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O PROCESSO DE ANÁLISE DE DADOS A PARTIR DE MENSAGENS EXTRAÍDAS DE UM AMBIENTE VIRTUAL

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Academic year: 2021

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ALMEIDA∗, Roseane - FACINTER ralmeida@fatecinternacional.com.br VOSGERAU∗∗, Dilmeire Sant’Anna Ramos - PUCPR dilmeire.vosgerau@pucpr.br Resumo

Neste trabalho, pretende-se demonstrar como um software de análise qualitativa de dados pode ser considerado uma poderosa ferramenta de organização dos dados e, principalmente, de auxílio à análise conceitual em uma pesquisa, além de facilitar a visualização dos dados, conceitos e conclusões no momento de sua apresentação. Esse artigo só foi possível devido às anotações do Diário de Bordo do pesquisador, no qual foi relatada, passo a passo, a utilização do ATLAS.ti, software de tabulação de dados qualitativos. O ATLAS.ti está sendo utilizado como instrumento para análise de dados no Projeto Cri@tividade, um projeto de pesquisa que tem como parceiros a PUCPR e a Secretaria Municipal de Educação de Curitiba (SME), cujo objetivo é formar os professores para integrar os recursos disponíveis no laboratório de informática à prática pedagógica desenvolvida em sala de aula. Neste subprojeto, por meio da análise das mensagens trocadas entre o tutor e os professores-alunos, dentro do ambiente TELEDUC, pretendeu-se responder a questões inerentes às ações tutoriais necessárias para o bom desenvolvimento do professor-aluno durante a capacitação. A análise dos dados permitiu observar que as mensagens eletrônicas (e-mails) trocadas entre tutor e aluno são práticas tutoriais que, além de acompanhar o aluno e orientá-lo, têm a função essencial de motivá-lo neste caminhada de individualidade física. Nossas reflexões sobre o processo metodológico da análise de dados permitiram-nos constatar que, mesmo tendo os dados já em formato digital, faz-se necessária uma preparação e organização minuciosa para que se possam conseguir os resultados esperados na pesquisa.

Palavras-chave: Educação a Distância; Tutor; ATLAS.Ti; Análise de Dados Qualitativos. Introdução

As práticas, ambientes e processos realizados na educação a distância têm gerado diversas pesquisas (SILVA; SANTOS, 2006). Essas pesquisas, algumas vezes, utilizam instrumentos para coleta de dados e outras vezes utilizam dados já existentes no ambiente de formação, como é o caso da presente pesquisa.

Neste trabalho, apresentamos o resultado da análise de mensagens trocadas entre o tutor e seus alunos, professores da educação básica, durante um curso de formação continuada, que utilizava o ambiente virtual TELEDUC, e tinha como finalidade formar os

Aluna de disciplina isolada no Programa de Pós-Graduação em Educação da PUCPR ∗∗ Professora Doutora do Programa de Pós-Graduação em Educação na PUCPR

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professores para integrar os recursos disponíveis no laboratório de informática à prática pedagógica desenvolvida em sala de aula.

É importante ressaltar que, neste artigo, destacamos os procedimentos metodológicos que foram necessários para o tratamento de informações oriundas de um ambiente virtual e que devem ser tratadas em um software de análise de dados qualitativos.

A princípio, poder-se-ia supor que este processo seria automático, pois a informação já está em formato digital, ao contrário de um material resultante de entrevistas, que precisariam ser transcritos ou até mesmos relatos de experiências, elaborados manualmente, que precisariam ser digitados. No entanto, como relatamos a seguir existe um processo de preparação e tomada de decisão que se faz necessário, para que possamos extrair o maior número de informações dos dados coletados.

Neste artigo, primeiramente, para contextualizar a pesquisa, apresentamos uma pequena síntese da função da tutoria na educação a distância, para que o leitor possa compreender a origem e volume dos dados trabalhados.

Em seguida, apresentamos e discutimos as etapas necessárias para análise desses dados.

