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UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL UNIJUÍ FÁBIO ANDRÉ HACK

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UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – UNIJUÍ

FÁBIO ANDRÉ HACK

GESTÃO DE EMPRESAS FAMILIARES DE PEQUENO PORTE:

UM ESTUDO DE CASO DA CONFECÇÕES GERHACK LTDA. DE PANAMBI, RS

Panambi/RS 2013

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GESTÃO DE EMPRESAS FAMILIARES DE PEQUENO PORTE:

UM ESTUDO DE CASO DA CONFECÇÕES GERHACK LTDA. DE PANAMBI, RS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Administração, Departamento de Ciências Administrativas, Contábeis, Econômicas e da Comunicação (DACEC) da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (Unijuí), requisito parcial para obtenção do Grau de Bacharel em Administração.

Orientador: Amauri Luís Lampert

Panambi/RS 2013

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GESTÃO DE EMPRESAS FAMILIARES DE PEQUENO PORTE:

UM ESTUDO DE CASO DA CONFECÇÕES GERHACK LTDA. DE PANAMBI, RS1

Fábio André Hack2; Prof. Amauri Luís Lampert3 1

Trabalho de Conclusão de Curso; 2

Aluno do Curso de Graduação em Administração da UNIJUÍ, fabio.hack@brturbo.com.br; 3

Professor Orientador, Curso de Administração, amauri@unijui.com.br;

Resumo: O presente Trabalho de Conclusão de Curso, realizado na empresa Confecções Gerhack LTDA, localizada na cidade de Panambi/RS, a qual atua no ramo de comércio de roupas femininas e tem como público alvo adolescentes e jovens senhoras, bem como comércio de acessórios para este mesmo público. O principal objetivo deste trabalho é avaliar como é realizado o sistema de gestão em uma empresa de pequeno porte e administração familiar, no intuito de diagnosticar a situação existente e propor ferramentas que possam contribuir para a melhoria da gestão da empresa. Para atingir ao objetivo principal anteriormente informado, foram definidos objetivos específicos que, abordados, darão a sustentação para o atingimento do objetivo proposto. Estes objetivos específicos são: realizar uma revisão nas metodologias específicas no que se refere à demonstrativos contábeis como ferramentas administrativas; realizar um diagnóstico da empresa avaliada no que tange as suas atividades contábeis, financeiras e administrativas; fundamentar conceitualmente as atividades contábeis, financeiras e administrativas em empresas familiares de pequeno porte; propor ferramentas voltadas para o auxílio na tomada das decisões gerenciais relacionadas à área contábil, financeira e administrativa da empresa; analisar a importância e as contribuições que as ferramentas propostas poderão proporcionar para a empresa. A metodologia utilizada quanto aos fins foi exploratória e aplicada, e quanto aos meios é uma pesquisa de campo, estudo de caso, investigação documental e bibliográfica. Com relação à metodologia aplicada, a pesquisa foi conduzida de forma exploratória e aplicada no que tange aos fins. Exploratória pois foi realizada em uma área em pouco conhecimento acumulado e aplicada pois está fundamentada na necessidade de resolver problemas concretos, imediatos ou não na empresa estudada. Já quanto aos meios, à pesquisa se classifica como de campo, estudo de caso e pesquisa bibliográfica. Pesquisa de campo pois foi realizada através de uma investigação no local onde ocorre o fenômeno, estudo de caso pois está limitado a uma única empresa e também pesquisa bibliográfica em virtude da pesquisa ser baseada e embasada em materiais publicados em livros, revistas, jornais, entre outras fontes, disponíveis para consulta do público em geral. As técnicas que foram utilizadas para buscar as informações necessárias para o desenvolvimento deste estudo foram: pesquisas, entrevistas informais e observações, bem como pesquisas e coletas de dados realizados em documentos e controles já existentes na empresa. Entende-se que com os resultados obtidos ao final deste estudo demonstram que as empresas de pequeno porte e com administração familiar também podem (e devem) considerar e aplicar ferramentas que podem, consequentemente, diagnosticar a situação da empresa e alavancar a assertividade das suas ações administrativas e de gestão estratégica.

Palavras-chave: Empresas Familiares; Gestão Estratégica; Demonstrativos Contábeis;

Introdução: O presente trabalho tem como objetivo avaliar e mapear as atividades de uma empresa comercial de pequeno porte cuja administração é familiar, identificando os pontos fracos e, desta forma, propor ferramentas destinadas à gestão contábil, financeira e administrativa na empresa Confecções Gerhack, atuante na área de comércio de artigos de

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administração familiar, no intuito de diagnosticar a situação existente e propor ferramentas que possam contribuir para a melhoria da gestão da empresa. Para atingir ao objetivo principal anteriormente informado, foram definidos objetivos específicos que, abordados, darão a sustentação para o atingimento do objetivo proposto. Estes objetivos específicos são: realizar uma revisão nas metodologias específicas no que se refere à demonstrativos contábeis como ferramentas administrativas; realizar um diagnóstico da empresa avaliada no que tange as suas atividades contábeis, financeiras e administrativas; fundamentar conceitualmente as atividades contábeis, financeiras e administrativas em empresas familiares de pequeno porte; propor ferramentas voltadas para o auxílio na tomada das decisões gerenciais relacionadas à área contábil, financeira e administrativa da empresa; analisar a importância e as contribuições que as ferramentas propostas poderão proporcionar para a empresa.

Metodologia

Segundo Vergara existem duas classificações básicas: quanto aos fins e quanto aos meios. A metodologia utilizada quanto aos fins foi exploratória e aplicada, e quanto aos meios é uma pesquisa de campo, estudo de caso, investigação documental e bibliográfica. Com relação à metodologia aplicada, a pesquisa foi conduzida de forma exploratória e aplicada no que tange aos fins. Exploratória porque foi realizada em uma área em pouco conhecimento acumulado e, aplicada, pois está fundamentada na necessidade de resolver problemas concretos, imediatos ou não na empresa estudada. Já quanto aos meios, à pesquisa se classifica como de campo, estudo de caso e pesquisa bibliográfica. Pesquisa de campo porque foi realizada através de uma investigação no local onde ocorre o fenômeno, estudo de caso pois está limitado a uma única empresa e também pesquisa bibliográfica em virtude da pesquisa ser baseada e embasada em materiais publicados em livros, revistas, jornais, entre outras fontes, disponíveis para consulta do público em geral. As técnicas que foram utilizadas para buscar as informações necessárias para o desenvolvimento deste estudo foram: pesquisas, entrevistas informais e observações, bem como pesquisas e coletas de dados realizados em documentos e controles já existentes na empresa. O universo amostral para este estudo foi a empresa de pequeno porte Confecções Gerhack, localizada em Panambi, RS e os sujeitos da pesquisa foram um dos proprietários, a Sra. Daniela Gerhardt Hack e uma colaboradora da empresa, a Sra. Eliane Alles Borchardt, através das quais se deu também a coleta de boa parte dos dados e informações necessárias para o desenvolvimento do estudo. Como técnicas para a coleta de dados o pesquisador lançou mão de pesquisas, entrevistas informais, observações durante visitas à empresa, bem como coleta de dados e informações realizados em documentos e planilhas de controle já existentes e utilizadas pela empresa e que se adequaram a este estudo.

