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HIPERACUSIA NA INFÂNCIA: REVISÃO DE LITERATURA HYPERACUSIS IN CHILDHOOD: LITERATURE REVIEW

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HIPERACUSIA NA INFÂNCIA: REVISÃO DE LITERATURA

HYPERACUSIS IN CHILDHOOD: LITERATURE REVIEW

Iona Vicente Monteiro Carneiro1

_______________________________

¹Fonoaudióloga, Docente de Fonoaudiologia da Universidade Nilton Lins. Especialização em Audiologia pela Faculdade Incisa/ Imam de BH. Fonoaudióloga do Centro de Diagnóstico de Otorrinolaringologia e Fonoaudiologia - CEDOF, Manaus - Amazonas, Tel.: 92 994661064. ionamonteiro@hotmail.com

RESUMO: A sensação de incômodo para os mais diversos tipos de sons do

nosso cotidiano é denominada hiperacusia. A hiperacusia na infância ainda é

muito negligenciada por pediatras e outros profissionais da área da saúde,

talvez seja, por ser considerada um fenômeno raro. No entanto outros fatores

como zumbidos, transtorno do espectro do autismo e condições metabólicas

podem ser fatores relevantes para o aparecimento da hiperacusia. Esta

pesquisa teve como objetivo expor os aspectos abordados sobre o tema

Hiperacusia e correlacionar os possíveis impactos na infância, também relatar

possíveis tratamentos indicados para o assunto abordado. A metodologia

utilizada foi de revisão de literatura, através de publicações avulsas, boletins,

jornais, revistas, livros, pesquisas de monografias, entre outros. Conclusão:

A hiperacusia na infância é pouco diagnosticada no meio clínico por ser de

difícil sintoma de reconhecimento da criança, porém a literatura refere que as

técnicas existentes para o tratamento ajudam a diminuir o impacto na vida de

seus portadores.

Palavras Chaves: Hiperacusia, Infância, Qualidade de vida.

ABSTRACT: The sensation of discomfort for the most diverse types of sounds

in our daily lives is called hyperacusis. Childhood hyperacusis is still largely

neglected by pediatricians and other health professionals, perhaps because it

is considered a rare phenomenon. However, other factors such as tinnitus,

autism spectrum disorder and metabolic conditions may be relevant factors for

the onset of hyperacusis. This research aimed to expose the aspects

addressed on the topic Hyperacusis and correlate the possible impacts on

childhood, also to report possible treatments indicated for the subject

addressed. The methodology used was literature review, through separate

publications, newsletters, newspapers, magazines, books, monograph

research, among others. Conclusion: Hyperacusis in childhood is poorly

diagnosed in the clinical environment because it is difficult to recognize the

child, but the literature says that the existing techniques for treatment help to

reduce the impact on the lives of its patients.

Keywords: Hyperacusis, Childhood, Quality of life.

Envio:16/05/2020 Aceite:12/03/2021

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INTRODUÇÃO

O sistema auditivo é um dos mais complexos sistemas do corpo e um dos mais importantes para o desenvolvimento da comunicação humana é através dele que o indivíduo absorve os primeiros sons, que servirão como bagagem para o desenvolvimento das habilidades comunicativas. Esse sistema é dividido em duas grandes porções: o sistema auditivo periférico, subdividido em orelha externa (pavilhão auricular e meato acústico auditivo externo), orelha média (membrana timpânica, cadeia ossicular e tuba auditiva) e orelha interna (cóclea, vestíbulo e canais semicirculares) e o sistema auditivo central (vias auditivas e córtex auditivo). ¹

A fisiopatologia da hipersensibilidade ao som ainda é desconhecida, existindo inúmeras possibilidades de possíveis causas, porém, autores, referem que esse fator audiológico, está a cada dia mais presente nos indivíduos, causando diversos outros indisposições ao individuo que é portador da hipersensibilidade. ¹

A sensação de incômodo para os mais diversos tipos de sons do nosso cotidiano é denominada hiperacusia. Os portadores desta alteração possuem uma reação anormal para os sons externos, independente de sua intensidade é ocasionado principalmente pelas características físicas dos sons, independente do contexto em que acontece, sons de conversas cotidianas, televisão, ruídos mastigatórios, são percebidos de forma anormal pelo indivíduo, chegando a ser até mesmo insuportável. Acomete pessoas das mais diferentes faixas etárias, podendo está presente em normo-ouvintes ou pessoas com alterações auditivas. ²

