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FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS POR MEIO DE GRUPOS COLABORATIVOS. PALAVRAS-CHAVE: formação de profissionais; grupo colaborativo; educação continuada.

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INTERLETRAS, ISSN Nº 1807-1597. V. 3, Edição número 21, de Abril, a Setembro 2015 - p

1 FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS POR MEIO DE GRUPOS

COLABORATIVOS

Franciele Nunes de Oliveira* Dioelen Virgínia Borges Souza de Aquino Coelho** Joshiley Coelho Guindo de Aquino*** Luciana Aparecida de Carvalho Barbosa****

RESUMO: O objetivo deste artigo foi identificar a importância da formação de profissionais através de grupos colaborativos, analisando as contribuições da participação à formação e à aprendizagem. Inicialmente são abordados teoricamente a educação continuada e a participação do educando no processo de aprender, sobretudo mediados pela reflexão frente a profissão, profissionalização e o grupo colaborativo. Com base nas pesquisas realizadas em livros, artigos, teses e dissertações essa revisão não teve a intenção de construir um “estado da arte” mais trazer colocações sobre “grupo colaborativo: desenvolvimento e seus benefícios”. Os resultados evidenciam as contribuições dos grupos colaborativos aos profissionais e que estes devem estar em constante aprendizado, sendo este de acordo com a necessidade e da forma em que julgar necessário, estando de acordo com o meio que estamos inseridos, podendo ser realizado através de atualizações, aperfeiçoamentos, educação continuada, capacitações, grupos ou individual, enfim, diversas são as formas, o que sabemos é que esta necessidade existe e assim determina a qualidade profissional e crescimento da profissão o qual representa.

ABSTRACT: The objective of this article was to identify the importance of training professionals through collaborative groups, analyzing the contributions of participation to training and learning. Initially are addressed in a theoretical way to continuing education and the participation of the student in the learning process, especially mediated by reflection across the profession, professional and collaborative group. Based on research in books, articles, thesis and dissertations that review did not intend to build a "state of art" bring more placements on "collaborative group: development and its benefits." The results show the contributions of collaborative groups to professionals and that they must be in constant learning, which is according to the need and the way he sees fit, which is consistent with the environment in which we are, which is done through updates, improvements, continuing education, training, group or individual, finally, there are several ways, what we know is that this need exists and thus determines the quality and professional growth of the profession which is.

PALAVRAS-CHAVE: formação de profissionais; grupo colaborativo; educação continuada. KEYWORDS: training of professionals; collaborative group; continuing education.

INTRODUÇÃO

A formação de profissionais é um processo complexo, inconcluso e permanente, que não podemos afirmar que tem início e fim em cursos específicos. Este tipo de concepção é diferente do que estamos acostumados pela racionalidade técnica, que a

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concepção de que o profissional diplomado está habilitado/pronto e acabado para desempenhar suas funções.

A palavra formação tem sua origem do latim formare, tendo significado dar forma, colocar em formação, ir-se desenvolvendo pessoas (DONATO, 2002).

Um conceito mais amplo, sendo um ato ou modo de formar, significando dar forma a algo; ter a forma; por em ordem; tomar forma; educar (FERREIRA, 1989).

A formação assume, contudo um papel de “inacabamento”, e está completamente ligada a história de vida dos sujeitos estando encontra-se em permanente processo de formação, preparando assim o profissional. No entanto ao tratarmos deste conceito o assunto abordado, pelo fato de preparar o profissional, entendeu que o processo de formação é contínuo, estando de acordo com a necessidade, e por consequência preparando-o para desenvolver suas atividades, com qualidade e segurança (VEIGA, 2008).

Assim, estamos em constante aprendizado, ou seja, somos eternos aprendizes, não estando completos de conhecimentos, onde devemos ter a consciência que sempre devemos estar abertos ao aprendizado, devendo assim compartilhar e discutir ideias, ou seja, “onde há vida, há inacabamento”, portanto, não sendo pronto e acabado (FREIRE, 2010).

