• Nenhum resultado encontrado

DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCÍCIOS TRF-2ª Região Aula 01 Inquérito / Ação Penal Prof. Pedro Ivo. Aula 01

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCÍCIOS TRF-2ª Região Aula 01 Inquérito / Ação Penal Prof. Pedro Ivo. Aula 01"

Copied!
96
0
0

Texto

(1)

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Pedro Ivo 1

Aula 01

Direito Processual Penal

Inquérito Policial / Ação Penal

Professor: Pedro Ivo

(2)

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Pedro Ivo 2

Caros alunos de todo o Brasil, sejam bem-vindos a nossa primeira aula!

Começaremos nosso curso com um tema importante e que é objeto de

questionamento por praticamente todas as bancas de prova: O inquérito

policial.

É um assunto interessante e que constantemente lemos nos jornais e

escutamos falar nos telejornais... O problema é que muitas vezes tal tema é

tratado de uma maneira incorreta e esses erros acabam ficando na cabeça.

Observe o texto publicado pelo jornal “o globo”:

“A origem das balas com cocaína que levaram 17 crianças e adolescentes a

passar mal em uma escola municipal de Santo Antonio da Posse vai ficar sem

resposta. A polícia decidiu nesta quinta-feira arquivar o inquérito que apurava o

caso.”

Será que este texto está correto? Será que a autoridade policial pode arquivar o

inquérito?

Bom, estas e outras perguntas serão respondidas no decorrer da aula e, ao

final, você começará a prestar mais atenção nas notícias... Afinal, só mesmo

concurseiros “de carteirinha” ficam procurando (e encontrando) erros que quase

ninguém acha nos jornais!!!

Dito isto, vamos ao que interessa?

Bons estudos!!!

***************************************************************

1.1 CONCEITO

Constantemente vemos na sociedade fatos que são claramente infrações

penais, entretanto não é possível, de pronto, a determinação da autoria e a

configuração correta do delito.

Assim, surge no ordenamento jurídico, mais precisamente no Código de

Processo Penal (CPP), a figura do inquérito policial, um

PROCEDIMENTO

ADMINISTRATIVO

que tem por finalidade o levantamento de informações a

fim de servir de base à ação penal ou às providências cautelares.

(3)

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Pedro Ivo 3

Você deve se lembrar do triste caso da menina Isabella Nardoni onde ouvimos

falar muito no inquérito. Qual era a real finalidade deste procedimento?

A finalidade era a apuração dos autores do delito e a definição de como

efetivamente ele ocorreu, a fim de propiciar a atuação do Ministério Público.

Conforme lição do saudoso Prof. Mirabete, o “inquérito policial é todo

procedimento policial destinado a reunir os elementos necessários à apuração

da prática de uma infração penal e de sua autoria. Trata-se de uma instrução

provisória, preparatória, informativa em que se colhem elementos por vezes

difíceis de obter na instrução judiciária...“.

Regra geral, os inquéritos são realizados pela Polícia Judiciária (Polícias Civis e

Polícia Federal) e são presididos por delegados de carreira, entretanto o art. 4º,

parágrafo único, do Código de Processo Penal deixa claro que existem outras

formas de investigação criminal como, por exemplo, as investigações efetuadas

pelas Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI) e o inquérito realizado por

autoridades militares para apurar infrações de competência da Justiça Militar

(IPM).

Art. 4º A polícia judiciária será exercida pelas autoridades

policiais no território de suas respectivas circunscrições e terá por

fim a apuração das infrações penais e da sua autoria.

Parágrafo único. A competência definida neste artigo não

excluirá a de autoridades administrativas, a quem por lei

seja cometida a mesma função. (grifo nosso)

1.2 CARACTERÍSTICAS

 PROCEDIMENTO ESCRITO

Conforme dito anteriormente, a grande finalidade do inquérito é servir de

base para uma posterior ação penal.

Desta forma o art. 9º do CPP deixa claro que as peças do inquérito serão

reduzidas a escrito ou datilografadas, não sendo possível a ocorrência de

uma investigação verbal.

Art. 9

o

Todas as peças do inquérito policial serão, num só

processado, reduzidas a escrito ou datilografadas e, neste caso,

rubricadas pela autoridade.

(4)

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Pedro Ivo 4

OBSERVAÇÃO: Algumas vezes você encontrará a expressão “o

depoimento foi REDUZIDO A TERMO”. Isso só quer dizer que foi escrito

ou datilografado.

 PROCEDIMENTO SIGILOSO

O CPP no seu art. 20 nos diz:

Art. 20. A autoridade assegurará no inquérito o sigilo necessário à

elucidação do fato ou exigido pelo interesse da sociedade.

O sigilo é um elemento de que dispõe a autoridade policial para facilitar

seu trabalho na elucidação do fato.

Tal sigilo encontra-se extremamente atenuado, pois, segundo

entendimento do STF, é um direito do advogado examinar, em qualquer

repartição policial, mesmo sem procuração, autos de flagrante e de

inquérito, findos ou em andamento.

É importante ressaltar que para os atos que dependem de autorização

judicial, segundo a CF (escuta, interceptação telefônica etc.), o advogado

só terá acesso se possuir PROCURAÇÂO ESPECÍFICA. Neste sentido já se

pronunciaram por diversas vezes o STF e o STJ.

Também é permitido o acesso total aos autos ao Ministério Público e ao

Juiz.

O sigilo deverá ser observado também como uma forma de preservar a

intimidade do investigado, resguardando-se seu estado de inocência.

Devido a esta presunção, dispõe o CPP em seu Art. 20, Parágrafo Único:

Art. 20 [...]

Parágrafo único. Nos atestados de antecedentes que lhe forem

solicitados, a autoridade policial não poderá mencionar quaisquer

anotações referentes a instauração de inquérito contra os

requerentes, salvo no caso de existir condenação anterior.

O inquérito policial é público, não podendo a autoridade policial impor sigilo, ainda que necessário à elucidação do fato.

Gabarito: ERRADA

(5)

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Pedro Ivo 5

 INDISPONIBILIDADE

Nos termos do art. 17 do CPP, a autoridade policial não poderá mandar

arquivar autos de inquérito.

Este é um ponto que gera inúmeras dúvidas, pois se contrapõe ao que

normalmente imaginamos como válido. Entretanto, fique tranquilo que

tudo ficará claro quando tratarmos, especificamente, do arquivamento.

 OFICIOSIDADE

O início do inquérito independe de provocação e DEVE ser determinado

de ofício quando houver a notícia de um crime. A oficiosidade decorre do

princípio da legalidade (ou obrigatoriedade) da ação pública.

Existem algumas ações para as quais o inquérito não segue este princípio,

mas voltaremos neste assunto quando tratarmos das espécies de ação.

É importante frisar que não é por toda notícia que deverá ser instaurado

imediatamente o inquérito, sendo razoável uma avaliação preliminar para

determinar se o ato noticiado realmente constitui crime. Entretanto, a

requisição de instauração do inquérito por parte do Ministério Público ou

do Juiz tem natureza de ordem e não deve ser questionada ou verificada

pela autoridade policial.