A intolerância a sons aqui também incluímos ruídos, independente de sua intensidade, são identificados como alteração na percepção do som, demonstrando um aumento de atividade da via auditiva. O diagnóstico é feito através do levantamento do histórico clínico do paciente, associado com a pesquisa do limite de desconforto do paciente, exame que fornece uma medida psicoacústica da percepção da intensidade sonora. ³

Especificamente quando esse fator ocorre na infância ainda são muitos negligenciados por médicos otorrinolaringologistas, pediatras e até mesmo por seus responsáveis legais, apesar da hiperacusia ser comum nesta faixa etária, talvez isso ocorra pelo fato da criança não saber expressar-se sobre o que sente de forma espontânea ou mesmo por habitua-se rapidamente ao ambiente. Também devemos levar em consideração a pouca exploração do tema no meio científico. ³

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A presente pesquisa tem como objetivos, expor os aspectos abordados nos artigos científicos que tratam sobre o tema Hiperacusia e correlacionar os possíveis impactos na infância, também relatar possíveis tratamentos indicados para o assunto abordado.

MÉTODOS

A metodologia aplicada para este estudo deu-se através de pesquisa bibliográfica, do tipo básica, qualitativa e exploratória, utilizando do método indutivo.

A mesma tem como objetivo explicitar e construir hipóteses acerca do problema evidenciado, aprimorando as idéias, fundamentando o assunto em questão abordado na pesquisa. Para tanto, esse tipo de pesquisa envolve um levantamento bibliográfico, o qual deverá ser feito em diversas fontes, buscando consultar obras respeitáveis e atualizadas

Portanto, a pesquisa se deu em artigos de bases de dados científicas na internet, livros e artigos de periódicos científicos.

ÓRGÃO DE CORTI – RECEPTORES E SUAS ESTRUTURAS

O desenvolvimento embriológico da Orelha Interna é encontrado precocemente na terceira semana do feto como espessamentos no ectorderma superficial em um dos lados da placa neural aberta, em torno da quarta e quinta semana de formação a vesícula auditiva ligada ao ducto endolinfático pode ser reconhecida como a futura porção vestibular do labirinto, enquanto a porção mais fina da vesícula começa a se alongar como a futura cóclea. Durante a oitava e décima primeira semana a formação da cóclea está completa. A maturação completa das células sensoriais e de sustentação não completamente o quinto mês de gestação. A porção final da orelha interna é o último órgão a se diferenciar e amadurecer, logo a cócleas poderá estar sujeita de maiores possibilidades de alterações do que os órgãos vestibulares.4

O órgão de Corti é um corpo receptor auditivo, estruturado basicamente por células de sustentação e células receptoras ciliadas também chamados de estereocílios, estas células estão alocadas sobre uma membrana denominada Basilar

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e segue em toda sua extensão. No Órgão de Corti, também possui a membrana tectorial presa a lâmina espiral óssea da cóclea, o modíolo. Os cílios das células ciliadas são completamente cobertos por essa membrana movimentando-os intimamente durante as vibrações emitidas da membrana basilar. Nesse processo nos pólos inferiores das células ciliadas ocorrem sinapses com os neurônios cujos corpos celulares encontram-se nos gânglios espirais de Corti na cóclea, os feixes de axônios desencontram-ses neurônios formam o nervo coclear.5

Podemos afirmar que o Órgão de Corti é um analisador de frequência que monitora a altura do som mais elevada na base da espiral da cóclea e a altura do som intermediária e mais baixa são organizadas na direção do ápice, conhecida como tonotopia coclear.5

FISIOLOGIA DO SOM NA VIAS AUDITIVAS CENTRAIS

Na presença de um som, o sistema auditivo central, destacará primeiramente a mensagem mais importante ao indivíduo e colocará em segundo plano a mensagem menos importante. O sistema auditivo interage com os sistemas de linguagem e sistema límbico em uma formação de rede de sistemas, de forma ascendente da cóclea até o córtex cerebral, através sensores, núcleos nervosos e conexões aferentes e eferentes.2

As Vias aferentes possuem como função principal, captação e transmissão a partir do órgão periférico da audição (orelha externa, orelha média e orelha interna) até o córtex cerebral, através de frequências específicas, no lobo temporal ocorre a percepção consciente do som.6

A via eferente está organizada em uma cadeia de retorno vindo do córtex até o órgão de Corti, uma característica principal das vias eferentes é diminuir a percepção de sensibilidade do sistema auditivo através da contração dos músculos da orelha média, impedindo que sons intensos lesionem a CCI.7