Para o dicionário Paulo Freire a palavra “inacabamento” significa:

A concepção antropológica de Freire é marcada pela idéia de que o ser humano é um ser inacabado; não é uma realidade pronta, estática, fechada. Somos um ser por fazer-se; um ser no mundo e com os outros envolvidos num processo contínuo de desenvolvimento intelectual, moral, afetivo. Somos seres insatisfeitos com o que conquistamos (TROMBETA, Sérgio e Luiz Carlos, in REDIN e ZITKOSK, 2008, p. 228).

Este trabalho teve como objetivo identificar a importância da formação dos profissionais por meio de grupos colaborativos, trazendo desde os conceitos da palavra até a necessidade de manter-se buscando conhecimento, indo ao encontro de transformação, optou-se por um revisão bibliográfica, utilizando materiais utilizados no referente ano. Trata-se de um assunto que leva a reflexão quanto profissionais, fazendo parte do aperfeiçoamento através do contato com o grupo estudado, aproximando assim da realidade, sendo a formação necessária de acordo com o meio devendo esta ser de forma contínua.

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A formação de profissionais é necessária de forma constante, sendo um espaço destinado à construção de conhecimentos, espaço este onde os profissionais aperfeiçoam-se de acordo com necessidade e a clientela, bem como objetivo de ampliar as possibilidades de compartilhar suas experiências.

“Ninguém é professor sozinho, isolado que a formação exige partilha. Portanto, a atividade docente necessita de dispositivos de acompanhamento” (NÓVOA, 2003). Para a construção compartilhada de conhecimentos não deve ser enfatizado apenas a transmissão de conhecimentos, mas a ampliação de espaços e interação das culturas negociando com os vários autores envolvidos no problema (VASCONCELOS, 2004). Ao entendermos que educação é constante, devemos observar o meio envolvido, suas particularidades, valorizando sempre a necessidade de transformação no passar dos anos, ressaltando que o espaço de formação não deve ser visualizado somente como um espaço físico denominado escola, sendo este pronto e acabado, este deve evoluir-se de acordo com as mudanças e necessidades da sociedade. “Professor não deixa de aprender jamais, uma vez que o ensino é uma atividade que exige uma constante evolução e adaptação a novas situações” (PACHECO e FLORES, 1999).

Assim em um mundo de constantes mudanças e transformações, as teorias educativas tornam-se mais complexas, tendo a necessidade de organização de trabalho das instituições, formação inicial, educação continuada e todos os autores envolvidos na educação (VEIGA, 2002).

Com a globalização através da inter-relação de caráter econômico mundial, condições de vida, interações sociais e transformações do estado, existem a necessidade da mudança na educação, pois estes processos estão diretamente ligados a essas mudanças, educação (VEIGA, 2002).

Não deve deixar de ser mencionada também a reorganização das famílias, assim como a transferência de papéis e valores, sendo denominado e reconhecido como os novos padrões da sociedade. Ao longo da história o professor mantém a expectativa da sociedade de ensinar de acordo com os conhecimentos estabelecidos pela ciência e cultura, e espera-se também dele um comportamento ético que conjectura-se a “transmissão de valores”, porém esta tarefa de educar para a sociedade, incluindo hábitos e valores morais, estava a cargo da família e não do professor (CUNHA, 1999). É necessário pensarmos sobre a criação de espaços e tempos escolares para colocar a disposição de todos os alunos o acesso de bens culturais, ocupação de tempos livres e adequadas estruturas familiares em relação à vizinhança, inserindo estes alunos e famílias a meios que estão de acordo com a realidade de vida (VEIGA, 2002).

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Devemos destacar as mudanças de metodologias, anteriormente centrado no professor, sendo este o portador de conhecimento pleno e aluno mero expectador, como uma forma pronta e acabada, estas mudanças são caracterizadas pelas trocas de saberes, ou seja, realizado os espaços e momentos para os diálogos.

O processo de aprender é e deve apresentar curiosidade crescente, podendo tornar no aluno curiosidade crescente, podendo torná- lo mais criador. Portanto, pode-se entender que, quanto mais criticamente se exerça a capacidade de aprender mais é construído o aprendizado (FREIRE, 1996).

