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Parte III - Esquistossomose

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FERRARI, TCA., and OLIVEIRA, RC. Imunologia e imunopatologia: imunidade humoral. In:

CARVALHO, OS., COELHO, PMZ., and LENZI, HL., orgs. Schitosoma mansoni e esquistossomose:

uma visão multidisciplinar [online]. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ, 2008, pp. 731-738. ISBN

978-85-7541-370-8. Available from SciELO Books <

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Parte III - Esquistossomose

24 - Imunologia e imunopatologia: imunidade humoral

Teresa Cristina de Abreu Ferrari

Rodrigo Corrêa de Oliveira

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Imunologia e Imunopatologia: imunidade humoral | 731

Teresa Cristina de Abreu Ferrari

Rodrigo Corrêa de Oliveira

Imunofluorescência indireta de glomérulo renal de paciente com glomerulopatia esquistossomótica, forma membrano-proliferativa (mesângio-capilar) difusa, evidenciando depósitos de C3 de padrão granular difuso e global, com distribuição mesangial e nas paredes dos capilares. Foto: cortesia do professor Pérsio Godoy, Departamento de Anatomia Patológica e Medicina Legal, Faculdade de Medicina, Universidade Federal de Minas Gerais.

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Imunologia e Imunopatologia:

imunidade humoral

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desenvolvimento das várias formas clínicas. Discute-se o papel dos IC na fase aguda, na formação do granuloma e na regulação da resposta granulomatosa. É apresentada a importância dos IC na indução de processos graves durante os diferentes estádios de evolução da doença até o estabelecimento da forma crônica intestinal, quando mecanismos imunorreguladores são induzidos. Aspectos como a importância dos níveis mais elevados de IC e o desvio dos antígenos do parasito provenientes do intestino para a circulação sistêmica, pelas anastomoses porto-sistêmicas que se formam em decorrência da hipertensão porta, são debatidos. É apresentado, ainda, o conhecimento relativo ao papel da quimioterapia específica sobre os níveis de IC circulantes e o que isso pode significar no processo patológico da esquistossomose, assim como o significado da redução progressiva dos IC e anticorpos após tratamento, quando alcançam a normalidade. São aqui discutidos, também, vários dos processos imunológicos que são conseqüência da formação de IC. Tais processos envolvem uma série de cascatas imunológicas onde têm papel importante o sistema do

complemento, as citocinas e as interações celulares, tópicos ainda pouco explorados. Aborda-se como esses processos podem causar lesão tecidual e desenvolvimento das formas graves da doença, assim como o seu papel na indução de mecanismos reguladores.

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IMUNOCOMPLEXOS

Imunocomplexos (IC) circulantes estão presentes durante todo o curso da infecção esquistossomótica, participando tanto de mecanismos imunorreguladores, como da gênese de algumas das manifestações da doença. A sua formação se inicia pouco após a penetração das cercárias, tornando-se mais intensa após o início da oviposição, quando a quantidade de antígenos liberados é maior (Lawley et al., 1979).

Diversos estudos demonstram a ação supressora dos IC circulantes, oriundos de pacientes portadores das diferentes formas clínicas da esquistossomose, sobre a reação granulomatosa e sobre a proliferação das células mononucleares do sangue em resposta a estímulos diversos (Goes et al., 1991; Rezende et al., 1993; Goes et al., 1994; Rezende et al., 1997a; Rezende, Lambertucci & Goes, 1997b; Rezende et al., 1998; Neves, Rezende & Goes, 1999). Embora alguns aspectos desses mecanismos já sejam conhecidos, eles ainda não foram completamente elucidados.

Em 1991, Goes e colaboradores demonstraram que a atividade inibitória dos IC circulantes sobre a formação do granuloma in vitro se deve à sua ação sobre os macrófagos, os quais são estimulados a produzir mediadores solúveis supressores. Tais autores demonstraram também que o estímulo resulta da interação dos receptores de Fc presentes na superfície dos macrófagos com a IgG dos IC. Posteriormente, as prostaglandinas E (PGE1 e PGE2) foram identificadas como um desses mediadores com ação supressora, tanto sobre a indução como sobre a manutenção, da reação inflamatória granulomatosa em resposta a antígenos do ovo de S. mansoni (Goes et al., 1994). Após o estímulo inicial dos IC circulantes, o óxido nítrico tem sido considerado um importante segundo sinal na indução da produção das PGE pelos macrófagos e monócitos dos pacientes portadores da esquistossomose (Neves, Rezende & Goes, 1999). A interleucina-10 (IL-10) é um outro provável mediador solúvel com ação supressora sobre o granuloma esquistossomótico. Foi demonstrado que IC obtidos do soro de pacientes portadores da esquistossomose mansoni determinam aumento da produção de IL-10 pelas células mononucleares do sangue periférico, com conseqüente diminuição da produção de fator de necrose tumoral-alfa (TNF-), citocina que participa da formação do granuloma por diferentes mecanismos (Rezende et al., 1997a). Assim, pode-se sugerir a seguinte seqüência de eventos: os IC circulantes levariam ao aumento da produção de PGE que, por sua vez, estimularia a produção de IL-10 com conseqüente redução da liberação de TNF-. Esse padrão de citocinas poderia influenciar a expressão de moléculas de adesão, o recrutamento celular e a ativação de linfócitos com inibição subseqüente da reação granulomatosa (Rezende et al., 1997a).

