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[Recensão a] BERNARDINO DE LLANOS - Diálogo en la visita de los inquisidores,

representado en el Colégio de San Ildefonso (siglo XVI), y otros poemas inéditos

Autor(es):

Lopes, Maria Alcina dos Mártires

Publicado por:

Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, Instituto de Estudos

Clássicos

URL

persistente:

URI:http://hdl.handle.net/10316.2/29212;

http://hdl.handle.net/10316.2/29212

Accessed :

26-Feb-2021 20:59:21

digitalis.uc.pt

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questão. Atempadamente somos advertidos, logo no início do prefácio, de que «oitenta anos são muito tempo» e de que «é natural que hoje conheçamos mais alguma coisa sobre a cultura portuguesa do séc. XVI». Esse «alguma coisa» é, afinal, um recuar até à chegada a Portugal de Cataldo Parísio Sículo que à corte portuguesa traz os ventos cálidos e fortes da esplendorosa cultura do Renascimento. E é assim que nós vamos encontrar, no prefácio, importantes e esclarecedores subsídios rela-tivos à figura e à obra de Cataldo. Referimo-nos às correcções, na pág. XI do prefácio, a alguns erros sobre Cataldo, que se encontram na obra na pág. 67 e na pág. 103 n. 302.

Chamamos finalmente a atenção para a bibliografia, extensa e actualizada, que o Autor do presente prefácio teve o cuidado de nos fornecer.

Registamos igualmente que todas as considerações nos são apresentadas num discurso particularmente erudito e motivador, em que a clareza e rigor da linguagem rivalizam com a elegância da construção frásica.

Concluindo: estamos perante uma obra valiosa, enriquecida por um não menos valioso prefácio, como aliás seria de esperar de um Professor de invulgar cultura, artista da palavra e profundo conhecedor do Humanismo quinhentista como é Américo da Costa Ramalho.

Coimbra, 27 de Novembro de 1984

EMA BARCFXOS

BERNARDINO DE LLANOS,

Diálogo en la visita de los inquisidores,

repre-sentado en el Colégio de San Ildefonso (siglo XVI), y otros poemas

inéditos. Paleografia, introduction, version rítmica y notas de

José Quifiones Melgoza. Universidad Autónoma de México.

México, 1982, 146 pp. + 41 pp. de fotocópias extra-texto.

Na sequência das publicações de «Cuadernos dei Centro de Estúdios Clásicos», surge agora o número 15 que nos permite aquilatar da obra de Bernardino de (ou de los) Llanos, natural da diocese de Toledo, de estirpe nobre, aparentada com as famílias dos Llanos, Bustos e Escobares. Ainda muito novo, estudou latinidade e letras latinas num colégio jesuítico. E aos 20 anos já enveredava pela vida religiosa, fazendo votos do biénio em 1582.

Sendo «a Companhia de Jesus a maior associação de ensino que jamais existiu», não se afigura estranho que o seu Corpus Litterarium seja tão vasto como nos indica o autor do livro. Llanos foi um dos valores egrégios da Companhia, associando

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engenho nos exercícios literários, grande conhecimento da retórica e poética latinas, viva imaginação que o levaram a ser indigitado por António de Mendoza, recém--provincial de Nueva Espana, como candidato mais idóneo para dinamizar e dis-ciplinar a crise ideológica dos estudos nos colégios da província mexicana. Não menos notório foi o seu exemplo, que incutiu nos estudantes um grande amor pela Virgem, com provas vívidas de virtude e devoção. Relembre-se que a Companhia não era uma sociedade científica, nem literária, mas rigorosamente religiosa, embora veiculando a verdadeira religião através da força do ensino. Manda o seu funda-dor aos estudantes «que não busquem nas letras senão a glória de Deus e o bem.das almas».

O autor do livro em questão, na sua Advertência previne-se a priori de um juízo, por parte do leitor, da possibilidade de o trabalho não constituir um todo coeso e lógico, com partes alheias ao assunto primacial que o norteou na tessitura deste trabalho, ou seja, «dar a conocer primeramente el Diálogo en la visita de los inquisidores...». De facto a Introdução nos seus pontos 1.2.3. explana a situação do teatro, em geral, no México no século xvi, e do teatro jesuítico nessa época, com um apêndice, catalogo, temática e juízos sobre o mesmo. É uma digressão relatir vãmente extensa que dilui o tema proposto como centro de interesse. Dado que o próprio autor constata que aproveitou a oportunidade que o Diálogo, como obra de teatro, lhe proporcionava para um breve conspecto sobre o género dramático no México, no século xvi, que, pela «primera vez se intenta en el país, según tengo entendido», seria mais proveitoso, menos enfadonho e mais coerente apresentar essa pesquisa sobre o teatro, num trabalho cujos objectivos ficariam mais definidos e confinados.

