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RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO

Senhores Acionistas,

Submetemos à apreciação de V.S.as as demonstrações financeiras da Sul América S.A.

(“Companhia”) e controladas, relativas ao exercício social encerrado em 31/12/2016, acompanhadas das respectivas Notas Explicativas, do Relatório dos Auditores Independentes e do relatório do Comitê de Auditoria Estatutário.

Neste relatório, a Sul América S.A. é tratada pelo termo “Companhia” e o termo “SulAmérica” é usado para tratar o conjunto formado pela Sul América S.A. e suas controladas.

1. Conjuntura econômica

O ano de 2016 foi marcado por surpresas, tanto políticas como econômicas. O Brasil passou pelo processo de impeachment e o início de um novo governo, que busca dar um novo direcionamento à política econômica. A economia brasileira, em quadro recessivo nos últimos dois anos, deve encerrar 2016 com queda no PIB de 3,5%, acumulando retração próxima de 8% no biênio 2015/16. No âmbito internacional, eventos como o Brexit (a saída da Inglaterra da União Europeia) e a eleição de Donald Trump nos EUA contribuíram para o aumento da incerteza global.

As despesas com consumo das famílias brasileiras recuaram pelo segundo ano consecutivo, refletindo a combinação de elevado nível de endividamento familiar com a deterioração progressiva do mercado de trabalho. A taxa de desemprego oficial deve encerrar 2016 em cerca de 12% (contra 9% em 2015), deixando mais de 12,0 milhões de brasileiros desempregados. Apenas no segmento formal da economia, foram fechadas cerca de 1,5 milhão de vagas no ano. Os investimentos permanecem em queda pelo terceiro ano consecutivo como resultado de um setor industrial endividado e com elevada capacidade ociosa, aliado a baixa confiança dos empresários.

No setor externo, a combinação de câmbio depreciado e recuperação dos preços das commodities permitiu à balança comercial acumular superávit de US$ 47,7 bilhões em 2016, reduzindo o déficit em contas correntes de US$ 60,6 bilhões (3,6% do PIB) em 2015 para US$ 20 bilhões em 2016, ou 1,1% do PIB. Esse desempenho, ainda que resulte em baixa contribuição para o crescimento, constitui em importante fator para reduzir os efeitos adversos de um ambiente internacional instável.

A inflação que se mostrava mais resiliente ao longo da primeira metade do ano ingressou em um processo de redução mais incisivo nos últimos meses de 2016. O IPCA, que encerrou o primeiro semestre contabilizando inflação de 8,84% em termos anuais, recuou para 6,30% no final de dezembro, fechando o ano dentro da banda do regime de metas. O arrefecimento das pressões inflacionárias em meio ao aprofundamento da queda da atividade permitiu que o Banco Central desse início ao processo de flexibilização monetária. Nas duas últimas reuniões do comitê de política monetária (Copom) do ano, a Selic foi reduzida de 14,25% para 13,75% ao ano, deixando aberta a possibilidade de continuação e intensificação do ciclo de afrouxamento.

No âmbito fiscal, o governo conseguiu importantes avanços na construção de um novo regime baseado, fundamentalmente, no controle das despesas públicas. O novo regime visa restaurar a capacidade de gerar superávits sustentáveis necessários ao estancamento do endividamento público. Ainda que não traga resultados expressivos no curto prazo, essa nova postura se

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constitui em importante elemento para a restauração da confiança e retomada do crescimento econômico nos próximos anos.

As expectativas que cercam o ano de 2017 permitem certo otimismo. O esperado maior dinamismo da economia americana, podendo resultar em desvalorização cambial, dará sustentação ao bom desempenho do setor externo e, consequentemente, ao setor industrial. Avanços na agenda fiscal combinado com juros domésticos em queda contribuirão para o aumento dos investimentos e deverão pavimentar o caminho para a retomada do crescimento econômico em 2017.