***A autoridade policial poderá promover o arquivamento do IP, desde que comprovado cabalmente que o indiciado agiu acobertado por uma causa excludente da ilicitude ou da culpabilidade

Gabarito: ERRADA

CAIU EM PROVA!

***A requisição do MP para instauração do IP tem a natureza de ordem, razão pela qual não pode ser descumprida pela autoridade policial, ainda que, no entender desta, seja descabida a investigação.

Gabarito: CORRETA

(6)

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Pedro Ivo 6

 OFICIALIDADE

Somente órgãos de direito público podem realizar o inquérito policial.

Ainda quando a titularidade da ação penal é atribuída ao particular

ofendido (ação penal privada), não cabe a este a efetuação dos

procedimentos investigatórios.

 INQUISITIVO

ATENÇÃO

 ESTA É A CARACTERÍSTICA MAIS EXIGIDA EM

PROVA!!!

É inquisitivo o procedimento em que as atividades visando à elucidação do

fato e à determinação da autoria ficam concentradas em uma única

autoridade, no caso a figura do Delegado de Polícia. Este poderá,

discricionariamente, decidir como vai proceder para alcançar a finalidade

do inquérito.

Durante o inquérito não há que se falar em contraditório e ampla

defesa, pois ainda não existe acusado e o indiciado não é sujeito de

direitos, mas objeto de investigação.

O ilustre mestre Alexandre de Moraes dispõe que:

"O contraditório nos procedimentos penais não se aplica aos inquéritos

policiais, pois a fase investigatória é preparatória da acusação,

inexistindo, ainda, acusado, constituindo, pois, mero procedimento

administrativo, de caráter investigatório, destinado a subsidiar a atuação

do titular da ação penal, o Ministério Público".

***Pelo fato de o IP ser um procedimento administrativo de natureza inquisitorial, a autoridade policial tem discricionariedade para determinar todas as diligências que julgar necessárias ao esclarecimento dos fatos, pois a persecução concentra-se, durante o inquérito, na figura do delegado de polícia.

GABARITO: CORRETA

CAIU EM PROVA!

ATENÇÃO!!!

O ÚNICO INQUÉRITO QUE ADMITE O CONTRADITÓRIO É O INSTAURADO PELA POLICIA FEDERAL, A PEDIDO DO MINISTRO DA JUSTIÇA, OBJETIVANDO A EXPULSÃO DE ESTRANGEIRO. (LEI Nº. 6.815/80).

(7)

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Pedro Ivo 7

Do exposto podemos resumir:

1.3 INCOMUNICABILIDADE

A incomunicabilidade do investigado está regulamentada no art. 21 do Código

de Processo Penal nos seguintes termos:

Art. 21. A incomunicabilidade do indiciado dependerá sempre de

despacho nos autos e somente será permitida quando o interesse

da sociedade ou a conveniência da investigação o exigir.

Parágrafo único. A incomunicabilidade, que não excederá de três

dias, será decretada por despacho fundamentado do Juiz, a

requerimento da autoridade policial, ou do órgão do Ministério

Público, respeitado, em qualquer hipótese, o disposto no artigo 89,

inciso III, do Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil.

A jurisprudência majoritária inclina-se para a inconstitucionalidade do

dispositivo.

O mais forte argumento no sentido da não recepção deste dispositivo tem por

base o art. 136, § 3º, IV, da CF, segundo o qual, na vigência do estado de

defesa é vedada a incomunicabilidade do preso.

Parece evidente que se a Constituição proíbe a incomunicabilidade até mesmo

na vigência de um "estado de exceção" não seria nada razoável admiti-la em

condições normais como consequência de um simples inquérito policial.

Ademais, a incomunicabilidade afigura-se incompatível com as garantias

insculpidas no art. 5º da CF/88, mormente com as plasmadas em seus incisos

LXII ("a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão

comunicados imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à

pessoa por ele indicada") e LXIII ("o preso será informado de seus direitos,

entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da

família e de advogado").

(8)

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Pedro Ivo 8

Apesar das divergências, um aspecto é indiscutível: a incomunicabilidade

prevista no art. 21 do Código de Processo Penal não pode impedir o contado do

advogado com o preso. Prevê o art. 7º, III do Estatuto da Advocacia que

sempre será facultado ao advogado comunicar-se com seu cliente de forma

pessoal e reservada.

1.4 VALOR PROBATÓRIO

Digamos que determinado indivíduo, durante um inquérito, confessou ao

delegado de polícia a participação em um crime e tal confissão foi reduzida a

termo. Será que a decisão condenatória poderia ser apoiada exclusivamente

nesta confissão extrajudicial?

A resposta é não, pois, segundo o STF, não se justifica sentença condenatória

baseada unicamente no inquérito policial.

Realmente, agora que já sabemos que o inquérito policial é um procedimento

inquisitivo, não seguindo os princípios da ampla defesa e do contraditório, fica

fácil entender o

VALOR PROBATÓRIO RELATIVO

atribuído a tal

procedimento administrativo pela Suprema Corte.

Como peça meramente informativa, destinada tão somente a autorizar o

exercício da ação penal, não pode por si só servir de lastro à sentença

condenatória, sob pena de se infringir o princípio do contraditório, garantia

constitucional.

1.5 VÍCIOS

Os vícios do inquérito não contaminam ou ocasionam nulidades no processo. Tal

fato tem por base o caráter meramente informativo da fase inquisitorial.

Assim, se uma confissão foi obtida mediante tortura na fase do inquérito, esta

situação não será passível de gerar a anulação da ação penal.

***Eventuais nulidades ocorridas no curso do inquérito policial contaminam a subsequente ação penal.

GABARITO: ERRADA

CAIU EM PROVA!

(9)

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Pedro Ivo 9

1.6 A NECESSIDADE DO INQUÉRITO

Para se chegar à conclusão da obrigatoriedade ou não do inquérito policial basta

pensar na real finalidade de tal procedimento. Se, sem nenhuma investigação

policial, for possível a determinação da autoria e do fato, é razoável que esta

fase preliminar seja dispensada. O art. 39 § 5

o

, do CPP deixa claro esta não

obrigatoriedade:

Art. 39.[...]

§ 5

o

O órgão do Ministério Público dispensará o inquérito, se com

a representação forem oferecidos elementos que o habilitem a

promover a ação penal, e, neste caso, oferecerá a denúncia no

prazo de quinze dias. (grifo nosso)

No mesmo sentido já definiu o STF:

1.7 “NOTITIA CRIMINIS”

É a fase preliminar do inquérito policial. Conforme leciona o professor Fernando

Capez, dá-se o nome de notitia criminis (notícia do crime) ao conhecimento

espontâneo ou provocado, por parte da autoridade policial, de um fato

aparentemente criminoso. É com base nesse conhecimento que a autoridade dá

início às investigações.

