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ÍNDICES. IPC- a calmaria dos preços deste final de ano...i - 1 HERON ESVAEL DO CARMO

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dezembro de 2003

INFORMAÇÕES FIPE É UMA PUBLICAÇÃO MENSAL DE CONJUNTURA ECONÔMICA DA FUNDAÇÃO

ISSN 1234-5678

CONSELHO CURADOR

Carlos Roberto Azzoni (Presidente) Carlos Antonio Luque Elizabeth M. M. Q. Farina Hélio Nogueira da Cruz Juarez A. B. Rizzieri Maria Cristina Cacciamali DIRETORIA

DIRETOR PRESIDENTE

José Paulo Z. Chahad DIRETOR DE PESQUISA

Antonio Evaldo Comune DIRETOR DE CURSOS

Antonio Carlos Coelho Campino PÓS-GRADUAÇÃO

José Paulo Z. Chahad SECRETARIA EXECUTIVA

Domingos Pimentel Bortoletto COORDENAÇÃO DE PUBLICAÇÕES - SUPER-VISÃO EDITORIAL E PRODUÇÃO

Eny Elza Ceotto EDITOR CHEFE

André Portela Souza CONSELHO EDITORIAL

Ivo Torres Lenina Pomeranz Luiz Martins Lopes José Paulo Z. Chahad Maria Cristina Cacciamali Maria Helena Pallares Zockun Simão Davi Silber ASSISTENTES

Maria de Jesus Soares Luis Dias Pereira PROGRAMAÇÃO VISUAL E COMPOSIÇÃO

Sandra Vilas Boas

Nº 279 DEZEMBRO DE 2003

AS IDÉIAS E OPINIÕES EXPOSTAS NOS ARTIGOS SÃO DE RESPONSABILIDADE EXCLUSIVA DOS AUTORES, NÃO REFLETINDO A OPINIÃO DA FIPE

ÍNDICES

IPC- a calmaria dos preços deste final de ano ...I - 1

HERON ESVAELDO CARMO

variação anual do PAV ainda uma incógnita ...I - 2

DENISE C. CYRILLO

Imec: estabilidade em novembro é bom resultado ...I - 4

ZEINA A. LATIF

análise da evolução do INCTA -FIPE/NTC: o impacto da elevação

do preço do óleo diesel ...I - 5

MARIA LÚCIA RANGEL FILARDO, MARCELO ALVESDE CARVALHO

séries estatísticas ... I - 7

Índice de Preços ao Consumidor Índice de Preços de Obras Públicas

Indicador de Movimentação Econômica - IMEC-FIPE

Índice Nac. do Custo de Mão-de-Obra de Montagem e Manutenção Industriais Índice Nacional de Custos do Transporte Rodoviário de Carga

(2)

dezembro de 2003

JUAREZ RIZZIERI (*)

IPC - a calmaria dos preços

deste final ano

índices

I - 1

tabela 1 - IPC FIPE - variações de preços

A taxa de variação dos preços na cidade de São Paulo foi de 0,27% no mês de novembro do corrente ano, contra 0,63% de outubro e 0,84% de setembro do ano 2002. Nessa tendência de queda, é bem provável uma taxa abaixo de 0,20% para dezembro. A limitação de renda para expandir o consumo, o baixo volume de crédito e a falta de confiança sobre o futuro estão impedindo uma retomada firme do crescimento eco-nômico. Esse fato reflete-se num quadro inflacionário sob controle, uma vez que a taxa acumulada no último trimestre de 2002 foi de 5,86%, cinco vezes maior que a taxa esperada de 1,10% para o último trimestre deste ano de 2003. Ao longo deste novembro, 1/3 da taxa de 0,27% foi conseqüência da alta de 24% no preço das loterias e jogos. Por outro lado, os preços dos alimentos recuaram 0,21%, cabendo –0,31% para os produtos industrializados e –0,48% para as proteínas e cereais. Isoladamente, houve uma queda de –4,78% no preço do frango, –4,21% para os ovos, -6,68% para o açúcar, –3,36% para o feijão, além de –17,31% no preço da linha telefônica e –3,96% para aparelhos de som. Os dados das variações de preços dos grupos e subgrupos aparecem na Tabela 1, tanto para novembro de 2003 como para o mesmo mês de 2002.