Vale ressaltar que uma função específica das vias auditivas especificamente do trato olivococlear medial é ajustar o ganho auditivo e a resposta comportamental ao som. Disfunções nesse sistema podem contribuir para o aparecimento da hiperacusia e também do zumbido, assim alterações da habilidade de modulação de ganho central do som podem desencandear hipersensibilidade, mesmo na presença de sons com intensidade confortável ao indivíduo.2

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HABILIDADES AUDITIVAS

A audição é essencial para a comunicação, a audibilidade está presente entre os sons de diferentes intensidades, desde os mais baixos quase impercebíveis até os mais altos, que podem provocar desconforto. Sendo assim, na fase da aquisição da linguagem segundo Northern; Downs (2005), o limiar padrão de normalidade para crianças é de 15dBNA, para a percepção acústica mínima.4

A pleno funcionamento das vias auditivas compreende a integridade anatômica e funcional do sistema auditivo periférico e central e o estímulo adequado às experiências auditivas é fator primordial para a aquisição e desenvolvimento normal do processo de linguagem da criança.7

O processo de maturação das vias auditivas, assim como seu desenvolvimento em um recém-nascidos normo-ouvinte possui uma sequência padronizada de comportamento e percepção que se desenvolvem desde o nascimento até os dois anos de idade. Conforme Azevedo et al a hierarquia das habilidades auditivas possui as seguintes etapas:7

Detecção: Identificar a presença e a ausência do som, essa habilidade inicia-se intraútero.

Discriminação: Diferenciar dois sons, ou seja, observar se os dois sons são diferentes ou iguais. Recém-nascidos são capazes de distinguir sons verbais.

Localização: Diferenciar de onde vem o som. As etapas de localização sonora, são desenvolvidas entre os 04 e 24 meses.

Reconhecimento auditivo: Quando ocorre associação significante-significado, ou seja, mostrar figuras, apontar partes do corpo, repetir palavras.

Compreensão auditiva: assimilar a fala, responder perguntas simples, recriar histórias.

A ação da via auditiva eferente no processamento dos sons ajuda na melhoria da discriminação auditiva, seletividade de frequências altas e a inteligibilidade de fala, principalmente com sons competitivos (ambientes ruidosos). ²

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CARACTERIZAÇÃO DA HIPERACUSIA

Alguns autores sugerem que a hiperacusia é um fenômeno acústico primário e apresentam como hipótese de causa a hiperacuidade auditiva, a distorção do código neural do imput auditivo que promove um ganho anormal na intensidade sonora ou mesmo uma falha do sistema nervoso central na habituação da resposta ao desconforto.

6

Não podemos confundir hiperacusia, sensibilidade aos sons, com recrutamento de Metz. O primeiro trata-se de indivíduos que podem possuir limiares auditivos dentro dos padrões de normalidade, com sensibilidade na percepção de sons, o segundo é o indivíduo com perda auditiva que apresenta crescimento anormal da sensação de intensidade para estímulos supra-liminares.8

O assunto hiperacusia vem sendo estudado desde a década de 30, sendo relacionado a outras patologias como por exemplo alterações no nervo facial, presença de zumbidos, síndromes e recentemente associada a pessoas com autismo, nos dias atuais sabe-se que a hiperacuisa pode está associadas com alterações nas vias periféricas e centrais da audição.9

Em um estudo realizado recentemente foram observado alguns fatores característicos relacionados a hiperacusia, são eles: Limiares auditivos dentro da faixa de audibilidade considerada normal, presença de zumbidos, sensação de dor com superproteção do ouvido e reações adversas, tais como dor, irritabilidade, em criança pode-se observar choro, medo e também sofrimento, levando o indivíduo a evitar interação social.2

O nível de intensidade sonora que pode causar a hipersensibilidade auditiva pode variar de individuo a indivíduo, assim como o som que a provoca em pacientes com níveis severos de hiperacusia é comum o uso de dispositivos que protejam a audição desses sons, como abafadores de sons. ²

Em pesquisas recentes o tema tem sido abordado, relacionando o tema ao sistema límbico e nervoso autônomo, tendo em vista que esses são responsáveis pelas sensações subjetivas que ocorrem em resposta imediata a estímulos externos. A área chamada de Amígdala, integrante do sistema límbico, contribui na seleção de informações ou dados e ainda envia sinais de atenção quando identifica a presença de perigo ou situação de ameaça, essa região é responsável pelas síndromes de fobias, isso explicaria o motivo das pessoas reagirem de maneira diferentes a exposições