1.7.1 CLASSIFICAÇÃO:

1. NOTITIA CRIMINIS DE COGNIÇÃO DIRETA OU IMEDIATA

Também chamada de espontânea ou inqualificada, caracteriza-se pela

inexistência de um ato jurídico formal de comunicação da ocorrência do

delito

Ocorre quando a autoridade policial toma conhecimento direto do ilícito

através de suas atividades de rotina, de jornais, pela descoberta do corpo do

delito, por comunicação da polícia preventiva, por investigações da polícia

judiciária, etc.

"O inquérito policial não é imprescindível ao oferecimento de denúncia ou queixa, desde que a peça acusatória tenha fundamento em dados de informação suficiente à caracterização da materialidade e autoria da infração penal (STF, RTF 76/741).

(10)

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Pedro Ivo 10

Nestes casos, a autoridade policial deve proceder a uma investigação

preliminar, com a máxima cautela e discrição, a fim de verificar a

verossimilhança da informação, somente devendo instaurar o inquérito na

hipótese de haver um mínimo de consistência nos dados informados.

2. NOTITIA CRIMINIS DE COGNIÇÃO INDIRETA OU MEDIATA

Também chamada de notitia criminis provocada ou qualificada. Ocorre

quando a autoridade policial toma conhecimento do ilícito por meio de algum

ato jurídico de comunicação formal do delito.

São exemplos de notitia criminis de cognição indireta:

 Delatio criminis simples  É a comunicação por escrito ou verbal,

prestada por pessoa identificada. (CPP, art. 5º, § 3

o

).

§ 3

o

Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da

existência de infração penal em que caiba ação pública

poderá, verbalmente ou por escrito, comunicá-la à autoridade

policial, e esta, verificada a procedência das informações,

mandará instaurar inquérito.

 Requisição da autoridade judiciária ou do Ministério Público (CPP,

art. 5º, II)

 Requisição do Ministro da Justiça  (CP, art. 7º, §3º, b)

 Representação do ofendido  (CPP, art. 5º, §4º)

3. NOTITIA CRIMINIS DE COGNIÇÃO COERCITIVA

Ocorre no caso de prisão em flagrante. Nesta hipótese, a comunicação do

crime é feita mediante a própria apresentação de seu autor por servidor

público no exercício de suas funções ou por particular.

(11)

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Pedro Ivo 11

O assunto pode ser resumido através do quadro abaixo que facilita a

memorização:

1.8 O INÍCIO DO INQUÉRITO POLICIAL

O início do inquérito dependerá do tipo de ação penal.

Sobre este tema, para a compreensão deste tópico, faz-se necessário

apresentar alguns breves apontamentos sobre a ação penal. Posteriormente,

aprofundaremos os conceitos.

1.8.1 ESPÉCIES DE AÇÃO PENAL

No nosso país as ações penais são divididas em dois grandes grupos:

C COOGGNNIIÇÇÃÃOO D DIIRREETTAAOOUU I IMMEEDDIIAATTAA C COOGGNNIIÇÇÃÃOO I INNDDIIRREETTAAOOUU M MEEDDIIAATTAA C COOGGNNIIÇÇÃÃOO C COOEERRCCIITTIIVVAA 1-ATIVIDADES ROTINEIRAS 2-JORNAIS 3-INVESTIGAÇÕES 4-CORPO DO DELITO 5-DELAÇÃO APÓCRIFA I INNEEXXIISSTTÊÊNNCCIIAADDEEUUMMAATTOO J JUURRÍÍDDIICCOOFFOORRMMAALL!!!!!! 1-DELATIO CRIMINIS 2-REQUISIÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO 3-REQUISIÇÃO DO MINISTRO DA JUSTIÇA 4-REPRESENTAÇÃO DO OFENDIDO E EXXIISSTTÊÊNNCCIIAADDEEUUMMAATTOO J JUURRÍÍDDIICCOOFFOORRMMAALL!!!!!! PRISÃO EM FLAGRANTE N NOOTTIITTIIAA C CRRIIMMIINNIISS

(12)

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Pedro Ivo 12

1. AÇÃO PENAL PÚBLICA

2. AÇÃO PENAL PRIVADA

Essa divisão atende a razões de exclusiva política criminal e é isso que

entenderemos agora através de exemplos.

Imaginemos que um indivíduo comete um homicídio. Este delito,

obviamente, importa sobremaneira a toda sociedade, pois, a partir de tal

fato, fica claro que há um indivíduo no mínimo desequilibrado solto na

sociedade.

Desta

forma,

a

ação

recebe

a

classificação

de

PÚBLICA

INCONDICIONADA

e não depende de qualquer pedido ou condição para

ser iniciada bastando o conhecimento do fato pelo Ministério Público.

Pensemos agora em outra situação em que uma mulher chega para um

homem e diz que ele é “mais feio que briga de foice no escuro”.

Neste caso, temos claramente um crime contra a honra e eis a pergunta: O

que este delito importa para a sociedade?

Na verdade, ele fere a esfera íntima do indivíduo e, devido a isto, o Estado

concede a possibilidade de o ofendido decidir se inicia ou não a ação penal,

atribuindo a este a titularidade. Temos aí a

AÇÃO PENAL PRIVADA

.

Em um meio termo entre a Pública Incondicionada e a Privada temos a

PÚBLICA CONDICIONADA.

Neste caso, o fato fere imediatamente a esfera íntima do indivíduo e

mediatamente (secundariamente) o interesse geral. Desta forma, a lei

atribui a titularidade da ação ao Estado, mas exige que este aguarde a

manifestação do ofendido para que possa iniciar a ação. Tal fato ocorre, por

exemplo, no delito de ameaça.

É IMPORTANTE RESSALTAR QUE A REGRA GERAL É A AÇÃO PENAL

PÚBLICA, SENDO A PRIVADA, A EXCEÇÃO.

1.8.1.1 AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA

É a ação que pode ser iniciada logo que o titular para impetrá-la tiver

conhecimento do fato, não necessitando de qualquer manifestação do

ofendido.

(13)

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Pedro Ivo 13

Exemplos de crimes perseguidos por ação pública incondicionada: roubo,

corrupção, seqüestro.

Sobre a titularidade para iniciar a ação dispõe o Código de Processo

Penal:

Art. 24. Nos crimes de ação pública, esta será promovida por

denúncia do Ministério Público, mas dependerá, quando a lei o

exigir, de requisição do Ministro da Justiça, ou de representação

do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo. (grifo

nosso)

Conforme o CPP a titularidade da ação pública incondicionada é do

Ministério Público, podendo instaurar o processo criminal independente da

manifestação de vontade de qualquer pessoa e até mesmo contra a

vontade da vítima ou de seu representante legal.

1.8.1.2 AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA

É a ação PÚBLICA cujo exercício está subordinado a uma condição. Essa

condição tanto pode ser a demonstração de vontade do ofendido ou de

seu representante legal (REPRESENTAÇÂO), como a REQUISIÇÃO do

Ministro da Justiça.

