Edição: Ano 2 / N° 48 10/02/2021
ICEG
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Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
ICEG – Departamento de Ciências Econômicas
Brasil
INFLAÇÃO DESACELERA EM JANEIRO DE 2021
Dois fatores fundamentais influenciaram fortemente a taxa de inflação nesse início de 2021: primeiro foi a redução de 5,6% no preço da energia elétrica quando a bandeira tarifária saiu da faixa vermelha para a amarela, reduzindo
fortemente o preço; o segundo foi já o impacto da extinção do auxílio emergencial que afetou fortemente a demanda já em janeiro, impactando fortemente por exemplo no comércio. Em função desses fatores a taxa de janeiro de 2021 registrou elevação de 0,2% nos preços, patamar próximo ao registrado em fevereiro de 2020. Essa taxa encerra também,
momentaneamente a trajetória crescente que vinha sendo registrada nos últimos meses de 2020, conforme destaca o gráfico seguinte : (Fonte IBGE)
1,35 0,2 -0,5 0 0,5 1 1,5
fev/20 mar abr mai jun jul ago set out nov dez jan/21 Brasil - IPCA
PAÍS PERDE R$ 8 BILHÕES COM CANCELAMENTO DAS FESTAS DO CARNAVAL
Segundo a CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) o cancelamento do carnaval para evitar o aglomeração devido a Covid-19, causará impactos significativos nas atividades comerciais no período. Segundo a CNC , esse cancelamento deixará de empregar mais de 25 mil empregados temporário e causará uma perda de R$ 8 bilhões que deixarão de circular na economia no período.
Pesquisa realizada pela entidade em 3.800 municípios brasileiros mostrou que em 2020 a arrecadação nos municípios cresceu 20% no período carnavalesco comparativamente ao mesmo período do ano anterior.
GOVERNO DEIXA DE COBRAR R$ 242,6 BILHÕES EM DÍVIDAS TRIBUTÁRIAS
Com o argumento de dar um fôlego às empresas e pessoas impactadas pela pandemia da Covid-19, o Governo deixou de cobrar R$ 242,6 bilhões em débitos tributários inscritos no cadastro de Dívida Ativa da União. O governo tenta reiniciar o cobrança de tais dívidas num ambiente de grande pressão do empresariado para a manutenção da nedida . ( Folha de S.Paulo, 7/2/2021 , pg A16)
Mundo
PARLAMENTO EUROPEU APROVA FUNDO DE RECUPERAÇÃO PÓS-COVID
O Parlamento Europeu aprovou com 76% de votos favoráveis a criação de um fundo de recuperação criado pela EU para ajudar os países que compõem o bloco na recuperação de suas economias após a forte crise provocada pela pandemia da COVID-19.
O fundo contará com EUR 750 bilhões que serão aplicados em medidas de retomada econômica dentro dos planos que cada país apresentará às autoridades da EU até o fim de abril. Da verba, já se sabe que ao menos 37% deverão ser destinados a medidas de combate às mudanças climáticas e 20% a programas de transformação digital.
O Conselho Europeu será responsável pela avaliação dos planos nacionais e pela autorização para liberar os recursos, que estarão disponíveis por três anos, estando os países aptos a solicitar até 13% da verba autorizada para pré-financiamento de seus planos de recuperação. Os recursos do fundo deverão ser captados no mercado financeiro, medida que ainda depende de ratificação pelos países do bloco. (Valor Econômico, 10/02/2021)
DESEMPREGO SOBE MAIS DO QUE O ESPERADO NA COREIA DO SUL
A taxa de desemprego na Coreia do Sul subiu inesperadamente e atingiu níveis comparáveis aos de 1999, quando o país ainda se recuperava da Crise dos Tigres. O nível de desempregados saiu de 4,5% em dezembro de 2020 para 5.4% em janeiro deste ano, de acordo com o escritório de estatística coreano.
Em número de empregos, os cortes foram de 982 mil postos de trabalho que sucumbiram frente à pandemia da COVID-19. O aperto das regras de distanciamento social no início do inverno no Hemisfério Norte prejudicou bastante o setor de serviços do país, onde muitos postos de trabalho acabaram extintos.
Após a divulgação dos dados e, concomitantemente a uma estabilização da pandemia no país, o governo sul-coreano pretende relaxar algumas regras de distanciamento social, permitindo horários de funcionamento mais longos para estabelecimentos como cafés, restaurantes e academias. (Valor Econômico, 10/02/2021)
BIDEN PRETENDE DISCUTIR PACOTE ECONÔMICO COM LÍDERES EMPRESARIAIS
O presidente dos EUA, Joe Biden, se reunirá com lideranças empresariais para buscar apoio ao lançamento de seu pacote de estímulos econômicos de USD 1,9 trilhão. Presidentes de grandes varejistas e instituições financeiras foram convidados para a reunião, assim como chefes de importantes órgãos governamentais, como a secretária do Tesouro, Janet Yellen.
