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Enquadramento Urbano. Lado N. da praça, isolado. Uma escadaria e 2 rampas laterais dão acesso ao teatro. Implantação harmómica.

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Academic year: 2021

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Teatro Nacional de D. Maria II IPA Monumento Nº IPA PT031106310043 Designação

Teatro Nacional de D. Maria II

Localização

Lisboa, Lisboa, Santa Justa

Acesso

Praça D. Pedro IV; Largo de São Domingos; Largo do Regedor; Praça D. João da Câmara. WGS84: 38º42'53.22''N., 9º08'23.27''O. (2010)

Protecção

IIP, Dec. nº 15 962, DG 214 de 18 Setembro 1928 e Dec. nº 30 101, DG 282 de 04 Dezembro 1939 *1

Enquadramento

Urbano. Lado N. da praça, isolado. Uma escadaria e 2 rampas laterais dão acesso ao teatro. Implantação harmómica.

Descrição

Planta rectangular. Massa de acentuada horizontalidade de forma quase paralelepipédica e corpos adossados. Cobertura em telhado de 4 águas. 3 pisos, sendo o 1º todo revestido a silharia de junta fendida. Na fachada principal, virada a S., um pórtico central, ressaltado, 6 colunas jónicas, entablamento e frontão triangular, com o tímpano esculpido, representando Apolo e as Musas, coroado por 3 estátuas em acrotério, com Gil Vicente, e nos vértices inferiores por estátuas representando Tália e Melpomena. A fachada desenvolve-se posteriormente com os 2 primeiros pisos rasgados por 17 vãos, inscritos em arcos plenos. Nos extremos, grupos de 4 pilastras jónicas separam os últimos 3 vãos. As

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janelas do 2º piso possuem guardas de ferro, encimadas por almofadas com baixos relevos esculpidos. Entablamento separa o 2º do 3º piso. Este em ático, é rasgado por lucarnas semicírculares ladeadas por almofadas e cabeças esculpidas. As fachadas laterais, idênticas, são rasgadas por vãos inscritos em arco pleno, têm, ao nível do 1º piso, um corpo saliente de arcadas, cujos vãos estão fechados com vidro, coberto por um terraço com balaustrada, sobre o qual se abrem janelas inscritas em arco pleno que, por sua vez, estão inscritas numa arcaria. Entablamento e 3º piso rasgado por 7 lucarnas semicirculares. A fachada posterior é dividida por 6 pilastras jónicas, abrangidas por uma escadaria, e 3 nas extremidades. Vãos idênticos às das outras fachadas, entablamento e lucarnas no 3º piso.

Descrição Complementar Não definido Utilização Inicial Cultural: teatro Utilização Actual Cultural: teatro Propriedade Pública: estatal Afectação

Ministério da Cultura, auto de cessão de 20 Outubro 1977

Época Construção

Séc. 19

Arquitecto | Construtor | Autor

ARQUITECTOS: Fortunato Lodi, Gonçalo Sousa Byrne (1989); Giuseppe Cinatti (rem. interiores, c. 1840-1850); Valentim José Correia (séc. 19). ESCULTORES: Francisco de Assis Rodrigues (séc. 19, década de 40); ESTUCADORES: Ernesto Rosconi (séc. 19, década de 40); PINTORES: António Manuel da Fonseca