Neste tipo de ação, a TITULARIDADE, assim como na ação pública

incondicionada, é do Ministério Público.

São exemplos previstos no Código Penal: Perigo de contágio venéreo (art.

130), ameaça (art. 147), violação de correspondência comercial (art.

152), divulgação de segredo (art. 153), furto de coisa comum (art. 156),

etc.

1.8.1.3 AÇÃO PENAL PRIVADA

Neste tipo de ação, o delito afronta tão intimamente o indivíduo que o

ESTADO transfere a legitimidade ativa da ação para o ofendido. Perceba

que nesta transferência de legitimidade reside a diferença fundamental

entre a ação penal PÚBLICA E PRIVADA.

Neste tipo de ação o Estado visa impedir que o escândalo do processo

provoque um mal maior que a impunidade de quem cometeu o crime.

(14)

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Pedro Ivo 14

Exemplo de crime perseguido por ação privada: todos os crimes contra a

honra (calúnia, injúria, difamação - Capítulo V do Código Penal), exceto

em lesão corporal provocada por violência injuriosa (art. 145).

1.8.2 FORMAS DE INICIAR O INQUÉRITO POLICIAL NOS CRIMES DE

AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA (CPP, art. 5º, I e II, §§ 1º,

2º e 3º)

1- Portaria da autoridade policial de ofício, mediante simples notícia

do crime.

Art. 5

o

Nos crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado:

I - de ofício;

2- Requisição do Ministério Público

Art. 5

o

Nos crimes de ação pública o inquérito policial será

iniciado:

[...]

II - mediante requisição da autoridade judiciária ou do Ministério

Público

3- Requisição do juiz de Direito

OBSERVAÇÃO IMPORTANTE

A REQUISIÇÃO DO JUIZ E DO MINISTÉRIO PÚBLICO POSSUI CONOTAÇÃO DE EXIGÊNCIA, DETERMINAÇÃO.

DESTA FORMA, NÃO PODERÁ SER DESCUMPRIDA PELA AUTORIDADE POLICIAL.

(15)

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Pedro Ivo 15

4- Requerimento de qualquer pessoa do povo

Art. 5

o

Nos crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado:

[...]

II – [...] ou a requerimento do ofendido ou de quem tiver

qualidade para representá-lo.

§ 1

o

O requerimento a que se refere o n

o

II conterá sempre que

possível:

a) a narração do fato, com todas as circunstâncias;

b) a individualização do indiciado ou seus sinais característicos e as

razões de convicção ou de presunção de ser ele o autor da

infração, ou os motivos de impossibilidade de o fazer;

c) a nomeação das testemunhas, com indicação de sua profissão e

residência. (grifo nosso)

Neste caso a autoridade policial não precisa “cumprir” o que é solicitado pelo

indivíduo caso entenda descabido o requerimento. Entretanto, a fim de dar

garantias ao solicitante e impedir indeferimentos arbitrários, preceitua o

parágrafo 2º do art. 5º do CPP:

§ 2

o

Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de

inquérito caberá recurso para o chefe de Polícia

.

Mas quem é o chefe de polícia? Para a sua PROVA é o SECRETÁRIO DE

SEGURANÇA PÚBLICA.

5- Auto de prisão em flagrante (APF)  Apesar de não mencionado

expressamente no artigo 5º o APF é forma inequívoca de instauração de

inquérito policial, dispensando a portaria subscrita pelo delegado de

polícia.

(16)

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Pedro Ivo 16

1.8.3 FORMAS DE INICIAR O INQUÉRITO POLICIAL NOS CRIMES DE

AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA (CPP, art. 5º, § 4º)

1- Mediante

R

R

E

E

P

P

R

R

E

E

S

S

E

E

N

N

T

T

A

A

Ç

Ç

Ã

Ã

O

O

do ofendido ou de seu representante

legal

Art. 5º

[...]

§ 4

o

O inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de

representação, não poderá sem ela ser iniciado.

Por representação, também conhecida como delatio criminis postulatória,

compreende-se a manifestação pela qual a vítima ou seu representante legal

autoriza o Estado a desenvolver as providências necessárias à investigação e

apuração judicial nos crimes que a requerem.

Nada impede que a representação esteja incorporada na comunicação de

ocorrência policial e neste sentido já se manifestou, por diversas vezes, o

STJ. Observe o julgado:

2- Mediante requisição do Ministro da Justiça.

Art. 24. Nos crimes de ação pública, esta será promovida por

denúncia do Ministério Público, mas dependerá, quando a lei o

exigir, de requisição do Ministro da Justiça[...].

Existem alguns delitos que, por questões de política, necessitam da

manifestação do Ministro da Justiça para que possam ser investigado. Como

exemplo podemos citar os crimes cometidos por estrangeiro fora do País e os

crimes contra a honra cometidos contra o Presidente da República.

A representação nos crimes de ação penal pública condicionada prescinde de qualquer formalidade, sendo necessário apenas a vontade inequívoca da vítima ou de seu representante legal, mesmo que realizada na fase policial.

(17)

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Pedro Ivo 17

3- Mediante requisição do Juiz ou do Ministério Público  Desde que

exista representação da vítima ou do Ministro da Justiça, dependendo do

caso.

4- Auto de Prisão em Flagrante  Desde que exista representação da

vítima ou do Ministro da Justiça, dependendo do caso.

1.8.4 FORMAS DE INICIAR O INQUÉRITO POLICIAL NOS CRIMES DE

AÇÃO PENAL PRIVADA (CPP, art. 5º, § 5º)

5- Mediante requerimento escrito ou verbal, reduzido a termo neste

último caso, do ofendido ou de seu representante legal.

Art. 5º[...]

§ 5

o

Nos crimes de ação privada, a autoridade policial somente

poderá proceder a inquérito a requerimento de quem tenha

qualidade para intentá-la.

1- Mediante requisição do Juiz ou do Ministério Público  Desde que

exista requisição da vítima ou do representante legal.

(18)

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Pedro Ivo 18

Podemos resumir o tema da seguinte forma:

CRIMES DE AÇÃO PENAL PÚBLICA

INCONDICIONADA

CRIMES DE AÇÃO PENAL PÚBLICA

CONDICIONADA

CRIMES DE AÇÃO PENAL PRIVADA

 Ex officio pela autoridade policial, através

de portaria;

 Requisição do Ministério Público ou Juiz;  Requerimento de qualquer do povo, não

importando a vontade da vítima;

 Auto de prisão em flagrante;

 Representação da vítima ou do representante legal;

 Requisição do ministro da justiça;

Requisição do juiz ou ministério público,

desde que acompanhada da representação da vítima ou da requisição do ministro da justiça;

 Auto de prisão em flagrante, desde que instruído com a representação da vítima.

 Requerimento do ofendido ou representante legal

Requisição do Ministério Público ou Juiz,

desde que acompanhada do requerimento do ofendido ou de seu representante legal;

 Auto de prisão em flagrante, desde que instruído com o requerimento da vítima ou do representante legal.