Resultados e discussão

A pesquisa realizada propôs atender ao objetivo geral através dos desdobramentos e atingimento dos objetivos específicos, onde um primeiro objetivo específico é a realização de uma revisão nas metodologias específicas no que se refere à demonstrativos contábeis como ferramentas administrativas, objetivo este que foi atingido através do referencial teórico abordado no estudo. Já o segundo objetivo específico proposto e que foi atendido, considerava a realização de um diagnóstico da empresa no que tange as suas atividades contábeis, financeiras e administrativas, o que evidenciou que a empresa é carente de controles internos e também de dados para a tomada de decisão, o que ocorre basicamente através da experiência e intuição da proprietária. Como um terceiro objetivo específico foi proposto conceitualizar as atividades contábeis, financeiras e administrativas em empresas familiares de pequeno porte, o que foi atendido no capítulo 4 do estudo. Através desta análise

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aprofundada da teoria e, comparando com a realidade observada na empresa, foi possível identificar ferramentas contábeis que, corretamente aplicadas, trarão robustez e embasamento para fortalecer o processo decisório da organização. Ainda como objetivos específicos, buscou-se propor ferramentas voltadas para o auxílio na tomada das decisões gerenciais relacionadas à área contábil, financeira e administrativa da empresa; e, analisar a importância e as contribuições que as ferramentas propostas poderão proporcionar para a empresa. Neste aspecto, através das sugestões de ferramentas definidas pelo autor do estudo para a empresa, podemos salientar a elaboração do balanço patrimonial e seus desdobramentos, o demonstrativo de resultados e seus desdobramentos, a análise da estrutura de endividamento (capital de terceiros, composição do endividamento e a imobilização do capital próprio), índices de liquides (liquidez corrente, liquidez seca e liquidez geral), a análise das atividades de rotação (através do prazo médio do estoque, prazo médio de recebimento, prazo médio de compras), bem como a análise da atividade de retorno da empresa (giro do ativo, margem líquida sobre as vendas, retorno sobre o ativo e o retorno sobre o patrimônio líquido). Com estas ferramentas propostas e a demonstração da importância e contribuições que as mesmas proporcionam para a empresa, completa-se assim o atendimento aos dois últimos objetivos específicos propostos e, consequentemente, entende-se que todos os objetivos propostos foram atingidos durante o desenvolvimento deste estudo.

Conclusões

É possível concluir que a elaboração deste estudo na empresa denominada Confecções Gerhack, foi de suma importância para meu desenvolvimento pessoal e profissional, para meu conhecimento e entendimento nas ferramentas de gestão contábeis e financeiras, bem como aprofundar o entendimento sobre a forma como comumente uma empresa de pequeno porte, com gestão familiar, é administrada. Possibilitou ainda compreender e propor ferramentas de gestão contábil e financeiras que poderão possibilitar informações confiáveis e completas para que o gestor da empresa tenha clareza e assertividade no momento da tomada de decisão, sejam elas estratégicas ou administrativas para o desenvolvimento da sua organização.

Referências Bibliográficas

VERGARA, Sylvia Constant. Projetos e relatórios de pesquisa em administração. 3ª edição. São Paulo, 2000.

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Primeiramente, agradeço a Deus por me dar a capacidade, persistência e condições de atingir a este meu objetivo amplamente perseguido no decorrer dos últimos anos.

Agradeço também a minha esposa Daniela e filha Rafaela, que durante todo o tempo me apoiaram, entenderam e compreenderam as dificuldades, sempre incentivando e me auxiliando, seja compreendendo a minha ausência em muitos momentos ou então das várias horas dedicadas à faculdade e, especialmente, ao desenvolvimento deste estudo. Agradeço também aos meus pais, Ivo Hack e Elisabeth Hack, que continuamente me incentivaram e muito se preocuparam comigo durante todo este período da faculdade. Agradeço também aos meus irmãos, cunhados, sogros e amigos, que sempre, de alguma forma, estiveram ao meu lado me auxiliando e dando força para a realização e atingimento deste objetivo.

Meu sincero agradecimento ao professor e orientador, Amauri Lampert que aceitou o desafio enorme de me auxiliar, sempre com dedicação e disposição, na condução deste estudo.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Estrutura Conceitual do Balanço Patrimonial ... 29

Figura 2 - Forma Legal de um Balanço Patrimonial ... 30

Figura 3 - Estrutura Legal da Demonstração do Resultado do Exercício ... 32

Figura 4 - Organograma da empresa Confecções Gerhack ... 37

Figura 5 - Método de controle e lançamento das vendas da organização ... 43

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Tabela 1 - Disposição societária da empresa Confecções Gerhack... 37

Tabela 2 - Divisão dos produtos que compõem o negócio da organização ... 38

Tabela 3 - Evolução do faturamento médio até Junho/2013 ... 45

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1- Evolução do número de estabelecimentos por porte:... 18

Gráfico 2 - Evolução em número de empregos por porte da empresa: ... 19

Gráfico 3 - Número de clientes ativos por período e número total de clientes ativos ... 39

Gráfico 4 - Taxa de evolução do número de clientes ... 40

Gráfico 5 - Evolução do faturamento anual... 42

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INTRODUÇÃO ... 12

1. CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO ... 13

1.1. Delimitação do Tema e questão de estudo ... 13

1.2. Objetivos ... 14

1.2.1. Objetivo Geral ... 14

1.2.2. Objetivos Específicos ... 14

1.3. Justificativa ... 15

2. REFERENCIAL TEÓRICO ... 17

2.1. Microempresas e empresas de pequeno porte ... 17

2.2. Empresas Familiares ... 20

2.3. Gestão empresarial nas Microempresas ... 21

2.4. Objetivos da contabilidade ... 22

2.5. Definição de Gastos, Custos e Despesas ... 24

2.6. Controle de Custos em empresas comerciais... 24

2.7. Depreciação ... 25

2.8. Demonstrações Contábeis ... 27

2.8.1. Balanço Patrimonial ... 28

2.8.2. Demonstração do resultado do exercício ... 31

3. METODOLOGIA ... 33

3.1. Classificação do Estudo ... 33

3.2. Sujeitos da Pesquisa e Universo amostral ... 34

3.3. Coleta de Dados ... 34

4. ANALISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS ... 35

4.1. Caracterização da Organização... 35

4.2. Análise e diagnóstico ... 36

4.2.1. Estrutura organizacional da empresa ... 36

4.2.2. Produtos e mercado ... 38

4.2.3. Faturamento ... 41

4.2.4. Controles existentes ... 42

4.2.5. Demonstrativos existentes ... 44

4.2.6. Faturamento médio período ... 44

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4.3. Proposições ... 48

4.3.1. Balanço Patrimonial ... 49

4.3.2. Demonstrativo de Resultados do Exercício ... 52

4.3.3. Analise da estrutura de endividamento ... 53

4.3.4. Indices de Liquidez ... 54

4.3.5. Análise da atividade de rotação ... 56

4.3.6. Análise da atividade de retorno ... 58

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS E RECOMENDAÇÕES... 61

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 64

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Atualmente, com a velocidade em que o mercado se transforma e novas oportunidades e desafios se apresentam, as empresas devem estar preparadas para se moldarem às necessidades que surgem, adaptando-se com rapidez e flexibilidade para assim garantir a sobrevivência e o crescimento em sua área de atuação.

O atual cenário exige que as empresas possuam um controle cada vez maior sobre suas atividades, bem como uma análise cada vez mais detalhada e aprofundada sobre o seu desempenho, fato esse que pode ser obtido através da aplicação de ferramentas de gestão contábeis, financeiras e administrativas que possibilitam o embasamento necessário e confiável de apoio à tomada de decisão gerencial nas organizações, independente do seu tamanho.

Um sistema de gerenciamento contábil, financeiro e administrativo, através de suas ferramentas, é um sistema dinâmico que deve ser constantemente melhorado, seja através dos avanços tecnológicos que se sucedem em grande velocidade ou através das novas necessidades de operação da organização que o utiliza. Neste enfoque, o presente trabalho tem como objetivo avaliar e mapear as atividades de uma empresa comercial de pequeno porte cuja administração é familiar, identificando os pontos fracos e, desta forma, propor ferramentas destinadas à gestão contábil, financeira e administrativa na empresa Confecções Gerhack, atuante na área de comércio de artigos de vestuário e acessórios destinados ao público feminino.

