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O Desenvolvimento Hoteleiro no Interior do Brasil

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Academic year: 2021

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O Desenvolvimento Hoteleiro no Interior do Brasil

Panorama e Oportunidades

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www.ihifbrasil.com

O Desenvolvimento Hoteleiro No Interior do Brasil

A economia brasileira, caracterizada pelos setores de agricultura, mineração, indústria e serviços bem desenvolvidos, grandes e estruturados, é a maior de todos os países da América do Sul e tem expandido sua presença em importantes mercados internacionais. Desde 2003 o país vem desenvolvendo sua

estabilidade macroeconômica

gradativamente, aumentando suas reservas e reduzindo sua dívida externa, reestruturando-a preestruturando-arreestruturando-a dívidreestruturando-a internreestruturando-a, cotreestruturando-adreestruturando-a em Rereestruturando-ais e regulada por taxas de juros próprias.

Fonte: Banco Mundial/ Fundo Monetário Internacional Em 2008 o Brasil se tornou credor internacional e recebeu o status de Investment

Grade por duas agências de rating. Depois de

um crescimento forte em 2007 e 2008, a crise financeira global atingiu o Brasil, que experimentou dois trimestres de recessão causados principalmente pelo desaquecimento da demanda internacional por commodities e o arrefecimento do crédito externo. Entretanto o Brasil foi um dos primeiros mercados a esboçar uma recuperação.

Em 2010, os níveis de confiança de consumidores e investidores se reanimaram e o crescimento do PIB atingiu 7,5%, seu maior crescimento em 25 anos. A deterioração do cenário econômico internacional e, principalmente a crescente inflação, levaram as autoridades a resfriarem a economia,

reduzindo o crescimento para 2,7% em 2011 e 1,3% em 2012.

A taxa de desemprego está em seu nível histórico mais baixo e a desigualdade de renda se reduziu anualmente durante os últimos 14 anos.

Fonte: Banco Mundial/ Fundo Monetário Internacional Algumas das mais altas taxas de juros do mundo fizeram do Brasil um destino atraente para investidores internacionais. Esta entrada maciça de recursos contribuiu para a apreciação do Real, atingindo duramente a competitividade internacional da indústria brasileira, o que levou o governo a intervir na flutuação do câmbio e aumentar impostos sobre a entrada de capital estrangeiro.

Fonte: UNCTAD / United Nations Conf. on Trade and Development A Presidente Dilma Roussef manteve o compromisso da administração anterior com as metas de inflação, câmbio flutuante e contenção fiscal. Em um esforço para impulsionar o crescimento, o governo adotou

-2.500 5.000 7.500 10.000 12.500 15.000 17.500 20.000 22.500 25.000 EUA Áf rica do Sul

Índia Indonésia Turquia México Brasil Argentina

P IB e m b il h õ e s d e d ó la re s 2000 2013 2018 Est. 4% 10% 13% 16% 10% 5% 12% 5% 7%

CAGR do PIB, %, 2000-2012 % Cresc. médio mundial

-10.000 20.000 30.000 40.000 50.000 60.000 EUA África do Sul

Índia Indonésia Turquia México Brasil Argentina

P IB p e r c a p it a , d ó la re s -2 0 1 2

PIB per capita, dólares Média mundial 2012, dólares

3% 9% 12% 15% 9% 4% 11% 4%

CAGR do PIB per capita, %, 2000-2012

-10,00 20,00 30,00 40,00 50,00 60,00 70,00 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 In v e s ti m e n to E s tr a n g e ir o D ir e to E m b il h õ e s d e d ó la re s

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uma política monetária mais expansionista que não gerou os resultados esperados.

A estabilização da economia, a queda das taxas de juros e a baixa taxa de desemprego são os principais fatores que impulsionaram o mercado residencial brasileiro.

Tradicionalmente sub-ofertado por questões macro-econômicas, este mercado experimentou uma verdadeira escalada de preços ao longo dos últimos anos e não dá sinais de esgotamento. O crédito imobiliário cresceu de 1,5% do PIB em 2007 para 6,2% em 2012. De janeiro de 2008 a dezembro de 2012, o preço médio de residências em São Paulo cresceu 159% e o do Rio de Janeiro 194%! Apesar de 2013 ter registrado uma desaceleração do crescimento dos preços (13,9% em São Paulo e 15,2% no Rio de Janeiro), todos os principais mercados auferiram crescimentos robustos nos preços médios residenciais: 37,3% em Curitiba, 17,9% em Florianópolis, 16,9% em Vitória, 14,3% em Fortaleza, 14% em Porto Alegre, 13,4% em Recife, 12,2% em Vila Velha, 10,7% em Salvador e 9,7% em Belo Horizonte.