(19)

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Pedro Ivo 19

1.9 PROVIDÊNCIAS – ART. 6º DO CPP

Imaginemos um inquérito policial para apurar um homicídio duplamente

qualificado e outro para averiguar um furto de galinhas no quintal do vizinho. O

inquérito será exatamente igual? Ou melhor, será que seria possível definir um

rito procedimental exato a ser executado pela autoridade policial em qualquer

situação?

É claro que a resposta é negativa, e o que encontramos no art. 6º do CPP é

uma série de procedimentos que, via de regra, deverão ser executados,

entretanto para cada caso será uma ritualização diferente, conveniente e

oportuna. Observe o disposto:

Art. 6

o

Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal,

a autoridade policial deverá:

I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o

estado e conservação das coisas, até a chegada dos peritos

criminais;

II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após

liberados pelos peritos criminais

III - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do

fato e suas circunstâncias;

IV - ouvir o ofendido;

V - ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do

disposto no Capítulo III do Título Vll, deste Livro, devendo o

respectivo termo ser assinado por duas testemunhas que Ihe

tenham ouvido a leitura;

VI - proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a

acareações;

VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de

delito e a quaisquer outras perícias;

VIII - ordenar a identificação do indiciado pelo processo

datiloscópico, se possível, e fazer juntar aos autos sua folha de

antecedentes;

IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista

individual, familiar e social, sua condição econômica, sua atitude e

estado de ânimo antes e depois do crime e durante ele, e

(20)

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Pedro Ivo 20

quaisquer outros elementos que contribuírem para a apreciação do

seu temperamento e caráter.

Agora resumindo o que importa para sua PROVA:

O inciso I do supracitado artigo nos traz que a autoridade policial deverá

dirigir-se ao local, providenciando para que não dirigir-se alterem o estado e a condirigir-servação

das coisas, até a chegada dos peritos criminais.

Para esta regra existe uma exceção na lei nº. 5.970/73 que nos diz que para

acidentes de trânsito a autoridade ou o agente policial que primeiro tomar

conhecimento do fato poderá autorizar a imediata remoção dos feridos, bem

como dos veículos se estiverem prejudicando o tráfego.

Seguindo no artigo 6º, a autoridade deverá apreender os objetos que tiverem

relação com o fato, após liberados pelos peritos criminais. Esta busca e

apreensão poderá ocorrer:

1- No local do crime;

2- Em domicílio;

3- Na própria pessoa.

A autoridade policial ouvirá o ofendido e o indiciado, que poderão ser

conduzidos coercitivamente para prestar esclarecimentos caso não atendam às

intimações. Poderão ser realizadas acareações e o reconhecimento de pessoas e

coisas.

Deverá ser determinada a realização do exame de corpo de delito sempre que a

infração deixar vestígios.

No decorrer de nosso curso trataremos mais detalhadamente sobre algumas

das citadas providências.

1.9.1 REPRODUÇÃO SIMULADA DOS FATOS

Reza o art. 7º do CPP:

Art. 7

o

Para verificar a possibilidade de haver a infração sido

praticada de determinado modo, a autoridade policial poderá

proceder à reprodução simulada dos fatos, desde que esta não

contrarie a moralidade ou a ordem pública.

(21)

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Pedro Ivo 21

A reprodução simulada é um instrumento importante de que dispõe a

autoridade policial para elucidar um crime.

Desde que não contrarie a moralidade ou a ordem pública, todos os passos

do delito podem ser refeitos com acompanhamento de peritos, possibilitando

um maior número de informações para o inquérito.

O indiciado poderá ser forçado a comparecer, mas não a participar da

reconstituição, pois, segundo a Constituição Federal, ninguém é obrigado a

produzir prova contra si.

1.9.2 IDENTIFICAÇÃO DATILOSCÓPICA

Datiloscopia é o processo de identificação humana por meio das impressões

digitais.

O art. 6

o

, VIII do CPP trata da identificação datiloscópica, dizendo que a

autoridade policial deverá determiná-la.

Aqui há um ponto importantíssimo que precisa ser deixado bem claro:

Dispõe a súmula 568 do STF que a identificação criminal não constitui

constrangimento ilegal, ainda que o indiciado já tenha sido identificado

civilmente.

Entretanto, tal dispositivo foi editado pela Suprema Corte em 1977 e

encontra-se superado pela Constituição de 1988 que traz expressamente no

art. 5º LVIII o seguinte texto:

Art. 5º [...]

LVIII - o civilmente identificado não será submetido a identificação

criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei;

***A reprodução simulada dos fatos ou reconstituição do crime pode ser determinada durante o inquérito policial, caso em que o indiciado é

obrigado a comparecer e participar da reconstituição, em prol do princípio da verdade real.

GABARITO: ERRADA

(22)

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Pedro Ivo 22

Isso quer dizer então que NUNCA o civilmente identificado será submetido à

identificação criminal? A resposta é negativa, pois o próprio texto

constitucional deixa claro que salvo nas hipóteses previstas em lei.

1.10 PRAZO DO INQUÉRITO

O art. 10 do CPP assim dispõe:

Art. 10. O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o

indiciado tiver sido preso em flagrante, ou estiver preso

preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir do dia

em que se executar a ordem de prisão, ou no prazo de 30 dias,

quando estiver solto, mediante fiança ou sem ela.

A partir deste artigo podemos definir a seguinte regra geral para a conclusão do

inquérito:

 INDICIADO PRESO 10 DIAS.

 INDICIADO SOLTO 30 DIAS.

O parágrafo 3º do supracitado artigo admite a prorrogação do prazo quando o

fato for de difícil elucidação, e o indiciado estiver solto:

§ 3

o

Quando o fato for de difícil elucidação, e o indiciado estiver

solto, a autoridade poderá requerer ao juiz a devolução dos autos,

para ulteriores diligências, que serão realizadas no prazo marcado

pelo juiz.

Tal prorrogação não encontra um limite definido no CPP, entretanto, segundo

entendimento doutrinário e jurisprudencial deve ser razoável à elucidação dos

fatos.

***O inquérito policial não pode ter seu prazo de conclusão prorrogado.

GABARITO: ERRADA

(23)

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Pedro Ivo 23

Conforme enfatizado, o previsto no art. 10 do CPP é a regra e esta é

excepcionada por algumas leis especiais que fixam outros prazos. Vamos,

agora, conhecer os prazos definidos pelas leis extravagantes:

1.10.1 PRAZOS ESPECIAIS

1

1

-

-

C

C

R

R

I

I

M

M

E

E

S

S

C

C

O

O

N

N

T

T

R

R

A

A

A

A

E

E

C

C

O

O

N

N

O

O

M

M

I

I

A

A

P

P

O

O

P

P

U

U

L

L

A

A

R

R

L

L

e

e

i

i

n

n

º

º

.

.

1

1

.

.

5

5

2

2

1

1

/

/

5

5

1

1

:

:

 INDICIADO PRESO OU SOLTO  10 DIAS.

