• Nenhum resultado encontrado

V Semana Acadêmica da UEPA Campus de Marabá As problemáticas socioambientais na Amazônia Oriental 22 a 24 de Outubro de 2014

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "V Semana Acadêmica da UEPA Campus de Marabá As problemáticas socioambientais na Amazônia Oriental 22 a 24 de Outubro de 2014"

Copied!
5
0
0

Texto

(1)

Receptores A3A modulam o comportamento e o sistema serotoninérgico

no zebrafish: Mediação pela via do óxido nítrico

Anderson Manuel Herculano Caio Maximino Domingos Wanderley Picanço-Diniz Evander de Jesus Oliveira Batista Karen Renata Matos Oliveira Monica Gomes Lima Suéllen de Nazaré da Silva

INTRODUÇÃO

As vias adenosinérgicas, nitrérgicas e serotonérgicas representam importantes substratos do comportamento tipo-ansiedade, e constituem alvos farmacológicos em potencial. Considerando a relação entre A3A-R e a via PKG-GMPc-NO na regulação da função e localização de SERT, bem como a relação entre níveis extracelulares de serotonina e comportamento de medo e ansiedade, procurou-se entender se a manipulação desse receptor de adenosina poderia impactar o comportamento defensivo nos modelos comportamentais de zebrafish, e se esses impactos foram devido a efeitos na modulação nitrérgica de captação de serotonina.

OBJETIVOS

Avaliar o papel do receptor A3A na modulação do comportamento tipo-ansiedade e níveis extracelulares de serotonina (5-HT) no cérebro no paulistinha (Danio rerio) e possível mediação por canais de cálcio do tipo L e pelo sistema nitrérgico.

MÉTODOS

140 paulistinhas adultos da linhagem longfin do tipo selvagem foram alojados por pelos menos duas semanas em condições-padrão antes da realização dos experimentos. Depois de pré-tratamento com veículo, verapamil (bloqueador de canais de cálcio tipo L; 5mg/kg, i.p.), L-NAME (bloqueador das NOSs; 5mg/kg, i.p.), ou fluoxetina (bloqueador do SERT; 1 mg/kg), os animais foram tratados com veículo ou IB-MECA (agonista A3A; 0,1mg/kg i.p.) e tranferidos para

(2)

o compartimento central de um tanque claro e escuro (15 cm X 10 cm X 45 cm) para aclimatação de 3 min. Após esse intervalo, as portas que delimitam o compartimento foram removidas, permitindo livre exploração por 15 min. Foram avaliados tempo no compartimento claro, latência para entrada no claro, quadrantes cruzados, entradas no compartimento claro, nado errático, congelamento, tigmotaxia, e avaliação de risco. No teste de mergulho no tanque novo os animais foram transferidos para o aparato (15 cm x 25 cm x 20 cm) brevemente depois do pré-tratamento e pré-tratamento. Ao animal foi permitido explorar livremente o tanque novo por 6 minutos. Foram avaliados tempo no topo, quadrantes cruzados, nado errático, congelamento, tempo no homebase, habituação. Após o teste, 0,5ml de fluido extracelular foi extraído, removendo rapidamente um cérebro do crânio e incubando-o em 2ml de TBS 50mM (pH 7,4) contendo NaCl 90mM, CaCl2 2,5mM, glutationa 1mM por 30 min a 4ºC. Esse fluido foi misturado com 0,5ml de solução de eluição, filtrado através de membrana de 0,22μm e então injetado em sistema de HPLC-ECD para determinação de 5-HT; esses valores foram corrigidos pelos níveis de proteína, analisados pelo ensaio de Bradford.

Os resultados foram analisados através de ANOVAs de uma via seguidas de pós-teste de Tukey, ou testes de Kruskal-Wallis para dados; os resultados para latência foram analisados através do teste de Mantel-Cox. Para todas as análises, foram considerados estatisticamente significativos.

RESULTADOS

O IB-MECA aumentou o tempo no compartimento claro (F2, 27 = 74,9, p < 0,0001), diminuiu a latência para entrada (χ²gl = 2 = 14,07, p = 0,0009) e a frequência de avaliação de risco (Hgl = 3 = 9,876, p = 0,0075), sem alteração nas outras medidas. O efeito do IB-MECA sobre o tempo no compartimento claro foi bloqueado por pré- tratamento com verapamil (F1, 32 = 11,5 p = 0,0019), L-NAME (F1, 28 = 6,81, p = 0,0144) e fluoxetina (F1, 27 = 16,66, p = 0,0004). Esses efeitos foram acompanhados de diminuição nos níveis de 5-HT extracelular no cérebro do animal, um efeito que foi bloqueado pelo pré-tratamento com verapamil ou L-NAME (F4, 19 = 7,876, p = 0,0013).

