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BB.ADMINISTRADORA CARTOES DE CREDITOS S/A

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Unidade Auditada: BB.ADMINISTRADORA CARTOES DE CREDITOS S/A

Exercício: 2013

Processo: 20140000526 Município: Brasília - DF Relatório nº: 201407633

UCI Executora: SFC/DEFAZ - Coordenação-Geral de Auditoria da Área Fazendária

_______________________________________________

Análise Gerencial

Senhor Coordenador-Geral,

Em atendimento à determinação contida na Ordem de Serviço n.º 201407633, e consoante o estabelecido na Seção III, Capítulo VII da Instrução Normativa SFC n.º 01, de 06/04/2001, apresentamos os resultados dos exames realizados sobre a prestação de contas anual apresentada pela BB ADMINISTRADORA DE CARTÕES DE CRÉDITOS S/A (BB CARTÕES).

1. Introdução

A BB Cartões é uma subsidiária integral do Banco do Brasil (BB), criada em 25 de setembro de 1987 e registrada em escritura pública, na mesma data, com o objetivo de administrar e emitir cartões de crédito e de débito, de vales-alimentação e/ou refeição, de travelers cheques e atividades afins.

Entretanto, de acordo com o Relatório de Administração de 2013 da empresa, “a

emissão de cartões de crédito e débito foi descontinuada em 29/11/2001, por ocasião da cisão parcial da empresa e incorporação de tais operações pelo Banco do Brasil”. Já a comercialização dos travelers cheques foi descontinuada em 2005, devido à sua substituição pelos cartões de crédito internacionais. Atualmente, a BB Cartões realiza a gestão do saldo dos Travelers Cheques vendidos e não liquidados, assim como das aplicações dos valores pendentes de liquidação, até que haja extinção total do produto. Portanto, os únicos produtos da subsidiária que permanecem ativos é o Cartão Alelo Alimentação e o Cartão Alelo Refeição, emitidos exclusivamente para os funcionários

(2)

Relatório de Gestão de 2013, a BB Cartões substituiu os cartões com bandeira Visa Vale por cartões com chip e bandeira Elo (Alelo Alimentação e Alelo Refeição), a partir de março de 2013.

Ainda segundo seu relatório, a subsidiária se habilitou junto ao Ministério da Cultura para emitir cartões benefício Vale Cultura, com o objetivo de atender a demanda do Conglomerado BB e suas controladas e coligadas.

“Informações suprimidas por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei”.

Essa situação influenciou a extensão e a profundidade dos exames realizados.

O Relatório de Auditoria encontra-se dividido em duas partes: Resultados dos Trabalhos, que contempla a síntese dos exames e as conclusões obtidas; e Achados de Auditoria, que contém o detalhamento das análises realizadas. Consistindo, assim, em subsídio ao julgamento das contas apresentadas pela Unidade ao Tribunal de Contas da União – TCU.

Os trabalhos de campo conclusivos foram realizados no período de 01/06/2014 a 30/06/2014, por meio de testes, análises e consolidação de informações coletadas ao longo do exercício sob exame e a partir da apresentação do processo de contas pela unidade auditada, e tiveram como abrangência o período de 01/01/2013 a 31/12/2013 em estrita observância às normas de auditoria aplicáveis ao Serviço Público Federal.

2. Resultados dos trabalhos

Em acordo com o que estabelece o Anexo IV da DN-TCU-132/2013, e em face dos exames realizados, foram efetuadas as seguintes análises: conformidade das peças do processo de prestação de contas, avaliação dos resultados quantitativos e qualitativos da gestão, avaliação dos indicadores de gestão e controles internos. Levou-se em conta, ainda, no escopo do trabalho, o disposto na Ata de Reunião realizada em 20/11/2013, entre a SFC/DEFAZ – Coordenação-Geral de Auditoria da Área Fazendária e a SECEX Fazenda do TCU.

Verificamos na Prestação de Contas da Unidade a existência das peças e respectivos conteúdos exigidos pela IN TCU 63/2010 e pelas DN TCU 127/2013 e 132/2013. Alguns itens, devido à manutenção de Convênio para Rateio e Ressarcimento de Despesas e Custos Diretos e Indiretos, firmado com o Banco do Brasil, não foram examinados nesta auditoria, conforme abaixo:

a) item 4 – Gestão de pessoas;

b) item 6 – Avaliação da gestão de compras e contratações;

(3)

d) item 9 – Avaliação da gestão de patrimônio imobiliário de responsabilidade da UJ.

