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METAIS 5/18/2012. Metais Tóxicos. Metais Tóxicos

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(1)

METAIS

•1

 Metais pesados são elementos que tem peso

específico maior que 5g/cm3 e quem possuam

número atômico maior que 20 (Malavolta,1994).

 Os seres vivos necessitam de pequenas quantidades

de alguns desses metais, incluindo cobalto, cobre, manganês, molibdênio, vanádio, estrôncio, e zinco, para a realização de funções vitais no organismo. Porém níveis excessivos desses elementos podem ser extremamente tóxicos.

 Outros metais pesados como o mercúrio, chumbo e

cádmio não possuem nenhuma função dentro dos organismos e a sua acumulação pode provocar graves doenças, sobretudo nos mamíferos.

Metais Tóxicos

 Quando lançados como resíduos industriais, na água,

no solo ou no ar, esses elementos podem ser absorvidos pelos vegetais e animais das proximidades, provocando graves intoxicações ao longo da cadeia alimentar.

 Por exemplo, todos os sistemas enzimáticos são

potencialmente suscetíveis aos metais pesados. Por outro lado, nos organismos vivos, o acesso dos metais pesados pode ser limitado pelas estruturas anatômicas.

 Freqüentemente existem consideráveis diferenças de

sensibilidade entre diferentes órgãos e tecidos, assim como na ação observada entre experimentos in vivo e

in vitro, entre espécies e entre respostas típicas de

envenenamento clínico .

(2)

O chumbo (do latim plumbum) é um elemento de símbolo Pb , À temperatura ambiente, o chumbo encontra-se no estado sólido.

Ocorre naturalmente na crosta terrestre, raramente na forma elementar. Geralmente é encontrado na forma dos minerais galena (PbS), anglesite (PbSO4) e cerusite

(PbCO3).

Encontrado em duas formas:

• Chumbo orgânico – estava presente na gasolina; atualmente só constitui um risco em determinados contextos ocupacionais.

• Chumbo inorgânico – está presente em tintas, canos, munições, cerâmica e jóias, entre outros.

C

HUMBO

Galena

FONTES DE EXPOSIÇÃO:

•Na idade média fabricação de utensílios domésticos

• É usado na construção civil • Pigmentos para tintas • Baterias de ácido • Munição

• Proteção contra raios-x • Artefato de Pesca

•CANDIDO PORTINARI, Criança Morta (Criatura muerta), 1944 Óleo s/ tela

(3)

C

HUMBO

FONTES DE EXPOSIÇÃO:

•Forma parte de ligas metálicas para a produção de

soldas, fusíveis, revestimentos de cabos elétricos, etc.

• Magnificação trófica: nos peixes, a acumulação ocorre principalmente nas brânquias, fígado, rins e ossos.

• Nos mariscos, as concentrações são maiores na carapaça que nos tecidos moles.

C

HUMBO

Toxicocinética:

• As principais vias de exposição são a oral, inalatória e cutânea (principalmente para chumbo orgânico). • Nos adultos, 5 a 15% do chumbo ingerido é absorvido no trato gastrointestinal, enquanto nas crianças essa absorção pode ultrapassar os 40%.

• Baixos níveis de cálcio, ferro, cobre, zinco e fósforo ou altos níveis de gordura na dieta podem aumentar a absorção do chumbo.

• O chumbo compete com o cálcio para o mesmo mecanismo de transporte através da mucosa digestiva.

* Toxicocinética:

Distribui-se inicialmente para rins e figado, após isto

sofre redistribuição conforme exposto:

95% do Chumbo do organismo sob a forma de fosfato de Chumbo terciário

C

HUMBO

(4)

* Toxicodinâmica:

Muita da sua toxicidade no SNC pode ser atribuída

à alteração de enzimas e proteínas estruturais.

É um cátion divalente que se liga aos grupos

sulfidrilo das proteínas e interfere com a formação da mielina, a integridade da barreira hematoencefálica, a síntese de colágeno e a permeabilidade vascular.

C

HUMBO

*Toxicodinâmica:

O chumbo tem a capacidade de mimetizar e

competir com o cálcio alterando essas funções: - bloqueia a entrada de cálcio para os terminais nervosos;

- inibe as ATPases do cálcio, sódio e potássio, afetando o transporte membranar;

- inibe a utilização de cálcio pelas mitocôndrias diminuindo a produção de energia essencial às funções cerebrais;

- e interfere com os receptores do cálcio acoplados a segundos mensageiros.

