 Fonte: perfecta.com.br.

Figuras 6 e 7. Embalagens plásticas inteligentes e Agrotóxicos com nanopartículas.

Fonte: comprar-vender.mfrural.com.br.

Entre as muitas possíveis aplicações da nanotecnologia na indústria da agroindústria, destacam-se as embalagens inteligentes (Figura 6), estas podem alertar o consumidor quando o seu conteúdo está vencido ou contaminado adaptando-se as mudanças no ambiente, ou a sua própria deterioração, corrigindo aberturas ou rasgos, além de serem antimicrobianas, e o uso de agrotóxicos nanoencapsulados, que está sendo patenteado por BASF, Bayer, Crop Science, Syngenta e Monsanto (Figura 7), que se dissolvem na água com maior durabilidade, requerem menor quantidade de produto ativo e têm maior poder letal, ou alcançam exclusivamente o objetivo, sem maiores efeitos secundários anunciados (FOLADORI E INVERNIZZI, 2007).

Estudos recentes que examinam a toxidade dos nanomateriais produzidos nos cultivos de células e animais mostram que o tamanho, a área de superfície, a química de superfície, a solubilidade e possivelmente a forma, tudo isso desempenha um papel na determinação do potencial prejudicial dos nanomateriais.

Outras das dificuldades enfrentadas pelo regulamento é a dedicação marginal de fundos à pesquisa de riscos. Estima-se que do total do orçamento destinado à nanotecnologia no mundo, menos de 4% está orientado para pesquisar riscos

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potenciais para saúde, para o meio ambiente ou suas implicações legais, éticas, sociais e econômicas (PROPHETARUM, 2008). No entanto, os estudos de que se dispõem até o momento são ainda limitados. A escassa informação sobre a caracterização, bioacumulação, potenciais efeitos tóxicos após a ingestão e impacto a longo prazo na Saúde Pública, dificulta a adequada avaliação dos riscos, necessária para estabelecer uma legislação específica para os produtos NT, que protejam os consumidores dos riscos de exposição aos mesmos (FOLADORI E INVERNIZZI, 2007).

4 CONCLUSÕES

As Nanotecnologias se constituem na revolução tecnológica em andamento. Apesar de estas tecnologias mostrarem o potencial de propiciar alguns benefícios significativos aos consumidores é extremamente importante fazer pesquisas detalhadas e completas sobre as potenciais implicações de saúde e segurança a fim de garantir que os possíveis riscos sejam identificados. A grande promessa da nanotecnologia é permitir uma engenharia de ingredientes de forma que os nutrientes atuem de forma mais eficaz no corpo humano, enquanto que impedem a passagem de outros elementos prejudiciais e menos desejáveis.

5 REFERÊNCIAS

DIÁRIO DA SAÚDE. Própolis com nanotecnologia melhora conservação de alimentos. 2012. Disponível em: <http://www.diariodasaude.com.br>. Acesso em: 17 set. 2012.

FOLADORI, G.; INVERNIZZI, N. Os trabalhadores da alimentação e da agricultura questionam as nanotecnologias. IIEP – São Paulo – Brasil. Junho de 2007.

Disponível em: <http://www.fundacentro.gov.br>. Acesso em: 17 set. 2012.

AGENDA SUSTENTÁVEL. Nanotecnologia na alimentação. HSM. Online. 2009. Disponível em: <http://www.parceirosvoluntarios.org.br>. Acesso em: 11 out. 2012.

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PROPHETARUM, C. A nova ameaça dos ONM. 17/05/2008. Disponível em: <http://movv.org>. Acesso em: 9 nov. 2012.

DURAN, N.; MORAIS, P. C.; MATTOSO, L. H. C. Nanotecnologia: introdução, preparação e caracterização de nanomateriais e exemplos de aplicação. São Paulo; Artliber, 2006. 208p.

OSWALDO, L. A. Nanotecnologia, nanociência e nanomateriais: quando a

distância entre presente e futuro não é apenas questão de tempo. PARCERIAS E STRATÉGICA. n. 18, ago. 2004.

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