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1836 - o governo encarregou Almeida Garrett, então Inspector-Geral dos Teatros, de organizar um plano para a construção de um teatro nacional; 1840 - A. Garrett é nomeado para a comissão de construção do edifício, composta por vários arquitectos da Academia; foi escolhido o terreno onde existiam as ruínas do edifício do Tesouro, anteriormente Palácio dos Estaus, da Inquisição e da Regência; 1842 - é aprovado o projecto de Fortunato Lodi; intervenção do arquitecto Valentim José Correia; Costa Cabral decreta logo a sua construção, tendo Larcher como administrador e fiscalizador da obra até 1844; o projecto de decoração é entregue ao escultor Francisco de Assis Rodrigues, ao pintor António Manuel da Fonseca, com os estuques a cargo de Ernesto Rusconi e pano de boca da sala pintado por Giuseppe Cinatti e Achille Rambois; 1854 - o Comissário Interino do Governo no Teatro, Sebastião Ribeiro de Sá, dava conhecimento ao Ministério do Reino da necessidade de reparar o tecto degradado pelo efeito das chuvas; 1846 - inauguração com uma peça de Jacinto Heliodoro Loureiro - "Alvaro Gonçalves, o Magriço" ou "Os Doze de Inglaterra"; 1855, 18 Abril - Pedro de Meneses Brito do Rio assume o comissariado; 1855, 23 Junho - o comissário informa o Ministério do Reino que iriam ter início as obras de correcção necessárias; 1855 - durante o Verão, são levadas a cabo uma série de obras de melhoramentos da sala realizados por Giuseppe Cinatti, nomeadamente: suprime-se a 4ª ordem de camarotes, o que levou a um abaixamento do tecto e à elevação do nível da plateia; alterações no palco que avançou até aos segundos camarotes próximos do proscénio, deixando os primeiros sobre a cena; melhorias na acústica, que implicaram a redução da profundidade dos camarotes, mas acrescentaram-se-lhes pequenas antecâmaras; 1894 - sofre uma remodelação sendo a sala de espectáculos decorada e pintada por Columbano; 1910 / 1939 - o teatro muda de nome para Teatro Nacional Almeida Garrett; 1964, 2 Dezembro - um grande incêndio destruiu todo o seu interior e a cobertura; 1971, Janeiro - previsto o término da primeira fase de reconstrução; 1972 - início da segunda fase de reconstrução; 1978 - reabertura do teatro; 1989 - remodelação do teatro pelo arquitecto Gonçalo Sousa Byrne; 1990 - obras de remodelação do

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interior, para remoção de placas de amianto prejudiciais à saúde. Foram também feitas novas instalações destinadas a livraria e cafetaria.

Tipologia

Arquitectura cultural, neoclássica. Edifício neoclássico de raiz palladiana, caracterizado por superfícies planas rasgadas por vãos simétricos com decorações muito simples.

Características Particulares

Na fachada central, projecta-se, bruscamente, do centro do edifício, um pórtico hexastilo, em forma de templete. A fachada posterior desenvolve-se num ritmo curioso: 17 vãos nos 2 primeiros pisos, inscritos em arcos plenos. Nos extremos, grupos de 4 pilastras jónicas separam os últimos 3 vãos, valorizando assim as extremidades. Nas fachadas laterais, as arcadas e terraço que avançam da caixa murária fazem recordam uma loggia.

Dados Técnicos

Paredes autoportantes

Materiais

Alvenaria, cantaria, vidro, telha

Bibliografia

ARAÚJO, Norberto de, Peregrinações em Lisboa, Vol.III, Livro 12, Lisboa, s.d.; Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério no ano de 1952, Lisboa, 1953; Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério no ano de 1953, Lisboa, 1954; FRANÇA, José Augusto, A Arte em Portugal no Século XIX, Lisboa, 1990. ALMEIDA, Fernando de, Monumentos e Edifícios Notáveis do Distrito de Lisboa, 1º Tomo, Lisboa, 1973; História da Arte em Portugal, Vol X, Lisboa, 1986; BASTOS, Sousa, Lisboa Velha - Sessenta Anos de Recordações ( 1850 a 1910 ), Lisboa, 1947; A propriedade urbana, 3.ª série, ano LVII, n.º 188, Lisboa, Associação Lisbonense de Proprietários, Janeiro - Fevereiro 1971; A propriedade urbana, 3.ª série, ano LVIII, n.º 195,

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Lisboa, Associação Lisbonense de Proprietários, Março-Abril 1972; PEDREIRINHO, José Manuel, Dicionário de arquitectos activos em Portugal do Séc. I à actualidade, Porto, Edições Afrontamento, 1994; LEAL, Joana da Cunha, Giuseppe Cinatti (1808-1879), Percurso e Obra, (dissertação de mestrado), Universidade Nova de Lisboa, Lisboa, 1996, pp. 159-164.

