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REINOS BÁRBAROS. Prof. Filipe Viana da Silva

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Academic year: 2021

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REINOS BÁRBAROS

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1. Introdução

• Grandeza territorial do Império Romano abriu caminho para as invasões dos povos germânicos;

• Decadência moral, associada a desorganização politica, econômica e social culminou com a falência do Estado;

• Cidade de Roma perde seu esplendor, tornando-se capital das hordas invasoras: unos, vândalos, visigodos, ostrogodos, burgúndios etc.;

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2. A origem e o modo de vida dos germânicos

• Diferentes versões para as origens dos povos germânicos;

• Corrente alemã afirma que eles faziam parte de uma grande família indo-europeia e que tinham como habitat a parte oriental da Rússia;

• Outra corrente afirma que eram originários das regiões escandinavas e que sofreram influências de outros povos, acabando por aceitar a língua europeia.

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• Quanto ao seu físico, ambos concordam: altura elevada,

dolicocefalia e carência pigmentária;

• Pastoreio e a caça eram a base de seu sustento;

• A agricultura era itinerante e bastante rudimentar;

• Inexistia entre os germânicos um maior apego a terra, talvez para não abandonarem o nomadismo;

• Apaixonados pela guerra, não modificarem o seu hábito de vida, pois a sedentarizarão os tornaria fracos diante das intempéries climáticas que pareciam ignorar;

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• A família era patriarcal e monogâmica;

• A moral era rígida e o castigo pela infidelidade da mulher cabia ao marido, que geralmente a expulsava da aldeia;

• Entre os jovens era ensinado o valor da castidade, pois acreditava-se que lhes dariam maior constituição física e melhor controle emocional;

• A mulher gozava de um certo prestígio social em razão de sua importância na educação dos filhos, de seu conhecimento das plantas medicinais e das possíveis forças religiosas a ela atribuídas;

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• A organização política apoiava-se na família, nas aldeias e nas tribos, a frente das quais se encontravam os chefes;

• As tribos eram independentes, reunindo-se apenas em ocasiões extraordinárias ou em épocas de guerra – inexistia a estrutura politica de Estado como compreendemos classicamente;

• As relações políticas eram recíprocas e temporárias, definidas pelo

comitatus, que teve profunda influência na formação do

feudalismo;

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• A religião era rica em lendas e mitos, sendo o paganismo uma constante em suas vidas religiosas e os deuses estavam associados as forças da natureza;

Thor, deus do raio e do trovão, divindade preferida na época

histórica;

Wotan-Odin, deus da guerra, a divindade mais mencionada na

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• O contato com os romanos provocou mudanças na estrutura social de produção, pois os camponeses livres perderam sua independência, submetendo-se à autoridade dos chefes germânicos;

• Muitos deles fariam parte de uma nova nobreza territorial, que se fixou dentro das fronteiras do Império Romano, originando diversos reinos independentes.

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Reino Vândalo (429-534)

• Em 407, corre a notícia de que hordas barbaras haviam atravessado a fronteira do Reno, deixando em pânico a população do Império do Ocidente que, seguindo a rede de estradas romanas, invadiram a Espanha, onde posteriormente, encontraram a resistência oferecida pelos visigodos;

• Visando empreender novas conquistas e liderados por um novo Rei, Genserico, os vândalos conquistaram a base naval de Cartagena, cruzaram o Estreito de Gibraltar e, finalmente, fixaram-se definitivamente no norte da África;

• A importante cidade de Hipona, foi transformada em capital provisória dos vândalos, partindo daí a conquista da Tunísia e, posteriormente, de Cartago.

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• A poderosa esquadra construída pelo rei Genserico saqueou o sul da Sicília e mais tarde conquistou as ilhas de Córsega e Sardenha, transformadas em colônias de exploração;

• No mesmo ano saqueou Roma, levando milhares de cativos, a imperatriz, suas duas filhas e um grande número de trabalhadores especializados, principalmente armeiros;

• Em 476, pouco antes de morrer, o imperador do Oriente reconheceu o domínio do Reino Vândalo nas províncias da África e nas ilhas do Mediterrâneo Ocidental;

• Seus sucessores não souberam conduzir bem a administração do reino: a perda do ímpeto da conquista, associada as mudanças culturais;

• A introdução do arianismo como religião oficial e a violenta perseguição aos cristãos ortodoxos agravou seu enfraquecimento, permitindo incursões e pilhagens de povos nômades do deserto.

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• Em 534, o imperador Justiniano, reconstruindo o Império Romano e ciente da crise interna do Reino Vândalo, enviou o general Belisário à África e, após brilhantes vitórias, anexou a região ao Império Bizantino;

• Mais tarde, a expansão muçulmana também atingiu o norte da África, incorporando-a aos domínios de Alá.

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Reino Ostrogótico (493-553)

• Após destruição de seu reino junto ao Mar Negro pelos hunos, os ostrogodos investiram contra o Bizantino, liderados por Teodorico.