2. Principais informações financeiras consolidadas

Receitas Operacionais 2016 2015  Seguros 16.021,4 15.013,7 6,7% Saúde 12.265,0 10.869,1 12,8% Danos 3.378,6 3.738,8 -9,6% Pessoas 377,0 403,6 -6,6% Outros 0,7 2,2 -66,6% Previdência 566,4 509,9 11,1% Capitalização 54,6 54,4 0,4%

Planos de saúde administrados 43,3 32,9 31,6%

Gestão e administração de ativos 37,5 39,5 -5,0%

Outras Receitas Operacionais 42,8 96,4 -55,6%

Total de Receitas Operacionais (R$ milhões) 16.766,0 15.746,7 6,5%

Despesas Operacionais 2016 2015 

Seguros (14.489,1) (13.266,9) -9,2%

Sinistros (12.274,0) (11.138,5) -10,2%

Custo de Comercialização (1.735,6) (1.645,3) -5,5%

Outras Despesas Operacionais (479,5) (483,1) 0,8%

Previdência (84,2) (65,6) -28,5%

Capitalização (32,5) (31,8) -2,3%

Planos de saúde administrados (8,7) (7,6) -15,1%

Gestão e administração de ativos (4,1) (3,6) -12,4%

Outras Despesas Operacionais (1,5) (8,1) 81,7%

Total de Despesas Operacionais (R$ milhões) (14.620,1) (13.383,5) -9,2%

Resultados (R$ milhões) 2016 2015 

Margem Bruta Operacional 1.653,9 1.680,9 -1,6%

Despesas Administrativas (1.499,9) (1.473,1) -1,8%

Resultado Financeiro 946,1 820,8 15,3%

Lucro líquido 698,4 737,7 -5,3%

Lucro Líquido após participação de não controladores 695,3 734,3 -5,3%

Efeitos Não Recorrentes - (50,5) -

Lucro Líquido Recorrente após participação de não controladores 695,3 683,8 1,7%

Índices Operacionais de Seguros 2016 2015 

Índice de sinistralidade (% dos prêmios ganhos) 76,0% 74,6% -1,4 p.p.

Índice de custos de comercialização (% dos prêmios ganhos) 10,7% 11,0% 0,3 p.p.

Índice de margem bruta (% dos prêmios ganhos) 13,3% 14,3% 1,1 p.p.

Índice combinado 99,9% 99,7% -0,2 p.p.

Índice combinado ampliado 94,1% 94,3% 0,2 p.p.

Índices Consolidados (% das receitas operacionais totais) 2016 2015 

Margem Bruta Operacional 9,9% 10,7% -0,8 p.p.

Despesas Administrativas 8,9% 9,4% 0,4 p.p.

Margem Líquida 4,1% 4,7% -0,5 p.p.

Os principais destaques do período foram:

(i) o crescimento das receitas operacionais, que atingiram R$16,8 bilhões, 6,5% acima do realizado em 2015, impulsionadas pelo desempenho dos segmentos de saúde e odontológico (+12,8%), inclusive a operação de planos administrados (+31,6%), previdência (+11,1%) e capitalização (+0,4%);

(ii) a sinistralidade total que se manteve sob controle, atingindo 76,0%, refletindo principalmente o bom desempenho do segmento de saúde e odonto, que se manteve

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estável, demonstrando a eficiência das iniciativas de gestão de saúde e sinistros, compensando a deterioração na carteira de automóveis, que sentiu os reflexos do aumento de roubos e furtos de veículos e do ambiente cada vez mais competitivo; (iii) a melhora de 0,4 p.p. do índice de despesas administrativas, registrando 8,9% da

receita consolidada.

Assim, o lucro líquido de 2016 da Companhia após a participação de não controladores atingiu R$695,3 milhões, 1,7% superior ao lucro líquido recorrente reportado em 2015. Nessa comparação, foi excluído o efeito não recorrente das vendas das carteiras de negócios concluídas em dezembro de 2015.

3. Visão geral

A SulAmérica encerrou o ano de 2016 apresentando destacada performance financeira e crescimento vigoroso em suas operações. O total de receitas operacionais atingiu R$16,8 bilhões, consolidando o posicionamento de destaque da SulAmérica nos diversos segmentos de atuação. A Companhia reportou lucro líquido recorde de R$695,3 milhões no ano, superando o lucro recorrente do ano anterior em 1,7%. O lucro líquido recorrente de 2015 exclui o efeito de carteiras desinvestidas.

