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1 Introdução. Bullying, portanto ocorre no ambiente escolar e o assédio moral no ambiente de. trabalho. Profa Marislei Brasileiro/CEEN

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Academic year: 2021

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Profa Marislei Brasileiro/CEEN

de bullyng y el hostigamiento cometido y las consecuencias de este fenómeno. Material y Método: Se realizó una revisión integradora del tipo de la literatura disponible en las bibliotecas convencionales y virtuales. Resultados: Se confirmó que el fenómeno se basa en la intimidación. Los conceptos utilizados para designiar intimidación son similares a la intimidación. Conclusión: La demostración de la necesidad de investigar sobre este tema y la intervención es esencial para mejorar la dsociedade.

1 Introdução

Violência vem do latim violentia que significa caráter ou qualidade de ser violento, constrangimento físico ou moral, força material ou moral empregada contra a vontade ou liberdade de uma pessoa (¹). Representa uma relação assimétrica de poder com fins de

dominação, exploração e opressão. É a força empregada contra os direitos, contra as leis e contra a liberdade. Pode ser entendida como toda a ação que trata um ser humano não como suspeito, mas como objeto, sendo sua atividade ou fala impedida ou anulada (²).

A violência pode ser classificada em três tipos: estrutural, de resistência e da delinqüência. A estrutural está associada às estruturas organizadas e institucionalizadas como os sistemas econômicos, culturais e políticos, responsáveis pela opressão de grupos e ou indivíduos. Já a violência de resistência é a resposta dos indivíduos ou grupos ao tipo estrutural. E por último a violência de delinqüência também é um reflexo da estrutural e revela-se nos comportamentos que estão, reconhecidamente, fora da lei pela sociedade, a violência não é algo abstrato, não deve ser vista como normal ou natural (³).

O bullying e o assédio moral parecem ser diferentes. O bullying é um tipo de violência escolar, esta que compreende em atitudes agressivas, intencionais e repetidas, que acontecem sem motivação evidente, adotada por um ou mais estudantes ( ) ( ). Pode ser classificado em

direto e indireto. Sendo o direto mais facilmente identificável e inclui agressões verbais do tipo, chamar nomes ou ameaçar, ou agressões físicas como o bater, puxar e empurrar. Já o indireto é um tipo de agressão mais dissimulada, sendo de difícil identificação ( ).

Já o assédio moral é a manifestação de violência extrema, exercida de maneira sistemática e recorrente por uma pessoa ou por um grupo no local de trabalho (6). É um

comportamento interpessoal destinado a agredir intencionalmente outro empregado no local de trabalho através de exposições repetitivas e prolongadas dos trabalhadores a situações de humilhação, vexame e constrangimento ao longo da jornada do trabalho (7).

Bullying, portanto ocorre no ambiente escolar e o assédio moral no ambiente de trabalho.

(2)

De acordo com o IBGE, em uma pesquisa nacional de saúde escolar do ano de 2009, realizada com alunos de todas as capitais brasileiras incluindo o Distrito Federal. Relata que um terço dos alunos (30,8%) disseram que já sofreram bullying. Sendo a ocorrência maior em escolas particulares (35,9%) do que em escolas públicas (29,5%) (8).

Nesse contexto, a atuação do enfermeiro na Atenção Básica é de extrema importância no manejo da violência. No ambiente escolar, esse profissional pode ser o elo entre a instituição de ensino, a comunidade e os serviços de saúde, uma vez que está inserido, de forma mais efetiva, nos serviços públicos de saúde, além de possuir uma concepção mais ampliada do processo saúde-doença, associando o conhecimento biológico ao da problemática social (3).

Diante disso surge o questionamento: O bullying é derivado do assédio moral?

Espera-se neste estudo desmistificar a utilização do bullying como um fenômeno escolar e passar a usar este termo para toda e qualquer violência moral. Alcançando com este estudo, sua relevância para a ciência, para a enfermagem, sua contribuição para auxiliar na resolução do problema.

O desejo de aprofundar sobre o tema advém da necessidade de refletir sobre a derivação do fenômeno bullying, solidificado após os últimos acontecimentos veiculados pelos órgãos de imprensa que trazem as irreparáveis consequências do bullying/assédio moral, fatos tórridos que vem assombrando a sociedade do mundo atual. Exemplo de tais afirmações, são os assassinatos que veiculados nos noticiários, trazendo em nota estudantes que retornam a antiga escola para fazer justiça com as próprias mãos. Daí a real importância e necessidade de abrir novos horizontes com relação a este tema.

2 Objetivos

Geral: Refletir sobre o bullying como assédio moral. Específicos:

 Conceituar bullying e assédio moral e caracterizar se existem diferenças entre os fenômenos;

 Propor medidas preventivas no âmbito da enfermagem do trabalho. 3 Materiais e Método

(3)

Viabiliza análise de pesquisas científicas de modo sistemático e amplo, favorecendo a caracterização e divulgação de conhecimento produzido (9). É um método de pesquisa que

permite a busca, a avaliação critica e o resumo das evidencias disponíveis sobre determinado tema investigado (9). Por intermédio deste procurou-se responder se o Bullying é originado do

Assédio Moral?