No Teste do Tanque Novo, a maior dose do IB-MECA aumentou o tempo no topo (F[2, 31] =15.47, p < 0.0001), ambas aumentaram a habituação (F[2, 31] = 28.69, p < 0.0001). Não foram observados efeitos motores (H[3] = 2.681, NS). A menor dose aumentou o nado errático (H[3]

(3)

= 19.41, p < 0.0001) e a duração do congelamento (F[2, 31] = 5.05, p = 0.0131;), enquanto a maior dose aumentou o tempo no homebase (F[2, 31] = 6.463, p = 0.0048;). O efeito do IB-MECA sobre o tempo no topo foi bloqueado pelo pré-tratamento com L-NAME (F[1, 28] = 20.34, p = 0.0001), porém não foi bloqueado pelo pré-tratamento com verapamil (F[1, 28] = 0.7534, NS) e fluoxetina (F[1, 28] = 5.63, p = 0.0248).

CONCLUSÕES

A ativação do receptor A3A pelo IB-MECA reduz o comportamento tipo-ansiedade por um mecanismo dependente de receptores DHP, óxido nítrico e SERT. A diminuição nos níveis extracelulares de 5-HT, de forma dependente de cálcio e óxido nítrico, sugere uma modulação da recaptação. A via cálcio-NOS-SERT parece mediar o efeito ansiolítico do IB-MECA. A redução da escototaxia (teste de preferência claro/escuro) pelo IB-MECA perece ser dependente de canais de cálcio tipo L, óxido nítrico e SERT, porém o mesmo não acontece na geotaxia ou distribuição vertical (teste do tanque novo), onde a via do IB-MECA parece ser dependente de óxido nítrico sintase e independente de canais de cálcio tipo L e SERT.

REFERÊNCIAS

Araujo J, Maximino C, Brito TM de, et al. (2012) Behavioral and pharmacological aspects of anxiety in the light/dark preference test. Zebrafish Protoc Neurobehav Res. doi: 10.1007/978-1-61779-597-8_14.

Asano S, Matsuda T, Nakasu Y, et al. (1997) Inhibition by nitric oxide of the uptake of [3H] serotonin into rat brain synaptosomes. Jpn J Pharmacol 75:123–128.

Baldwin DS, Waldman S, Allgulander C (2011) Evidence-based pharmacological treatment of generalized anxiety disorder. Int J Neuropsychopharmacol 14:697–710. doi: 10.1017/S1461145710001434.

Blakely RD, DeFelice LJ, Galli A (2005) Biogenic amine neurotransmitter transporters: Just when you thought you knew them. Physiology 20:225–231. doi: 10.1152/physiol.00013.2005.

Bryan-Lluka LJ, Papacostas MH, Paczkowski FA, Wanstall JC (2004) Nitric oxide donors inhibit 5-hydroxytryptamine (5-HT) uptake by the human 5-HT transporter (SERT). Br J Pharmacol 143:63–70. doi: 10.1038/sj.bjp.0705904.

Cachat JM, Stewart AM, Grossman L, et al. (2010) Measuring behavioral and endocrine responses to novelty stress in adult zebrafish. Nat Protoc 5:1786–1799. doi: 10.1038/nprot.2010.140.

(4)

Chang JC, Tomlinson ID, Warnement MR, et al. (2012) Single molecule analysis of serotonin transporter regulation using antagonist-conjugated quantum dots reveals restricted, p38 MAPK-dependent mobilization underlying uptake activation. J Neurosci 32:8919–8929. doi: 10.1523/JNEUROSCI.0048-12.2012.

Chanrion B, Mannoury C, Bertaso F, et al. (2007) Physical interaction between the serotonin transporter and neuronal nitric oxide synthase underlies reciprocal modulation of their activity. Proc Natl Acad Sci U S A 104:8119–8124.

Cunha RA (2001) Adenosine as a neuromodulator and as a homeostatic regulator in the nervous system: Different roles, different sources and different receptors. Neurochem Int 38:107–125.

Griebel G, Saffroy-Spittler M, Misslin R, et al. (1991) Comparison of the behavioural effects of an adenosine A1/A2-receptor antagonist, CGS 15943A, an an A1-selective antagonist, DPCPX. Psychopharmacology (Berl) 103:541–544.

Jahn-Eimermacher A, Lasarzik I, Raber J (2011) Statistical analysis of latency outcomes in behavioral experiments. Behav Brain Res. 221(1): 271-275. doi: 10.1016/j.bbr.2011.03.007.

Jain N, Kemp N, Adeyemo O, et al. (1995) Anxiolytic activity of adenosine receptor activation in mice. Br J Pharmacol 116:2127–2133.