Esse bom desempenho pode ser atribuído ao modelo de negócios adotado pelo grupo e sua estratégia de expansão comercial, implementada sem prejuízo de uma adequada política de subscrição com foco em rentabilidade. Também contribuíram para o crescimento dos resultados registrado no ano as operações de previdência, capitalização, uma bem-sucedida estratégia no segmento de gestão de ativos e uma permanente atenção às medidas de eficiência operacional. Nossos resultados indicam que, apesar dos desafios presentes no campo macroeconômico, a SulAmérica está bem posicionada para continuar aproveitando oportunidades nos mercados nos quais atua.

Em um ano em que o sistema de saúde suplementar, sentindo fortemente os reflexos da crise, perdeu mais de 1,5 milhão de segurados, intensificamos nossos trabalhos tanto em células de retenção quanto na atuação de nossa força de distribuição em vendas de novas apólices. Assim, apesar do alto nível de desemprego, conseguimos encerrar o ano sem perdas significativas de segurados nas carteiras de planos coletivos de saúde. Os contínuos investimentos em ações de gestão de saúde, com foco nos programas de promoção de saúde e bem-estar, e em gestão de sinistros, orientado para redução de custos e frequência de utilização, resultaram em mais um trimestre de controle da sinistralidade. Os planos odontológicos continuaram sua trajetória de expansão acelerada e apresentaram desempenho relevante tanto em receitas quanto em número de membros segurados.

O desempenho do segmento de seguros de automóveis refletiu o cenário macroeconômico instável, a elevada taxa de frequência de roubo em algumas regiões do país, a redução da venda de veículos novos e as condições competitivas desfavoráveis. Foi nossa linha mais afetada. Com o objetivo de ampliar a competitividade e atender à demanda do segmento, lançamos o SulAmérica Auto Compacto, um produto desenhado para quem procura um seguro mais acessível com coberturas essenciais. Nas outras linhas de negócios, vale destacar o desempenho apresentado pelo segmento de Capitalização, que no 4T16 registrou avanço de arrecadação e margem bruta, refletindo os investimentos e iniciativas de desenvolvimento de produtos e formação de parcerias estratégicas junto à rede de distribuição. No segmento de Vida, todos os esforços dos últimos anos na mudança de perfil de nossa carteira, resultaram na menor taxa de sinistralidade dos últimos anos. O segmento de Previdência alcançou um montante recorde de reservas de R$6,1 bilhões e com um crescimento de 11,1% na receita. A SulAmérica Investimentos atingiu o expressivo volume de R$34,2 bilhões em ativos sob gestão.

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Nossa atuação é orientada pelos compromissos com o Pacto Global e Princípios para Sustentabilidade em Seguros, iniciativas da Organização das Nações Unidas. Em 2016, ampliamos o engajamento dos nossos diversos públicos com relação às questões socioambientais. Pelo oitavo ano consecutivo, SULA11 foi incluída no Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da BM&FBovespa, reforçando nosso compromisso com a geração de valor no longo prazo, de forma sustentável.

A SulAmérica segue evoluindo nos nossos próximos anos. Continuamos bem posicionados, com foco na subscrição de riscos, com rígida disciplina de capital e de custos, agregando assim valor aos nossos acionistas e aos nossos clientes. Mais uma vez, agradecemos o engajamento de nossos mais de cinco mil funcionários e a confiança, dedicação e contribuição fundamental dos corretores de seguros, parceiros de negócios e demais stakeholders da Companhia.

4. Comentários do desempenho das áreas de negócios

4.1. Seguro Saúde e Odontológico

As receitas operacionais de seguros do segmento de saúde e odontológico aumentaram 12,8%, para R$12,3 bilhões, com destaque para a performance dos planos coletivos. Os principais destaques de crescimento foram, novamente, as modalidades PME (+17,7%) e odontológico (+22,9%). As iniciativas implementadas para impulsionar o cross selling e manter os níveis de retenção têm se mostrado acertadas, impactando positivamente o desempenho da carteira e sustentando o bom desempenho do segmento.