De acordo com a Fitch Ratings’ Global Housing and Mortgage Outlook os preços médios residenciais brasileiros, junto com os da África do Sul, estão previstos para terem os maiores crescimentos do mundo até o fim de 2014. A escalada dos preços residenciais nos principais mercados brasileiros, fez com que a conta para o desenvolvimento de novos hotéis não fechasse mais em função da conseqüente valorização dos terrenos. Até mesmo por que os principais agentes do desenvolvimento hoteleiro no Brasil são os incorporadores imobiliários, para quem o mercado residencial oferece margens maiores, mais linhas de crédito e um risco significativamente menor do que a incorporação pulverizada de condo-hotéis.

Mas isso não significa que as condições para o desenvolvimento de hotéis são totalmente adversas no Brasil, principalmente quando se considera produtos econômicos e super-econômicos e como foco as cidades secundárias, ou terciárias, cujo crescimento

médio do PIB dos últimos oito anos supera os 10% e cuja população supera a casa dos 80.000 habitantes e fica abaixo de um milhão.

Tratam-se

de

pólos

economicamente

dinâmicos,

relacionados ao crescimento do

agronegócio nas regiões Sul e

Centro-Oeste, à mineração no

Pará e em Minas Gerais, à

exploração do petróleo no norte

fluminense e à busca de setores

da indústria por lugares com mão

de obra mais barata e uma

logística melhor, como é o caso

do interior de São Paulo.

É em cidades com este perfil que todas as redes estão concentrando seus esforços de desenvolvimento para sua linha de produtos econômicos e super-econômicos. Tipicamente estes hotéis possuem as seguintes características de configuração e desenvolvimento:

# de Apartamentos 100/130

Localização

Junto às principais vias de acesso das cidades. Em ou próximos a empreendimentos de usos mistos (shoppings, escritórios, etc.).

Superfícies dos terrenos 1.600/2.000 m2 Custo de produção dos

apartamentos R$ 60.000 aprox. (excluindo o terreno)

Margem líquida (na incorporação

pulverizada) Desde 20%

GOP 45-50%

Rentabilidade real (investidor final – condo hotel)

0,6/0,8% mensal

Rentabilidade real (outros

tipos de financiamento) Taxas internas de retorno – 12/18 % Em levantamentos recentes constatamos que a oferta hoteleira tradicional destas cidades tem, em média, menos de 60 apartamentos por hotel e idade superior a 20 anos. Muitos

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www.ihifbrasil.com Norte 3% Nordeste 21% Centro-oeste 8% Sudeste 49% Sul 19% Até 250.000 habitantes 78% De 250.001 até 500.000 habitantes 17% De 500.001 até 1.000.000 habitantes 5% Cidades com oferta atual + futura 25% Cidades com oferta f utura 7% Cidades sem hotéis ou previsão 68%

destes hotéis cobram as diárias por hóspede, oferecendo a possibilidade de hospedar até cinco pessoas em um mesmo apartamento, não oferecem ar condicionado e aquecimento de água central. Constatamos também que a grande maioria destes hotéis são familiares e não dispõem de recursos suficientes para promover retrofits capazes de efetivamente reposicionar seus empreendimentos competitivamente.

De acordo com pesquisas e

entrevistas locais, constatamos

que hotéis econômicos e

super-econômicos

bandeirados

inseridos nestes mercados têm

um período de estabilização

inferior a três anos e atingem

uma

taxa

de

ocupação

consistentemente superior à taxa

de ocupação média do mercado,

resultando

em

um

índice

penetração

1

próximo de 1,2. Esta

performance se dá em função da

pressão

de

demanda,

da

inadequação da oferta hoteleira

tradicional e por causa do

reconhecimento de marca e

capilaridade na distribuição.

Em um mapeamento recente encontramos mais de 260 cidades que se encaixam no perfil descrito acima. Destas, pouco mais de 25% já contam com pelo menos um hotel filiado a uma operadora de alcance regional e outras 7% têm hotéis bandeirados em fase de desenvolvimento. Restam então ainda mais de 170 municípios brasileiros que apresentam

1 Índice de Penetração de Mercado pode ser definido como o grau

de eficácia de captação de fatia de mercado de um hotel em relação á média de seu conjunto competitivo, ou seja, o quanto um hotel é melhor em captar hóspedes do que a média dos hotéis concorrentes.

indicadores sócio-econômicos similares, onde ainda não há oferta atual ou futura de hotéis filiados a bandeiras e redes e que, portanto, indicam o potencial de expansão para o médio prazo no Brasil.

49% das cidades identificadas estão localizadas na Região Sudeste do Brasil

Fonte: Horwath HTL 78% das cidades identificadas possuem

uma população de até 250.000 habitantes

68% das cidades identificadas possuem não há oferta atual ou futura de hotéis a bandeiras e redes

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São Paulo

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Sobre os Autores

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Horwath refers to Horwath International Association, a Swiss Verein. Each member of the association is a separate and independent legal entity.

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Mariano Carrizo

Manging Director

Possui ampla experiência em diversos mercados na região e atuando em projetos de diversas características. Atua também como responsável regional de marketing da HTL para a América Latina.

Michael Schnürle

Director

Especializado em desenvolvimento estratégico, conceituação de novos projetos e análise de mercado. Lidera a equipe técnica da Horwath HTL no Brasil.

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