2

2

-

-

L

L

E

E

I

I

D

D

E

E

T

T

Ó

Ó

X

X

I

I

C

C

O

O

S

S

L

L

e

e

i

i

n

n

º

º

.

.

1

1

1

1

.

.

3

3

4

4

3

3

/

/

0

0

6

6

:

:

 INDICIADO PRESO 30 DIAS.

 INDICIADO SOLTO 90 DIAS

3-

I

I

N

N

Q

Q

U

U

É

É

R

R

I

I

T

T

O

O

P

P

O

O

L

L

I

I

C

C

I

I

A

A

L

L

M

M

I

I

L

L

I

I

T

T

A

A

R

R

:

:

 INDICIADO PRESO 20 DIAS.

 INDICIADO SOLTO PRAZO DE 40 DIAS PRORROGÁVEL

POR MAIS 20 DIAS.

4-

P

P

O

O

L

L

Í

Í

C

C

I

I

A

A

F

F

E

E

D

D

E

E

R

R

A

A

L

L

L

L

e

e

i

i

5

5

.

.

0

0

1

1

0

0

/

/

6

6

6

6

:

:

 INDICIADO PRESO PRAZO DE15 DIAS PRORROGÁVEL

POR MAIS 15.

 INDICIADO SOLTO 30 DIAS

1.10.2 CONTAGEM DO PRAZO

O prazo para o término do inquérito segue a regra do art. 798 § 1º do CPP,

ou seja, despreza-se o dia inicial e inclui-se o dia final. Como exemplo, se

determinado inquérito teve início no dia 15 de fevereiro às 16:00h,

completará a contagem do primeiro dia às 24:00 do dia 16.

É importante ressaltar que para a contagem do prazo do inquérito não há que

se falar em sábados, domingos e feriados, pois a Polícia Judiciária possui

expediente em tempo integral.

(24)

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Pedro Ivo 24

1.11 O FIM DO INQUÉRITO

Concluídas as investigações, a autoridade policial deverá fazer um relatório

detalhado de tudo o que foi apurado no inquérito, indicando, se necessário, as

testemunhas que não foram ouvidas e as diligências não realizadas.

Art. 10[...]

§ 1º A autoridade fará minucioso relatório do que tiver sido

apurado e enviará autos ao juiz competente.

§ 2º No relatório poderá a autoridade indicar testemunhas que não

tiverem sido inquiridas, mencionando o lugar onde possam ser

encontradas.

A autoridade não deve emitir opiniões ou qualquer juízo de valor sobre os fatos

narrados, os indiciados, ou qualquer outro aspecto relativo ao inquérito ou à

sua conclusão.

Concluído o relatório, os autos do inquérito serão remetidos ao juiz competente,

acompanhados dos instrumentos do crime e dos objetos que interessam à

prova.

Art. 11. Os instrumentos do crime, bem como os objetos que

interessarem à prova, acompanharão os autos do inquérito.

Deverá também a autoridade policial enviar informações relativas ao inquérito

ao Instituto de Identificação e Estatística, nos termos do art. 23 do CPP.

Art. 23. Ao fazer a remessa dos autos do inquérito ao juiz

competente, a autoridade policial oficiará ao Instituto de

Identificação e Estatística, ou repartição congênere, mencionando

o juízo a que tiverem sido distribuídos, e os dados relativos à

infração penal e à pessoa do indiciado.

(25)

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Pedro Ivo 25

1.12 ARQUIVAMENTO

Agora será tratado um tema

importantíssimo

para concurso público e que

consequentemente deve ser muito bem estudado. O art. 28 do CPP assim

dispõe:

Art. 28. Se o órgão do Ministério Público, ao invés de apresentar a

denúncia, requerer o arquivamento do inquérito policial ou de

quaisquer peças de informação, o juiz, no caso de considerar

improcedentes as razões invocadas, fará remessa do inquérito ou

peças de informação ao procurador-geral, e este oferecerá a

denúncia, designará outro órgão do Ministério Público para

oferecê-la, ou insistirá no pedido de arquivamento, ao qual só

então estará o juiz obrigado a atender.

1.12.1 COMPETÊNCIA PARA O ARQUIVAMENTO

O primeiro ponto que deve ser deixado claro é que a autoridade competente

para o arquivamento de um inquérito é o Juiz. Diferentemente do que muitos

pensam, a autoridade policial (Delegado) não pode determinar tal ato,

conforme expressamente previsto no já analisado art. 17 do CPP.

Outro ponto importante é a participação do Procurador Geral quando ocorre

divergência de entendimento entre o MP e a autoridade judicial quanto ao

cabimento ou não do arquivamento.

1.12.2 DESARQUIVAMENTO

Dispõe o art. 18 do CPP:

Art. 18. Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela

autoridade judiciária, por falta de base para a denúncia, a

autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas, se de

outras provas tiver notícia.

Perceba que a autorização é SOMENTE para a realização de novas pesquisas,

se surgirem NOVAS PROVAS. Embora tal artigo trate especificamente da

autoridade policial, o STF, na súmula 524, amplia a abrangência consolidando

a jurisprudência:

(26)

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Pedro Ivo 26

SÚMULA 524: Arquivado o inquérito policial, por despacho do juiz,

a requerimento do Promotor de Justiça, não pode a ação penal ser

iniciada, sem novas provas.

Assim, podemos concluir que o despacho que arquivar o inquérito é

irrecorrível, sendo excetuada tal regra somente nos casos de crime contra a

economia popular, onde cabe recurso oficial e no caso das contravenções

penais previstas nos art. 58 e 60 do Decreto-Lei nº. 6.259/44, quando caberá

recurso em sentido estrito.

OBSERVAÇÕES:

1- Não existe número máximo de desarquivamentos, mas, por

ser evidente, se ocorrer a prescrição, decadência ou outra

causa extintiva da punibilidade, não será possível o

desarquivamento.

2- Quando o arquivamento é determinado em virtude da

atipicidade do fato, não é possível o desarquivamento

constituindo, excepcionalmente, coisa julgada material.

3- O Juiz não pode arquivar o inquérito sem a manifestação

neste sentido do titular da ação.

4- Segundo o STJ, o Juiz não pode desarquivar o inquérito

policial de ofício, ou seja, se o IP foi arquivado a

requerimento do Ministério Público, e este não concorda com

a reabertura, a autoridade judicial não poderá reabri-lo para

determinar novas diligências.

Podemos compreender o trâmite do arquivamento através do seguinte quadro

esquematizado:

***Por entender inexistente o crime apurado em inquérito policial, o representante do Ministério Público requereu ao juiz competente o arquivamento dos autos. Em tal caso o juiz, aceitando o pedido do Ministério Público e arquivando o inquérito policial, não poderá desarquivá-lo diante de novas provas.

GABARITO: ERRADA

(27)

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Pedro Ivo 27

1.12.3 ARQUIVAMENTO IMPLÍCITO

Embora seja muito comum sua prática do dia a dia forense, não está

previsto em nenhuma norma expressa, pois se trata de uma construção

doutrinária e jurisprudencial.