Através da atuação em novas regiões e da capacidade de adequar seus produtos a diferentes tipos de clientes, a Companhia tem se mostrado bem posicionada para aproveitar as oportunidades de mercado trazidas pelo movimento de consolidação pelo qual o setor de saúde suplementar vem passando. Os contínuos investimentos em seus programas de gestão de sinistros como, por exemplo, a segunda opinião médica e a compra direta e distribuição de materiais e medicamentos especiais, foram fundamentais para o controle da sinistralidade. Estes programas encontram-se em diferentes fases de maturação. Na gestão de saúde, as campanhas de promoção de saúde e bem-estar (wellness) foram intensificadas com o objetivo de ampliar a penetração dessas ações nas empresas-clientes. A sinistralidade do segmento ficou em 80,1%, 0,4 p.p. melhor que o índice apresentado no ano anterior, resultado dos benefícios que colhemos de nossos investimentos em prevenção e gestão de saúde, além dos efeitos positivos dos reajustes de preços que tiveram início no segundo semestre de 2016. Planos de saúde administrados (Administrative Services Only – ASO): As receitas operacionais dos planos administrados cresceram 31,6% em 2016, com aumento de 13,6% no número de beneficiários. A margem bruta operacional totalizou R$34,6 milhões, 36,6% superior ao reportado em 2015. Houve migração de clientes das carteiras de planos de pré-pagamento para a modalidade de pós-pagamento e também novas contratações nessa modalidade.

4.2. Seguros de Automóveis e Outros Ramos Elementares

As receitas operacionais de seguros de automóveis e outros ramos elementares (Danos) apresentaram queda 9,6% em 2016, impactados pela instabilidade do cenário macro e pela dinâmica cada vez mais competitiva da indústria. O índice de sinistralidade do segmento de danos atingiu 65,6%, com aumento de 5,6 p.p., em relação ao ano anterior.

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4.3. Seguros de Vida e Acidentes Pessoais

As receitas operacionais de seguros do segmento de pessoas apresentaram queda de 6,6% na comparação anual, refletindo as ações de reposicionamento da SulAmérica, tais como a não renovação de apólices com rentabilidade abaixo da esperada, o lançamento de novos produtos, uma nova estrutura de distribuição e prospecção de clientes, além da melhoria de processos operacionais. A sinistralidade do segmento atingiu 39,1% no ano.

4.4. Previdência Privada

As reservas de previdência cresceram 14,3% e atingiram um total de R$6,1 bilhões em função da rentabilidade dos saldos dos fundos de previdência. As receitas operacionais de previdência apresentaram aumento de 11,1% com relação a 2015, como resultado, principalmente, do aumento nas contribuições na modalidade VGBL.

4.5. Capitalização

A Companhia continua implementando melhorias estruturais no segmento de capitalização. Estas melhorias têm ampliado o canal de comunicação do produto, reforçando o relacionamento da Companhia com a rede de distribuição e ampliando o acesso à carteira de clientes, trazendo vantagens para todos: corretores, imobiliárias, proprietários e inquilinos. O segmento manteve o foco nos produtos Garantia de Aluguel e títulos de incentivo. O resultado das iniciativas e investimentos feitos ao longo do ano se refletem no aumento de 0,4% das receitas operacionais do segmento, que totalizaram R$54,6 milhões. Ao final do ano, as reservas totalizaram R$602,5 milhões, uma queda de 3,8% em relação a 2015.

4.6. Gestão e administração de Ativos

A SulAmérica Investimentos encerrou o ano com a marca de R$34,2 bilhões em ativos sob gestão, 13,0% acima do total administrado ao final de 2015, impulsionada tanto pelo crescimento do volume total de ativos de terceiros como de ativos próprios e de previdência privada. As receitas operacionais do segmento de gestão de ativos apresentou queda de 5,0% em 2016, consequência da migração de ativos para fundos de renda fixa com taxas de administração médias menores do que as praticadas em fundos investidos em outras classes de ativos.

5. Vendas e marketing

A SulAmérica comercializa um amplo portfólio de produtos e serviços, distribuído através de uma extensa rede de corretores, coordenados por sua área comercial. O grupo investiu no apoio aos seus parceiros aprimorando e ampliando sua presença nas principais cidades do país.

Em 2016, o Programa de Capacitação de Corretores da SulAmérica promoveu diversos treinamentos nas 90 filiais do grupo em todo o Brasil, atingindo a marca de mais de 44 mil pessoas treinadas nos principais aspectos dos seus produtos e processos.

No ano, a SulAmérica expandiu a estratégia comercial para regiões ainda pouco exploradas, promoveu eventos e premiações para corretores de seguros e manteve seu patrocínio na rádio SulAmérica Paradiso, no Rio de Janeiro. Tais iniciativas visaram fortalecer a percepção da marca em todas as regiões do país.