O estudo do padrão fenotípico das células mononucleares do sangue periférico, após tratamento com IC obtidos de pacientes portadores da esquistossomose, evidenciou aumento da proporção de linfócitos B, sugerindo que os IC estimulam a proliferação deste tipo celular, e diminuição da expressão de HLA-DR, que é uma das moléculas do MHC de classe II. Tal achado sugere que uma diminuição da apresentação de antígenos pelas células B possa também contribuir para o efeito supressor dos IC sobre a reação granulomatosa (Rezende et al., 1998).

IC contendo antígenos de Schistosoma foram demonstrados no soro de pacientes portadores da esquistossomose aguda e crônica; entretanto, os estudos sobre a relação entre os níveis de IC circulantes e o estádio ou gravidade da doença mostram resultados conflitantes. Bout et al. (1977) encontraram níveis mais elevados de IC circulantes nas formas mais leves da infecção. Por outro lado, Galvão-Castro et al. (1981) observaram associação entre os níveis séricos dos IC e a gravidade da doença, sendo os

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valores mais elevados encontrados na forma hepatoesplênica. Observação feita também por outros investigadores (Ghanem et al., 1987). Os níveis mais elevados de IC circulantes na forma hepatoesplênica da doença têm sido atribuídos ao desvio dos antígenos do parasito provenientes do intestino para a circulação sistêmica pelas anastomoses porto-sistêmicas que se formam em decorrência da hipertensão porta. Assim, os IC deixariam de ser fagocitados pelas células de Kupffer do fígado. A fibrose hepática, mais intensa nesta forma clínica da infecção esquistossomótica, poderia também contribuir para dificultar este clareamento (Galvão-Castro et al., 1981; Ghanem et al., 1987).

IgG, IgM, IgA e IgE, bem como componentes do sistema de complemento foram demonstrados nos IC circulantes de pacientes com esquistossomose, tendo sido sugerido que o tipo de imunoglobulina componente do IC possa interferir no processo de modulação do granuloma. Todas as quatro subclasses de IgG foram demonstradas nesses IC, havendo predomínio de IgG1 nas formas crônicas mais leves e de IgG2, IgG3 e IgG4 nos casos crônicos mais graves (Jassim, Catty & Hassan, 1987). IC contendo IgM e IgE foram observados nas fases aguda e crônica. Tem sido sugerido que IC contendo IgE desempenham papel protetor, visto que estão envolvidos na aderência de macrófagos aos esquistossômulos, sendo esta etapa seguida de destruição in vitro daquele estádio do parasito (Bout et al., 1977; Jassim, Catty & Hassan, 1987). Níveis mais elevados de IC contendo IgA foram encontrados nas formas crônicas mais graves da infecção (Jassim, Catty & Hassan, 1987).

Os dados da literatura sugerem que logo após a quimioterapia específica ocorre aumento dos níveis de IC circulantes, provavelmente devido à grande liberação de antígenos (Ghanem et al., 1987); posteriormente, IC contendo todos os isotipos de imunoglobulinas sofrem redução progressiva até alcançarem a normalidade (Hiatt et al., 1980; Jassim, Catty & Hassan, 1987).

Os níveis séricos dos componentes do sistema de complemento não se alteram muito na esquistossomose (Galvão-Castro et al., 1981). É descrito aumento progressivo das concentrações séricas de C3d e redução, também progressiva, dos níveis de C4 à medida que a doença se torna mais grave. É provável que o aumento do C3d sérico seja devido à ativação do complemento no espaço extravascular, possivelmente nos sítios de liberação dos antígenos solúveis do ovo nos granulomas, e não à ativação intravascular do sistema de complemento pelos IC (Galvão-Castro et al., 1981).

Os IC são depositados em vários tecidos, onde podem desencadear reação inflamatória mediada pelo complemento. Tal mecanismo tem sido implicado na gênese das manifestações da fase aguda da esquistossomose, bem como da glomerulopatia.