O arquivamento implícito é fenômeno no qual o Ministério Público, deixa de

mencionar na denúncia algum (uns) fato (os) criminoso que estava contido

no inquérito ou peça de informação, ou ainda, deixa de denunciar algum

(uns) indiciado, sem se manifestar expressamente os motivos que o

levaram a tal omissão.

Vindo o arquivamento implícito a ser consumado, quando o magistrado ao

exercer sua fiscalização sobre o princípio da obrigatoriedade da ação penal

(art. 28 – CPP), deixa de se pronunciar em relação aos fatos que foram

omissos na denúncia.

Para ficar mais fácil a compreensão, observe como alguns autores tratam do

tema:

(28)

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Pedro Ivo 28

“Entende-se por arquivamento implícito o fenômeno de ordem processual

decorrente de o titular da ação penal deixar de incluir na denúncia algum

fato investigado ou alguns dos indiciados, sem expressa manifestação ou

justificação deste procedimento. Este arquivamento se consuma quando o

Juiz não se pronuncia na forma do art. 28 com relação ao que foi omitido na

peça acusatória” (JARDIM).

“o arquivamento implícito ocorre sempre que há inércia do promotor de

justiça e do juiz, que não exerceu a fiscalização sobre o princípio da

obrigatoriedade da ação penal” (RANGEL).

O arquivamento implícito poderá ser analisado diante de um duplo aspecto.

No aspecto subjetivo; quando tratar-se de omissão de indiciados. E no

aspecto objetivo; quando tratar-se de omissão a fatos investigados.

Exemplo: omissão de outros crimes ou omissão de qualificadoras.

Parte da doutrina ainda prevê uma terceira modalidade de arquivamento

implícito, que ocorrerá quando estiverem sendo investigados vários fatos

criminosos em um único inquérito, e o Ministério Público se pronuncia pelo

arquivamento de todo conteúdo do inquérito, no entanto, se referia apenas

a um dos fatos que foi apurado no inquérito, alegando que este não era

passível de oferecimento de denúncia.

Caso o Juiz homologue totalmente o requerimento, e não se manifeste em

relação aos outros fatos criminosos, estará também configurado o

arquivamento implícito do inquérito policial. É o também chamado de

arquivamento expresso, mas lacunoso.

1.12.4 ARQUIVAMENTO INDIRETO

O arquivamento indireto ocorre na hipótese de o promotor, simplesmente,

manifestar-se no sentido de não oferecer a denúncia sob o fundamento de

que o juízo é incompetente para a ação penal.

Tal situação não é considerada admissível pela doutrina e poderá ocasionar

a responsabilidade disciplinar do promotor. Explico: Se o membro do

Ministério Público entender que o juízo é incompetente deve solicitar ao

magistrado a remessa dos autos ao juízo competente e não deixar de

oferecer a denúncia quando há justa causa.

No caso de haver divergência entre o promotor e o magistrado, por analogia

com o art. 28 do CPP, a “palavra final” será do procurador-geral.

(29)

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Pedro Ivo 29

1.13 REGRAS PROCEDIMENTAIS REFERENTES AO INQUÉRITO

Há no CPP algumas regras meramente procedimentais, mas que são exigidas

em PROVA. Citarei aqui as que são importantes:

 Os instrumentos do crime, bem como os objetos que interessarem

à prova, acompanharão os autos do inquérito.

 O inquérito policial acompanhará a denúncia ou queixa, sempre

que servir de base a uma ou outra.

 O ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado poderão

requerer qualquer diligência, que será realizada, ou não, a juízo

da autoridade.

 Se o indiciado for menor, ser-lhe-á nomeado curador pela

autoridade policial.

 O Ministério Público não poderá requerer a devolução do inquérito

à

autoridade

policial,

senão

para

novas

diligências,

imprescindíveis ao oferecimento da denúncia.

***************************************************************

FUTURO(A) APROVADO, MUITO BOM!!!

AQUI VOCÊ ACABA DE FINALIZAR UM IMPORTANTE

TEMA RUMO À TÃO SONHADA APROVAÇÃO.

DITO ISTO, RESPIRE FUNDO, RECARREGUE AS SUAS

ENERGIAS E VAMOS À LUTA COM O ÚLTIMO ASSUNTO

DE NOSSA AULA!!!

***************************************************************

2.1 AÇÃO PENAL - INTRODUÇÃO

Sabemos que no mundo onde vivemos existem determinados delitos que, por

mais que pensemos, não conseguimos imaginar uma razão pelo menos

compreensível.

Imagine que existisse no Brasil alguém tão “doente” a ponto de jogar uma

criança pela janela. Neste caso, se você pudesse escolher qualquer coisa, o que

faria com este indivíduo?...Então, exatamente para evitar que, motivados por

instintos próprios, fujamos do preceituado no ordenamento jurídico existente,

existe a

AÇÃO PENAL

, através da qual o Estado será capaz de aplicar o direito

penal, na mensuração cabível, ao caso concreto.

(30)

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Pedro Ivo 30

2.1.1 CONCEITO

FERNANDO CAPEZ define ação penal como o direito de pedir ao Estado-Juiz a

aplicação do direito objetivo a um caso concreto. Segundo o renomado autor

é também o direito público subjetivo do Estado-Administração, único titular

do poder-dever de punir, de pleitear ao Estado-Juiz a aplicação do direito

penal objetivo, com a consequente satisfação da pretensão punitiva.

Diante do conceito apresentado, podemos dizer que a ação penal é:

I)

Um direito autônomo, pois não se confunde com o direito

material que se pretende tutelar;

II) Um direito abstrato, pois independe do resultado final do

processo;

III) Um direito subjetivo, pois o titular pode exigir do Estado-Juiz a

prestação jurisdicional;

IV) Um direito público, pois a atividade jurisdicional que se pretende

provocar é de natureza pública.

2.1.2 CONDIÇÕES DA AÇÃO PENAL

Existem determinadas situações em que o direito de ação não pode ser

exercido por não cumprir determinado requisito.

Só para exemplificar, imaginemos que um determinado indivíduo resolve dar

início a uma ação penal exigindo a prisão de seu desafeto pelo fato de ele

torcer para o Flamengo.

É claro que nesta situação a ação não será possível, pois torcer para

determinado time não é crime, certo? Assim, podemos citar as seguintes

condições da ação:

1. POSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO;

2. INTERESSE DE AGIR;

3. LEGITIMAÇÃO PARA AGIR;

4. JUSTA CAUSA.

(31)

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Pedro Ivo 31

 POSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO  Para que haja a

possibilidade do início da ação, faz-se necessário a

caracterização da tipificação da conduta, ou seja, a

demonstração de que o caso concreto se enquadra em um fato

típico em abstrato (situação descrita no código penal).

Assim, por exemplo, pode-se dar início a uma ação contra um

indivíduo que matou alguém porque o código penal diz que

MATAR ALGUÉM é fato típico.

