de Colaboração Científica no Brasil:
1990 - 2010
Otávio J. G. Sidone (USP)
Eduardo A. Haddad (USP)
Economia do conhecimento
1. Introdução 2. Dados 3. Produção científica 4. Redes de colaboração 5. Papel da distância 6. Conclusões
Análise espacial da colaboração científica no Brasil Otávio J. G. Sidone
•
Inovação tecnológica
i. transformação do conhecimento em aplicações economicamente eficientes ii. papel fundamental no crescimento e desenvolvimento econômico dos países iii. motor da competitividade industrial
iv. criação de valor depende cada vez mais da melhor utilização do conhecimento
⇒ torna-se fundamental a compreensão das relações entre pesquisa científica,
inovação tecnológica e desenvolvimento regional
Universidades e desenvolvimento regional
•
Importância das universidades
i. aumento da renda regional
ii. ensino e qualificação do capital humano iii. produção e difusão do conhecimento
iv. fomento à atividade inovativa (potencial de geração de novos conhecimentos)
⇒ universidades como elementos centrais em um sistema de inovação
•
Spillovers de conhecimento
- processo pelo qual o conhecimento acadêmico é compreendido e utilizado pelas firmas do setor privado (fonte primária da inovação tecnológica)
-
evidências de que os spillovers de conhecimento são concentrados espacialmente
Ciência no mundo
1. Introdução 2. Dados 3. Produção científica 4. Redes de colaboração 5. Papel da distância 6. Conclusões
Análise espacial da colaboração científica no Brasil Otávio J. G. Sidone
•
Tendências da atividade científica entre 1990 -2010
i.
crescimento sistemático da produção científica mundial
- crescimento acelerado da produção dos países emergentes (China, Brasil e Índia)
ii.
transformação da geografia da pesquisa (desconcentração espacial)
- do eixo Europa–EUA–Japão para uma extensa rede global
iii. intensificação das colaborações entre os pesquisadores
- crescimento acelerado das colaborações internacionais e domésticas
•
Colaboração científica nos países emergentes
-
cerca de 75% da produção científica é oriunda de colaborações domésticas
- participação permaneceu praticamente constante desde 1990
- colaborações domésticas como motor do crescimento científico acelerado
Colaboração e cientometria espacial
•
Colaboração doméstica e políticas de C&T&I no Brasil
i. auxílio na difusão da excelência científica para regiões menos privilegiadas ii. associação de maior qualidade à produção científica
iii. potencialização da eficiência de políticas de inovação regional
•
Cientometria espacial
- área ligada à geografia econômica e à economia da inovação
- analisa os padrões espaciais da atividade científica (produção, colaboração, citação) - verifica como a geração e difusão do conhecimento são localizadas espacialmente
- área em expansão: é crescente a quantidade de estudos para países e continentes ⇒ caso do Brasil ainda inexplorado!
Objetivos do estudo
1.
Analisar espacialmente a produção científica do Brasil
a. Como evoluiu a produção científica entre 1990 e 2010?
b. Como é a distribuição ao longo do território? Quais regiões produzem mais? c. Existe alguma tendência de desconcentração espacial?
2.
Analisar aos padrões geográficos dos fluxos de conhecimento no país
a. Como evoluiu a colaboração científica entre 1990 e 2010?
b. Onde se localizam os principais fluxos? Quais regiões mais colaboram? c. Existe diferenciação por área do conhecimento?
3.
Avaliar o papel da distância geográfica nas redes de colaboração científica
a. A distância geográfica é fator impeditivo à colaboração? Como mensurar? b. Efeito diminuiu com o passar do tempo? Efeito difere-se entre as áreas?
1. Introdução 2. Dados 3. Produção científica 4. Redes de colaboração 5. Papel da distância 6. Conclusões
Análise espacial da colaboração científica no Brasil Otávio J. G. Sidone Análise Espacial da Produção e das Redes de Colaboração Científica no Brasil: 1990-2010
Colaboração científica em números
•
Como mensurar a colaboração científica?