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sonoras iguais. Já o sistema nervoso autônomo é responsável pela reação de proteção mediante situações desagradáveis. ²

Em 2014, foi proposto por Hazell um modelo fisiopatológico da hiperacusia, esse modelo determinou um reconhecimento consciente de um determinado som ou grupo de sons através de um aprendizado prévio, ou seja, esse aprendizado permite que o cérebro construa um montante de informações que poderá ser requisitada a qualquer momento.11

Pois observou-se em estudo realizado em a presença de dificuldades da compreensão da fala em ambientes ruidosos em paciente com hiperacusia, através do sistema Olivococlear medial, pois sua função é atuar no habilidade auditiva de reconhecimento de estímulos auditivos com ruídos competitivos presentes no ambiente.10

Uma vez iniciada a reação de intolerância ao som, o sistema límbico e autônomo, enviam mensagem ao sistema auditivo em nível subconsciente, programando ações futuras: 1. Percepção desagradável diante do estímulo sonoro, mesmo os de fraca intensidade; 2. Reação de angústia e aflição provocados pelo sistema límbico e nervoso autônomo; e 3. Amplificação errônea desse grupo de sons conduzindo o indivíduo a hiperacusia.10

Vale ressaltar que estudos referem que a diminuição de serotonina no metabolismo humano, pode ser fator relevante para o aparecimento de hiperacusia central, presente em indivíduos normo-ouvintes. ²

Avaliação e tratamento das hiperacusias.

A presença de hiperacusia já pode ser observada na anamnese clínica do paciente, normalmente o paciente refere incômodo na presença de barulhos, tais como som da televisão muito alta, em reuniões sociais, sons de trânsito, o som da banda na igreja, etc. No entanto a percepção da criança mediante esses sons é confusa e na maioria das vezes a criança não sabe identificar os sons que a incomodam, normalmente os pais referem que a criança mostra-se irritadiça, apresenta choro, podendo progredir para vômitos e sudorese na presença de ambientes com um fluxo sonoro maior.3

Após identificado na anamnese a presença de sensibilidade auditiva, pode-se utilizar para confirmação da suspeita, o Loudness Discomfort Level (LDL), teste utilizado

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para adaptação de próteses auditivas e sensibilidade do paciente protetizado, no entanto, sua aplicação passou a ser muito utilizada passando a ser recomendado para complementar a avaliação de pacientes com zumbido e/ou com suspeita de hiperacusia.6

A supressão das emissões otoacústicas, também é uma ferramenta muito útil para avaliação desses pacientes, uma vez que o trato olivococlear eferente medial é responsável pelo processo de atenuação coclear.6

Para o tratamento da hiperacusia são utilizadas algumas técnicas que buscam diminuir o impacto gerado por ela, dentre as técnicas utilizadas cabem destacar: 2

 Terapia de habituação ao zumbido: tem observados que esta técnica diminui consideravelmente os impactos da hipersensibilidade, sendo utilizada em ambos os casos: hiperacusia e zumbido.

 Orientações para evitar o silêncio

 Terapia sonora ou enriquecimento sonoro  Orientações e geradores de som

 Próteses auditivas e sons ambientais  Instrumentos combinados

DISCUSSÃO

A sensibilidade a sons pode ser subdividida em hiperacusia, misofonia e fonofobia. A hiperacusia caracteriza-se pela intolerância à sons de intensidade fraca ou moderada, independentemente do ambiente ou situação em que ele aconteça.6

As crianças com sintomas e queixa clínica de hipersensibilidade com os sons apresentam médias de significativamente menores as médias das crianças que não apresentam queixa de intolerância à sons conforme cita Coelho (2006), porém o mesmo estudo refere casos com valores discrepantes entre os achados.3

Conforme Gomes Et AL (2008), a suscetibilidade em crianças autistas da prevalência de hipersensibilidade auditiva varia dos critérios utilizados e do modo como foi feita a pesquisa. Na observação natural, ou seja, através das condições clínicas para o evento, é de 15% até 40%. Nos estudos através de questionário com os pais, é de 16% até 100%; com os professores, fica em torno de 30%; e, através do método combinado com os pais/responsáveis e com os professores/terapeutas, 23,9%.9