O presente estudo está estruturado em quatro etapas, onde a primeira etapa é a contextualização do estudo englobando a delimitação do tema, a questão de estudo, o objetivo geral e objetivos específicos, bem como a justificativa. Na sequência, ou seja, na segunda etapa, aborda-se o referencial teórico que dá o embasamento necessário para o desenvolvimento das análises posteriores. Na terceira etapa, está registrada a metodologia utilizada para o desenvolvimento do estudo, contendo a classificação do estudo, os sujeitos da pesquisa e universo amostral, bem como a coleta de dados. Já na quarta etapa está caracterizada a análise e interpretação dos dados, onde está relacionada à caracterização da organização, analise e diagnostico e seguido das conclusões e recomendações.

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1. CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO

Este capítulo trata da apresentação e formulação da questão de estudo, dos objetivos e da justificativa da realização deste trabalho.

1.1. Delimitação do tema e questão de estudo

O mundo vem passando por grandes transformações. Novas crenças, novos valores, novos desejos, novas necessidades e expectativas se apresentam a cada dia, tanto para indivíduos como para as organizações. Dentro das organizações a busca por desempenho eficiente é longa, embora haja uma luta constante em desenvolver meios e ferramentas que possam assegurar o sucesso e concretizar de forma rápida os objetivos propostos.

A competitividade acirrada exige das empresas decisões baseadas em fatos e dados, não permitindo decisões concebidas de forma improvisada. Muitas vezes é possível identificar que os empresários possuem uma maior afinidade com o processo de compra e venda de mercadorias, porém, acabam não sendo eficazes com o processo de gerenciamento do seu negócio, que é extremamente importante para a sobrevivência e crescimento da empresa no seu mercado de atuação.

A sobrevivência das empresas no mercado também é um desafio constante. A microempresa e a pequena empresa são igualmente castigadas pela competitividade tanto quanto a grande empresa. Segundo Coronado o fato é que,

Independente da classificação da empresa, torna-se necessária à conscientização da necessidade de melhorar os processos gerenciais e tecnológicos desenvolvendo competências em todos os níveis para aumentar as chances de competir no mundo globalizado (2006, p.5).

Neste enfoque, o empreendedor que pretende alcançar um gerenciamento eficiente e a consequente continuidade do seu empreendimento, precisa conhecer de forma detalhada e organizada os resultados contábeis e financeiros da sua organização, tendo ciência da situação real da sua empresa.

O gerenciamento, via de regra, não é um assunto que agrada grande parte dos pequenos empresários, talvez pela sua complexidade ou até por envolver inevitavelmente equações matemáticas. No entanto, para que a empresa obtenha o sucesso desejado, é fundamental e imprescindível que o empresário enfrente com disposição e entusiasmo esse desafio, lembrando sempre que um dos principais

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fatores de insucesso das pequenas empresas é o desconhecimento dos números reais do negócio. (MACHADO, 2005, p. 29),

Sendo assim, o presente trabalho tem como principal questão de estudo: Como as ferramentas de gestão contábil, financeira e administrativa podem contribuir para a tomada de decisão na empresa Confecções Gerhack?

1.2. Objetivos

Objetivo é o resultado que se busca alcançar com um determinado estudo. Conforme Vergara (2000, p.49), os objetivos podem ser divididos em objetivos gerais e objetivos específicos.

1.2.1. Objetivo Geral

O objetivo geral deste estudo é avaliar o sistema de gestão em uma empresa de pequeno porte e administração familiar, no intuito de diagnosticar a situação existente e propor ferramentas que possam contribuir para a melhoria da gestão da empresa.

1.2.2. Objetivos Específicos

• Realizar uma revisão nas metodologias específicas no que se refere à demonstrativos contábeis como ferramentas administrativas;

• Realizar um diagnóstico da empresa avaliada no que tange as suas atividades contábeis, financeiras e administrativas;

• Fundamentar conceitualmente as atividades contábeis, financeiras e administrativas em empresas familiares de pequeno porte;

• Propor ferramentas voltadas para o auxílio na tomada das decisões gerenciais relacionadas à área contábil, financeira e administrativa da empresa;

• Analisar a importância e as contribuições que as ferramentas propostas poderão proporcionar para a empresa.

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1.3. Justificativa

Em virtude do atual cenário globalizado e a alta competitividade no mercado interno e externo, bem como a exigência cada vez maior do consumidor, cabe às empresas estarem preparadas para agirem de forma rápida e com alto grau de assertividade em seu planejamento e ações. Conforme descrito por Coronado (2006, p.5), “ocorreram nas últimas décadas, mudanças gradativas, porém, profundas na economia global. O avanço tecnológico, a telecomunicação, as tecnologias de produção, os sistemas logísticos e os sistemas de informação integrada desencadearam o processo conhecido como globalização”.

Considerando a imensa importância que a análise de custos e a lucratividade possuem em todas as organizações, e diante deste cenário cada vez mais concorrido e inovador, cabe à organização manter-se focada em seus objetivos e, para isso, ela deve conhecer e analisar se suas ferramentas de gestão são suficientemente confiáveis e se estão dando o retorno esperado no suporte a tomada de decisão por parte dos gestores.

Neste cenário, o trabalho em questão visa propor ferramentas de gestão contábil e financeira que possam ser utilizadas pela administração da empresa estudada como facilitadoras para a tomada de decisão. A gestão contábil e financeira é de grande importância dentro da atual conjuntura econômica, onde as pressões competitivas são cada vez maiores e a concorrência cada vez mais acirrada, havendo a necessidade das empresas adotarem estratégias e tomarem decisões acertadas com uma velocidade cada vez maior e com um alto grau de assertividade.

Como relatado por Kroetz,

o sistema de informações contábeis deve ser a fonte de informações capaz de atender ao tomador de decisão nas mais variadas necessidades, assim, a velocidade no desenvolvimento da tecnologia da informação e as mudanças de paradigmas nas várias áreas de conhecimento impõem uma revisão e reavaliação do sistema de informações contábeis, a fim de proporcionar sua constante atualização (2002, p. 10).

Diante do exposto, a escolha do presente tema e da referida empresa para a realização deste estudo se deu em função da vontade do aluno em aprofundar os conhecimentos nesta área e por ser um dos sócios proprietários da empresa em questão, o que facilita a coleta de informações, viabilizando assim a realização do estudo e a continuidade do processo de melhoria através da possibilidade de implementação das propostas pela organização.

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Com relação à originalidade do estudo, é a primeira vez que um estudo acadêmico aprofundado foi realizado nesta organização, o que será de grande importância para a organização e seus proprietários e, sobretudo, de relevância para o aluno, visto que há a possibilidade de por em prática e realizar o pareamento das teorias aprendidas em sala de aula com a realidade da organização.

Além do exposto, ainda este estudo poderá servir como fundamentação e proposição para a realização de futuras pesquisas e estudos sobre a temática abordada.

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2. REFERENCIAL TEÓRICO

Neste capítulo, apresenta-se uma revisão bibliográfica com o intuito de confrontar a teoria estudada com a prática da organização analisada. Conforme Vergara (2000, p. 34), a revisão da literatura tem como objetivo apresentar estudos sobre o tema, ou especificamente sobre o problema, já realizados por outros autores.

Contudo, a busca por informações para resolução de determinada situação, leva também a recorrer a modelos teóricos para o desenvolvimento da base teórica para a atuação sobre a realidade estudada, servindo também de apoio para possibilitar atingir os resultados pretendidos com o estudo.

Desta forma, são apresentados conceitos sobre as organizações, sobre contabilidade para micro e pequenas empresas e sobre gestão administrativa, que possam ser aplicados na empresa analisada.