⇒ coautorias em trabalhos científicos
•
Currículos Lattes (CNPq)
- principal sistema de informações curriculares de pesquisadores, professores, estudantes e profissionais que atuam no Brasil nas diferentes áreas do conhecimento
- informações são disponíveis publicamente, porém, inexiste sistema de dados consolidados - procedimento de coleta de informações é um desafio computacional
•
Scriptlattes
(MENA-CHALCO et al, 2013)⇒ permitiu a extração das informações relevantes e a quantificação das
colaborações científicas entre os pesquisadores brasileiros a partir de seus CL
Identificação das áreas do conhecimento
(Scriptlattes)
1. Introdução 2. Dados 3. Produção científica 4. Redes de colaboração 5. Papel da distância 6. Conclusões
Análise espacial da colaboração científica no Brasil Otávio J. G. Sidone Análise Espacial da Produção e das Redes de Colaboração Científica no Brasil: 1990-2010
Grandes Áreas (CNPq)
Engenharias Ciências Humanas
Ciências Sociais Aplicadas Linguística, Letras e Artes Ciências Agrárias
Ciências Exatas e da Terra Ciências da Saúde
Ciências Biológicas Outras áreas
Identificação da localização geográfica
(Scriptlattes)
4.616 municípios diferentes
foram identificados
Identificação das coautorias
(Scriptlattes)
1. Introdução 2. Dados 3. Produção científica 4. Redes de colaboração 5. Papel da distância 6. Conclusões
Autor A; Autor B. Título da publicação. Periódico, Cidade. Ano.
Autor A
Autor B
Autor A; Autor B. Título da publicação. Periódico, Cidade. Ano.
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Coautoria entre autor A e autor B
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Análise Espacial da Produção e das Redes de Colaboração Científica no Brasil: 1990-2010 Módulo de Produção Bibliográfica do CL (selecionado)
Artigos Completos Publicados em Periódicos
Trabalhos Completos Publicados em Anais de Congressos Livros Publicados, Organizados ou Edições
Contabilização das coautorias intermunicipais: contagem completa
Autor A
Autor B
Autor C
Autor D
Município X
Município Y
Município Z
Município X
Município Y
Município Z
Município X
1 2 2Município Y
2 0 1Matrizes intermunicipais de colaboração científica
1. Introdução 2. Dados 3. Produção científica 4. Redes de colaboração 5. Papel da distância 6. Conclusões
Análise espacial da colaboração científica no Brasil Otávio J. G. Sidone
Análise Espacial da Produção e das Redes de Colaboração Científica no Brasil: 1990-2010
1. Introdução 2. Dados 3. Produção científica 4. Redes de colaboração 5. Papel da distância 6. Conclusões
- contém o total de coautorias entre pesquisadores dos municípios i e j - coautorias associadas a 1.347 municípios brasileiros (dimensão da matriz) - matriz é simétrica (ligações intermunicipais não possuem direcionamento) - diagonal principal contém as coautorias intramunicipais
-
matrizes anuais (1990-2010) e por área do conhecimento (9 + total)
⇒ 210 matrizes intermunicipais de colaboração científica
Município X Município Y Município Z ... ... ... ... ... Município X 1 2 2 ... ... ... ... ... Município Y 2 0 1 ... ... ... ... ... Município Z 2 1 0 ... ... ... ... ... ... ... ... ... . ... ... ... ... ... . ... ... ... ... ... . ... ... ... ... ... . ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...