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Segundo Hennig (2011) Comparando-se o performance no reconhecimento de fala no silêncio, entre os indivíduos normo-ouvintes sem e com queixas audiológicas de zumbido e hiperacusia, observou-se que os indivíduos de ambos os grupos apresentaram desempenho semelhante nessa situação de comunicação, no entanto, na situação de reconhecimento de fala na presença de ruído, observa-se diminuição do desempenho do grupo que refere hiperacusia em relação ao grupo sem queixa de hipersensibilidade, inclusive com diferença estatisticamente significante.1

Ainda Urnau, D; Tochetto, TM em 2011 refere que indivíduos que apresentam dificuldade de compreensão da fala em ambientes ruidosos, pode estar relacionada com processos no desencadeamento do zumbido e da hiperacusia, através do Sistema Olivococlear Medial. Este por sua vez age como modulador da atividade das células ciliadas externas da cóclea e, possue também outras funções, tais como reconhecimento dos estímulos auditivos na presença de mensagens competitivas. ¹º

Em 2010, Frota, S. já citava que havia diferenças significativas no Teste de

Fala com Ruído Branco em crianças com queixas de dificuldade em escolares,

a autora também refere que ao pesquisar a habilidade de compreender a fala

com ruído em adultos com e sem queixa de dislexia, observaram diferença de

respostas entre as orelhas e consideraram como alterações no sistema eferente

olivococlear medial direito e esquerdo para o grupo com queixa de dificuldades

no aprendizado, e que no grupo controle, os participantes demonstraram

funcionamento sem diferenças para ambas as orelhas. ¹²

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Nesta pesquisa bibliográfica foi abordado sobre as características da hiperacusia na infância e sua avaliação, podemos concluir que é um tema pouco explorado e que é necessário e importante um melhor aprofundamento sobre o tema na rotina diária de pediatras, fonoaudiólogos e otorrinolaringologistas.

Também podemos verificar que o fator emocional através do sistema límbico é um processo que demanda atenção dos estudiosos da área, assim como alterações no sistema olivococlear medial e a correlação da hiperacusia como fator de agravamento nos distúrbios escolares e de processamento auditivo central.

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REFERÊNCIAS

1. Hennig TR; Costa MJ; Urnau D; Becker KT; Schuster LC. Reconhecimento de fala de Indivíduos normo-ouvintes com zumbido e hiperacusia. Arq. Int. Otorrinolaringol. / Intl. Arch. Otorhinolaryngol., São Paulo - Brasil, v.15, n.1, p. 21-28, Jan/Fev/Março - 2011.

2. Gonçalves, M. Hiperacusia: Considerações teóricas. [Monografia]. Rio Grande do Sul: Universidade de Santa Maria, RS: 2004.

3. Coelho, C. Estudo da prevalência da hiperacusia e do zumbido em crianças. [Tese]. São Paulo: Universidade de São Paulo, SP:2006.

4. Northern, J. Audição na infância. 5ª Ed. Rio de Janeiro: Ed. Guanabara; 2005. 5. Figueiredo, MSt. Conhecimentos essenciais para entender bem Emissões

Otoacústicas e Bera. São José dos Campos: Pulso; 2003.

6. Sanchez, TG; Pedaline, MEB; Bento, RF. Hiperacusia: Artigo de Revisão. Arquivos da fundação de otorrinolaringologia, 3(4), 1999.

7. Boéchat, EM, et al. Tratado de Audiologia. 2ª Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2015.

8. Momensohn, T; Russo, ICP. Prática da audiologia clínica. 8ª Ed. São Paulo: Cortez Editora; 2016.

9. Gomes, E; Pedroso, FS; Wagner, MB. Hipersensibilidade auditiva no transtorno do espectro do autismo. Pró-Fono Revista de atualização Científica. 2008 out-dez:20(4):279-84.

10. Urnau, D; Tochetto, TM. Características do zumbido e da hiperacusia em indivíduos nomo-ouvintes. Arq. Int. Otorrinolaringol. / Intl. Arch. Otorhinolaryngol., São Paulo - Brasil, v.15, n.4, p. 468-474, Out/Nov/Dezembro - 2011.

11. Guimarães, AC; Carvalho, GM; Voltoline, MMFD; Zappeline, CEM; Mezzalira, R; Stolerm G; Paschoal, JR. Estudo da relação de grau de incômodo de pacientes com zumbido e a presença de heperacusia. Braz J Otorhinolaryngol. 2014;80:24-8.

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Frota S, Pereira LD. Processamento auditivo: estudo em crianças com distúrbios da leitura e da escrita. Rev. Psicopedagogia 2010;27(83):214-222.

Referências

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