2.1. Microempresas e empresas de pequeno porte

As grandes potências existentes nos séculos XIX e XX eram caracterizadas pelo domínio das grandes empresas, onde os governos viam nestas a grande oportunidade de crescimento e desenvolvimento econômico. Conforme Solomon (1986, p. 7), “a pequena empresa, nas raríssimas ocasiões em que logrou ser considerada sequer como força econômica, foi vista como resquício simpático, porém anacrônico, de uma era econômica mais simplória”.

Atualmente, o cenário teve uma alteração significativa e as micros e pequenas empresas possuem papel fundamental na atual economia, incentivadas inclusive como uma solução para facilitar o desenvolvimento de um país, bem como para atuar na solução de problemas sociais, como a questão de emprego, por exemplo.

Desta forma, Machado (2005, p. 1) salienta que

É inegável a importância das pequenas e médias empresas no contexto econômico, social e político dos países. O Brasil, pelo estágio econômico em que se encontra, parte significativa de seu desenvolvimento se apoia nas tarefas da micro, pequena e médias organizações, responsáveis pela manutenção do nível de emprego e eficiente combate a sombria distribuição de renda (2005, p. 1).

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Ressaltando também a importância da microempresa, Coronado (2006, p. 18) relata a franca expansão das micros e pequenas empresas afirmando que “a estrutura empresarial brasileira é constituída, em sua maioria, por empresas de pequeno porte. Dados do IBGE indicam que dos cerca de quatro milhões de empresas existentes no Brasil hoje, aproximadamente 98% são de micro e pequeno porte”.

Neste contexto, o Brasil está muito bem, e a MPE é a principal mola impulsionadora da redução das desigualdades sociais. Um vetor importante para a continuidade do crescimento é a necessidade de expansão do crédito. A pequena precisa de crédito e o desafio é suprir com condições compatíveis com a situação brasileira. Outra expectativa do BNDES é que em 2010 tenham sido criados 2,2 milhões de empregos formais, contra 995 mil registrados em 2009, e as micro e pequenas empresas são responsáveis por 52,3% do emprego formal em todo o País, segundo os dados do banco, o que equivale a 13 milhões de trabalhadores. (BNDES, 2011).

O gráfico 01 demonstra o cenário de crescimento das micro e pequenas empresas (MPE) no Brasil na última década, frente ao número de crescimento das médias e grandes empresas (MGE):

Fonte: SEBRAE, Anuário do trabalho na micro e pequena empresa 2010 – 2011;

Reforçando ainda a importância da microempresa e empresa de pequeno porte, o gráfico 02 demonstra também o número de empregos relacionado ao porte da empresa entre o ano 2000 e o ano 2010.

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Fonte: SEBRAE, Anuário do trabalho na micro e pequena empresa 2010 – 2011;

Segundo relatório online do SEBRAE (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - consultado em 08/04/2012), a lei nº 123 de 14 de Dezembro de 2006, complementar a lei geral da microempresa e da empresa de pequeno porte, considera microempresa ou empresa de pequeno porte conforme abaixo (artigo 3º, incisos I e II):

- Microempresa: o empresário ou pessoa jurídica, ou a ela equiparada, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais);

- Empresa de pequeno porte: o empresário, a pessoa jurídica, ou a ela equiparada, aufira, em cada ano calendário, receita bruta superior a R$ 240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 2.400.000,00 (dois milhões e quatrocentos mil reais).

Outra definição para a microempresa e empresa de pequeno porte é aplicada pelo próprio SEBRAE, onde classificam a microempresa às empresas que empregam até nove pessoas no caso do comércio e serviços ou até 19 pessoas no caso dos setores industriais ou de construção. Já para as empresas de pequeno porte determina como às que empregam de 10 até 49 pessoas no caso de comércio e serviços, e de 20 a 99 pessoas no caso de indústrias e empresas de construção.

Em ambos os casos a empresa estudada se enquadra como uma microempresa. Gráfico 2 – Evolução em número de empregos por porte da empresa:

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2.2. Empresas Familiares

A empresa familiar é sem dúvida nenhuma uma materialização do empreendedorismo na sua forma mais ampla e dinâmica pois, historicamente e heroicamente, parte-se de um visionário e audaz empreendedor que normalmente inicia o seu desafio com o auxílio de seus familiares e alguns poucos colaboradores.

Este talvez seja, na síntese, o conceito menos rebuscado no que se refere a uma empresa familiar. Pode-se dizer também que a empresa familiar é a junção de esforços de componentes de uma determinada família na condução de um empreendimento, canalizando os recursos necessários para um determinado propósito. O surgimento das empresas familiares no Brasil, segundo Oliveira (1999, p.21), em termos históricos, é datada do “início do século XIV através das companhias hereditárias, logo após o Brasil ser descoberto por Portugal”. Ainda segundo Oliveira, “mais tarde, houve o incremento de empresas familiares, resultantes de vários movimentos migratórios, tais como o italiano, japonês e o alemão”.

Conforme Lansberg et al. (1996, apud Oliveira, 1999, p. 21), afirmam que

Aproximadamente 70% das empresas em todo o mundo pertencem a famílias, e esse percentual pode aumentar nas próximas gerações, se forem consideradas algumas vantagens das empresas familiares quando se analisa sua preparação para o futuro, focando-se alguns aspectos, tais como:

- as empresas familiares se dão melhor que as outras empresas no tocante as questões de qualidade, pois o nome da família é associado aos produtos e serviços que são oferecidos ao mercado;

- as empresas familiares trabalham com um horizonte de investimentos mais amplo, pois enquanto as outras empresas são obrigadas a responder rapidamente aos acionistas, reduzindo custos e, muitas vezes, saindo do ramo nos momentos difíceis, as empresas familiares conseguem, em significativo número de vezes, superar os desaquecimentos da economia e continuar comprometidas na relação família x empresa x mercado.

Atualmente, porém, as empresas familiares, apesar de terem grande influência no crescimento econômico brasileiro, estão sendo caracterizadas, conforme Grzybovski (2002, p.15), como organizações “altamente desencorajadoras e negativas”. Muito deste cenário se dá em virtude de grandes disputas pelo poder ou pela falta de capacidade de alguns fundadores em gerenciar os seus negócios e atualizar o seu método de gerenciamento frente as alterações ocorridas nos mercados, na economia, ou seja, no ambiente externo a empresa.

Estes fatores foram cruciais e levaram um enorme número de empresas a sucumbir, encurtando assim o ciclo de vida das organizações. Lansberg et al (1996, apud Oliveira, p. 21) consideram que “70% das empresas familiares encerram suas atividades com a morte do seu

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fundador, sendo o ciclo médio de vida dessas empresas é de 24 anos. E que, dos 30% que sobrevivem na segunda geração, só uma minoria perdura até a terceira geração”.

Entre os aspectos que levam a morte prematura das empresas familiares, Oliveira (1999, p. 22) salienta:

- concentração, por tradição, em um produto específico, do qual não conseguem sair quando o ciclo de vida deste produto entra em declínio;

- falta de planejamento estratégico estruturado; - brigas de sucessão;

Além dos pontos acima listados, Gonçalves (2000, p. 7) salienta também a incompetência dos empresários e suas empresas familiares, identificável especialmente nos pontos seguintes:

- a empresa familiar permite-se uma organização informal, confusa e incompleta; - ele adota como valor básico a confiança pessoal, em prejuízo da competência, tornando-se incapaz de contar com técnicos e especialistas de gabarito;

- ela pratica o nepotismo sob diversas formas, impossibilitando definitivamente a profissionalização;

- finalmente, a empresa familiar é imediatista, o que impede qualquer forma de planejamento empresarial;

As empresas familiares possuem desta forma, grandes desafios para assegurar a sua sobrevivência e, reconhecer as oportunidades, o ambiente no qual está inserida a organização, ligados às atitudes gerenciais dos proprietários são fatores essenciais para garantir a continuidade e crescimento da organização.