Resumo
•
Perda de informação
- cerca de 50% do total de CL analisados não possuem localização geográfica
- indivíduos sem localização geográfica colaboram pouco (13% de informação perdida)
•
Destaques
- abrangência e qualidade das informações analisadas
- incorporação dos trabalhos científicos publicados em periódicos locais
- consideração da especificidade do padrão típico de publicação em cada área
•
Limitações
- migração dos pesquisadores (informações coletadas em maio de 2011) - incapacidade de quantificar as colaborações internacionais
Informação analisada
Total de Currículos Lattes Total de publicações cientificas
Produção científica total:
1992-1994
Análise espacial da colaboração científica no Brasil Otávio J. G. Sidone
1. Introdução 2. Dados 3. Produção científica 4. Redes de colaboração 5. Papel da distância 6. Conclusões
Análise Espacial da Produção e das Redes de Colaboração Científica no Brasil: 1990-2010
1. Introdução 2. Dados 3. Produção científica 4. Redes de colaboração 5. Papel da distância 6. Conclusões
Produção científica total:
2007-2009
Localização dos campi das universidades públicas (estaduais e federais)
Análise espacial da colaboração científica no Brasil Otávio J. G. Sidone
1. Introdução 2. Dados 3. Produção científica 4. Redes de colaboração 5. Papel da distância 6. Conclusões
Análise Espacial da Produção e das Redes de Colaboração Científica no Brasil: 1990-2010
Crescimento da produção científica: por área do conhecimento
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%I-II II-III III-IV IV-V V-VI
Engenharias Ciências Humanas Outros
Ciências Sociais Aplicadas Linguística, Letras e Artes Ciências Agrárias
Ciências Exatas e da Terra Ciências da Saúde Ciências Biológicas Total Triênios selecionados I - (1992-1994) II - (1995-1997) III - (1998-2000) IV - (2001-2003) V - (2004-2006) VI - (2007-2009) Taxa de crescim ento entre os triênios
Desconcentração espacial da produção científica
Análise espacial da colaboração científica no Brasil Otávio J. G. Sidone
1. Introdução 2. Dados 3. Produção científica 4. Redes de colaboração 5. Papel da distância 6. Conclusões
Análise Espacial da Produção e das Redes de Colaboração Científica no Brasil: 1990-2010
1. Introdução 2. Dados 3. Produção científica 4. Redes de colaboração 5. Papel da distância 6. Conclusões
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% 1 26 51 76 101 126 151 176 1992-1994 1995-1997 1998-2000 2001-2003 2004-2006 2007-2009
Quantidade de municípios (ordenados pela produção individual)
Pro p o rção d a p ro d u ção t o tal
Triênio 90% da produção científica concentra-se em
1992-1994 48 municípios
Evolução da colaboração científica
1. Introdução 2. Dados 3. Produção científica 4. Redes de colaboração 5. Papel da distância 6. Conclusões
Análise espacial da colaboração científica no Brasil Otávio J. G. Sidone
Análise Espacial da Produção e das Redes de Colaboração Científica no Brasil: 1990-2010
1. Introdução 2. Dados 3. Produção científica 4. Redes de colaboração 5. Papel da distância 6. Conclusões
•
Tendência acentuada de crescimento da colaboração científica no país
Triênio Total de colaborações científicas
1992-1994 547.249
2007-2009 9.445.399
Principais ligações no triênio 2007-2009
Ligações intermunicipais Ligações intramunicipais
Campinas/SP – São Paulo/SP 76.716 São Paulo/SP 1.343.394 Ribeirão Preto/SP – São Paulo/SP 74.078 Rio de Janeiro/RJ 630.049 Niterói/RJ – Rio de Janeiro/RJ 75.224 Porto Alegre/RS 393.888 Rio de Janeiro/RJ – São Paulo/SP 72.500 Belo Horizonte/MG 375.734 Seropédica/RJ – Rio de Janeiro/RJ 65.348 Ribeirão Preto/SP 278.218 Porto Alegre/RS – São Paulo/SP 47.343 Campinas/SP 212.248
Expansão da rede de colaboração científica
0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009ENG HUM SOC LIN AGR EXA SAU BIO TOTAL
Núm er o d e m u n icípio s n a re d e
Rede de colaborações em Ciências Agrárias (1990 -2010)
Análise espacial da colaboração científica no Brasil Otávio J. G. Sidone
1. Introdução 2. Dados 3. Produção científica 4. Redes de colaboração 5. Papel da distância 6. Conclusões
Grau municipal na rede de colaborações
Capão do Leão/RS – Pelotas/RS 53.451 Piracicaba/SP – Campinas/SP 30.695
Lavras/MG – Viçosa/MG 29.334
Viçosa/MG 370.118
São Paulo/SP 143.982
Lavras/MG 143.559
Análise Espacial da Produção e das Redes de Colaboração Científica no Brasil: 1990-2010
Rede de colaborações em Ciências da Saúde (1990 -2010)
Grau municipal na rede de colaborações
Ribeirão Preto/SP – São Paulo/SP 95.120 Campinas/SP – São Paulo/SP 78.023 Rio de Janeiro/RJ – São Paulo/SP 66.852
São Paulo/SP 2.220.749
Ribeirão Preto/SP 426.694
Distância e redes de colaboração científica
Análise espacial da colaboração científica no Brasil Otávio J. G. Sidone
1. Introdução 2. Dados 3. Produção científica 4. Redes de colaboração 5. Papel da distância 6. Conclusões
Análise Espacial da Produção e das Redes de Colaboração Científica no Brasil: 1990-2010
•
A distância ainda importa?