C

HUMBO

* Toxicodinâmica: O chumbo impede a formação do heme em vários pontos.

Surgimento de anemia por

dois fatores: diminuição do tempo de meia-vida dos eritrócitos e inibição da síntese do heme.

(5)

* Efeitos Tóxicos:

Intoxicação Aguda: (Raro)

•Encefalopatia aguda,convulsões e coma. •Morte de 1 a 2 dias após o início dos sintomas. Intoxicação Crônica:

•Efeitos Neurológicos: Encefalopatia (falta de coordenação, vertigem, ataxia, quedas, cefaléia, irritabilidade, covulsões e coma), fraqueza muscular, modificações no comportamento das crianças, como agressão, impulsividade e hipersensibilidade.

C

HUMBO

*Efeitos Tóxicos:

Intoxicação Crônica (cont.):

• Efeitos Renais: Nefropatias (reversíveis ou irreversíveis)

• Efeitos Hematólógicos: Anemia Hemolítica • Efeitos Gastrointestinais: Cólica Saturnínica

(dor abdominal), constipação e

anorexia(crianças).

• Efeito Ósseo: Hipermineralização

C

HUMBO

Alterações Laboratoriais e Diagnóstico Clínico: A determinação dos níveis de chumbo no sangue é o biomarcador mais comum e preciso. A presença de chumbo no sangue reflete uma exposição recente. Os níveis de protoporfirina eritrocitária ou de zinco-protoporfirina (detectado por hematofluorímetro) refletem um desequilíbrio na síntese do heme. Estes níveis podem estar aumentados em crianças com níveis elevados de chumbo.

As alterações nas atividades das enzimas, particularmente da ALA-D, no sangue periférico, e a excreção urinária do ALA, servem de índices precoces da exposição ao chumbo.

(6)

Alterações Laboratoriais e Diagnóstico Clínico:

Aumento da coproporfirina na urina

Uma contagem completa das células sanguíneas

pode ser útil em pacientes com extensa exposição

Pontilhado (pontuado) basófilo nos eritrócitos em

intoxicados crônicos

As técnicas de fluorescência de raio-X para determinação da concentração de chumbo nos ossos

(bom indicador da exposição cumulativa). Na

extremidade dos ossos longos observa-se maior densidade em determinadas regiões - linhas de chumbo.

C

HUMBO

Tratamento e Antídotos :

O tratamento inclui medidas de sustentação do paciente, sendo assim as convulsões são tratadas com diazepam.

EDTA-Na2-Ca - infusão IV - Não atravessa as barreiras

- O chumbo desloca o cálcio e então é quelado e eliminado via renal.

Dimercaprol – IM é usado normalmente associado ao EDTA

D-Penicilamina - VO

C

HUMBO

C

HUMBO

O chumbo é amplamente distribuído na natureza e responsável por vários casos de intoxicação devido a contaminação ambiental, da água e alimentos. Indique a alternativa correta com relação à intoxicação por chumbo. a) O sistema nervoso e hematopoiético são particularmente

afetados pelo chumbo;

b) o chumbo não atravessa a barreira placentária, portanto não causa dano ao feto;

c) saturnismo ou plumbismo é a terminologia usada para a intoxicação aguda por chumbo;

d) o chumbo tende a acumular-se principalmente no cabelo e tecidos hepáticos;

e) chumbo tetraetila e tetrametila praticamente não são absorvidos por via cutânea. Letra A

(7)

C

HUMBO

Com relação à intoxicação por chumbo, é INCORRETO afirmar que:

a) pode ser causa de febre dos fumos metálicos;

b) não foram detectados efeitos teratogênicos em seres humanos, embora tenha sido demonstrado em animais de laboratório;

c) a exposição aumenta o risco de hipertensão, anemia, lesão renal e do sistema nervoso;

d) tende a se depositar no organismo podendo levar anos para ser eliminado;

e) os testes laboratoriais de exposição devem ser realizados imediatamente antes e a cada seis meses

após a mesma. Letra B

Mercúrio

O mercúrio (do latim "hydrargyrum" que

significa prata líquida) é um elemento de

símbolo Hg. À temperatura ambiente, é um

metal líquido .

Pode ser encontrado em três formas:



Elementar



Orgânico



Inorgânico

MERCÚRIO

* Toxicodinâmica

Toxicidade do mercúrio é diretamente relacionada com a sua ligação covalente aos grupos tiol das diferentes enzimas celulares nos microssomas e na

mitocôndria, o que leva à interrupção do

metabolismo e da função celular.