Após a definição do tema foi feita uma busca em bases de dados virtuais em saúde, especificamente na Biblioteca Virtual de Saúde - Bireme. Foram utilizados os descritores: bullying e assédio moral. O passo seguinte foi uma leitura exploratória das publicações apresentadas no Sistema Latino-Americano e do Caribe de informação em Ciências da Saúde - LILACS, National Library of Medicine – MEDLINE e Bancos de Dados em Enfermagem – BDENF, Scientific Electronic Library online – Scielo, período do ano de 2011, somente no idioma português, buscando as fontes virtuais, o ano, os periódicos, o idioma, o método e os resultados comuns.

Realizada a leitura exploratória e seleção do material, principiou a leitura analítica, por meio da leitura das obras selecionadas, que possibilitou a organização das idéias por ordem de importância e a sintetização destas que visou a fixação das idéias essenciais para a solução do problema da pesquisa.

Após a leitura analítica, iniciou-se a leitura interpretativa que tratou do comentário feito pela ligação dos dados obtidos nas fontes ao problema da pesquisa e conhecimentos prévios. Na leitura interpretativa houve uma busca mais ampla de resultados, pois ajustaram o problema da pesquisa a possíveis soluções. Feita a leitura interpretativa se iniciou a tomada de apontamentos que se referiram à anotações que consideravam o problema da pesquisa, ressalvando as idéias principais e dados mais importantes.

A partir das anotações da tomada de apontamentos, foram confeccionados fichamentos, em fichas estruturadas em um documento do Microsoft Word, que objetivaram a identificação das obras consultadas, o registro do conteúdo das obras, o registro dos comentários acerca das obras e ordenação dos registros. Os fichamentos propiciaram a construção lógica do trabalho, que consistiram na coordenação das idéias que acataram os objetivos da pesquisa. Todo o processo de leitura e análise possibilitou a criação de três categorias. Os resultados foram submetidos à leituras por professores da Universidade Pontifícia Católica de Goiás que concordaram com o ponto de vista dos pesquisadores.

A seguir, os dados apresentados foram submetidos a análise de conteúdo. Posteriormente, os resultados foram discutidos com o suporte de outros estudos provenientes de revistas científicas e livros, para a construção do relatório final e publicação do trabalho no formato Vancouver.

(4)

4 Resultados e Discussão

Recentemente ao se buscar as Bases de Dados Virtuais em Saúde, tais como a LILACS, MEDLINE e SCIELO, (ou outras revistas tais como UERJ, FEN, REBEn, etc) utilizando-se as palavras-chave: bullying e assédio moral encontrou-se 20 artigos publicados no ano de 2011. Sendo apenas 16 disponíveis para leitura com o texto completo. Foram excluídos 8, devido a ausência com o tema proposto no estudo, sendo, portanto, neste estudo 8 publicações. Após a leitura integrativa dos mesmos, foi possível identificar a visão de diversos autores a respeito do bullying ser derivado do assédio moral.

4.1 O bullying é utilizado como uma denominação inglesa para o assédio moral.

Dos 8 artigos, 3 estão em consenso quanto ao fato de que o bullying é uma denominação inglesa utilizada para o assédio moral conforme é possível verificar na falas dos autores abaixo:

Estudos revelam são diversas expressões utilizadas no que concerne à temática do assédio moral, que diferem conforme país. Por exemplo, na Espanha o termo utilizado é acoso

moral e na Inglaterra bullying e nos Estados Unidos mobbing (9).

Os autores trazem também a definição de bullying, a qual é aceita no Reino unido como o comportamento ofensivo contra o indivíduo ou um grupo de trabalhadores, a ataques sutis e que passam despercebidos pelos outros, ao abuso de poder que visa abalar a autoestima do outro ou, até mesmo, ao fenômeno que é percebido como usada por quem tem poder de coerção por meio de ameaças e de perseguição (7).

Um outro estudo demonstrou que na literatura sobre enfermagem o assédio moral tem sido denominado de hostigamiento psicológico, bullying, mobbing, ou negative workplace

behaviours (10).

Percebe-se, nos estudos e argumentos acima que o bullying é uma denominação para o assédio moral utilizada no Reino Unido e Inglaterra, porque para o assédio moral existem varias denominações, pois é um fenômeno antigo e presente em todo o mundo (7) (9) (10).

Conclui-se que o bullying é o assédio moral são semelhantes.

4.2 O bullying utilizado com um conceito parecido ao assédio moral só que trazido apenas para violência escolar.

Dos 8 artigos, 2 estão em consenso quanto ao fato de que o conceito de bullying é semelhante ao conceito de assédio moral só que trazido para a violência escolar conforme é possível verificar na falas dos autores abaixo:

(5)

Estudos revelam que a definição de bullying seja um tipo de violência escolar, que ocorre através de uma atitude agressiva, intencional e repetida (5).