A Tutoria na Educação a Distância

Preti (2002, p. 30) afirma “não haver unanimidade no que se entende por Educação a Distância”. Aretio (1996, p. 31-32), por sua vez, ressalta “a dificuldade de encontrar uma definição de educação (ou ensino) a distância, devido ao que entendemos por distância (grifo do autor)”. No entanto, conceitua o ensino a distância como

um sistema tecnológico de comunicação bidirecional, que pode ser massivo e que substitui a interação pessoal na aula do professor e aluno como meio preferencial de ensino, pela ação sistemática e conjunta de diversos recursos didáticos e o apoio de uma organização e tutoria, que propiciam o aprendizado independente e flexível dos estudantes (ARETIO, 1996, p. 50).

Dentro desse conceito, encontram-se algumas características consideradas fundamentais ao processo educativo a distância:

• Aluno e professor separados no tempo e no espaço.

• Interação entre professor/aluno, aluno/professor e aluno/aluno mediatizado por

meios tecnológicos.

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Observa-se nestes três itens que o processo de tutoria e a ação de um medidor, na figura de professor/tutor, é essencial ao processo.

As instituições que desenvolvem cursos na modalidade a distância necessitam discutir e elaborar uma ação tutorial visando ao atendimento das especificidades locais regionais, dos programas nos vários cursos que pretende realizar. Não há, portanto, um modelo de tutoria a ser seguido. No entanto, podemos citar algumas contribuições que vêm fundamentando o trabalho de tutoria em nosso país.

No sistema de EAD, o tutor tem um papel relevante, pois é através dele que se garante a inter-relação personalizada e contínua do estudante no sistema e se realiza a articulação necessária entre os elementos do processo e à consecução dos objetivos. [...] O professor ao desempenhar o papel de tutor realiza sua ação educativa como mediador, incentivador e investigador do conhecimento, da própria prática e da aprendizagem individual e grupal (MARTINS, 2002, p. 31-32).

Martins (2002) deixa explícito que os objetivos de um curso em EAD concretizam-se pela ação do tutor. Nesse sentido, evidencia-se um caráter abrangente que alicerça a ação tutorial. Tratando-se da construção do saber, ela considera ainda que a tutoria é marcada pelo trabalho de estruturar os componentes de estudo, indicar e orientar as leituras, esclarecer dúvidas, estimular e provocar o participante a construir o seu próprio conhecimento.

O Professor-Tutor realiza uma contribuição especial ao aluno diante do desenvolvimento dos conteúdos de estudo: de um lado, lhe ajuda e lhe facilita na compreensão da matéria de estudo; e por outro, lhe assessora e lhe orienta no uso de estratégias e recursos de aprendizagem para incrementar suas destrezas no estudo independente (ARETIO, 1996, p. 264).

Aretio (1996) reconhece ainda que, deve haver uma autonomia pessoal para os estudos, uma independência por parte dos alunos para buscar o necessário ao seu desenvolvimento, tanto no que se refere à aprendizagem, como também um desenvolvimento enquanto ser humano. É da múltipla visão de aprender autonomamente, embora com criteriosa observação, que o aluno pode formular, com segurança, repostas adequadas, proporcionando-lhe novos conhecimentos ou, pelo menos, diferenciados campos e interpretação. O incentivo e a segurança para esta prática quem propicia é o tutor.

O conceito de tutoria deve ser entendido como uma finalidade muito concreta que parte de um seguimento global para atender os diferentes aspectos do desenvolvimento, maturação, orientação e aprendizagem dos alunos, [...] (CASTILHO ARREDONDO, 1998, p. 198).

Embora formulado de maneira diferente, podemos perceber, nos três autores, a premissa de que o tutor, na modalidade de Educação a Distância, não é a fonte do

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conhecimento, mas sim o recurso humano mais próximo do aluno. É o ponto permanente de onde o aluno encontra ajuda em seus estudos, motivação e apoio em seu esforço pessoal, influenciando, portanto, sua aprendizagem.

A atividade de tutoria exige, portanto, um novo perfil do profissional de educação no contexto da Educação a Distância. Pode-se afirmar que se abre um leque de possibilidades de atuação do tutor, precisando ir além do simples fato de estar ligado apenas a uma disciplina, mas necessita estar inserido de maneira ampla no processo educacional, assumindo a importância do seu papel, pois será ele o agente capaz de efetivar tal processo.