(8)

Mercúrio Elementar ou metálico (Hg0)

Estado de oxidação zero (Hg0) existe na forma

líquida à temperatura ambiente, é volátil e liberta um gás monoatómico perigoso: o vapor de mercúrio. Fontes:

Amalgama odontológico

Extração e tratamento de ouro e prata

Laboratórios fotográficos

Tintas contendo mercúrio

Instrumentos de medição (termômetros)

MERCÚRIO

Mercúrio Elementar ou metálico (Hg0)

Principal via de absorção

• O mercúrio Inalado é totalmente absorvido pelos pulmões.

• A ingestão não representa perigo Distribuição

• Todos os tecidos principalmente, rim e cérebro. Eliminação

• Urina e fezes

MERCÚRIO

Toxicidade:

• Aguda: tosse, dispnéia, pneumonite intersticial e edema agudo de pulmão não-cardiogênico.

• Crônicos: tremores, ataxia, disturbios da

personalidade.

• Tríade clássica: tremores, gengivite e eretismo • Alterações gatrointestinais e renais.

(9)

Mercúrio Inorgânicos (Hg2+) (Hg++)

O mercúrio inorgânico (compostos mercurosos e mercúricos), sob a forma de cloretos.

Fontes:

• Agentes anti-sifiliticos • Produção de explosivos • Laboratórios fotográficos • Desinfetantes

• Preparo na conservação de peles animais e trabalhos sobre feltros

MERCÚRIO

Mercúrio Inorgânicos (Hg2+) (Hg++)

Principal via de absorção

• Via inalatória, digestiva e cutânea Distribuição • Principalmente rins Excreção • Urina e fezes MERCÚRIO Toxicidade

• Aguda: corrosão e necrose da mucosa do TGI. Dor abdominal, diarréia, hemorrágica e vômitos. • Crônicos:

- Nefropatias e e no T.G.I, com gengivite com linha gengival acinzentada (dentre outros).

- Efeitos neurológicos: tremores, nervosismo, ansiedade, insônia e alterações de personalidade

- Acrodinia: doença rara, idiossincrática, com alteração na cor das pontas dos dedos e pés.

(10)

“Louco como um chapeleiro maluco”

Danbury, em Connecticut, era o centro da indústria de chapéus de feltro no século XIX.

O processo de confecção do feltro para chapéus requeria o uso de nitrato mercuroso para retificar o pêlo animal. Os trabalhadores comumente absorviam doses tóxicas de marcúrio inorgânico através da pele.

As pessoas que desenvolviam a psicose resultante frequentemente eram decritas como “falando sozinhas como um chapeleiro louco”.

MERCÚRIO

Mercúrio Orgânicos (Alquis-mercúrios)

Fontes

• Agentes anti-sépticos (Merthiolate®) • Conservação de madeira

• Produtos para conservação de sementes • Herbicidas

Principal via de absorção

• Via digestiva Distribuição

• Todos os tecidos, principalmente o SNC

MERCÚRIO

Eliminação

• Bile Toxicidade

• Aguda e Crônicos; Sintomas neurológicos, incluindo

oftalmológicas, auditivas, tremores, disartria,

deterioração mental e morte.

• Prole com defeitos congênitos quando da exposição da mãe.

(11)

Magnificação Trófica ou Bioacumulação  Consiste no acúmulo progressivo de substâncias não bio-degradáveis ao longo dos diversos níveis tróficos de um ecossistema. Geralmente a concentração da substância tóxica (nesse caso mercúrio) não é muito grande no ecossistema, assim como nos produtores.  Quando, porém, os componentes do segundo nível trófico se alimentam desses produtores contaminados, e utilizam a sua biomassa para suas próprias necessidades, não há perda significativa do poluente para o meio. A biomassa, porém, é transformada em CO2e água, que são

liberados para o meio. A concentração do poluente, então, aumenta na matéria orgânica dos seres desse nível trófico.

MERCÚRIO

Bioacumulação do Mercúrio

 A distribuição do mercúrio numa dada área depende das fontes locais, regionais, nacionais e internacionais de mercúrio emitido.

Os animais marinhos convertem o mercúrio elementar em mercúrio orgânico, que se acumula nos tecidos.

A quantidade de metilmercúrio nos peixes e nos diferentes organismos aquáticos depende de vários fatores, como da quantidade de mercúrio proveniente da atmosfera que aí se deposita, da libertação local de mercúrio, da ocorrência natural deste nos solos, das propriedades físicas, biológicas e químicas dos diferentes organismos aquáticos e da idade, tamanho e tipo de alimentação dos peixes.