Ademais, em razão de não constarem do Relatório de Gestão por não ocorrência no período examinado ou por não se aplicarem à natureza jurídica da empresa, cabe destacar que não constituem objeto desta auditoria os seguintes itens da Portaria TCU 132/2013:

a) item 5 – Avaliação da gestão das transferências feitas mediante convênio, contrato de repasse, termo de parceria, termo de cooperação, termo de compromisso ou outros acordos, ajustes ou instrumentos congêneres;

b) item 7 – Avaliação da gestão de passivos;

c) item 10 – Avaliação da gestão da unidade jurisdicionada sobre as renúncias tributárias praticadas.

Para a realização do trabalho, foram utilizadas como fontes de informações: • Relatório de Gestão da BB Cartões 2013;

• Demonstrações Contábeis 2011, 2012 e 2013 e respectivas Notas Explicativas; • Relatório da Administração 2013;

• Atas dos Conselhos Diretor e Fiscal de 2013;

• Análises Contábeis de dezembro de 2011, 2012 e 2013; • Análises Contábeis mensais de 2013;

• Respostas a Solicitações de Auditoria.

2.1 Avaliação dos Resultados Quantitativos e Qualitativos da Gestão

Planejamento Estratégico

Conforme o seu Relatório de Gestão, “a BB Cartões está vinculada ao Planejamento

Estratégico, Plano de Metas e Ações do BB, sendo sua operação totalmente influenciada pela Política de Gestão de Pessoas do Conglomerado BB”.

Assim, solicitou-se à BB Cartões explicar como o Planejamento Estratégico da empresa se insere no contexto do Banco do Brasil SA, descrevendo e detalhando os processos de planejamento, monitoramento e avaliação.

“Informações suprimidas por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei”.

Em relação ao item c, a BB Cartões citou como uma ação a ser implementada para a consecução dos objetivos estratégicos, “a substituição gradativa, em 2013, da base de

cartões benefício alimentação e refeição por cartões com tecnologia de chip, visando aumentar a segurança das transações”.

(4)

Conforme o Ofício BB Cartões 2014/00004, de 14/02/2014, a meta estabelecida para essa ação foi “a substituição de todos os cartões que continham somente tarja

magnética por cartões contendo chip”. Ainda segundo o mesmo Ofício, “a operação

foi concluída em setembro de 2013 e atualmente toda a base de cartões alimentação e refeição possui a tecnologia de chip”.

Questionada sobre outras ações definidas para a BB Cartões para o atingimentos de seus objetivos estratégicos ou os do seu controlador, em 2013, a empresa respondeu que não houve outras ações específicas para a BB Cartões nesse período.

(5)

Demonstrações Contábeis

“Informações suprimidas por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei”.

Conforme descrição da empresa, essa rubrica corresponde a 40% da margem de contribuição definida pelo volume de negócios gerados pela BB Cartões.

Demonstração do Resultado

A BB Cartões obteve em 2013 um lucro líquido de R$ 26 milhões, ficando R$ 11 milhões (75%) acima do registrado em 2012 (tabela 1). Esse resultado foi atingido com a adesão da empresa ao programa de parcelamento e pagamento à vista de débitos tributários da Lei 11.941/2009 (Refis), cujo total líquido resultante foi de R$ 11 milhões (tabela 2).

Tabela 1 – Demonstração do Resultado

Fonte: Notas Explicativas 15.b e 18.b às Demonstrações Contábeis 2013.

Tabela 2 – Resultado líquido adesão à Lei 11.941/2009 (Refis)

Conta R$ mil

Reversão das provisões 5.418

Efeitos tributários - Refis 5.505

Total 10.923

Fonte: Notas Explicativas 15.b e 18.b às Demonstrações Contábeis 2013.