A ação do tutor nos cursos a distância mediados por tecnologias normalmente se desenvolve ao longo das participações realizadas no fórum e trocas de mensagens eletrônicas dentro de um ambiente virtual, como é o caso do curso de formação de professores em questão. Essas mensagens geram um grande volume de informação e, no caso do curso analisado, corresponde a textos que variam entre 2 a 8 linhas (21 páginas de texto). Isso representa um grande desafio ao pesquisador que precisa, muitas vezes, desenvolver habilidades tecnológicas para garantir tratamento rigoroso dos dados coletados.

A Preparação dos Dados: a exigência de habilidades tecnológicas

Bardin (1977, p. 95) apresenta três momentos na preparação dos dados: “a pré-análise; a exploração do material; o tratamento dos resultados, a inferência e a interpretação”.

Ressaltamos que quando Bardin (1977) propôs eses momentos, a utilização de softwares no tratamento qualitativo de dados não era ainda um recurso habitual, no entanto, estas mesmas fases fazem-se presentes na preparação para a análise utilizando um recurso informático.

A preparação dos dados para análise iniciou com a cópia das mensagens em um único documento. Um procedimento aparentemente fácil, de fato, operacionalmente muito fácil. Porém, nesse momento, já surgiram as primeiras dúvidas, pois o modo como as mensagens fossem copiadas para um único documento poderia refletir, positiva ou negativamente, no momento em que os dados fossem transferidos para o ATLAS.ti. Para Bauer (2003, p. 21), esse é o momento “da construção dos dados” e esta construção é necessária, sejam os dados em formato de textos, imagem ou materiais sonoros.

Optou-se por copiar as mensagens em ordem cronológica, dessa forma, seria possível acompanhar a evolução dos alunos ou dos tutores, inclusive de cada um dos participantes, durante o curso. Seria possível também analisar o tipo de questionamento realizado pelos alunos num determinado período do curso, por exemplo: perguntas mais freqüentes nas

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vésperas de entrega de material que seria utilizado na avaliação, nas vésperas dos encontros presenciais e após esses eventos. Havia ainda a possibilidade de analisar o relacionamento entre tutores e alunos por e-mail, por exemplo: se havia afetividade, motivação, troca de informações, produção de conhecimento, entre outras inúmeras possibilidades de indicadores, criados de acordo com o referencial sobre tutoria na educação a distância utilizado pelo pesquisador1.

As mensagens também foram salvas por páginas – cada página foi salva em um arquivo – em arquivos com a extensão “.doc”, para serem abertos no editor de textos Word. Isso possibilitaria voltar às mensagens originais, caso fosse necessário. Esse procedimento é uma segurança na medida em que durante a coleta de dados do ambiente TELEDUC, no manuseio dos dados, pode ocorrer uma falha no programa, no computador e até mesmo por um erro do pesquisador, parte dos dados pode ser perdida. De fato, esse recurso foi utilizado durante a preparação dos dados.

O segundo passo, da preparação dos dados, foi o processo de codificação dos sujeitos envolvidos na pesquisa. A codificação dos sujeitos faz-se necessária para preservar a identidade dos participantes. O código utilizado foi “S”, de “Sujeito”, seguido do numeral seqüencial a partir do 001. Foram codificados os participantes de S001 até S118, sem distinção entre aluno e professor. Haveria mais imparcialidade na pesquisa se desde a codificação dos sujeitos não se soubesse quem era aluno ou tutor.

Conforme os sujeitos apareciam no documento, com as mensagens em ordem cronológica, os participantes eram codificados. Uma tabela foi criada com o nome completo do participante e seu respectivo código. Havendo a necessidade de saber quem era o sujeito, a tabela poderia ser consultada.

Foi utilizado o recurso “substituir” do Word, para que fosse substituído de uma única vez aquele nome pelo seu código em todo o documento. Constatou-se a importância do uso das ferramentas e aplicativos da informática em pesquisas qualitativas. Segundo Bauer (2003), as diversas possibilidades de uso do computador no processo de organização e tratamento dos dados coletados trazem segurança, agilidade e confiabilidade à pesquisa.