MERCÚRIO

Bioacumulação do Mercúrio

Isto explica porque os peixes de lagos, com fontes locais de metilmercúrio similares, podem ter significativas diferenças, na bioconcentração deste.

(12)

•34

O Mercúrio e Meio Ambiente:

MERCÚRIO

Antidotos

A afinidade do mercúrio pelos tióis constitui a base para o tratamento.

Para o mercúrio inorgânico e elementar usa-se agentes quelantes :

• Dimercaprol IM – O complexo formado é eliminado pela bile • Penicilamina VO - O complexo formado é eliminado pela Urina, portanto cuidado com nefropatia!!!

Para o mercúrio orgânico: • O Dimercaprol está contra indicado! • Penicilamina?Resinas?Hemodiálise?

Diagnóstico Clinico-Laboratorial Ensaio de Reinsch

MERCÚRIO

Questões:

( ) Os efeitos tóxicos no SNC são mais marcantes depois da exposição de vapor de mercúrio do que às formulações bivalentes desse metal.

( ) os mercuriais arílicos, como o mercurofeno, são exemplos de

mercúrios orgânicos.

( ) O mercúrio orgânico atravessam a barreira hematoencefálica e

placentária e, por esse motivo, causam mais efeitos neurológico e teratogênico que os sais inorgânicos.

( ) O Chapeleiro Maluco de As Aventuras de Alice no País das maravilhas representa um quadro típico da intoxicação ocupacional por mercúrio. ( ) A metilação é fundamental para a bioacumulação no meio aquático.

( ) Os peixes localizados no topo da cadeia alimentar apresentam

elevados níveis de metilmercúrio, destacando-se as espécies predatórias.

(13)

A autópsia de um indivíduo exposto ao metilmercúrio revelou que a maior parte do mercúrio cerebral encontrava-se na forma de:

a) metilmercúrio; b) mercúrio metálico; c) etilmercúrio; d) dimetilmercúrio; e) mercúrio inorgânico. MERCÚRIO Letra E Propriedades:

 O cádmio é um elemento químico de símbolo Cd, à

temperatura ambiente, o cádmio encontra-se no estado sólido.

 O cádmio é um metal pesado que produz efeitos tóxicos nos

organismos vivos, mesmo em concentrações muito pequenas.

 Normalmente é empregado principalmente na fabricação de

pilhas.

 É cumulativo e a concentração no organismo correlacionasse

com a idade do indivíduo.

 A fonte mais importante de descarga do cádmio para o meio

ambiente é através da queima de combustíveis fósseis (como carvão e petróleo) e pela incineração de lixo doméstico.

C

ÁDMIO

•39

Fontes

Relativamente à exposição não ocupacional, são várias as fontes:

• A maioria do Cd da atmosfera é respirável; • Fumo e automóvel;

• Encanamentos residenciais; • Poluição industrial; • Incineração de lixo;

• Por ingestão de comidas (nomeadamente frutos do mar) ou bebidas (como chá, café ou água tratada); • Uso de utensílios de comida com revestimentos contendo Cd;

(14)

Toxicocinética

• Absorção no TGI entre 5 e 20 %

• Relativamente à absorção, o Cd resultante da ingestão tem menor absorção que o resultante da inalação, ou seja, a absorção gastrointestinal é inferior à respiratória. A absorção está condicionada pela dieta: deficiências em Cálcio, Ferro

• Cd se deposita principalmente no fígado e rins (órgãos-alvos) • Meia-vida de 17 a 38 anos

• Rins - 6 a 38 anos; fígado - 4 a 19 anos

• Excreção principalmente pela urina e também pelas fezes. • Bioacumulação na cadeia alimentar

C

ÁDMIO

Toxicidade Aguda

Surge após ingestão de concentrações altas de Cd, assim como após ingestão de alimentos ou bebidas contaminadas, inalação de fumos ou outros materiais aquecidos.

- Pneumonia química aguda - Edemas pulmonares

C

ÁDMIO

 Toxicidade Crônica

É devida a uma exposição prolongada de

concentrações baixas de Cd.

- Doença crônica obstrutiva pulmonar - Enfisemas

- Síndrome renal e freqüentemente glicosúria e proteinúria.

- Efeitos no sistema cardiovascular

- Efeitos no sistema ósseo - chamada doença "Itai-Itai” (expressão de dor)

(15)

Antidotos

Quelantes:

EDTA-Na2-Ca - infusão IV ?!