Documentação Gráfica

IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DRELisboa,

DGEMN/DRELisboa/DEM, DGEMN/DSARH

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DRMLisboa

Documentação Administrativa

IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DSARH, DGEMN/DRMLisboa

Intervenção Realizada

DGEMN: 1947 / 1952 - diversas obras; 1952 - adaptação de uma cabina no teatro; 1953 - reparação do telhado; montagem de um sistema de comando e regulação da iluminação do palco; 1954 - obras na cabina dos condensadores, no palco, telhado e algeroz; recuperação na sala de espectáculos, palco e camarotes; conservação do forro da plateia; 1955 - obras de reparação no alçapão de ventilação; beneficiação geral; instalação eléctrica dos camarins e corredores dos camarotes; 1956 - arranjo das frisas e camarotes; diversos trabalhos de decoração; 1958 - reparação da caldeira; 1959 - reparação da instalação eléctrica; 1960 - reparação da parte da teia, átrio dos artistas e instalação eléctrica; 1962 - afinação do pano de ferro do teatro, reparação geral do pavimento do palco, pequenos trabalhos de conservação; 1963 - arranjo da teia e telhado; 1964 - enfiamento de uma coluna para o último andar do teatro; reparações na instalação eléctrica e no telhado; 1965 - obras de levantamento do teatro, trabalhos de limpeza e arranjo, projecto de estruturas para a reconstrução (Engº Ferry Borges); 1966 -limpeza e apeamento da parte em ruínas; apeamento de alvenarias, tectos e diversos trabalhos, demolição de alvenaria na zona da plateia; 1967 - reconstrução do teatro,

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trabalhos de prospecção, projectos de fundações, demolição e escavações no palco e plateia; 1968 - trabalhos de demolição e arranjo; 1969 / 1972 - execução de infra-estruturas resistentes; 1971 - modificação na vedação do estaleiro; 1972 - montagem do equipamento de iluminação e mecânica de cena, instalação eléctrica; 1972 - 1976 - instalação de ar condicionado, ventilação, água e esgotos; 1973 - trabalhos de instalação eléctrica; 1974 / 1975 / 1977 / 1978 / 1983 mobiliário e decoração; 1975 -trabalhos imprevistos; 1976 - montagem do equipamento de iluminação e mecânica de cena, instalação eléctrica e de ascensores; conservação dos 6 elevadores instalados, reconstrução, limpeza e lubrificação do equipamento mecânico de cena, restauro de pintura e dourados, douramento na escada e antecâmara do camarote presidencial; 1978 - instalação de material de sonorização; 1979 obras de beneficiação; 1980 -beneficiação na cobertura e subtecto; 1982 - obras de beneficiação; 1983 - beneficiação em pinturas para o isolamento dos revestimentos; 1984 / 1985 - obras de beneficiação nas instalações e tratamentos de esgotos; 1986 - obras de beneficiação, remodelação da instalação de ventilação da sala de cenografia; 1987 - conservação do sistema contra incêndios; 1988 - obras de beneficiação, conservação do sistema contra incêndios, obras na sala de ensaios na zona do subpalco, instalação eléctrica da sala de ensaios - 1ª fase, reparação de cornija.

Observações

*1 - Por despacho do Ministro da Cultura, datado de 29 de Maio de 2003, foi determinado a reclassificação do imóvel como monumento nacional (MN), a qual será integrada em futuro diploma a publicar no Diário da República, data a partir da qual se tornará efectiva.

Autor Data

João Silva 1992

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