2013 2012 2011 2013/2012 2012/2011 2013/2012 2012/2011

Receitas Operacionais 61.126 30.505 32.163 30.621 - 1.658 100 -5

Rendas de Convênios 25.977 26.095 21.770 - 118 4.325 0 20

Receita com cartões Visavale - Tributáveis 228 148 151 80 - 3 54 -2

Reversão das Provisões 24.302 - 2.230 24.302 - 2.230 -100

Outras Rendas Operacionais 7.263 532 613 6.732 - 81 1266 -13

Outras 3 4 7 - 0 - 4 -10 -50

Despesas Operacionais 17.772 4.885 4.453 12.888 431 264 10

Desp. Tributárias 2.558 2.496 2.070 62 426 2 21

Ressarcimento 628 484 434 144 50 30 11

Outras Desp. Operacionais 13.764 117 77 13.647 40 11616 52

Outras 1 2 2 - 1 - 0 -54 -5

Result. Antes da Tributação 43.354 25.621 27.710 17.733 - 2.089 69 -8

IR 14.912 6.569 5.877 8.343 692 127 12

CSLL 1.996 3.955 3.871 - 1.958 83 -50 2

Lucro Líquido 26.446 15.097 17.962 11.349 - 2.865 75 -16

R$ 1.000 ∆∆ R$ 1000∆∆ ∆ %∆ %∆ %∆ %

(6)

Uma simulação do Resultado da BB Cartões de 2013, expurgando-se os efeitos do Refis, por meio da anulação das contas Reversão das provisões (da Receita) e das Outras despesas operacionais (da Despesa), e da estimativa do IRPJ e da CSLL a pagar pelo valor provisionado pela BB Cartões entre janeiro e outubro de 2013, mostra que o lucro líquido permaneceria estável em relação à 2012 (tabela 3).

Tabela 3 – Demonstração do Resultado, sem efeitos do Refis

Fonte: Elaboração própria.

(1) Estimativa de IR e CSLL a pagar no exercício, sem Refis.

O Lucro líquido do exercício foi integralmente distribuído para seu único acionista – o Banco do Brasil, sendo R$ 7 milhões como dividendo mínimo obrigatório (Decreto 2.673/1998) e o restante como dividendo adicional. A BB Cartões não destinou nenhuma parcela do lucro para a reserva legal por força do parágrafo 1º do art. 193 da lei 6.404/76:

(...)

§ 1º A companhia poderá deixar de constituir a reserva legal no exercício em que o saldo dessa reserva, acrescido do montante das reservas de capital de que trata o § 1º do artigo 182, exceder de 30% (trinta por cento) do capital social.

(...)

Ainda, com relação às reservas, conforme despacho de 25/04/2014, o Senhor Ministro da Fazenda aprovou a destinação do lucro das empresas subsidiárias do Banco do Brasil, todavia sugerindo à BB Cartões:

“que a empresa delibere sobre a capitalização integral da reserva de capital, conforme art. 200, IV, da Lei 6.404/1976.”

O artigo e o inciso citados restringem que as reservas de capital sejam utilizadas somente para incorporação ao capital social.

A BB Cartões respondeu à sugestão do Ministério da Fazenda, por meio do Ofício BB Cartões 2014/0012 em que informa que:

∆ ∆ ∆ ∆ % 2013 2012 2013/2012 Receitas Operacionais 28.053 30.505 -8 Rendas de Convênios 25.977 26.095 0

Receita com cartões Visavale - Tributáveis 228 148 54

Reversão das Provisões -

Outras Rendas Operacionais 1.845 532 247

Outras 3 4 -10

Despesas Operacionais 3.186 4.885 -35

Desp. Tributárias 2.558 2.496 2

Ressarcimento 628 484 30

Outras Desp. Operacionais - 117 -100

Outras 1 2 -54

Result. Antes da Tributação 24.867 25.621 -3

IR (1) 6.372 6.569 -3

CSLL (1) 3.846 3.955 -3

Lucro Líquido 14.649 15.097 -3

R$ 1.000 DRE

(7)

“A Reserva de Capital da BB Cartões foi constituída em virtude de investimentos realizados em incentivos fiscais e o saldo da conta soma atualmente R$ 13.689 mil; Dada a característica da referida Reserva de Capital, realizamos consulta à nossa área jurídica para verificar se a referida reserva é passível de capitalização;

A análise jurídica registrou que, por se tratar de reservas de incentivos ficais, conclui-se pela impossibilidade de capitalização do saldo da reconclui-serva na forma recomendada pela PGFN.”