2.3. Gestão empresarial nas Microempresas

Atualmente, o número de informações existentes dentro das empresas, independente do tamanho da mesma, é cada vez maior e mais complexo. A falta de capacidade gerencial dos proprietários é um dos pontos que limita, em muitos casos, o crescimento de uma microempresa. Conforme salientado por Solomon

Os problemas do pequeno empresário são frequentemente acirrados pela falta de sofisticação e habilidade gerencial [...] os pequenos empresários são notoriamente ineficientes em sua contabilidade, o que impede o pequeno empresário de obter um quadro claro dos problemas de seu negócio e, consequentemente, impossibilita a formulação de soluções para os mesmos (1986, p.273).

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Conforme Machado (2005, p.6), “a falta de experiência administrativa é um dos principais motivos pelo qual as pequenas empresas não tem sucesso, onde o empresário, na maioria dos casos, encontra muitas dificuldades no momento de administrar a empresa, notadamente no que se refere aos controles financeiros”. Campos Filho (1999, p. 17) aponta que

Os administradores, contadores, os gestores precisam ter informações confiáveis, de fácil entendimento e que estejam disponíveis em tempo hábil. O feeling do empresário precisa ser completado com o que dizem os números gerados pelos controles, precisam acompanhar os acontecimentos do mundo e principalmente do Brasil, avaliando a sua influência no segmento dos negócios e financeiro (1999, p. 17).

De fato, os empresários necessitam de informações confiáveis para o processo de gerenciamento e tomada de decisão. Como normalmente os recursos disponíveis são escassos, o empresário precisa escolher de forma acertada as melhores alternativas, sendo que para isso, necessita de dados contábeis confiáveis e bem elaborados. Neste enfoque, conforme Crepaldi (2002, p. 18), em um sentido amplo, “a contabilidade trata da coleta, apresentação e interpretação dos fatos econômicos, utilizando se o termo contabilidade gerencial para descrever esta atividade dentro da organização e, contabilidade financeira, quando a organização presta informações a terceiros”.

Entre as ferramentas contábeis para embasamento gerencial das organizações, facilitando e possibilitando uma tomada de decisão mais correta por parte do proprietário, é possível salientar o gerenciamento de custos, o fluxo de caixa, os demonstrativos de resultados e o balanço patrimonial da entidade.

A falta de qualificação e de informações confiáveis para os gestores das micro e pequenas empresas pode ocasionar dificuldades de sobrevivência e de crescimento destas empresas, o que afeta diretamente a economia do país.

2.4. Objetivos da contabilidade

A contabilidade em sua amplitude possui diversas conceituações e variantes trabalhadas pelos mais diversos estudiosos do assunto. É possível compreender contabilidade, conforme Martins (2000, p.18) como “objetivamente, um sistema de informação e avaliação destinado a prover seus usuários com demonstrações e análises de natureza econômica, financeira, física e de produtividade, com relação à entidade objeto de contabilização”.

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Segundo Basso (2005, p. 22), pode se entender contabilidade

como um conjunto ordenado de conhecimentos, leis, princípios e método de evidenciação próprios, é a ciência que estuda, controla e observa o patrimônio das entidades nos seus aspectos quantitativo (monetário) e qualitativo (físico) e que, como conjunto de normas, preceitos e regras gerais, se constitui na técnica de coletar, catalogar e registrar os fatos que nele ocorre, bem como de acumular, resumir e revelar informações de suas variações e situação, especialmente de natureza econômico-financeiro (2005, p. 22).

Ainda conforme Basso (2005, p. 24), o objetivo fundamental da contabilidade “é gerar informações de ordem física, econômica e financeira sobre o patrimônio, com ênfase para o controle e o planejamento”.

Seguindo na linha da microempresa, um planejamento contábil para este porte de empresa normalmente é dispensado pelo próprio Fisco devido a sua reduzida capacidade de geração de receita. Porém, conforme Iudicíbus e Marion (2007, p.48), “o maior interessado na contabilidade deveria ser o proprietário da microempresa, com o objetivo de constatar se o negócio apresenta lucro compatível com outras alternativas de investimentos ou não”.

Ainda conforme Crepaldi, a contabilidade gerencial é

o ramo da contabilidade que tem por objetivo fornecer instrumentos aos administradores de empresas que os auxiliem em suas funções gerenciais e é voltada para a utilização dos melhores recursos econômicos da empresa, através de um adequado controle dos insumos efetuado por um sistema de informação gerencial (2002, p.18).

Segundo Kroetz e Vieira,

a contabilidade como produtora de informações sobre as variações patrimoniais constitui-se em um dos mais importantes instrumentos de apoio ao processo de tomada de decisões, de planejamento e de controle, aplicada em qualquer empreendimento, objetivando assim, a continuidade e o desenvolvimento, não só da entidade, mas também da coletividade (2002, p.10).

Em resumo, a contabilidade tem como finalidade a produção de informações de ordem econômica e financeira sobre o patrimônio, enfatizando o controle e o planejamento de forma a produzir embasamento para a tomada de decisão para os gestores e acionistas, pois partindo do conhecimento de fatos mensurados no passado, permite que futuros procedimentos e decisões sejam tomados com maior segurança e clareza.

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2.5. Definição de Gastos, Custos e Despesas

Existe, na contabilidade, a necessidade de se conceituar os termos utilizados. No presente trabalho, serão adotadas as conceituações a seguir, que segundo Bomfim e Passarelli (2008, p.49), estes são os mais corretos no ponto de vista técnico, onde gastos são os valores monetários de todos os desembolsos e compromissos assumidos pela empresa no desempenho das suas operações de produção de bens e serviços e de apoio a essas operações, onde os gastos são compreendidos por:

- Custos: gastos diretamente relacionados com a produção dos bens e serviços destinados, pela empresa, à comercialização;

- Despesas: os demais gastos decorrentes do exercício das funções empresariais de apoio, de venda, de pós-venda e administração;

- Investimentos: gastos ativados com uma expectativa de benefício futuro; - Perda: representa um gasto involuntário, indesejado;

- Desperdício: representa um gasto que não agrega valor do ponto de vista do cliente. Ainda conforme Bomfim e Passarelli (2008, p.51), os gastos podem ser divididos em diretos e indiretos. Utiliza-se no desenvolvimento deste relatório as definições destes autores para custos diretos e indiretos conforme exposto abaixo:

- Custos diretos: são todos os custos que podemos identificar como pertencendo a este ou aquele produto, pois há como mensurar quanto pertence a cada um, de forma objetiva e clara.

- Custos indiretos: também chamados de custos gerais de fabricação, são os custos incorridos dentro do processo de produção, mas que para serem apropriados aos produtos, obrigam o uso de rateios.

Para as despesas diretas e indiretas, aplicam-se os mesmos conceitos dos custos diretos e indiretos, onde, as despesas comerciais e administrativas são normalmente consideradas como despesas indiretas, porém, principalmente as despesas comerciais podem possuir uma classificação mais refinada, podendo dividir-se em diretas e indiretas. Já as despesas administrativas são inevitavelmente despesas indiretas

2.6. Controle de Custos em empresas comerciais

No atual momento da economia, o segmento varejista está também sofrendo os efeitos diretos da globalização, ou seja, está sujeito a todos os desafios de competitividade e

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25

concorrência a que estão também submetidas as empresas dos demais ramos da economia. O fator preço tem sido cada vez mais relevante para a sobrevivência e o sucesso de uma empresa em seu ramo de atuação, o que torna a atividade de formação do preço de venda de um ponto extremamente importante na estratégia comercial da empresa.

O controle de custos em empresas comerciais tem significativa importância a partir do momento em que o comércio é uma atividade intermediária no processo entre indústria e consumidor final, não alterando propriedades e não agregando valor ao produto final, diferente da indústria, que se caracteriza pela transformação do produto. No caso do comércio, o controle de custos tem importância elevada pois geralmente é através do preço de aquisição da mercadoria que se determina o preço de venda final do produto. Segundo Wernke (2001, p. 127), “o método de precificação baseado no custo da mercadoria é o mais comum na prática empresarial e consiste em adicionar uma margem fixa a um custo base, geralmente conhecida pela expressão mark-up”.