Os autores trazem também a definição de bullying, como atitudes negativas recorrentes por parte de um ou mais estudante (4).

Percebe-se, nos estudos e argumentos acima que o bullying é um tipo de violência ocorrida dentro do ambiente escolar. Com raízes semelhantes do assédio moral, sendo repetitiva e sem motivo aparente.

Conclui-se que o bullying é um assédio moral ocorrido dentro do ambiente escolar. Desses artigos restaram 3 que não mencionaram sobre a definição de bullying. Os relatos estavam sendo diretamente ao significado de assédio moral.

5 Considerações finais

O objetivo deste estudo foi caracterizar e identificar a derivação do conceito bullying sob a ótica do assédio moral.

Após a análise dos estudos foi possível identificar que o bullying é uma denominação inglesa utilizada para o assédio moral e que o conceito para o bullying é semelhante a definição do assédio moral.

Através das categorias propostas foi identificado que o fenômeno bullying além de ser uma denominação inglesa para o assédio moral o próprio conceito adotado pelos autores pode-se aspode-semelhar com o conceito do termo aspode-sedio moral. Sendo as conpode-sequências de ambos semelhantes, dor, angustia depressão, distúrbios de ansiedade, sofrimento, suicídio e homicídio. Tanto para a vitima do bullying como a vitima do assédio moral (5) (7).

Por isso, pode-se dizer que o bullying no Brasil é o assédio moral escolar.

Este estudo possibilitou conhecer um pouco mais fenômeno que assombra no mundo atual. Ele atinge a família e a sociedade. Causando prejuízos sociais e financeiros. Fazendo a família sentir-se culpada e incapaz de resolver este problema (5).

Percebe-se, portanto, a necessidade de estudar e adquirir conhecimento neste ramo da saúde e interligado com a educação. Os jovens vitimas do bullying-assédio moral necessitam de educação especial e programas sociais, abrindo espaço para a enfermagem atuar como percursora na melhoria e extinção deste fenômeno abrupto.

(6)

1. Ferreira ABH. Aurélio século XXI: o dicionário da Língua Portuguesa. 3. ed. rev. e ampl. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999.

2. Houaiss A. Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Lisboa: 2005.

3. Pedrosa SM. A violência no contexto escolar: concepções e significados a partir da ótica de professores de uma instituição de ensino público. [tese]. Goiânia (GO): Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Goiás; 2011.

4. Moura DR, Cruz ACN, Quevedo LA. Prevalência e características de escolares vítimas de bullying. Jornal de Pediatria 2011; Rio de Janeiro.

5. Mendes CS. Prevenção da violência escolar: avaliação de um programa de intervenção. Rev Esc Enferm USP 2011; 45 (3): 581-8.

6. Martins MCF, Ferraz ANS. Propriedades psicométricas das escalas de assédio moral no trabalho – percepção e impacto. Psico-USF 2011; 2(16): 163-11.

7. Garcia IS, Tolfo SR. Assédio moral no trabalho: uma responsabilidade coletiva. Psicologia & Sociedade 2011; 23(1): 190-3.

8. IBGE. Pesquisa Nacional de Saúde Escolar. Ministério da Saúde. Rio de Janeiro: 2009. 9. Cahú GPR, Rosenstock KIV, Costa SFG, Leite AIT, Costa ICP, Claudino HG. Produção

científica em periódicos online acerca da prática do assédio moral: uma revisão integrativa. Rev Gaúcha Enferm 2011; 32 (3): 611-9.

10. Fontes KB, Pelloso SM, Carvalho MDB. Tendência dos estudos sobre assédio moral e trabalhadores de enfermagem. Ver Gaúcha Enferm 2011; 32 (4): 815-22.

11. Battistelli BM, Amazarray MR, Koller SH. O assédio moral na visão de operadores de direito. Psciologia & Sociedade 2011; 23(1): 35-10.

Oficio 01/2012 Goiânia, 20 de agosto de 2012. A Revista Eletrônica de Enfermagem e Nutrição do CEEN/PUC-GO A/C.: Roberta Vieira França

Vimos por meio deste, encaminhar nosso artigo cujo título é “Breve Reflexão Sobre O Bullying Como Assédio Moral” a fim de ser avaliado e publicado pela Comissão Editorial.

(7)

Eu, Marislei Espíndula Brasileiro, Enfermeira, residente na Rua T-37 n° 3832, Edifício Capitólio, apto 404, Setor Bueno – Goiânia/GO, e-mail: marislei@cultura.trd.br, fone: (62) 3255-4747, assino autorizando sua publicação.

Eu, Ravena Miranda Rocha, Enfermeira, residente na Rua R.16 n° 96, Edifício Joinville, apto 502, Setor Oeste – Goiânia/GO, e-mail: ravenarocha@hotmail.com , fone: (62) 8191 1414, assino autorizando sua publicação.

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