i. será que a distância geográfica possui papel fundamental nas redes de colaboração? ii. será que seu efeito decresceu com o passar do tempo?
⇒ como mensurar seu efeito?
•
Dimensões de proximidade
- proximidade geográfica, institucional, cognitiva, social
- dimensões atuam conjuntamente
-
avaliação correta do efeito da distância geográfica:
⇒ necessita de arcabouço estatístico multivariado
1. Introdução 2. Dados 3. Produção científica 4. Redes de colaboração 5. Papel da distância 6. Conclusões
Distância média nas colaborações (105 municípios mais colaboradores)
1992-1994 1995-1997 1998-2000 2001-2003 2004-2006 2007-2009
Modelo gravitacional de interações espaciais: dados
𝑌
𝑖𝑗= 𝑂
𝑖. 𝐷
𝑗. 𝑆(𝑢
𝑖𝑗) + 𝜀
𝑖𝑗𝑌
𝑖𝑗= 𝛼
0+ 𝑜
𝑖𝛼1. 𝑑
𝑗𝛼2. 𝑒𝑥𝑝
𝑘=1 𝐾𝛽
𝑘. 𝑢
𝑖𝑗(𝑘)+ 𝜀
𝑖𝑗•
𝑌
𝑖𝑗são as colaborações científicas entre os municípios i e j
– medida pelas coautorias
•
𝑜
𝑖e 𝑑
𝑗: total de publicações nos municípios ie j
– medida pela participação em publicações
•
𝑢
𝑖𝑗(1): distância geográfica entre os municípios ie j
– medida pela distância em quilômetros (Km)
•
𝑢
𝑖𝑗(2): distância institucional entre os municípios i e j
Modelo gravitacional de interações espaciais: especificação
Análise espacial da colaboração científica no Brasil Otávio J. G. Sidone
1. Introdução 2. Dados 3. Produção científica 4. Redes de colaboração 5. Papel da distância 6. Conclusões
Natureza dos Dados
Modelo Linear Clássico
(MQO) Modelos de Contagem
Modelo de Poisson
Teste de Especificação
Existe heterogeneidade não-observada (superdispersão)?