Os autores Bomfim e Passarelli (2008, p.160), salientam este ponto em sua obra quando determinam que “na atividade comercial o preço de aquisição do produto influi direta e poderosamente no preço de venda, constituindo o aspecto básico do custo total da mercadoria, apenas acrescido pelos valores provenientes das despesas diretamente relacionadas com a atividade comercial e pelo mark-up”.

Ainda Wernke (2001, p.127) ressalta que “esta abordagem não está funcionando adequadamente, porque o cálculo do custo agregado real de um produto ou serviço individual é um processo complexo, que exige a coleta e partilha de informações envolvendo diferentes setores de uma organização”. Complementa ainda que “a maioria das empresas não sabe qual é o custo total um produto ou serviço” por ela comercializado.

Para Bomfim e Passarelli (2008, p.160), “ainda que na atividade comercial, o custo das mercadorias seja, em geral, mais fácil de se determinar do que no setor manufatureiro, a maioria das empresas comerciais não o calcula devidamente”.

Desta forma, fica-se evidente a necessidade de se conhecer os custos comerciais e as despesas diretas e indiretas para que se possa determinar, através dos registros contábeis determinados, o preço de venda do produto e o lucro obtido pela empresa.

2.7. Depreciação

A depreciação é basicamente a desvalorização dos bens integrantes do imobilizado da empresa que possuam como característica a durabilidade. Esta desvalorização se dá através do

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desgaste natural ou perda de utilidade. Conforme Basso (2011, p.262), “os elementos que integram o ativo imobilizado, tem como característica comum à durabilidade, isto é, permanecem no patrimônio da entidade por período prolongado, geralmente acima de dois exercícios sociais”.

A grande maioria dos elementos que compõem o imobilizado de uma empresa possui a sua vida útil limitada. Ao final da vida útil do bem, o mesmo deve estar economicamente absorvido levando em consideração o custo das atividades geradas no período de uso do equipamento.

Para a determinação do valor da depreciação mensal ou anual, conforme Basso (2011, p. 263), são necessários os seguintes elementos:

a) Valor do elemento – consiste em identificar o valor contábil do bem a ser depreciado, composto do seu valor de aquisição, incorporações posteriores e atualizações monetárias;

b) Vida útil estimada – embora variável, cada elemento do imobilizado tem uma vida econômica previamente determinada pelo fabricante, ou então, por órgãos técnicos especializados no assunto, como a Associação Brasileira de Normas Técnicas;

c) Taxa de depreciação – com base na vida útil do elemento a depreciar, é encontrada a taxa anual de depreciação por meio de uma operação matemática de relativa facilidade, ou seja, toma-se o indicador 100 e se divide pelos anos de vida útil do elemento, obtendo-se a sua taxa anual de depreciação que, dividida por 12 (meses), dá a taxa mensal de depreciação;

Ainda conforme Basso (2011, p.263), “é possível agrupar os elementos do imobilizado de acordo com a vida útil estimada média, e estender a todos os elementos do grupo a mesma taxa de depreciação”.

Para que a taxa de depreciação seja coerente e para que se estabeleça vida útil e valores residuais compatíveis, utilizam-se taxas de depreciação pré-estabelecidas, cujas mais comumente utilizadas, conforme definido por Basso (2011, p. 264), seguem critérios conforme abaixo:

a) Máquinas, equipamentos, móveis e utensílios: entre 10% e 15% ao ano; b) Veículos de carga e transporte: entre 15% e 20% ao ano;

c) Veículos de uso administrativo: entre 10% e 15% ao ano; d) Construções: entre 2% e 4% ao ano;

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27

Quanto ao método de depreciação, existem vários métodos que podem ser aplicados, como o método das cotas constantes, método das unidades produzidas, método das horas trabalhadas. Segundo Basso,

antes de escolher o método de depreciação mais conveniente, é preciso encontrar o valor do elemento a ser depreciado. A fixação desse valor leva em consideração o valor residual do bem, que é o seu valor de revenda quando já tiver sido sucateado. O valor residual deve ser calculado como um percentual do valor em vigor atualizado. Trata se então de definir esse percentual de valor residual para ser diminuído do valor atual do bem e encontrar o seu valor a depreciar (2011, p.266).

A depreciação, amortização e exaustão devem ser considerados até que o valor do ativo atinja o valor residual planejado para o ativo após depreciação e o processo se inicia quando o ativo estiver em condições de utilização pela organização.

2.8. Demonstrações Contábeis

Os demonstrativos contábeis são ferramentas que permitem aos usuários e interessados a possibilidade de avaliar a situação econômica de uma determinada empresa. Normalmente, os demonstrativos são referentes ao período de 1º de Janeiro à 31de Dezembro do respectivo ano civil avaliado. Apesar de ser uma análise estática do período, pode se utilizar também esta informação para avaliar tendências futuras da organização.

Conforme Iudicibus, as informações contábeis devem possuir outras qualidades, dentre elas, a confiabilidade, comparabilidade e compreensibilidade, onde:

A Confiabilidade é a qualidade (atributo) que faz com que o usuário aceite a informação contábil e a utilize como base para as suas decisões;

A Comparabilidade deve poder propiciar ao usuário o discernimento entre entidades distintas;

A compreensibilidade revela a qualidade da informação contábil, que deve ser exposta da forma mais compreensível possível, para que o usuário possa, efetivamente, entendê-la e utilizá-la de forma cabal nas tomadas de decisão (2000, p. 77).

Além de possibilitar uma avaliação da situação de uma determinada organização, os demonstrativos contábeis, podemos reconhecer as relações entre os demonstrativos financeiros principais de acordo com as legislações vigentes.

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2.8.1. Balanço Patrimonial

Balanço patrimonial é a demonstração contábil que reflete, de forma qualitativa e quantitativa, em um determinado momento, a posição patrimonial e financeira de uma determinada empresa. O termo balanço patrimonial tem sua origem onde balanço decorre do equilíbrio (ativo = passivo + patrimônio líquido) e patrimonial do patrimônio da empresa considerando o conjunto de bens, direitos e obrigações.

O balanço patrimonial é composto pelo ativo, passivo e patrimônio líquido separados em colunas, onde na coluna da esquerda são listados os ativos e na coluna da direita são listados os passivos e o patrimônio líquido. Conforme Iudicibus e Marion (2007, p.162), a classificação do ativo, passivo e patrimônio líquido são estabelecidos conforme abaixo:

- Ativo: São todos os bens e direitos de propriedade da empresa, que são avaliáveis em dinheiro e que representam benefícios presentes ou futuros para a empresa. Para ser um bem ou um direito, o item precisa obrigatoriamente preencher quatro requisitos que são: a) ser efetivamente um bem ou um direito; b) ser de propriedade da empresa; c) ser mensurável monetariamente e, d) trazer benefícios presentes ou futuros para a empresa. As contas do ativo são elencadas normalmente por ordem de liquidez.

- Passivo: Evidencia toda obrigação (dívida) que a empresa tem com terceiros. O passivo é uma obrigação exigível, ou seja, no momento em que a dívida vencer, será exigida a liquidação da mesma.

- Patrimônio Líquido: Discrimina os recursos dos proprietários aplicados ao empreendimento (recursos próprios) que estão aplicados no ativo ou no patrimônio bruto no momento em que o balanço patrimonial está sendo apurado. O patrimônio líquido pode ser também subdividido em capital social, reservas de capital e ajustes de avaliação patrimonial.

Conforme Herrmann Junior (2004, p.30), na avaliação do balanço patrimonial, “pelas variações dos valores julgam-se os resultados econômicos da administração, e pela expressão monetária dos diferentes elementos patrimoniais avalia-se o estado financeiro e o potencial econômico da empresa”.