Kalueff A V, Fox MA, Gallagher PS, Murphy DL (2007) Hypolocomotion, anxiety and serotonin syndrome-like behavior contribute to the complex phenotype of serotonin transporter knockout mice. Genes, Brain Behav 6:389–400. doi: 10.1111/j.1601- 183X.2006.00270.

Lesch K-P, Bengel D, Heils A, et al. (1996) Association of anxiety-related traits with a polymorphism in the serotonin transporter gene regulatory region. Science (80- ) 274:1527–1531.

Lesch KP, Zeng Y, Reif A, Gutknecht L (2003) Anxiety-related traits in mice with modified genes of the serotonergic pathway. Eur J Pharmacol 480:185 – 204. doi: 10.1016/j.ejphar.2003.08.106.

Maximino. C (2012) Serotonin and anxiety. Neuroanatomical, pharmacological, and functional aspects. 111.

Maximino. C, Brito TM De, Dias CA de M, et al. (2010) Scototaxis as anxiety-like behavior in fish. Nat Protoc 5:209–216. doi: 10.1038/nprot.2009.225.

Maximino. C, Lima M. G, Oliveira KRM, et al. (2011) Adenosine A1, but not A2, receptor blockade increases anxiety and arousal in zebrafish. Basic Clin Pharmacol Toxicol 109:203–207. doi: 10.1111/j.1742-7843.2011.00710.

Miller KJ, Hoffman BJ (1994) Adenosine A3 receptors regulate serotonin transport via nitric oxide and cGMP. J Biol Chem 269:27351–27356.

(5)

high performance liquid chromatography (HPLC) in preparations of retinal tissue. J Chromatogr B 907:1–6. doi: 10.1016/j.jchromb.2012.07.027.

Piato ÂL, Rosemberg DB, Capiotti KM, et al. (2011) Acute restraint stress in zebrafish: Behavioral parameters and purinergic signaling. Neurochem Res 36:1876–1886. doi: 10.1007/s11064-011-0509.

Pradel G, Schachner M, Schmidt R (1999) Inhibition of memory consolidation by antibodies against cell adhesion molecules after active avoidance conditioning in zebrafish. J Neurobiol 39:197–206.

Ruby CL, Walker DL, An J, et al. (2011) Sex-specific regulation of depression, anxiety- like behaviors and alcohol drinking in mice lacking ENT1. J Addict Res Ther S4:0004. doi: 10.4172/2155-6105.S4-004.

Steiner JA, Carneiro AMD, Blakely RD (2008) Going with the flow: Trafficking- dependent and - independent regulation of serotonin transport. Traffic 9:1393–1402. doi: 10.1111/j.1600-0854.2008.00757.

Steiner JA, Carneiro AMD, Wright J, et al. (2009) cGMP-dependent protein kinase Iα associates with the antidepressant-sensitive serotonin transporter and dictates rapid modulation of serotonin uptake. Mol Brain 12:26. doi: 10.1186/1756-6606-2-26.

Zhang Y, Rudnick G (2011) Myristoylation of cGMP-dependent protein kinase dictates isoform specificity for serotonin transporter regulation. J Biol Chem 286:2461–2468. doi: Psychopharmacology Page 16 of 30 10.1074/jbc.M110.203935.

Zor T, Selinger Z (1996) Linearization of the Bradford protein assay increases its sensitivity: Theoretical and experimental studies. Anal Biochem 236:302–308.

Referências

Documentos relacionados

Realizar a manipulação, o armazenamento e o processamento dessa massa enorme de dados utilizando os bancos de dados relacionais se mostrou ineficiente, pois o

Os principais resultados obtidos pelo modelo numérico foram que a implementação da metodologia baseada no risco (Cenário C) resultou numa descida média por disjuntor, de 38% no

Com isso, a SEDUC-AM em seu DGP, com o propósito de aumentar a eficácia da aplicação da legislação voltada para os profissionais da educação, requereu do

A implantação do Projeto Laboratório de Aprendizagem pela Secretaria de Educação de Juiz de Fora, como mecanismo e estratégia para diminuir ou eliminar as desigualdades

O capítulo I apresenta a política implantada pelo Choque de Gestão em Minas Gerais para a gestão do desempenho na Administração Pública estadual, descreve os tipos de

A presente dissertação é desenvolvida no âmbito do Mestrado Profissional em Gestão e Avaliação da Educação (PPGP) do Centro de Políticas Públicas e Avaliação

de professores, contudo, os resultados encontrados dão conta de que este aspecto constitui-se em preocupação para gestores de escola e da sede da SEduc/AM, em

Fonte: elaborado pelo autor. Como se pode ver no Quadro 7, acima, as fragilidades observadas após a coleta e a análise de dados da pesquisa nos levaram a elaborar