Modelo Negativo Binomial
Teste de Especificação Modelo Negativo Binomial Inflado de Zeros (ZINB) Modelo Negativo Binomial (NB)
Análise Espacial da Produção e das Redes de Colaboração Científica no Brasil: 1990-2010
Teste de Especificação Modelo de Poisson Inflado de Zeros (ZIP) Modelo de Poisson 𝑉 𝑌𝑖𝑗 ∣ 𝑋𝑖𝑗 = 𝜇𝑖𝑗 = 𝐸 𝑌𝑖𝑗 ∣ 𝑋𝑖𝑗 𝑉 𝑌𝑖𝑗 ∣ 𝑋𝑖𝑗 = 𝜇𝑖𝑗(1 + 𝜶. 𝜇𝑖𝑗)
Resultados
1992-1994 1995-1997 1998-2000 2001-2003 2004-2006 2007-2009 Poisson Origem – Destino (𝛼1 = 𝛼2) 0,8212714*** 0,7795005*** 0,8220109*** 0,7858146*** 0,7973171*** 0,7885987*** (0,0799382) (0,0678417) (0,0683882) (0,0579629) (0,054490) (0,0578959) Distância Geográfica (𝛽1) -0,0019558*** -0,0019253*** -0,0017452*** -0,0015338*** -0,0015431*** -0,0017769*** (0,0003065) (0,0002531) (0,0002097) (0,0001606) (0,0001556) (0,0001774) Distância Institucional (𝛽2) 0,3644302*** 0,4162181*** 0,1609404*** 0,3136939*** 0,2940121*** 0,4287121*** (0,176917) (0,1436342) (0,1254923) (0,1061115) (0,1068666) (0,1163698) Constante (𝛼0) -7,857116*** -7,251477*** -7,874573*** -7,340407*** -7,597752*** -7,356414*** (1,304543) (1,149595) (1,215009) (1,060104) (1,034923) (1,116736) Binomial Negativo Origem – Destino (𝛼1 = 𝛼2) 0,8521451*** 0,8111029*** 0,7492518*** 0,7274424*** 0,7358830*** 0,6437665*** (0,0254626) (0,0215507) (0,0252036) (0,0219370) (0,0219320) (0,279855) Distância Geográfica (𝛽1) -0,0008051*** -0,0008671*** -0,0007708*** -0,000797*** -0,0008311*** -0,0008877*** (0,0000654) (0,0000471) (0,0000387) (0,0000035) (0,000392) (0,000359) Distância Institucional (𝛽2) 0,2046957*** 0,134085*** 0,2595981*** 0,1823897*** 0,0738276*** 0,2052725*** (0,0975923) (0,0765383) (0,0687016) (0,0634148) (0,0598206) (0,0589084) Constante (𝛼0) -8,848608*** -8,256593*** -7,296663*** -6,709063*** -6,811066*** -5,024858*** (0,2523885) (0,2435624) (0,340571) (0,2793517) (0,3146031) (0,4536341) Heterogeneidade (𝛼) 6,08251* 5,08992* 4,562474* 3,848097* 3,618955* 3,750808* (0,1914479) (0,116746) (0,0913702) (0,0664739) (0,0644162) (0,0666601) Notas: i) 𝑛2=11.025 observações; ii) os erros-padrão estão entre parênteses; iii) ***, ** e * referem-se às estimativasResultados: interpretação
Análise espacial da colaboração científica no Brasil Otávio J. G. Sidone
1. Introdução 2. Dados 3. Produção científica 4. Redes de colaboração 5. Papel da distância 6. Conclusões
• Medidas de massa (origem
𝛼1; destino
𝛼2)
- sinal esperado:
+
(maior colaboração associada a maior produção)- resultado: estatisticamente significantes (próximas de 1: indício de boa especificação)
• Distância institucional (
𝛽1)
- sinal esperado:
+
(maior colaboração associada a maior proximidade institucional) - resultado: estatisticamente significantes (positivas) em todos os triênios•
Distância geográfica
(
𝛽2)
- sinal esperado:
-
(maior colaboração associada a menor distância geográfica) - resultado: estatisticamente significantes (negativas) em todos os triênios o valor -0,0017769 significa que um aumento da distância em 100 Km entre dois
pesquisadores reduz, em média, 16,3% a probabilidade de haver colaboração entre eles
- efeito não é linear: ↑ 300 Km (600 Km)⇒ ↓ 41,3% (65,6%) da probabilidade de colaboração
- não há evidência de que seu efeito decresceu com o passar do tempo Análise Espacial da Produção e das Redes de Colaboração Científica no Brasil: 1990-2010
Resultados: por área do conhecimento (2007-2009)
Distância geográfica (Km) P ro b ab il id ad e d e C o labo raç ãoConclusões
Análise espacial da colaboração científica no Brasil Otávio J. G. Sidone
1. Introdução 2. Dados 3. Produção científica 4. Redes de colaboração 5. Papel da distância 6. Conclusões
Análise Espacial da Produção e das Redes de Colaboração Científica no Brasil: 1990-2010
1. Introdução 2. Dados 3. Produção científica 4. Redes de colaboração 5. Papel da distância 6. Conclusões
•
Características da atividade científica brasileira entre 1990-2010
i.