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6. Capital Humano

Em 2016, com base na sua missão, visão, valores e competências, a SulAmérica continuou investindo no desenvolvimento da liderança para mobilização e engajamento das suas equipes. Nesse ano, fortalecemos o processo de gestão de desempenho, alinhado à entrega de resultados, à meritocracia e às competências organizacionais. Para as equipes, o treinamento nas competências organizacionais, em plataformas remotas e presenciais, foi prioridade, consagrando o modelo bem sucedido da UniverSAS, a universidade corporativa da SulAmérica. Além deste processo, a SulAmérica também aprimorou seus mecanismos de sucessão da liderança, que visam promover um modelo de transição adequado na organização.

Com estas iniciativas e um plano de comunicação estruturado, a Companhia fortaleceu as competências e entregas, e elevou mais uma vez o nível de engajamento dos colaboradores, fator chave para a sustentabilidade de seus resultados.

7. Sustentabilidade

A SulAmérica vem se estruturando nos últimos anos para inserir cada vez mais a sustentabilidade em sua estratégia de negócios, de modo que essa visão integrada permeie todas as decisões e todos os processos da companhia, agregando valor em longo prazo. Entendemos que a sustentabilidade não deve compor uma “agenda paralela” da empresa, nem se refletir em iniciativas pontuais ou desconexas. Por isso, 2016 foi um ano que focamos não somente na mitigação de riscos, mas também na busca de oportunidades que envolvam questões ambientais, social e de governança (ASG).

A evolução da proposta de sustentabilidade da SulAmérica tem como referência os Princípios para Sustentabilidade em Seguros (PSI, sigla em inglês), criados pela UNEP FI (Iniciativa Financeira do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente) para o progresso das discussões sobre a sustentabilidade na indústria seguradora. Além disso, a companhia é signatária de diversos compromissos voluntários como os Princípios para o Investimento Responsável (PRI, sigla em inglês), o Pacto Global da ONU (Organizações das Nações Unidas) e publica seu relatório anual de acordo com as diretrizes da GRI (Global Reporting Initiative). Podemos destacar que, em 2016, a SulAmérica elevou em 3 pontos percentuais seu índice de engajamento interno em relação ao tema Sustentabilidade se comparado ao ano anterior, subindo de 86% para 89%. Este resultado é decorrente de uma iniciativa estratégica que envolveu nossos colaboradores para disseminar o tema e discutir de forma assertiva como as pessoas e áreas da companhia poderiam contribuir.

Pelo oitavo ano consecutivo, a Companhia foi reconhecida pela relevância que tem dedicado à sustentabilidade, sendo a primeira e única seguradora a integrar a carteira do ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial) da BM&FBovespa.

8. Mercado de capitais e governança corporativa

Além de integrar o índice de sustentabilidade empresarial (ISE), as units da Companhia fazem parte das carteiras do Índice Brasil - IBrX, que representa os 100 ativos com maior índice de negociabilidade da BM&FBovespa, Índice Financeiro - IFNC, Índice Small Cap - SMLL, Índice de Ações com Tag-Along Diferenciado - ITAG, Índice de Ações com Governança Corporativa Diferenciada – IGC, Índice de Governança Corporativa Trade – IGCT, Índice Brasil Amplo – IBRA e do Índice Valor – IVBX2.

Em 2016, as units da Sul América S.A. (BM&FBovespa: SULA11) permanecerem praticamente estáveis (-0,2%), cotadas a R$18,0, enquanto o Ibovespa apresentou valorização de 38,9%.

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As units encerraram o ano cotadas a R$18,00, e o valor de mercado da Companhia era de R$6,1 bilhões em 31/12/2016. O volume financeiro médio diário de negociação das units foi de R$13,9 milhões.

Desempenho das units SULA11 – Desde o IPO

9. Investimentos

Em 31/12/2016, a Companhia mantinha investimentos diretos nas seguintes sociedades: Sul América Companhia Nacional de Seguros no montante de R$2,1 bilhões, Sul América Companhia de Seguro Saúde no montante de R$1,2 bilhão e Saepar Serviços e Participações S.A. no montante de R$2,4 bilhões.