A BB cartões investiu em cotas de fundos de investimentos regionais (FINAM/FINOR) como opção ao pagamento de imposto de renda devido, conforme a Lei 8167/91, de 16/01/1991:

“Art. 1º A partir do exercício financeiro de 1991, correspondente ao período-base de 1990, fica restabelecida a faculdade da pessoa jurídica optar pela aplicação de parcelas do imposto de renda devido:

I - no Fundo de Investimentos do Nordeste (Finor) ou no Fundo de Investimentos da Amazônia (Finam) (Decreto-Lei nº 1.376, de 12 de dezembro de 1974, art. 11, I, alínea a), bem assim no Fundo de Recuperação Econômica do Espírito Santo (Funres) (Decreto-Lei nº 1.376, de 12 de dezembro de 1974, art. 11, V);e (Vide Lei nº 9.532, de 1997) (Revogado pela MPV, nº 2.156-5, de 24.8.2001)”

Em 2013, o saldo da conta Cotas Finam/Finor (Instrumentos de dívida) foi de R$ 6.428 mil.

A BB Cartões ainda informou que apresenta anualmente ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, através do Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (DEST), a previsão dos recursos e dispêndios totais para o exercício seguinte, encaminhando cópia do Plano de Dispêndios Globais (PDG) 2013.

##/Fato##

2.2 Avaliação dos Indicadores de Gestão da UJ

A BB Cartões informou no Ofício 2013/00264, de 06/12/2013 que utiliza os seguintes indicadores para a tomada de decisões gerenciais e mudanças de rumos:

a) Retorno sobre Ativo (ROA): (Lucro Líquido/Ativo Total)x100

b) Rentabilidade de Capitais Próprios: (Lucro Líquido/PL ajustado)x100 c) Grau de Endividamento: (Passivo Circulante/Ativo Total)x100

d) Liquidez Geral: (Ativo Circulante + Passivo Circulante)/Passivo Circulante

As Análises Contábeis enviadas pela BB Cartões confirmaram que os índices são apresentados mensalmente, utilizando os fluxos mensais no caso do Lucro Líquido e os montantes acumulados nas demais variáveis. Para avaliar se os indicadores são confiáveis e compreensíveis (conforme a Portaria SEGECEX/TCU 33 de 23/12/2010), os mesmos foram recalculados com as informações contábeis apresentadas pela BB

(8)

Adicionalmente, solicitou-se à Empresa encaminhar análise de custo/benefício existente da BB Cartões em relação às principais empresas do setor. A BB Cartões informou o seguinte quadro no Ofício 2013/00277, de 27/12/2013:

2011 BB Cartões Ticket Sodexo Alelo

Receita Operacional Líquida (ROL) 19.870 661.301 674.959 597.505

Lucro Líquido (LL) 17.962 256.311 224.894 159.709

LL/ROL 90% 39% 33% 27%

2012 BB Cartões Ticket Sodexo Alelo

Receita Operacional Líquida (ROL) 23.775 754.212 756.092 765.310

Lucro Líquido (LL) 15.097 292.786 250.452 160.886

LL/ROL 63% 39% 33% 21%

Fonte: Correspondência BB Cartões 2013/00277

O indicador tão elevado para a BB Cartões em relação às demais empresas se explica por a primeira ser somente administradora dos cartões vale-benefício, ao contrário das demais que são processadoras e com isso, ela não possui as mesmas despesas. Como já informado anteriormente, a BB Cartões administra os cartões Vale Refeição e Vale Alimentação para os empregados do grupo Banco do Brasil, mantendo um contrato de parceria com a Alelo, que é a processadora dos mesmos cartões.

##/Fato##

2.3 Avaliação dos Controles Internos Administrativos

De acordo com o Ofício BB Cartões 2014/00004, de 14/02/2014, o controle da carga dos cartões é realizado de forma automatizada, por meio do sistema ARH – Administração de Recursos Humanos. O pagamento mensal (Vale Alimentação e Refeição) é processado a partir de arquivo de dados gerado pela área de Tecnologia do Banco, observando parâmetros previamente definidos.

Ainda conforme a empresa, o sistema faz verificações, como se o funcionário está afastado do serviço em situações que impeçam o recebimento do benefício. Após essas verificações, o sistema gera e envia automaticamente um arquivo para a processadora (Alelo), que recebe e confirma, também automaticamente, o recebimento das informações. Posteriormente, o Banco do Brasil realiza novas verificações e somente após esses procedimentos, o crédito é efetuado no cartão do funcionário.

##/Fato##

2. 4 Ocorrências com dano ou prejuízo

(9)

3. Conclusão

Eventuais questões formais que não tenham causado prejuízo ao erário, quando identificadas, foram devidamente tratadas por Nota de Auditoria e as providências corretivas a serem adotadas, quando for o caso, serão incluídas no Plano de Providências Permanente ajustado com a UJ e monitorado pelo Controle Interno. Tendo sido abordados os pontos requeridos pela legislação aplicável, submetemos o presente relatório à consideração superior, de modo a possibilitar a emissão do competente Certificado de Auditoria.