crescimento acelerado da produção e da colaboração científica
- mas com indícios de desaceleração
ii.
heterogeneidade espacial da produção científica
- fluxos de conhecimento concentram-se nas regiões Sudeste e Sul
iii. evidências de desconcentração espacial da produção e da colaboração científica
- municípios de produção intermediária ganharam destaque
•
Papel da distância na rede de colaborações científicas
i.
proximidade geográfica é determinante na interação entre os pesquisadores
ii.
efeito varia entre as diferentes áreas do conhecimento
iii. em média: ↑100Km ⇒ ↓16% da probabilidade de colaboração
SIDONE, HADDAD e MENA-CHALCO
Obrigado pela atenção!
Resultados: ZIP e ZINB
1992-1994 1995-1997 1998-2000 2001-2003 2004-2006 2007-2009 ZIP Origem – Destino (𝛼1 = 𝛼2) 0,7807458*** 0,7518539*** 0,8018622*** 0,7696315*** 0,781231*** 0,7784965*** (0,0009264) (0,000632) (0,0004194) (0,0003020) (0,0002349) (0,0002053) Distância Geográfica (𝛽1) -0,001925*** -0,0018877*** -0,0017245*** -0,0015215*** -0,0015302*** -0,0017620*** (4,00.10−6) (2,59.10−6) (1,51.10−6) (9,39.10−7) (7,19.10−7) (6,51.10−7) Distância Institucional (𝛽2) 0,3543772*** 0,3996866*** 0,1526994*** 0,3012555*** 0,2858244*** 0,4128178*** (0,0033451) (0,0023121) (0,0013981) (0,0010031) (0,0035983) (0,0006475) Constante (𝛼0) -7,051129*** -6,008828*** -7,446228*** -6,982691*** -7,30067*** -7,120397*** (0,0126194) (0,008828) (0,0061215) (0,0044967) (0,0035983) (0,0031545)Vuong (ZIP x Poisson) 17,29*** 17,07*** 20,38*** 20,45*** 22,92*** 23,29***
ZINB Origem – Destino (𝛼1 = 𝛼2) 0,5324592*** 0,5645247*** 0,5771841*** 0,5996068*** 0,6245384*** 0,5655671*** (0,136158) (0,0117104) (0,0111928) (0,0112839) (0,0114654) (0,0117152) Distância Geográfica (𝛽1) -0,0006899*** -0,0007549*** -0,0007125*** -0,0007305*** -0,0007743*** -0,000835*** (0,0000212) (0,0000183) (0,0000168) (0,0000159) (0,000015) (0,0000155) Distância Institucional (𝛽2) 0,0639876*** 0,0347581*** 0,1349764*** 0,0906897*** 0,0259638*** 0,1231582** (0,0471055) (0,0410228) (0,0372532) (0,0351668) (0,0340331) (0,0358622) Constante (𝛼0) -3,437628*** -3,896934*** -4,024054*** -4,227136*** -4,590200*** -3,378072*** (0,1434367) (0,1316976) (0,1311979) (0,1383331) (0,1430997) (0,1461697) Heterogeneidade (𝛼) 1,666142* 1,725142* 1,835569* 1,865358* 1,866539* 2,080537 (0,0343477) (0,0298345) (0,0273311) (0,0250362) (0,0241932) (0,0261533)
Vuong (ZINB x Bin. Neg.) 83,05*** 99,67*** 92,65*** 73,58*** 61,97*** 53,86*** Razão de Verossimilhança ZINB*** ZINB*** ZINB*** ZINB*** ZINB*** ZINB***