Apesar do apoio do setor empresarial ao pacote, não há consenso quanto ao direcionamento da verba. A proposta de aumento do salário mínimo para USD 15 por hora também é outra medida controversa junto ao empresariado. (Valor Econômico, 09/02/2021)
Minas Gerais
PACOTE DE ESTÍMULO DA PBH INCLUI IPTU E REDUÇÃO DE TAXAS
A Prefeitura de Belo Horizonte anunciou nesta quarta-feira (10) um pacote com 26 medidas para a retomada econômica da cidade. Entre as mudanças estão previstas a eliminação, redução e parcelamento de taxas, preços públicos, além do parcelamento do IPTU 2020 em 37 vezes, sem juros ou correção monetária. O valor total de desoneração será de R$ 28 milhões por ano.
Segundo o executivo Municipal, a medida foi provocada pela necessidade de recuperação econômica dos estabelecimentos que foram fechados em algum momento durante a pandemia da Covid-19. Mas de acordo com a Secretaria de Política Urbana, Maria Caldas, todos os segmentos nos quais incidem as taxas e nos preços públicos serão impactados. A expectativa é que mais de 200 mil empreendedores devem ser beneficiados.( Texto extraído do Jornal o Tempo 7/2/2021.)
SUPERMERCADOS ELEVAM VENDAS EM MINAS GERAIS
Ao contrário da previsão inicial de crescimento de 4,5% para o ano passado, o setor supermercadista de Minas Gerais fechou 2020 com um avanço de 10,97% e um faturamento de R$ 41,39 bilhões. Foram, ao todo, 69 lojas inauguradas, com investimentos na ordem de R$ 660,85 milhões. Com os resultados positivos, setor deve realizar aportes de R$ 20 milhões neste ano.
Os dados são do Termômetro de Vendas, uma pesquisa mensal da Associação Mineira de Supermercados (Amis), e mostram, ainda, que na comparação entre dezembro e novembro, o segmento apresentou um incremento de 21,98%, impulsionado pelas demandas do Natal e do Ano Novo. Em relação a igual período de 2019, a expansão foi de 12,66%. O estudo da entidade é realizado com empresas de todos os portes e de todas as regiões de Minas Gerais. Leia mais:
Supermercados de Minas registram alta de 10,97% - Diário do Comércio Em:
https://diariodocomercio.com.br/economia/supermercados-de-minas-registram-alta-de-10,7%
PRODUÇÃO INDUSTRIAL MINEIRA RETOMA PATATAMAR DE ANTES DA PANDEMIA
Com patamares pré-pandemia recuperados, a produção industrial de Minas Gerais avançou 3,1% em dezembro de 2020 na comparação com o mês anterior, na série com ajuste sazonal. Porém, entre os meses de janeiro a dezembro de 2020, frente a igual período do ano anterior, o indicador registrou queda de 3,2%
Leia mais: Produção das indústrias de MG retoma patamar pré-pandemia - Diário do Comércio Em: https://diariodocomercio.com.br/economia/producao-das-industrias-de-mg-retoma-patamar-pre-
Considerações
finais
Equipe Técnica: Flávio Riani Marco Carvalho Rafael AraújoENQUANTO ISSO...
SITUAÇÃO FISCAL CONTINUA CRÍTICA E GOVERNO SÓ TRABALHA PENSANDO NAS ELEIÇÕES
As últimas composições políticas para as eleições dos presidentes da Câmara Federal e para o Senado mostram a guinada do conceito da “nova política” do atual governo para a “velha política” tão combatida pelo atual presidente da república por ocasião da conturbada eleição presidencial em 2018.
Na realidade a pandemia gerada pelo Covid-19 se transformou em grande aliada do governo na medida em que tornou-se nebulosa a avaliação econômica do país, uma vez que não se consegue separar, com clareza, o que é efeito do vírus e o que é de ineficácia das “políticas” do governo.
Ao avaliar o que efetivamente o governo fez de diferente de governos anteriores percebe-se um conjunto de medidas varejistas, tomadas em diversas áreas, sendo que, na quase maioria delas, geraram impactos negativos que afetaram parcelas mais pobres da população.
O auxílio emergencial que será usado politicamente pelo governo até e nas eleições é fruto de pressões de vários segmentos da sociedade, inclusive do próprio Congresso Nacional, que advoga pela sua continuidade e que elevou o valor do benefício na ocasião em que foi concedido, ante a proposta de R$ 200 apresentada pelo governo.
A nova composição política do governo no Congresso Nacional poderá facilitar a aprovação de algumas mudanças, sobretudo, da estrutura tributária e da estrutura administrativa do governo, com características marcantes do atual governo que é o de reduzir salários das classes mais baixas e manutenção de privilégios . Parlamentares, juízes, promotores e magistrados que o digam.