O balanço patrimonial é uma ferramenta onde os gestores e demais usuários interessados podem, através de análise das informações, identificar os pontos positivos e negativos relacionados a saúde financeira da empresa, bem como, através de comparativo com valores de exercícios anteriores, determinar a evolução e, consequentemente, os resultados econômicos das ações administrativas da empresa.

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Na figura 1 abaixo, está demonstrada a estrutura conceitual do Balanço Patrimonial

Fonte: Pereira 2010, p. 74

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Na figura 2 abaixo, está demonstrada a forma legal de um balanço patrimonial.

Fonte: Pereira 2010, p. 96;

Ativo Passivo + Patrimônio Líquido

Ativo Circulante Passivo Circulante

* Disponibilidades * Fornecedores

** Caixa e bancos * Salários e encargos sociais ** Aplicações de liquidez imediata * Impostos e taxas

* Direitos realiáveis exercício subsequente * Dividendos a pagar

** Contas a receber dos clientes * Impostos de renda a recolher ** ( - ) Títulos descontados * Instituições de crédito

** ( - ) Provisão para devedores duvidos

** Estoques Passivo Não Circulante

** Adiantamento a fornecedores * Financiamentos ** Aplicações de liquidez não imediata * Debêntures

** Outro valores a receber * Impostos parcelados * Despesas do exercício seguinte

** Seguros antecipados

Ativo Não Circulante Patrimônio Líquido

* Realizável a longo prazo * Capital

Direitos realizáveis após o término do ** Capital subscrito

exercício subsequente ** ( - ) Capital a integralizar ** Depósitos Judiciais

** Impostos a recuperar * Reservas de Capital

* Valores a receber de coligadas/controladas ** Ágio na emissão de ações

** Valores a receber de coligadas ** Produto de alienação de partes beneficiárias ** Valores a receber de acionistas

* Investimentos

** Aplicações perm. em outras sociedades *** Controladas e coligadas

*** Outras participações

** Direitos não classificáveis no ativo circulante e que não se destinam à atividade da empres *** Outros investimentos

* Imobilizado * Reservas de lucros ** Imóveis e terrenos ** Reserva legal

** Máquinas e equipamentos ** Reservas estatutárias

** Veículos ** Reservas para contigências

** Móveis, utensílios e instalações ** Reservas de lucro a realizar ** Imobilizações em andamento

** Marcas e patentes

* Intangível * Ações em tesouraria ** Direitos sobre bens incorpóreos * ( - ) Prejuízos acumulados *** Fundo de comércio adquirido

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2.8.2. Demonstração do resultado do exercício

A demonstração do resultado do exercício (DRE) é um resumo das receitas e despesas da empresa em um determinado período. Os dados na DRE são ordenados verticalmente e de forma dedutiva, onde, das receitas, subtraem-se os custos e as despesas até que se obter o resultado da empresa, que pode ser lucro ou prejuízo. Segundo Basso (2005, p. 275), “a demonstração do resultado do exercício é o relatório contábil que sintetiza as operações que deram origem ao resultado de um determinado exercício social”.

A DRE é uma importante ferramenta de gestão contábil e da dinâmica patrimonial, refletindo o resultado final das operações, através do lucro líquido ou prejuízo que a empresa irá obter ao final do período avaliado. Conforme Franco, a demonstração do resultado do exercício é

a mais importante demonstração da dinâmica patrimonial, pois mostra a receita bruta da entidade (vendas ou serviços prestados), o custo dessas receitas e demais despesas operacionais, evidenciando o lucro bruto e o lucro operacional, bem como outras receitas e despesas não operacionais, para evidenciar o lucro líquido do exercício (1989, p. 45).

Estes indicadores proporcionam uma série de informações importantes para a tomada de decisão dos gestores da organização. Apesar de a DRE ser elaborada anualmente para fins de divulgação, normalmente são realizadas mensalmente pela empresa para balizar as ações administrativas e trimestralmente para fins fiscais.

Na figura 3, está demonstrada a estrutura legal da Demonstração do Resultado do Exercício, comumente aplicada:

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Figura 3 - Estrutura Legal da Demonstração do Resultado do Exercício

( -/+ ) Outras despesas e/ou receitas operacionais

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO RECEITA OPERACIONAL BRUTA

( - ) Vendas canceladas

( - ) Abatimentos sobre vendas ( - ) Impostos sobre vendas

RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA

( - ) Custo dos produtos, mercadorias ou serviços vendidos LUCRO BRUTO

( - ) Despesas com vendas ( - ) Despesas administrativas ( - ) Despesas gerais

( - ) Participações

LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO LUCRO LÍQUIDO POR AÇÃO

RESULTADO DAS ATIVIDADES DA EMPRESA ( +/- ) Resultado da equivalência patrimonial

RESULTADOS ANTES DAS DESPESAS E RECEITAS FINANCEIRAS ( +/- ) Despesas e/ou receitas financeiras(variação)

RESULTADO ANTES DOS TRIBUTOS SOBRE O LUCRO ( - ) Despesas com tributos sobre os lucros

Fonte: Pereira 2010, p. 126

Pode-se ainda salientar que o demonstrativo do resultado do exercício é um resumo do movimento de entradas e saídas no balanço, em um período estabelecido. Conforme Matarazzo (2003, p. 45), a “demonstração de resultado retrata apenas o fluxo econômico e não o fluxo monetário, não importando se uma receita ou despesa tem reflexos em dinheiro, basta apenas que afete o patrimônio líquido”.

Em resumo também podemos salientar que, as receitas representam normalmente o aumento do ativo e consequentemente, o patrimônio líquido, já as despesas representam uma redução do patrimônio líquido, podendo ser consolidada através do aumento do passivo ou da redução do ativo.

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3. METODOLOGIA

Neste capítulo, está demonstrada a forma de execução do relatório e a maneira de realização do estudo. Também aborda a classificação do estudo, a coleta de dados, bem como a análise e interpretação destes dados.

3.1. Classificação do Estudo

Com relação à classificação do estudo, de acordo com Vergara (2000), há vários tipos de pesquisa e todas seguem basicamente dois critérios: quanto aos fins e quanto aos meios.

Quanto aos fins, o estudo pode ser classificado como exploratório quando realizado em área com pouco conhecimento acumulado ou sistematizado; Descritivo, quando determina características de uma população ou fenômeno; Explicativa, quando tem como objetivo tornar algo inteligível, justificando lhe os motivos; Metodológica, quando refere-se a instrumentos de captação ou manipulação da realidade; Aplicada, quando fundamentalmente motivada pela necessidade de resolver problemas concretos, imediatos ou não; Intervencionista, tem como objetivo interpor-se e interferir na realidade estudada, para então modificá-la;

Quanto aos meios pode ser classificada em pesquisa de campo, através de uma investigação empírica realizada no local onde ocorre o fenômeno ou que dispõe de elementos para explicá-lo; Pesquisa de laboratório, quando experiência realizada em local circunscrito, já que no campo seria praticamente impossível realizá-la; Pesquisa telematizada, utilizando informações e meios que combinam uso do computador e de telecomunicações; Investigação documental, quando realizada em documentos das organizações, públicas ou privadas; Pesquisa bibliográfica, é o estudo sistematizado desenvolvido com base em material publicado em livros, revistas, jornais, redes eletrônicas, isto é, material acessível ao público em geral; Pesquisa experimental, é a investigação empírica na qual o pesquisador manipula e controla variáveis independentes e observa as variações que tal manipulação e controle produzem em variáveis dependentes; Estudo de caso, limitado a uma ou poucas unidades, sendo uma pessoa, uma família, um produto, uma empresa, um órgão público, uma comunidade ou mesmo um país;

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Neste estudo, a pesquisa realizada na empresa Confecções Gerhack, quanto aos fins, classifica-se como exploratória e aplicada, buscando atender os objetivos gerais e específicos e, quanto aos meios, é uma pesquisa de campo, estudo de caso, investigação documental e pesquisa bibliográfica.