• Após um trato com Constantinopla, os ostrogos estabeleceram-se na Macedônia;

• Posteriormente o imperador Zenão concedeu-lhes a missão de conquistas a Itália, dominando Odoacro, rei dos hérulos, que tinha deposto o último imperador romano;

• Após a penosa marcha de todo o povo ostrogodo em direção a Itália, Teodorico iniciou uma série de guerra contra Odoacro, que culminaram com sua vitória em 493 e com o início de um reinado de mais de trinta anos;

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Em virtude uma educação recebida em 10 anos que passou

como refém em Constantinopla, Teodorico preocupou-se

em conservar e restaurar as velhas instituições imperiais,

colocando as províncias, ao lado dos oficiais godos,

funcionários romanos;

Designou arquitetos para a restauração de cidadãos e de

monumentos, como o Coliseu, e cercou-se de pessoas

cultas, como Cassiodoro e Boécio, seu governo ficou

conhecido como o “século de ouro”.

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• Procurou ampliar os limites da influência dos godos e buscou formar uma confederação germânica sob o seu domínio;

• Teodorico adotou uma política de casamentos de suas filhas com os principais rei bárbaros;

• Essa aliança tinha como finalidade a formação de uma grande frente contra o poderoso Império Bizantino;

• O esplendor do notável governo de Teodorico foi manchado por um incidente, quando uma missão diplomática, chefiada pelo papa João I, fracassou em Constantinopla ao tentar, junto ao imperador Justino, obter benefícios para os arianos bizantinos;

• Antes de sua morte, o rei decretou a prisão do papa e ordenou redigir um edito, no qual determinou-se que as igrejas católicas ficaram sob o domínio dos arianos;

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• Depois da morte de Teodorico, uma violenta crise política abateu-se sobre o reino e este foi conquistado pelas forças bizantinas do general Nares, em 553.

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Reino Visigótico (419-711)

• Assim como os ostrogodos, os visigodos também sofreram a fúria dos hunos sobre suas regiões na Rússia Meridional;

• Fugindo da terrível ameaça, migraram em direção ao Império Romano, onde foram admitidos pelo Imperador Valente, após a passagem através do rio Danúbio, em 376, formando uma federação;

• As dificuldades oferecidas pela região, provocaram a revolta dos visigodos contra os romanos: eles atacaram as cidades da Península Balcânica e deixaram nas populações sua marca atroz;

• O imperador romano Valente tentou por fim à revolta dos novos inquilinos, mas foi morto e seu exército, massacrado na

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• Sob o reinado de Alarico, os visigodos dirigiram-se para a Itália e por três vezes consecutivas investiram em Roma;

• Em 24 de agosto de 410, a cidade foi saqueada violentamente, o que abalou o Império Romano;

• Os visigodos dirigiram-se, então para a Galia, fundando o Reino Visigótico de Toulouse, que conheceu o apogeu no governo de Eurico (466-484), responsável pela conquista da maior parte da Espanha e pela habilidade com que soube conduzir o reino, inclusive no que diz respeito a elaboração de leis e preservação da administração imperial;

• Em 507, Alarico II foi derrotado e morto pelo rei franco Clóvis, na Batalha de Vouillé;

• Os visigodos perderam a Gália, ficando reduzido à Espanha, onde se iniciou o segundo Reino Visigótico, com capital em Toledo;

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• No governo de Recaredo I, convertido ao cristianismo, a Igreja Católica passou a ter grande influência sobre o reino;

• Os visigodos constituíram um dos maiores importantes reinos da Idade Média, desaparecendo em 711, quando o exercito muçulmano, sob o comando de Tarik, derrotou-os na Batalha de Guadalete;

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Anglo-Saxões (450-1035)

• A Bretanha constituiu-se, ao norte, no posto mais avançado do Império Romano;

• Os bretões romanizados estavam sob a constante ameaça dos pictos da Escócia e dos escotos da Irlanda;

• Apesar da muralha que o imperador Adriano mandou construir para proteger a população Bretanha, eram constantes as ameaças e muito pouco os romanos conseguiram intervir;

• Quando a tempestade e as invasões assolaram as regiões centrais do Império, a maior parte das tropas foi retirada da Bretanha;

• Por volta de 450, desembarcaram na ilha os jutos, os anglos e os saxões, povos de origem germânica;

• Apesar da resistência dos bretões, os conquistadores formaram sete reinos, cuja unidade nunca se efetivou;

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• Na segunda metade do século IX, os vikings iniciaram a conquista da Inglaterra.

• O rei Alfredo, do Reino Wessex, empreendeu um notável trabalho de defesa, o que não foi seguido por seus sucessores, permitindo a conquista de toda a Inglaterra pelos danos ou dinamarqueses;

• Canuto, o Grande, ao eleger-se soberano, transformou o reino em um grande império marítimo nórdico.

• Ao converter-se ao cristianismo, estabeleceu a criação dos ducados, entregues a seus parentes e companheiros, descentralizando a unidade governamental.

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