Adicionalmente, a Companhia mantinha investimento indireto, via Sul América Capitalização S.A. - SULACAP, na Caixa Capitalização S.A., no valor de R$97,4 milhões. Também possuía R$7,6 milhões de investimento indireto, via Sul América Serviços de Saúde S.A., na Healthways Brasil Serviços de Consultoria LTDA.

10. Resultado do exercício e proposta para sua destinação

A Administração encaminhou à Assembleia Geral Ordinária proposta de distribuição do resultado que contempla o pagamento de dividendos equivalentes a 25% do lucro líquido ajustado do exercício, conforme demonstrado abaixo:

Distribuição dos resultados

2016 2015

(em R$ milhões)

Lucro líquido do exercício 695,3 734,3

Distribuição de ajuste de exercícios anteriores e outros ajustes - 10,8

Lucro líquido do exercício após compensações e outros ajustes 695,3 745,0

(-) Constituição da reserva legal (5%) (34,8) (37,3)

Lucro líquido ajustado (Art. 202, Lei 6.404/76 e 10.303/01) 660,5 707,8

Dividendo obrigatório

25% do Lucro líquido ajustado (Art. 202, Lei 6.404/76 e 10.303/01) 165,1 176,9

(-) Dividendos antecipados a serem considerados nos dividendos obrigatórios - 36,1

(-) Juros sobre capital próprio a serem considerados nos dividendos obrigatórios (líquidos de impostos) 84,4 60,5

Saldo dos dividendos obrigatórios 80,7 80,4

Total dos dividendos propostos 80,7 80,4

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11. Acordo de acionistas

A Sul América S.A. é parte nos seguintes acordos de acionistas:

Com o International Finance Corporation, celebrado em 16/05/2013, regulando, entre outros, o direito de nomeação de um membro do Conselho de Administração da Companhia e condições para alienação de ações de emissão da Companhia.

Com a Swiss Re Direct Investments Company LTD, celebrado em 02/12/2013, regulando, entre outros, o direito de nomeação de um membro do Conselho de Administração da Companhia e condições para alienação de ações de emissão da Companhia.

12. Câmara de arbitragem

A Companhia, seus acionistas e administradores estão vinculados à arbitragem da Câmara de Arbitragem do Mercado, conforme artigo 47 de seu Estatuto Social.

13. Atendimento à Instrução CVM nº 381 de 14 de janeiro de 2003

Em 28/10/2014, a Sul América S.A. e suas controladas celebraram contrato com a Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes (“Deloitte”) para a prestação de serviços de auditoria externa relacionados ao exame de suas demonstrações financeiras (individual e consolidada) pelo prazo de cinco anos. Esse contrato tem vigência até 31/03/2020, referente aos serviços de auditoria das demonstrações financeiras com início na data-base de 31/12/2015 e término na data-base de 31/12/2019.

Durante o ano de 2016, a Deloitte não prestou serviços de outra natureza para a Companhia e suas controladas que não os de auditoria externa. A SulAmérica possui uma política de transações com partes relacionadas disponível no site www.sulamerica.com.br/ri. Em 2016, não houve transações entre a Deloitte e a SulAmérica que pudessem ser classificadas como transações entre partes relacionadas.

A Deloitte considera que é entidade independente e que não há qualquer contrato de serviços com a Companhia que não sejam de auditoria, até o momento, que afete sua independência e objetividade na prestação de seus serviços.

14. Declaração dos diretores estatutários

Os diretores estatutários da Sul América S.A., companhia aberta de capital autorizado com sede na Cidade do Rio de Janeiro, inscrita no CNPJ nº 29.978.814/0001-87, nos termos dos incisos V e VI do parágrafo 1º do artigo 25 da Instrução CVM nº 480 de 07/12/2009, declaram que revisaram, discutiram e concordaram com as demonstrações financeiras da Companhia para o exercício social encerrado em 31/12/2016, assim como com as opiniões expressas nos relatórios dos auditores independentes da Companhia, Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes, sobre essas demonstrações.

Agradecemos a todos os nossos clientes, corretores, parceiros de negócio, órgãos reguladores das nossas atividades e acionistas. Por fim, agradecemos o comprometimento de nossos funcionários e sua importante contribuição para os resultados alcançados.

Rio de Janeiro, 21 de fevereiro de 2017.

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