Diferentemente, não posso iniciar uma ação contra um indivíduo

que usa camisa amarela pelo simples fato de eu não gostar da

cor...a não ser que a camisa seja minha e ele a tenha furtado...

 INTERESSE DE AGIR  Constitui a presença de elementos

mínimos que sirvam de base para o Juiz concluir no sentido de

que se trata de acusação factível.

Imaginemos a seguinte situação: Mévio, paulista, tem um

relacionamento de 04 anos com Tícia e é aprovado em um

concurso, com previsão de trabalhar em Brasília.

Tícia, com medo de perder seu amado, tenta complicar a

admissão de Mévio oferecendo uma queixa completamente sem

provas, alegando o delito de calúnia.

Neste caso o Juiz deverá rejeitar a inicial acusatória sob pena de

caracterizar-se hipótese de constrangimento ilegal impugnável

mediante habeas corpus.

O interesse de agir encontra embasamento no código de

processo penal:

Art. 395. A denúncia ou queixa será rejeitada quando: [...]

III - faltar justa causa para o exercício da ação penal.

 LEGITIMAÇÃO PARA AGIR  Em uma ação penal, devemos

atentar para a legitimação ativa e passiva.

No caso da ativa, estamos tratando da pessoa correta para dar

início à ação penal, o que em nosso país, via de regra, é feito

pelo Ministério Público e, em algumas hipóteses, pelo próprio

ofendido (veremos isto mais na frente).

(32)

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Pedro Ivo 32

No polo passivo, estamos tratando de quem está sendo acusado,

ou seja, do Réu.

Imaginemos que Tício, no seu aniversário de 30 anos, resolve

dizer para Mévio, 16 anos, que ele é mais feio que indigestão de

torresmo. Mévio, inconformado com tal declaração, desfere

golpes em Tício ocasionando lesões corporais. Tício tenta iniciar

um processo penal comunicando ao Ministério Público as

inúmeras lesões.

Nesta situação, Mévio está protegido pelo art. 27 do CP e art.

228 da CF, sendo inimputável, ou seja, não podendo figurar no

polo passivo de um processo penal.

 JUSTA CAUSA  Torna-se necessário ao regular exercício da

ação penal a demonstração, prima face, de que a acusação não é

temerária ou leviana, por isso que é lastreada em um mínimo de

prova.

Este suporte probatório mínimo se relaciona com indícios da

autoria, existência material de uma conduta típica e alguma

prova de sua antijuridicidade e culpabilidade.

Podemos resumir o assunto da seguinte forma:

2.1.3 ESPÉCIES DE AÇÃO PENAL

Quando tratamos do inquérito vimos que em no nosso país as ações penais

são divididas em dois grandes grupos:

(33)

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Pedro Ivo 33

1. AÇÃO PENAL PÚBLICA  Subdividida em Pública Incondicionada e

Condicionada.

2. AÇÃO PENAL PRIVADA Subdividida em Exclusiva, Personalíssima e

Subsidiária da Pública.

Vamos agora tratar especificamente de cada forma de ação penal e veremos

que a aplicabilidade de cada uma está relacionada com o quanto

determinado delito importa para a sociedade.

Desde já, cabe ressaltar que

SEJA QUAL FOR O CRIME

, QUANDO FOR

PRATICADO EM DETRIMENTO DO PATRIMÔNIO OU INTERESSE DA

UNIÃO, ESTADOS E MUNICÍPIOS,

A

A

A

A

Ç

Ç

Ã

Ã

O

O

P

P

E

E

N

N

A

A

L

L

S

S

E

E

R

R

Á

Á

P

P

Ú

Ú

B

B

L

L

I

I

C

C

A

A

.

.

Vamos começar:

2.2 AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA

2.2.1 CONCEITO

É a ação que pode ser iniciada mediante

DENÚNCIA

, logo que o titular para

impetrá-la tiver conhecimento do fato, não necessitando de qualquer

manifestação do ofendido. É a forma de ação adotada em regra no Brasil.

AÇÃO PENAL PÚBLICA PRIVADA INCONDICIONADA CONDICIONADA EXCLUSIVA PERSONALÍSSIMA SUBSIDIÁRIA DA PÚBLICA

(34)

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Pedro Ivo 34

A denúncia nada mais é do que um documento no qual o promotor requere

ao Juiz o início da ação penal para a apuração de determinado crime. Cabe

ressaltar que qualquer omissão neste documento inicial pode ser sanada até

a sentença.

Exemplos de crimes perseguidos por ação pública incondicionada: roubo,

corrupção, sequestro.

2.2.2 TITULARIDADE

Dispõe o Código de Processo Penal:

Art. 24. Nos crimes de ação pública, esta será promovida por

denúncia do Ministério Público, mas dependerá, quando a lei o

exigir, de requisição do Ministro da Justiça, ou de representação

do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo. (grifo

nosso)

Conforme o CPP, a titularidade da ação pública incondicionada é do

Ministério Público, podendo este instaurar o processo criminal

independente da manifestação de vontade de qualquer pessoa e até mesmo

contra a vontade da vítima ou de seu representante legal.

2.2.3 PRINCÍPIOS

DEPOIS DA AULA 00 MAIS PRINCÍPIOS??? Isto mesmo, mas agora

trataremos de princípios específicos da ação penal pública incondicionada.

Vamos conhecê-los:

 PRINCÍPIO

DA OBRIGATORIEDADE  Segundo este

princípio, o titular da ação está obrigado a propô-la sempre que

presente os requisitos necessários.

 PRINCÍPIO DA INDISPONIBILIDADE  Depois de oferecida

a denúncia, o Ministério Público não pode desistir da ação. Tal

preceito encontra base no CPP:

Referências

Documentos relacionados

Quanto à sua gravidade, as infracções aplicáveis aos jogadores previstas no presente Regulamento, são qualificadas de leves, graves e muito graves quando a elas

Não cabe agravo de instrumento dirigido a este Tribunal Superior contra decisão interlocutória proferida por membro de Tribunal Regional Eleitoral, em sede de ação de impugnação

Mochila Média 27 Cm Mickey Sailing para todas as crianças que adorariam começar o novo ano escolar com grande estilo.. Deixa-te contagiar pelo estilo desta

Analogia (ou raciocínio por semelhança) é um tipo de argumentação no qual passamos de um ou de alguns fatos singulares não a uma conclusão universal, mas a outra

137 Mesmo as gerações seguintes, introduzidas na década de 1990, possuíam sérias limitações, como a insuficiente capacidade de conexão com a base instalada de computadores pessoais,

Prisão em Flagrante e Crimes de Ação Penal de Iniciativa Privada e Pública Condicionada à.. Representação

Prisão em flagrante nos crimes de ação penal pública condicionada à representação do ofendido e de ação penal privada .... Espécies de prisão em

A incorporação do Envers na aplicação do SIExp trouxe algum impacto para o processo de geração de mu- danças no banco de dados, pois, como toda tabela no modelo original possui