Acompanhamos depois a essência do Diálogo, uma écloga dramática, ao jeito de bucólica virgiliana.

Quanto à estrutura, embora com outras hipóteses, são distintas as suas três partes: a l.a (vv. 1-50) enquadra num cenário estival a reacção de vários pastores,

perante a chegada dos ilustres visitantes. O sonho e a realidade são coincidentes na feliz notícia. A 2.a parte (w. 51-135) engloba um excurso sobre o mítico regresso

de Dáfnis que, metaforicamente representa o dos inquisidores. No verso 101 o pastor Lícidas deixa essa evocação e dedica novamente as suas palavras aos visi-tantes a quem «ergo suo felix vos munere ditet 01ympus,/ditet Olympus opes vestras atque omnia vestra.» (vv. 111-112). Apressam-se em ir participar nos jogos que foram organizados em honra dos inquisidores. A última parte (vv. 135-366) relata quatro tipos de jogos que encerram com versos alternados, em canto amebeu, encó-mios laudatórios a Alonso de Bonilla, Santos Garcia, Bartolomé Lobo Guerrero.

Para nomes dos seus personagens escolheu Llanos os mesmos que Virgílio utilizou nas suas Bucólicas como Dâmon, Melibeu, Alfesibeu, Mopso, Lícidas, Tírsis e Palémon.

Por aproximação de datas e feitos dos nomes inseridos neste Diálogo, o autor afirma que a peça ter-se-á representado por motivo da visita dos inquisidores ao Colégio de San Ildefonso.

A notícia biográfica e a cronologia das obras de Bernardino de Llanos ocupam as páginas seguintes, sendo a sua produção repartida em obras de autoria segura e outras que lhe devem ser atribuídas. O autor, porém, apresenta os seus pontos de apoio para tal afirmação, analisando para isso alguns versos mais elucidativos,

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quer pelo seu léxico, arcaísmos, muitas repetições, ideias e imagens iguais e uma série de semelhanças métricas e fonéticas.

Inclui, por fim, na página 87 uma produção alheia a Llanos, mas que ajuda a uma melhor compreensão do notável jesuíta.

O capítulo de muito interesse para a influência dos clássicos na poesia neo-latina surge com um cotejo, bastante exaustivo e convincente, de versos do jesuíta e de Virgílio ou Ovídio.

A paisagem mexicana dá o tom e a cor a todas estas obras, sobretudo na Epís-tola em que se descreve toda a fundação tepotzotlana e no Diálogo na visita dos inquisidores numa perspectiva genérica do lugar e depois estreitando-se e fechando sobre a fundação jesuítica.

Com as devidas precauções e hipóteses justificativas baseadas nas três grafias diferentes observadas no manuscrito, o autor dá o texto latino e paralelamente apre-senta a versão rítmica, em espanhol, das obras atrás mencionadas.

Como apêndice temos o acervo documental, a partir do manuscrito 1631 da Biblioteca Nacional do México. Seguem-se notas ao texto latino e espanhol, com referências a aspectos fonético, morfológico e sintáctico, bem como figuras estilísticas mais frequentes e expressivas.

O livro termina com o índice geral, precedido duma bibliografia cuidada e especializada para os objectivos que se propôs o seu autor.

É, sem dúvida, um contributo meritório de José Quinones Melgoza para o desbravamento da poesia novilatina, e em especial, dos fins do século XVI-XVII, quase toda ainda adormecida nos Arquivos e Bibliotecas. Idênticas iniciativas sejam tomadas por estudantes ou estudiosos das letras clássicas, para se embrenharem na investigação da poesia pátria, que jaz, num mutismo verdadeiramente assom-broso, dando a conhecer uma literatura portuguesa perspectivada sob novos ângulos e cimentada por novos valores intelectuais e culturais.

MARIA ALCINA DOS MáRTIRES LOPES

Oração de André de Resende pronunciada no Colégio das Artes em 1551.

Reprodução facsimilada, leitura moderna, tradução e n o t a s de Gabriel de Paiva Domingues. Acta Rediviva, III. C o i m b r a , Biblioteca Geral da Universidade, 1982.

Perante a necessidade crescente de se darem a conhecer os textos dos nossos humanistas — não só por serem de difícil acesso (com mais de quatrocentos anos e em edições, algumas, raras), mas também por se tratar, em muitos casos, de textos em latim—, é sempre de saudar o aparecimento de um trabalho como o que foi

Referências

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