A forma de ensino de telespectador deve ser repensada, pois esta não despertar a curiosidade, reforça que compreender o mundo significa “ir além das aparências, atrás das máscaras e das ilusões”, portanto entender o que não é visível, ir além do que é claro, estando aberta a exploração do conhecimento (GADOTTI, 1985).

A crítica e recusa da concepção bancária, destacando que o educando não está fadado a fornecer, pesando o ensino bancário, deformando a criatividade do educando e educador, não por conta da transferência de conhecimento, e sim pelo processo de aprender, superando o autoritarismo e dando a volta por cima, destaca o educador como o detentor de saberes, com conhecimento do assunto e o educando simplesmente um depositário de conhecimento (FREIRE, 1980).

O educador não se limita a “dissertar sobre conteúdos”, e sim problematiza com os educandos, sendo assim abre “novos caminhos de compreensão do objeto da análise dos demais sujeitos” e pode “re-ad-mirar” o objeto através da “ad-miração” dos educandos, ou seja, uma troca constante entre educador e educando (FREIRE, 2006).

A forma de participação dos educandos pode-se dar através de diálogo, provocando reflexão, segundo Freire, (1980) é mais do que o ato de dialogar, indo além de trocas de ideias por meio de palavras, consolidando-se por meio de práxis social transformadora, ou seja, o diálogo implica diversas práticas e posturas. Podemos considerar que requer, exige e possibilita: saber escutar; tolerância; respeito de conhecimento do educando; curiosidade epistemológica; criticidade, construção coletiva do conhecimento e emancipação (RAMACCIOTTI, 2010).

Quem escuta paciente e criticamente o outro, fala com ele, sendo através da escuta que ferimos com ele e mais quem escuta assume o dever de motivar de desfiar quem escuta, no sentido de falar e responder. Não necessariamente concordando com o posicionamento, ao contrário é uma maneira de preparar melhor, não eximindo do educador seu papel de educador diante do educando, sendo um orientador posicionando-o diante dposicionando-os cposicionando-onteúdposicionando-os e temas abposicionando-ordadposicionando-os, nãposicionando-o sendposicionando-o apenas um posicionando-ouvinte (FREIRE, 1996).

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Competência é considerada uma forma de “organização do conhecimento ou critérios para selecionar estratégias que fundamentam a organização do processo/ensino/aprendizagem, tendo como característica comum a visão do culto da eficiência e uma noção instrumental de currículo” (PACHECO, 2001).

São identificados por alguns pontos críticos da pedagogia da competência, como racionalização e intelectualização passando as sociedades, como expressão de cálculo econômico, perda de sentido, referente a racionalização, individualização do processo de conhecimento, alargamento das competências de serem avaliadas pela escola extrapolando tempo e espaço (ROPÉ E TANGUY apud VEIGA (2002).

Portanto, a definição de competências não é uma tarefa fácil assim como sua avaliação, por trazer diversos fatores como mudanças em conteúdo, métodos metodológicos e organização institucional. O documento de diretrizes para a formação inicial propôs alguns princípios norteadores enfatizando a aprendizagem por competências, sendo incluído comprometimento com a sociedade, papel social da escola, domínio de conteúdo assim como a articulação interdisciplinar, aperfeiçoamento e práticas pedagógicas e gerenciamento do desenvolvimento profissional (VEIGA, 2002).

Competências são consideradas pesquisas temáticas sobre conhecimentos, saber-fazer, habilidades e, finalmente, competências que são “efetivamente realizados e utilizados pelos professores em seu trabalho no dia a dia” (TARDIF, 2002).

Assim podemos considerar que o professor reproduz seu conhecimento ao longo de sua experiência através de conhecimentos adquiridos ao longo de sua vida profissional, baseando no saber fazer para o aprendizado na forma com que se vai ensinar. Os conhecimentos são adquiridos a partir do que fazer. Assim essa perspectiva de formação centrada nas competências é restrita e prepara para o prático, o tecnológico, isto é, aquele que realiza, mas não tem fundamentos nas realizações (VEIGA, 2002).