Diagnóstico Clinico-Laboratorial

O sangue total é melhor indicador da quantidade de exposição do que o soro, porque os resíduos do Cd encontram-se majoritariamente nos glóbulos vermelhos. Os níveis sanguíneos de Cd refletem apenas exposições recentes e não são uma medida precisa do total de Cd no corpo.

Metalotionina pode ser feita por ensaios radioimunológicos. Proteínas de baixo peso molecular- β2-microglobulina. Proteínas de alto peso molecular - ALBUMINA e TRANSFERRINA

C

ÁDMIO

•44

 O cromio/cromo (formas aceitas com predileção a

crômio) é um elemento químico de símbolo Cr.

 O cromo é empregado principalmente em

metalurgia para aumentar a resistência à corrosão e dar um acabamento brilhante.

 Geralmente, não se considera que o crômio

metálico e os compostos de crômio(III) sejam, especialmente, um risco para a saúde. Trata-se de um elemento para o ser humano, porém em altas concentrações é tóxico.

C

ROMO

•45

Os compostos de crômio (VI) são tóxicos quando

ingeridos, sendo a dose letal de alguns gramas. Em níveis não letais, o crômio (VI) (crômio hexavalente) é altamente carcinógeno.

 A maioria dos compostos de crômio (VI) irritam os

olhos, a pele e as mucosas.

 A exposição crônica a compostos de crômio (VI)

pode provocar danos permanentes nos olhos.

(16)

* Toxicocinética:

A absorção pode ocorrer por inalação, ingestão e através da pele

A maioria do cromo consumido diariamente (50 a 200 µg) é ingerido com comida e é a forma trivalente. Cerca de 0,5 a 3% de todo o crómio consumido é absorvido.

Na forma hexavalente absorção de 3 a 6%.

Cromo sobre a forma de complexos, como p.e., com o ácido nicotínico é melhor absorvido.

É praticamente todo excretado na urina

C

ROMO

* Toxicidade:

A nível renal, pode ocorrer necrose tubular

Os efeitos na pele e nas membranas das mucosas pode manifestar-se através de uma irritação primária ou através de uma dermatite alérgica e de contacto

O trioxido de crómio atmosférico é rapidamente absorvido no tracto brônquio-pulmonar causando reacções corrosivas Nível do sistema cardíaco observam-se alterações no electrocardiograma

No TGI pode ocorrer hipercloridria, níveis elevados de pepsina e pepsinogénio, pólipos, gastrites e erosão da mucosa

C

ROMO

•48

Arsênio / Arsênico

O arsênio ou arsénio (do latim arsenium), ou ainda arsênico ou arsénico, é um elemento químico de símbolo As.

Encontrado em três formas:

Sais pentavalentes (As5+)

Sais trivalentes( As3+)

Arsina (AsH3)

(17)

•49

Arsênio

 Usos médicos do arsênio datam de Grécia e Roma

antigas

Hipócrates prescreveu uma pasta contendo arsênio

para tratar úlceras

Em 1800, era usado para tratar leucemia, psoríase e

asma – solução de Fowler

Usada no tratamento da sífilis

A

RSÊNIO

* Fontes:

O arsênio tri ou pentavalente são amplamente distribuídos na natureza.

- Compostos inorgânicos :

Estão presentes em águas minerais e rochas

Encontrados nas formas de arsenito, arsenato e arsênio elementar.

- Compostos orgânicos :

As formas orgânicas encontradas na alimentação humana são arsenobetaina e arsenocolina. Estas formas são metiladas no organismo e rapidamente excretadas por via urinária, não representando perigo de grande toxicidade.

Exceção: Metano Arsenato monossódico usado como herbicida é tóxico.

A

RSÊNIO

* Toxicodinâmica:

As formas pentavalentes competem em determinadas reações enzimáticas, como substratos, com os grupos fosfato durante o processo de fosforilação oxidativa ocorrendo um bloqueio da síntese de ATP.

As formas trivalentes apresentam uma grande

afinidade para os grupos sulfidrilo de proteínas e

enzimas, causando inibição de uma grande

variedade de processos oxidativos intracelulares

(18)

* Toxicocinética:

Principal via de absorção :

• Oral (cerca de 95 % dos casos). • Inalação (25 a 40 % dos casos). • Dérmica

Os sais de arsênito são mais solúveis em água e

são melhores absorvidos que o óxido.

A

RSÊNIO

Toxicocinética:

Distribuição:

• Inicialmente, o As localiza-se no sangue, ligado à globulina.