MANIFESTAÇÕES DA FASE AGUDA

A esquistossomose aguda pode acompanhar-se de manifestações inespecíficas (mal-estar, febre, cefaléia, perda de peso, anorexia, artralgia, mialgia, lingadenomegalia e edema), respiratórias (tosse, dispnéia, dor torácica e alterações das provas de função pulmonar e da radiografia de tórax), digestivas (dor abdominal, diarréia, hepatoesplenomegalia e elevação das enzimas hepáticas), neurológicas (encefalite e mielite) e de pericardite, além de eosinofilia. Existem evidências de que citocinas pró-inflamatórias (TNF-, IL-1 e IL-6) e IC sejam responsáveis pela sua gênese (Hiatt et al., 1980; Jesus et al., 2002). Hiatt et al. (1980) demonstraram relação direta entre os níveis de IC circulantes tanto com a gravidade das manifestações da fase aguda, quanto com a carga parasitária; e Jesus et al. (2002) observaram associação

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entre níveis elevados destes complexos imunes circulantes com a presença de manifestações respiratórias e de pericardite, sugerindo que a deposição de IC nos pulmões e coração possa ser responsável pela gênese das manifestações observadas.

Os ovos, logo após o início de sua postura, liberam antígenos na circulação. Nesta fase da doença a produção de anticorpos é inferior àquela de antígenos, ocorrendo, assim, excesso moderado de antígenos, o que causa doença por IC. Como o antígeno é solúvel, o efeito é sistêmico. Algumas vezes, as manifestações da esquistossomose aguda podem se iniciar antes do início da oviposição, tendo sido sugerido que esse quadro resulta da liberação de antígenos do parasito antes de alcançar a fase adulta (Schwartz, 2002). Os sinais e sintomas da esquistossomose aguda ocorrem, em geral, três a oito semanas após a penetração das cercárias, sendo observados quase que exclusivamente em indivíduos não-imunes à infecção e que não residem em áreas endêmicas. O quadro é auto-limitado, persistindo por algumas semanas a até dois ou três meses e regredindo gradualmente quando o equilíbrio antígeno-anticorpo é alcançado (Schwartz, 2002).

Devido à natureza benigna da esquistossomose aguda, dados sobre as alterações patológicas no homem são escassos. As informações disponíveis permitem descrever uma disseminação miliar de granulomas periovulares grandes com características predominantemente necrótico-exsudativas. Um ou mais ovos embrionados são circundados por zona de necrose, onde comumente são encontrados IC (Von Lichtenberg, 1987). Externamente a essa área, observam-se exsudato celular constituído por granulócitos (neutrófilos e eosinófilos) e, mais perifericamente, por linfócitos, plasmócitos e macrófagos. Estes podem se apresentar também como células epitelióides dispostas radialmente em relação ao centro do granuloma (Raso & Bogliolo, 1970; Raso, 1994). O estudo de tecido pulmonar obtido por biópsia transbrônquica realizada em dois pacientes com envolvimento respiratório evidenciou exsudato alveolar e infiltração intersticial por eosinófilos e macrófagos sem, no entanto, ter revelado a presença de ovos (Schwartz, 2002).

O tratamento da fase aguda é feito com droga antiesquistossomótica e curso curto de corticosteróide, sendo este último particularmente indicado nas formas graves, uma vez que produz melhora significativa. Como mencionado, a esquistossomose aguda é, em geral, benigna, mas quadros fatais já foram registrados e podem ser evitados pelo uso de corticóide.

GLOMERULOPATIA

Os rins estão constantemente expostos aos IC e antígenos circulantes derivados do verme adulto e dos ovos. Como já comentado, na forma hepatoesplênica da esquistossomose mansoni, devido às anastomoses porto-sistêmicas que se desenvolvem em decorrência da hipertensão porta, esses IC e os antígenos que em condições normais são, em grande parte, depurados pelo fígado, acabam sendo desviados para a circulação sistêmica, alcançando os rins em grande quantidade. Tal fato, associado ao acometimento das células de Kupffer pela fibrose hepática, explica a maior freqüência e gravidade da glomerulopatia na forma hepatoesplênica da esquistossomose (De Brito et al., 1999; Barsoum, 2003). Soma-se a este mecanismo a grande carga parasitária com conseqüente liberação de maior quantidade de antígenos nessa forma mais grave da infecção pelo S. mansoni. Tais antígenos, além de serem desviados para a circulação sistêmica, podem também ultrapassar a capacidade de clareamento pelo fígado (Andrade & Rocha, 1979). Um evidente exemplo de depósitos que ocorrem na esquistossomose mansoni encontra-se representado na foto que ilustra o capítulo.