O saber “formado pelo amálgama, mais ou menos coerente, de saberes oriundos da formação profissional, dos saberes das disciplinas, dos currículos e da experiência”, assim ao podemos interpretá-los de forma diferente (TARDIF, 1991).

Os saberes da formação profissional podem ser considerados como os conhecimentos transmitidos pelas instituições de formação, não restringindo-se somente a produzir conhecimentos, procurando incorporar a prática do professor (TARDIF, 1991).

Saberes das disciplinas; correspondem a saberes contidos na sociedade, estando está na tradição cultural e de grupos produtores de saberes, permanecendo assim até os dias de hoje integrados sob forma de disciplinas (TARDIF, 1991).

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Conclui-se que o processo de formação é constante, sendo de fundamental importância os saberes, pois envolvem as estruturas organizadas ao longo da história, a formação padrão, refletindo assim sobre as disciplinas e o meio o qual está inserida, reforçando a importância de ser incorporada as práticas vivenciadas, estando em permanente processo de formação, de forma contínua e necessária a sua formação.

Mal se consegue identificar a ação dos professores em sala de aula, porém sabemos da influência concreta que se tem na aprendizagem dos alunos, começando com a compreensão do processo de interação entre educador e educando. No entando, apesar de ser um ofício realizado há centenas de anosa definição de saberes envolvidos no exercer deste ofício torna-se ainda muito difícil, chamando a atenção e destacando a necessidade de retomar idéias delineadas, apontando o grande erro de manter o ensino na cegueira conceitual (GAUTHIER, 1998).

Com essa idéia é evidenciado por diversos saberes sem ofício, dificultando a profissionalização, atravancando a constituição do saber pedagógico, impedindo assim o surgimento de um saber profissional, destacando: a) basta conhecer o conteúdo, bastando somente a transmissão de conhecimento, b) basta ter talento privando de atuar as diversidades, c) basta ter bom senso, ou seja, nada que se possa aprender, d) basta ter intuição impedindo o ensino de expressar por não tornar público, por fazer parte dos pensamentos, e) basta ter experiência apesar de não representar sua totalidade, podendo até ajudar, não devendo considerar somente desta forma, pois precisa ser alimentado, orientado, basta ter cultura, sendo essencial porém não pode ter-se de forma exclusiva, pois contribui para manter o ensino na ignorância (GAUTHIER, 1998).

Sabemos que alimentar-se exclusivamente de alguns desses conceitos é não permitir a progressão da educação, permitindo e contribuindo para um fracasso ou até mesmo um não reconhecimento da profissão docente. Enfim, devemos seguir avançando e buscando embasamento científico não sendo de forma empírica, pois é a melhor maneira de chegar ao necessário reconhecimento científico (GAUTHIER, 1998).

2 PROFISSÃO E O GRUPO COLABORATIVO

Quando passamos a desenvolver nossa profissão, é por consequência que assumimos um modo de vida, adquirimos então uma identidade profissional, podendo está ser construída ao longo da sua vida. A vivência de uma profissão interfere de maneira direta do desenvolvimento da própria identidade ou “identidade do eu”, agregando assim a profissão a sua personalidade, assumindo assim suas características (PENIN, 2009). Ao longo da vida acontece à relação pessoa/profissão, sendo esta de forma contínua, portando, a profissão passa a ser agregada a vida da pessoa. Esta relação contínua da origem a profissionalização, sendo este momento de transformação, iniciado na

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formação inicial atravessando todos os momentos da formação continuada, estando este sempre em construção (PENIN, 2009).

Profissão então requer um aperfeiçoamento, e um profissional que tenha consciência de estar aprendendo de forma contínua. Aperfeiçoar-se leva o sentido de tornar-se perfeito ou mais que perfeito. Já a educação continuada consiste em auxiliar profissionais a participar ativamente do mundo que os cerca, incorporando as vivencias dos saberes da profissão (MARIN, 1995).

Em momentos anteriores havia-se como conceitos “uma educação intocável”, começando assim a valorização do sujeito, participação, as relevâncias da bagagem cultural, tendo como exemplo, a comunicação, trabalham em grupo, tolerância, assim como a tomada de decisão democrática (IMBERNÓN, 2004).