Ao mesmo tempo em que a codificação era realizada, retiravam-se palavras, termos ou frases que não influenciariam na pesquisa, por exemplo, a frase que aparecia no início de cada página do fórum “O trabalho pedagógico no laboratório de informática. Correio –

1 Os exemplos de análises aqui apresentados são de suma importância para a pesquisa sobre a Atuação do Tutor

no Curso de Capacitação de Professores para o Trabalho nos Laboratórios de Informática da rede Municipal de Ensino – Projeto Cri@tividade, pois revela a atuação do tutor, criando indicadores a serem considerados na preparação de um profissional para exercer tal tarefa.

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Visualizando mensagens selecionadas. Busca. Ajuda”, as mensagens com anexo que sempre apresentavam a frase “*Arquivos anexos às mensagens não serão salvos”. As palavras que iniciavam cada mensagem “Remetente Destinatários Data”. Esse procedimento é mais um passo na preparação dos dados, que pode ser chamado de “limpeza” do documento, para inserir no ATLAS.ti somente aquilo que é pertinente à pesquisa, além, é claro, de diminuir o documento com os dados a serem trabalhados. Na pesquisa em questão, o primeiro documento tinha 1693 kBb, enquanto que o documento inserido na ATLAS.ti tinha 484 kB. A Análise Textual

A segunda fase já acontece dentro do ATLAS.ti e existem dois fatores que podem dificultar a utilização desse software: o primeiro deles é o fato do ATLAS.ti ser um software cuja licença tem custo de aquisição; o segundo fator é a barreira da língua. O software é em Inglês e o manual não tem tradução em Português.

Esta fase inicial dentro do ATLAS.ti pode ser denominada como fase de codificação ou fase de análise textual. É nela que o projeto que contemplará o problema de investigação será criado. Este projeto é denominado Unidade Hermenêutica – Hemerneutic Unit2.

Nesta etapa de criação do projeto, é de primordial importância que o pesquisador saiba utilizar o Windows Explorer, para criação e organização da pasta que conterá o projeto e os documentos que serão analisados. O desconhecimento ou mau uso desta ferramenta, com ações como renomear ou mudar a localização de arquivos já atribuídos ao projeto, pode ocasionar a perda dos dados durante a codificação, fato este muitas vezes desmotivador para um pesquisador inexperiente na utilização do software.

Seguindo a criação do projeto, os documentos primários – Primary Documentsdevem ser associados a ele (Figura 1). Os documentos primários são as mensagens que foram coletadas do ambiente TELEDUC e tratadas no Word. Para a associação dos documentos primários, é importante que o pesquisador saiba exatamente onde – em qual pasta – ele organizou e preparou os documentos para análise. É comum, nesta fase, o pesquisador não localizar os seus arquivos, dando-se conta, neste momento, de que precisa ampliar seus conhecimentos tecnológicos para utilizar um software de análise de dados qualitativos.

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Figura 1 - Associando documentos primários.

Após a associação dos documentos, passa-se, então, à fase de criação dos elementos necessários para a análise de dados: códigos – codes, citações – quotation, memórias auxiliares – memos. Partindo então para o estabelecimento de ligações entre estes elementos.

No momento da criação dos “codes” e “memos” e seleção das “quotations”, é preciso ter bem claro e sempre em mente o objetivo da pesquisa para a seleção das frases ou palavras que levarão à identificação do problema de investigação proposto (BARDIN, 1977). No caso de uma pesquisa exploratória, como é o caso desta pesquisa, alguns códigos têm como origem o referencial teórico adotado, outros nasceram da exploração dos dados.

“Codes” são palavras ou frases curtas diretas (Figura 2), que se explicam por si só. Por exemplo, para a pesquisa sobre a Atuação do Tutor no Curso de Capacitação de Professores para o Trabalho nos Laboratórios de Informática da rede Municipal de Ensino – Projeto Cri@tividade, era interessante observar se havia afetividade entre professores-alunos e tutores no ambiente virtual de aprendizagem do Teleduc, o fórum. Então, criou-se uma “code” “Afetividade”. Seria muito interessante saber quais as dificuldades dos alunos no desenvolver das atividades, dessa forma, criou-se uma “code” “Dificuldades nas atividades propostas”. Assim como foi criada a “code” “Orientação”, para ser analisado como e quais eram as orientações transmitidas pelo tutor ao professor-aluno.