(10)

_______________________________________________

Achados da Auditoria - nº 201407633

1 GESTÃO OPERACIONAL

1.1 AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS

1.1.1 EFETIVIDADE DOS RESULTADOS OPERACIONAIS 1.1.1.1 INFORMAÇÃO

Resultados quantitativos e qualitativos Fato

Solicitou-se à BB Cartões explicar como o Planejamento Estratégico da empresa se insere no contexto do Banco do Brasil SA, descrevendo os processos de planejamento, monitoramento e avaliação.

“Informações suprimidas por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei”.

Com relação ao item b, a empresa ainda informou que:

“A BB Cartões tem por objeto social a administração e emissão de cartões de crédito e de débito, de vales-alimentação e refeição, de travelers cheques e atividades afins. A emissão de cartões de crédito e débito foi descontinuada em 2001, por ocasião da cisão parcial da Empresa e incorporação de tais operações pelo Banco do Brasil S.A. (Banco Múltiplo). Para o exercício de 2013 não há previsão de alteração do emissor dos cartões de crédito e débito dentro do Conglomerado, portanto a BB Cartões não deverá exercer a administração e emissão de cartões de crédito e débito”.

Diante da previsão de avaliação do escopo de atuação da Empresa dentro do Planejamento Estratégico, solicitou-se à BB Cartões justificar a manutenção das atividades de “administração e emissão de cartões de crédito e débito” no objeto social da empresa se ambas foram descontinuadas em 2001.

“Informações suprimidas por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei”.

Conforme informado no Relatório de Administração, Relatório de Gestão e em resposta a Solicitações de Auditoria, a atividade de administração de cartões de crédito e débito foi descontinuada em 2001, passando a ser exercida pela Diretoria de Cartões no Banco do Brasil.

A estratégia de centralizar a administração e emissão dos cartões de crédito e débito dentro do Banco do Brasil não é isolada, e sim, acompanha a mesma utilizada pelos maiores bancos brasileiros desde o final da década de 1990.

Passada a fase de introdução dos cartões de crédito no Brasil e das ferramentas de administração da carteira de clientes, como Credit e Behavioral Scoring ocorridas entre as décadas de 1970 e 1980, houve o crescimento dos emissores de cartões de seis para 60 empresas, em 1999.

(11)

Esse movimento foi alavancado pelo fim da exclusividade de uso das bandeiras (como a Mastercard pela Credicard ou a Visa pelos Bancos do Brasil, Bradesco e os extintos Nacional e Banco Francês e Brasileiro); a entrada de processadoras independentes que apenas viabilizam as operações com cartões de crédito, sem necessidade ou exigência de compartilhamento de informações e o aumento da importância do cartão de crédito no portfólio dos produtos bancários impulsionado pela queda da inflação e a liberação do governo para a emissão dos cartões para utilização internacional (Castro, H.G.; Carvalho, M.M e Laurindo, F.J.B. Aliança estratégica: um estudo de caso no setor de cartão de crédito. XXVI ENEGEP, Fortaleza, 2006. Disponível em: http://www.abepro.org.br/biblioteca/ENEGEP2006_TR530354_7625.pdf. Acessado em: 03/07/2014.)

Assim, as atividades atuais da BB Cartões restringem-se à emissão e administração dos cartões vale benefícios (alimentação, refeição e cultura) e o gerenciamento do estoque de travelers cheques não liquidados.

Portanto, o objeto social da BB Cartões encontra-se mais amplo do que os objetivos e metas traçados pela Empresa em seu Planejamento Estratégico, como por exemplo, a de substituir em 2013, os cartões vale alimentação e refeição por cartões com tecnologia de chip, cumprida pela BB Cartões.

Além disso, uma alteração no seu estatuto necessita ser aprovada em Assembleia Geral de Acionistas, ou seja, somente o Banco do Brasil, que é o seu único acionista, simplificando esse processo.

Dessa forma, cabe à BB Cartões avaliar a pertinência de se promover a atualização no seu estatuto, no sentido de adequar o seu objeto social ao planejamento estratégico da empresa.