• Amplamente distribuído por todo organismo depois acumula-se no fígado, rins, no coração e pulmões principalmente no cabelo e nas unhas

• Pode ainda substituir o fósforo nos ossos e lá permanecer durante vários anos

• Apenas uma pequena parte do As consegue penetrar a barreira hemato-encefálica, embora esteja comprovada a sua passagem através da placenta.

A

RSÊNIO

Excreção:

A maioria do As é metabolizado in vivo por via hepática, através da sua transformação em 2 compostos metilados:

Ácido monometilarsinico (AMA) Ácido dimetilarsínico (ADA)

As formas pentavalentes de As são absorvidas pelas células e rapidamente reduzidas à forma trivalente.

É excretado maioritariamente por via renal, através da urina: •10-30% As inorgânico;

•10-20% AMA; •55-75% ADA.

(19)

Toxicidade:

Aguda:

Ardência nos lábios Dor gástrica Vômitos em jato Diarréia Convulsões Coma Morte Crônica:

Fraqueza e dores musculares Odor de alho

Salivação e sudorese excessiva Linhas de Mees

A

RSÊNIO

*Antidotos:

Agentes quelantes mais usados: Dimercaprol e a Penicilamina . * Diagnóstico Clinico-Laboratorial Ensaio de Gutzeit As2O3+ 6H22AsH3+ 3H2O Reação de Bougault 3H3PO2+ 4H3AsO34 As0+3H3PO4+ 6H2O Ensaio de Reinsch

A

RSÊNIO •57

Arsênio

Questões:

( ) A ingestão diária de 12 a 15 µg pode obter-se sem problemas com a dieta diária de carnes, pescados, vegetais e cereais, sendo os peixes e crustáceos os alimentos mais ricos em arsênio, apresentando-o geralmente na forma de arsenobetaína, menos tóxica que o o arsênio inorgânico.

( ) Um homem consome uma farta refeição de frutos do mar na noite anterior ao seu exame físico anual, provavelmente o laboratório irá acusar uma grande quantidade de arsênio em sua urina.

( ) Ainda sobre a questão anterior é possível afirmar que a maior parte do Arsênio estará sob a forma orgânica.

(20)

*Propridades:

A forma mais comum de intoxicação por ferro é através da ingestão de medicamentos e polivitaminicos contendo ferro.

Valores de toxicidade:

A dose potencialmente fatal para os adultos é de 40mg/Kg de peso corporal e dose estimada para uma criança é de 20 mg Fe/kg de peso corporal.

F

ERRO

* Toxicinética:

A absorção de ferro é normalmente regulada de modo a evitar a acumulação deste no organismo porque não há nenhum mecanismo fisiológico que consiga eliminar o excesso de ferro no corpo.

A toxicidade do ferro deve-se à sua acumulação no organismo na forma livre ou seja, não ligado a moléculas protetoras como a transferrina ou a ferritina e está relacionada em grande parte com o processo de absorção do mesmo, uma vez que quanto maior for a sua ingestão maior o risco de surgirem os efeitos tóxicos do metal.

F

ERRO

* Toxicodinâmica:

O ferro em excesso catalisa a formação de radicais

livres, que lesam moléculas celulares.

As lesões oxidativas no epitélio gastro-intestinal

permitem a entrada de ferro na circulação sistémica

onde este se liga a proteínas circulantes

particularmente a transferrina. Uma vez saturada, o ferro livre (não ligado a proteínas transportadoras e protectoras) é distribuído por vários sistemas de órgãos nos quais provoca lesões.

(21)

Sintomas:

Fase Tempo(h) Manifestações Clínicas

1 0-12 h Vômitos , Hematêmese, dor abdominal, diarréia

2 Falsa Melhora

12-24 h Instabilidade cardíaca, Acidose metabólica, letargia. Raramente revela um paciente inteiramente normal 3



24-48 h Coma e convulsões Insuficiencia renal e hepática

4 2-4 d Insuficiência hepática fulminante

5 (rara)

Varias

semanas Obstrução do TGI

F

ERRO

* Antidotos:

Uso do quelante deferoxamina - um subproduto das bactérias Streptomyces pilosus.

• Não usar carvão ativo.

* Diagnóstico Clinico-Laboratorial •Radiografia do Abdômen ?!

• Saturação da transferrina?!

• Ferritina sérica (parâmetro inespecífico pois pode estar alterado em estados inflamatórios em estados agudos e crónicos) ?!

• Ferro sérico ?! • Prova da quelação ?!

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