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Figura 2 - Lista de códigos para a análise das mensagens.

Uma sugestão importante na codificação é, além da criação dos códigos referentes ao problema pesquisado, a criação de um código para cada sujeito. Esta codificação permite que possamos comparar mais facilmente as informações codificadas para cada sujeito participante da pesquisa.

Nessa pesquisa, optou-se por incluir mais dois caracteres em cada código de sujeito. O sujeito S001 foi recodificado como W-S001. A opção da letra “W” justifica-se pela ordem alfabética. Primeiro que dificilmente haveria uma “code” com uma palavra iniciada por “w”, segundo, todos os sujeitos apareceriam ao final da relação de “codes”, não se misturando, dessa forma, aos códigos que são efetivamente utilizados a todo o momento na análise.

Durante a leitura do material, criam-se os “codes” e os associam as “quotations”, que são as citações – frases das mensagens que o código identifica (Figura 3).

O processo de associação dos “codes” às “quotations” é realizado com a leitura extremamente atenciosa de cada mensagem. Para cada ação identificada, tendo como base o objetivo de pesquisa, é criada uma relação entre o “code” e a “quotation”.

Toda vez que a ação referente a uma “code” já criada se repetir em outras mensagens, marca-se também essa nova ação com aquele “code” existente. O próprio software encarrega-se de contar quantas vezes uma “code” aparece no documento.

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Figura 3 - "Code" associada à "quotation".

O mesmo procedimento é adotado para a criação das “memos”, porém, esta tem um objetivo diferente perante a análise. As “memos” (Figura 4) são “memórias adicionais” que utilizamos para lembrar uma citação, um autor que nos ajudará no momento da análise conceitual, ou até mesmo na escrita do texto.

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Enquanto as “Codes” são palavras ou frases curtas diretas que se explicam por si só, as “memos” são as explicações sobre uma ação, inclusive, se necessário for, referenciando autores e conceitos.

A Análise Conceitual

A última etapa dentro do Atlas.ti corresponde à analise conceitual. Nesta etapa, os “codes”, as “quotations”, as “memos” são organizadas em teias – “Networks” (Figura 5), permitindo, assim, ao pesquisador, ter uma visão geral das informações codificadas.

Figura 5 - Exemplo da teia.

Estas teias ajudarão o pesquisador a estabelecer relações, comparar sujeitos e gerar teorias a partir dos dados analisados.

Considerações Finais

Ao se trabalhar no ATLAS.ti com o foco sempre voltado para o objetivo da pesquisa, hipóteses que não haviam sido elaboradas, talvez nem mesmo pensadas, surgem no momento da criação de “codes”, “memos”, “networks”, “families”, “âncoras”, “teias” e outros recursos de análise conceitual e apresentação de resultado.

Essa possibilidade de ver emergir ações ou fatos que o pesquisador até o momento não observava, é uma característica própria do uso que se faz das ferramentas do ATLAS.ti e, sem dúvida, um elemento decisivo para a utilização desse software em uma pesquisa.

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Ainda, se o desejo do pesquisador for, por exemplo, a demonstração de como se relacionam ou se correlacionam determinados conceitos, justifica-se a utilização do ATLAS.ti.

REFERÊNCIAS

ARETIO, Lorenzo Garcia. La educación a distancia y la UNED. Madrid: UNED, 1996. ARREDONDO, Santiago Castilho; TORRES GONZÁLES, Jose Antonio. Acción tutorial en los centros educativos: formación y prática. Madrid: UNED, 1998.

BAUER, Marin W.; GASKELL, George. Pesquisa qualitativa com texto, imagem e som. Petrópolis: Vozes, 2003.

BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 1977.

MARTINS, Onilza Borges. Teoria e prática tutorial em educação a distância. Curitiba: IBPEX, 2002.

PRETI, Oreste. Fundamentos e políticas em educação a distância. Curitiba: IBPEX, 2002. SILVA, Marco; SANTOS, Edméa. Avaliação da aprendizagem online. São Paulo: Loyola, 2006.

Referências

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