(12)

Presidência da República - Controladoria-Geral da União - Secretaria Federal de Controle Interno

Certificado: 201407633

Unidade Auditada: BB.ADMINISTRADORA CARTOES DE CREDITOS S/A

Exercício: 2013

Processo: 20140000526 Município - UF: Brasília - DF

_______________________________________________

Foram examinados os atos de gestão dos responsáveis pelas áreas auditadas, especialmente aqueles listados no art.10 da IN TCU nº 63/2010, praticados no período de 01/01/2013 a 31/12/2013.

Os exames foram efetuados por seleção de itens, conforme escopo do trabalho definido no Relatório de Auditoria Anual de Contas constante deste processo, em atendimento à legislação federal aplicável às áreas selecionadas e atividades examinadas, e incluíram os resultados das ações de controle realizadas ao longo do exercício objeto de exame, sobre a gestão da unidade auditada.

Em função dos exames realizados sobre o escopo selecionado, consubstanciados no Relatório de Auditoria Anual de Contas nº 201407633, proponho que o encaminhamento das contas dos responsáveis referidos no art. 10 da IN TCU nº 63/2010 constantes das folhas 03 a 05 do processo, seja pela regularidade.

Brasília/DF, 20 de agosto de 2014.

_____________________________________________________________

ANTONIO CARLOS BEZERRA LEONEL

(13)

Presidência da República - Controladoria-Geral da União - Secretaria Federal de Controle Interno

Parecer: 201407633 Processo: 20140000526

Unidade Auditada: BB – Administradora de Cartões de Crédito S.A. Ministério Supervisor: Ministério da Fazenda

Município/UF: Brasília/DF Exercício: 2013

Em conclusão aos encaminhamentos sob a responsabilidade da CGU quanto ao processo de contas do exercício da Unidade acima referida, expresso opinião acerca dos atos de gestão referente ao exercício de 2013, a partir dos principais registros e recomendações formulados pela equipe de auditoria.

A BB Cartões é uma subsidiária integral do Banco do Brasil (BB), criada em 25 de setembro de 1987, com o objetivo de administrar e emitir cartões de crédito e de débito, de vales-alimentação e/ou refeição, de travelers cheques e atividades afins. Atualmente, os únicos produtos da subsidiária que permanecem ativos são o Cartão Alelo Alimentação e o Cartão Alelo Refeição, emitidos exclusivamente para os funcionários do Conglomerado Banco do Brasil e suas controladas e coligadas. A Empresa informou administrar, em 31/12/2013, 131.712 cartões vale alimentação e 45.063 cartões vale refeição, totalizando 176.775 cartões vale benefício.

Ainda em 2013, a subsidiária se habilitou junto ao Ministério da Cultura para emitir cartões benefício Vale Cultura, com o objetivo de atender a demanda do Conglomerado BB e suas controladas e coligadas.

A BB Cartões obteve em 2013 um lucro líquido de R$ 26 milhões, ficando R$ 11 milhões (75%) acima do registrado em 2012. Esse resultado foi atingido, principalmente, com a

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O Lucro líquido do exercício foi integralmente distribuído para seu único acionista – o Banco do Brasil, sendo R$ 7 milhões como dividendo mínimo obrigatório (Decreto 2.673/1998) e o restante como dividendo adicional.

Com relação ao seu Planejamento Estratégico da BB Cartões registra-se que, apesar da previsão de avaliação do escopo de atuação da empresa, o objeto social da BB Cartões inclui as atividades de administração e emissão de cartões de crédito e de débito, apesar de terem sido descontinuadas em 2001 até hoje.

Na Auditoria não foi avaliado o teor do Acordo Comercial da Alelo/CBSS, pois a BB Cartões alegou sigilo comercial e dessa forma todas informações decorrentes por esse acordo foram obtidas por intermédio de informações do próprio gestor.

Assim, em atendimento às determinações contidas no inciso III, art. 9º da Lei n.º 8.443/92, combinado com o disposto no art. 151 do Decreto n.º 93.872/86 e inciso VI, art. 13 da IN/TCU/N.º 63/2010 e fundamentado no Relatório de Auditoria, acolho a conclusão expressa no Certificado de Auditoria pela Regularidade. Desse modo, o processo deve ser encaminhado ao Ministro de Estado supervisor, com vistas à obtenção do Pronunciamento Ministerial de que trata o art. 52, da Lei n.º 8.443/92, e posterior remessa ao Tribunal de Contas da União.

Brasília/DF, 20 de agosto de 2014.

RENILDA DE ALMEIDA MOURA

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