3.2. Sujeitos da Pesquisa e Universo amostral

Nesta etapa, define-se o universo amostral considerado para a realização deste projeto, bem como os sujeitos da pesquisa, que são fundamentais na realização da coleta das informações e consequente desenvolvimento do estudo.

O estudo realizado teve como foco de aplicação a empresa Confecções Gerhack, localizada na Rua Holanda, 185, na cidade de Panambi/RS.

As pessoas entrevistadas são a Senhora Daniela Gerhardt Hack, sócia-proprietária da empresa e a funcionária, Senhora Eliane Alles Borchardt.

3.3. Coleta de Dados

Para a fase de coleta de dados, foram realizadas pesquisas, entrevistas informais com a sócia proprietária e com a colaboradora da empresa, bem como realizadas observações através de visitas na empresa, visando desta forma, obter informações da realidade da empresa em seu âmbito de atuação.

Também foram utilizadas pesquisas e coletas de dados realizados em documentos e controles já atualmente praticados pela empresa e que vem de encontro com o tema deste estudo.

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4. ANALISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS

As análises e interpretações foram realizadas sobre os dados coletados, onde os resultados da análise serão apresentados de forma qualitativa através de texto expositivo dos resultados encontrados durante a pesquisa e, na sequência, as informações foram avaliadas à luz do referencial teórico descrito.

Neste capítulo apresenta-se a caracterização da organização estudada, bem como os dados obtidos nas entrevistas, pesquisas e levantamentos de informações realizadas junto à organização como forma de estabelecer um cenário da real situação da empresa.

4.1. Caracterização da Organização

Toda organização surge através do lado empreendedor das pessoas que tem interesse em realizar algum tipo de investimento vislumbrando o atingimento de objetivos e metas. Um novo empreendimento pode surgir, por exemplo, de uma ideia criativa, de uma oportunidade de negócio identificada, por dispor de capital, por estar insatisfeito no emprego entre outros tantos fatores motivadores que incitam o desenvolvimento do próprio negócio.

No caso da empresa estudada, os fatores motivadores à sua criação foi a identificação de uma oportunidade de negócio, bem como a disposição de capital para investimento naquele momento e a realização de um sonho dos proprietários em possuir o próprio negócio. Desta forma, surgiu em 03/11/2005 a empresa Confecções Gerhack Ltda, cujo nome fantasia é Intuição e foi fundada por dois sócios proprietários com o objetivo de se tornar mais uma opção no fornecimento de moda feminina no varejo para a cidade de Panambi e região.

A empresa iniciou suas atividades situada na Rua 7 de Setembro, contando apenas com a sócia proprietária para a realização de todas as atividades que envolvem a empresa. Em Abril de 2007, a empresa mudou a sua localização estando atualmente situada na Rua Holanda, número 185, Bairro Centro em Panambi – RS, ocupando uma sala comercial com 55 m² e contando com a colaboração de um funcionário, além da proprietária que atua diretamente e em tempo integral na empresa.

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A empresa está focada no comércio de roupas femininas e tem como público alvo as adolescentes e jovens senhoras, colocando à disposição grande variedade de produtos com diversos modelos e tamanhos de calças, blusas, vestidos, saias e demais componentes do vestuário feminino, atendendo assim as necessidades de suas clientes em todas as estações do ano.

Durante o desenvolvimento da empresa, foram surgindo necessidades expostas pelos clientes, fazendo com que a empresa agregasse produtos ao seu portfólio e desta forma, oferecendo também artigos de acessórios como bolsas, perfumes e bijuterias, mantendo porém o foco e o posicionamento almejado no mercado de atuação.

A empresa, desde a sua criação, vem apresentando um crescimento em número de clientes e faturamento e identifica como principais ameaças a manutenção do seu crescimento a forte concorrência existente neste mercado na cidade de Panambi, bem como a inadimplência e os altos impostos aplicados às organizações.

4.2. Análise e diagnóstico

Para uma melhor organização da estrutura do relatório, facilitando a disposição das informações obtidas durante o levantamento das informações da empresa, os dados estão apresentados em tópicos e estão embasados a luz da teoria estuda de forma individual.

4.2.1. Estrutura organizacional da empresa

A empresa Confecções Gerhack, como já ressaltado na própria caracterização da organização no tópico anterior, possui uma estrutura extremamente simples, como representado na figura 04, seguindo o padrão de estrutura de linha e staff

(37)

37

Fonte: Elaborado pelo autor

A disposição societária da empresa é composta por dois sócios onde cada sócio possui 50% do capital social da empresa.

Tabela 1 - Disposição societária da empresa Confecções Gerhack

Sócios da Empresa Participação no Capital Social (%)

Daniela Gerhardt Hack 50

Fábio André Hack 50

Fonte: Elaborado pelo autor

A sócia proprietária é quem conduz todas as atividades da empresa com a colaboração de uma funcionária, visto que a empresa não é a ocupação principal do segundo sócio proprietário. A empresa ainda possui o apoio de um escritório de contabilidade ligado diretamente à estrutura organizacional como função de staff. A sócia diretora da empresa é quem conduz a empresa no dia-a-dia, realizando a função gerencial, de compras, vendas, controle financeiro e ações de marketing. As decisões estratégicas para a organização são discutidas entre os dois sócios proprietários e colocadas em prática pela sócia proprietária, sendo uma típica organização de microempresa familiar.

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4.2.2. Produtos e mercado

O mercado de atuação da empresa possui grande concorrência em virtude do grande número de estabelecimentos similares existentes no mercado local. A divisão de produtos que compõem o negócio da organização dentro do seu portfólio está representada na tabela 02:

Tabela 2 - Divisão dos produtos que compõem o negócio da organização

FONTE: Elaborado pelo autor

Como vislumbrado na tabela 2, o foco principal da empresa é no fornecimento de roupas para o público feminino (95%) em relação aos acessórios (5%). Dentro do segmento de roupas, o principal produto fornecido são as blusas (40%), calças jeans (25%), camisas (12%), vestidos (8%), lenços (3%), entre outros produtos de menor expressão de vendas (12%).

O número de clientes da organização também vem demonstrando um crescimento ao longo dos últimos anos. O número de clientes vem aumentando gradativamente através das ações que a empresa vem desenvolvendo para aumentar a participação no mercado. No gráfico 03 está demonstrado o número de clientes ativos novos por período e o número total de clientes ativos.

Roupas

95,00%

Acessórios

5,00%

Adultos e Jovens

(Feminino)

Total

Mercado

Produto

100,00%

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39

Fonte: Dados da pesquisa / Elaborado pelo Autor

Pode-se verificar que o número de clientes ativos existentes nos primeiros anos da organização, entre 2005 e 2007, atingiram um total de 103 clientes ativos, tendo um acréscimo de 75 clientes durante o ano de 2008, chegando ao final deste período a um total de 178 clientes. Já no ano de 2009, o número de novos clientes ativos cadastrados pela organização foi de 91 clientes, consolidando um total de 269 clientes cadastrados ao final do ano de 2009. Posteriormente, nos anos de 2010, 2011 e 2012, foram acrescidos e cadastrados 84, 64 e 79 novos clientes respectivamente, consolidando ao final do período avaliado, em 2012, um total de 496 clientes ativos no controle da organização.

Em outra avaliação podemos verificar o percentual de aumento do número de clientes ativos na empresa e a taxa de crescimento do período em relação ao período anterior. Conforme apresentado no gráfico 3, podemos identificar no período dos últimos 5 anos, o crescimento do número de clientes ativos sempre comparado ao período imediatamente anterior.

Referências

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