Porém a profissão requer um aperfeiçoamento, devendo o profissional ter a consciência de estar aprendendo de forma permanente. Aperfeiçoar-se leva o sentido de tornar-se perfeito ou mais que perfeito. Já a educação continuada consiste em auxiliar profissionais a participarem ativamente do mundo que os cerca, incorporando as vivencias dos saberes da profissão (MARIN, 1995).

Portanto, devemos estar em constante aprendizado, sendo este utilizado de acordo com a necessidade e da forma em que julgar necessário, estando de acordo com o meio que estamos inseridos, podendo ser realizado através de atualização, aperfeiçoamentos, educação continuada, capacitações, grupos ou individual, enfim, diversas são as formas, o que sabemos é que esta necessidade existe e assim determina a qualidade profissional. Uma característica muito importante neste processo é a capacidade reflexiva em grupos, não sendo somente como atuação técnica, mas sim um momento de processo para aproximar a realidade vivida, para assim às pessoas adaptarem as incertezas, as mudanças, enfatizando a aprendizagem das pessoas e maneiras de tornar possível que o ensino e o fato de alguém (supondo a ignorância do outro) esclarecer e servir de formador ou formadora, (IMBERÓN, 2004).

Trata-se de um espaço destinado a trocas de experiências entre os profissionais envolvidos, apontando assim para as potencialidades do trabalho coletivo/colaborativo (PASSOS apud NACARATO, 2013) .

O elemento fundamental para a construção de um grupo de trabalho colaborativo que vai se constituindo pelas relações de respeito, negociações, trocas e contribuições entre os participantes, espaço este muito importante para realizar as suas ações, uma vez que aproximam os profissionais, compartilham idéias e crescem profissionalmente (FERREIRA, 2003).

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Assim podemos considerar que o trabalho colaborativo representa potencial para enriquecer a maneira de pensar, agir e resolver problemas, criando possibilidades de sucesso à difícil tarefa pedagógica (DAMIANI, 2008).

3 METODOLOGIA

Realizou-se uma pesquisa qualitativa, exploratória e bibliográfica para que a mesma possa dar suporte às proposições levantadas nesse artigo, já que esse tipo de pesquisa é indicado para uma aproximação inicial a um problema a fim de entendê-lo inicialmente e poder-se, desse modo, prosseguir no aprofundamento de seu estudo (SEVERINO, 2007).

Para a demonstração dos resultados obtidos com a pesquisa foi utilizado um campus amostral e em seguida realizada as considerações finais.

4 RESULTADOS

Para a realização do artigo foram pesquisados artigos, livros que abordassem o tema estudado, totalizando 37 obras, as mesmas consistem em obras clássicas da educação até as publicações mais novas, compreendendo do ano de 1989 a 2013, sendo apresentados no campus amostral a seguir.

Campus amostral

AUTOR ANO Revista/Artigo/Livro CONTEÚDO

ARROYO 2004 Livro Imagens quebradas: trajetórias e

tempos de alunos e mestres.

COSTA 1995 Livro Trabalho docente e

profissionalismo.

CORREIA 1998 Livro Do poder à autoridade do

professor: O impacto da globalização na desconstrução da profissionalização docente.

CUNHA 1999 Livro Profissionalização docente:

contradições e perspectivas.

DAMIANI 2008 Artigo Entendendo o trabalho

colaborativo em educação e revelando seus benefícios.

DONATO 2002 Livro Dicionário em construção:

Interdisciplinaridade.

FERREIRA 2003 Tese Metacognição e

desenvolvimento profissional de professores de Matemática: uma

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experiência de trabalho colaborativo.

FERREIRA 1989 Livro Nono dicionário da língua

portuguesa.

FREIRE 1996 Livro Pedagogia da autonomia:

saberes necessários à prática educativa.

FREIRE 2006 Livro Extensão ou comunicação.

FREIRE 1980 Livro Conscientização: teoria e prática

da libertação – uma introdução ao pensamento de Paulo Freire.

GADOTTI 1985 Livro Educação e Poder: introdução à

pedagogia do conflito.