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Admite-se que a lesão glomerular se inicia como uma glomerulonefrite mesângio-proliferativa secundária à deposição de IC, que contêm predominantemente antígenos do verme adulto. Tais IC se originam da circulação, sendo também formados localmente pela ligação do anticorpo ao antígeno previamente depositado na membrana basal do glomérulo (De Brito et al., 1999). Cinco tipos ou classes de lesão glomerular são descritas na glomerulopatia esquistossomótica, a saber: glomerulonefrite mesângio-proliferativa (classe I), glomerulonefrite exsudativa (classe II), glomerulonefrite membrano-mesângio-proliferativa (classe III), glomeruloesclerose focal e segmentar (classe IV) e amiloidose (classe V) (Barsoum, 1993), podendo haver progressão entre estes grupos (De Brito et al., 1999). Em algumas poucas ocasiões, outros tipos histológicos de glomerulopatia foram observados (De Brito et al., 1999; Andrade & Rocha, 1979).

A maioria dos pacientes com lesões de classe I são assintomáticos ou apresentam proteinúria leve, muitas vezes intermitente, e micro-hematúria. Observam-se proliferação mesangial e depósitos de IgM e C3 no mesângio. Antígeno do intestino do verme adulto é freqüentemente identificado no glomérulo. A função renal não é comprometida e a lesão desaparece com o tratamento da infecção esquistossomótica (Barsoum, 2003).

As lesões de classe II ocorrem na salmonelose septicêmica prolongada (co-infecção S. mansoni e Salmonella). Células inflamatórias e depósitos de C3 são encontrados nos glomérulos. Acredita-se que as lesões glomerulares resultam da ativação do sistema do complemento, pela via alternativa, por toxinas de Salmonella. Clinicamente, o envolvimento renal se manifesta por síndrome nefrótica de progressão rápida (Barsoum, 2003). A lesão glomerular regride praticamente de forma completa após o tratamento da esquistossomose e da salmonelose.

Lesões de classe III (Figura 1) ocorrem quase que exclusivamente em indivíduos com a forma hepatoesplênica da esquistossomose mansoni, constituindo-se no tipo mais freqüente de glomerulopatia nos pacientes sintomáticos. Ocorre proliferação das células mesangiais, expansão da matriz extracelular e deposição de IC no mesângio e regiões subendotelial e subepitelial do glomérulo. Os depósitos são compostos principalmente por IgG, IgA e C3. Observam-se proteinúria, freqüentemente em nível nefrótico, e hipoproteinemia. A urina também pode conter hemácias e cilindros hemáticos. Hipertensão arterial é comum e a doença evolui com deterioração progressiva da função renal, sendo necessários procedimentos dialíticos ou transplante renal nas fases mais avançadas. Drogas antiesquistossomóticas, corticóides e imunossupressores não alteram o curso das lesões, que tendem a se perpetuar e progredir devido a mecanismos auto-imunes e deposição de IgA (Barsoum, 2003).

As lesões de classe IV são também observadas em associação à forma hepatoesplênica da esquistossomose mansoni. Caracterizam-se por esclerose glomerular focal e segmentar com discreta proliferação do mesângio e depósitos glomerulares de IgG, IgA e C3. O quadro clínico, a evolução e o prognóstico são iguais aos observados nas lesões de classe III, não havendo resposta ao tratamento (Barsoum, 2003).

Amiloidose (lesão de classe V) freqüentemente se sobrepõe às lesões proliferativas das outras classes e resulta da deposição tissular da proteína amilóide-A, que é um reagente de fase aguda. A IL-10, que é produzida em grandes quantidades devido à expressão prolongada de resposta Th2 na esquistossomose, inibe o clareamento da proteína amilóide-A, que também é produzida de forma abundante em processos inflamatórios crônicos (Barsoum, 2003). O quadro clínico é o de síndrome nefrótica e as lesões são progressivas, não havendo resposta ao tratamento específico da parasitose e nem ao uso de corticóide ou colchicina.

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PERSPECTIVAS

Investigações relacionadas ao papel de imunocomplexos e da resposta imune humoral na formação/ regulação do granuloma e da resposta inflamatória, bem como à inter-relação existente entre as respostas celular e humoral durante o curso da infecção esquistossomótica devem ser significativamente ampliadas. São ainda poucos os estudos relacionados aos mecanismos e ao processo de regulação e mesmo a identificação clara das vias celulares de ativação que demonstrem o papel que os IC têm no desenvolvimento das formas clínicas da esquistossomose mansoni humana e em modelos experimentais.

REFERÊNCIAS

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Tropical de São Paulo, 41: 269-272, 1999.

Figura 1 – Glomerulonefrite membrano-proliferativa (mesângio-capilar) difusa. Glomérulo com nítido aumento volumétrico e acentuação da lobulação devido ao amplo alargamento do mesângio por aumento da matriz e moderada proliferação celular. As paredes dos capilares encontram-se espessadas e suas luzes freqüentemente ocluídas. Há hipotrofia de segmentos tubulares e fibrose fina do interstício

Foto: cortesia do professor Pérsio Godoy, Departamento de Anatomia Patológica e Medicina Legal, Faculdade de Medicina, Universidade Federal de Minas Gerais.

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