GAUTHIER 1998 Livro Ensinar: ofício estável,

identidade profissional vacilante.

GENTILI 2001 Livro Educar na esperança em tempo

de desencanto.

GOÉS 1997 Livro As relações intersubjetivas na

construção de conhecimentos.

IMBERNÓN 2004 Livro Formação docente e

profissional: formar-se para a mudança e a incerteza.

MARIN 1995 Revista Eletrônica Educação Continuada:

Introdução a uma analise de termos e concepções.

NACARATO 2008 Livro Professores e futuros professores

compartilhando aprendizagens: dimensões colaborativas em processo de formação.

NÓVOA 2003 Revista Revista Pátio.

PACHECO 2001 Simpósio Competências curriculares: As

práticas ocultas nos discursos das reformas.

PACHECO 1999 Livro O processo formativo do

professor Formação e avaliação de professores.

PIMENTA 1999 Livro Formação de professores:

identidade e saberes da docência

PENIN 2009 Livro Profissão docente: pontos e

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PINTO 1984 Livro Sete lições sobre educação de

adultos.

RAMACCIOTTI 2012 Livro Características da educação

online em uma perspectiva Freiriana.

SAVIANI 2009 Revista Formação de professores:

aspectos históricos e teóricos do problema ao contexto brasileiro.

STRECK 2008 Livro Dicionário Paulo Freire.

SEVERINO 2007 Livro Metodologia do trabalho

científico.

TARDIF 1991 Livro Os professores face ao saber:

esboço de uma problemática do saber docente.

TARDIF 2002 Livro Saberes docentes e formação

profissional.

TARDIF 1999 Livro Saberes Profissionais dos

professores e conhecimentos universitários.

TORRES 1991 Livro El curricullum oculto.

VASCONCELOS 2004 Artigo Educação Popular: de uma

Prática Alternativa a uma Estratégia de Gestão Participativa das Políticas de Saúde.

VEIGA 2002 Livro Formação de professores:

Políticas e detalhes.

VEIGA 2008 Livro A prática pedagógica do

professor de didática.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

As características adquiridas durante a vida profissional, da vida pessoal, determinam a profissionalização. Sendo necessário dar a importância ao processo contínuo de formação, sendo este permanente, pela necessidade capacitar-se, pois a vida é inacabada, devendo-se realizar um desenvolvimento intelectual sempre. Uma das formas é através dos grupos de trabalho colaborativo, por estar próxima à realidade vivenciada, realizado trocas de experiências, onde o diálogo prevalece, tendo como objetivo primordial a qualidade do serviço prestado.

Quanto aos profissionais, estes devem estar em constante aprendizado, sendo este de acordo com a necessidade e da forma em que julgar necessário, estando de acordo com

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o meio que estamos inseridos, podendo ser realizado através de atualizações, aperfeiçoamentos, educação continuada, capacitações, grupos ou individual, enfim, diversas são as formas, o que sabemos é que esta necessidade existe e assim determina a qualidade profissional e crescimento da profissão o qual representa.

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*Franciele Nunes de Oliveira

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INTERLETRAS, ISSN Nº 1807-1597. V. 3, Edição número 21, de Abril, a Setembro 2015 - p

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Aluna especial Programa de Mestrado em Educação

Universidade Católica Dom Bosco (UCDB) – Campo Grande/MS **Dioelen Virgínia Borges Souza de Aquino Coelho

Especialista em Gestão Pública/FACED/UFGD

Mestranda em Biologia Geral/Bioprospecção/FCBA/UFGD Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)/Dourados/MS ***Joshiley Coelho Guindo de Aquino

Graduando em Pedagogia

Universidade Anhanguera-Uniderp/Dourados/MS ****Luciana Aparecida de Carvalho Barbosa

Especialista em Enfermagem Oncológica pela INIARARA Aluna especial Programa de Mestrado em Educação

Referências

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Biólogo, mestre em ciências (Biologia celular e molecular) pelo instituto oswaldo cruz (ioc/Fiocruz) e egresso do curso técnico de Pesquisa em Biologia Parasitária do mesmo