A taxa do IPC acumulada para este ano está em 7,72%, e com a expectativa de 0,2% para dezembro o ano deverá fechar com uma taxa próxima de 8%. A queda é bastante forte quando comparada com a taxa de 12 meses, que chega a 9,69%. Os dados referentes a tais variações aparecem nas colunas do meio da mesma Tabela. Ao longo desses períodos foram as tarifas de serviços de utilidade pública os itens que mais subiram

Grupos e Subgrupos Pond. Mensal No Ano Meses12 Mensal Nov/03 Nov/03 Nov/03 Nov/02 Out/03 Dez/02 Nov/02 Out/02

(%) (%) (%) (%) (%) ÍNDICE GERAL 100,0000 0,27 7,72 9,69 2,65 HABITAÇÃO 32,7925 0,25 8,02 9,15 1,04 Manutenção do domícilio 15,7267 0,67 12,09 13,89 1,47 Aluguel 8,9748 0,02 1,05 1,08 0,14 Equipamentos do domicílio 4,4017 -0,37 2,84 4,84 2,13 Serviços de comunicações 3,6893 -0,21 15,10 15,18 0,12 ALIMENTAÇÃO 22,7305 -0,21 5,18 8,71 6,27 Industrializados 9,0904 -0,31 6,79 11,14 7,02 Semi-elaborados 6,9256 -0,48 4,42 8,53 7,76 Produtos in natura 4,0012 0,05 0,66 2,05 4,49

Alimentação fora do domíc. 2,7133 0,42 8,60 11,29 2,74

TRANSPORTES 16,0309 0,26 10,94 11,74 3,77

Veículo próprio 8,6915 0,37 3,83 4,64 6,84

Transportes coletivos 5,8623 0,00 22,22 23,12 0,08 Outras desp. com transporte 1,4771 0,64 11,57 11,84 0,90

DESPESAS PESSOAIS 12,2985 1,00 7,59 10,87 1,45

Fumo e bebidas 4,3230 0,46 8,14 13,98 2,08

Recreação e cultura 3,6986 0,49 4,58 7,07 1,30

Artigos de higiene e beleza 2,7400 -0,26 8,80 10,36 1,04

Serviços pessoais 0,7990 0,42 4,78 6,78 1,10

Despesas diversas 0,7379 12,68 18,91 18,97 0,40

SAÚDE 7,0756 0,78 8,28 11,22 0,71

Contrato de assist. médica 3,0980 0,45 8,49 8,73 0,41 Serviços médicos e laborat. 1,1729 0,82 8,18 8,77 0,97 Remédios e prod. farmacêut. 2,5262 1,23 8,32 15,90 0,67

Aparelhos corretivos 0,2785 0,24 6,19 8,08 3,28

VESTUÁRIO 5,2893 0,17 5,57 6,37 1,07

Roupa de mulher 1,7738 -0,23 1,26 1,78 0,67

Roupa de homem 1,1159 -0,30 4,65 5,52 1,89

Roupa de criança 0,6480 -0,34 2,50 3,07 1,38

Calçados e acess. de vest. 1,4422 1,37 13,53 14,58 0,59 Tecido,lã e aviamento 0,0953 1,01 8,01 9,00 2,68 Relógio, jóia e bijuteria 0,2141 -0,94 3,60 5,37 1,89

EDUCAÇÃO 3,7827 0,06 9,55 9,75 0,38

Ensino escolar 3,2956 0,00 9,46 9,48 0,17

Material escolar 0,3402 0,12 7,51 8,73 2,46

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dezembro de 2003

dezembro de 2003

I - 2

seus preços: luz 16,89%, água e esgoto 18,11%, gás de botijão 11,02%, telefone 17,86%, ônibus 22,85% e loterias e jogos 23,69%. Além desses itens, também tiveram altas acima da taxa média: fumo e bebidas 13,98%, artigos de limpeza 10,80%, artigos de higiene e beleza 9,89%, remédios 16,02, calçados 14,58% e educação 9,75%. Por outro lado, freando a inflação vieram os setores mais competitivos da economia, ou menos sujeitos ao comércio exterior, como: aluguel 1,08%, alimentos 8,71%, vestuário 6,37%, eletrodo-mésticos 4,84%, contrato de assistência médica 8,73% e serviços pessoais 6,78%, setores estes mais sujeitos ao controle de liquidez de uma política monetária mais apertada.

Os resultados dos estudos sobre o núcleo da inflação demonstram uma pequena reversão da trajetória de-clinante que vinham apresentando desde o final de outubro, mas sem perigo de influenciar o Bacen na sua postura de continuar derrubando a taxa de juros de curto prazo da economia. A Tabela 2 mostra os dados do IPC corrente e os núcleos estimados.

QUADRISSEMANA IPC

CHEIO NÚCLEO GERAL INDUSTRIALNUCLEO

4ª setembro 0,84 0,52 0,57 1a outubro 0,73 0,45 0,44 2a outubro 0,78 0,42 0,41 3a outubro 0,7 0,35 0,25 4a outubro 0,63 0,28 0,14 1a novembro 0,52 0,25 -0,01 2a novembro 0,37 0,24 -0,05 3a novembro 0,3 0,24 0,02 4ª novembro 0,27 0,29 0,08 1a dezembro 0,22 0,29 0,15

Núcleo: Geral (exceto tarifas, combustíveis, alimentos in-natura e semi-elaborados)

,

Industrializados (Geral menos serviços privados).

(*) Professor da FEA-USP.

DENISE C. CYRILLO (*)

variação anual do PAV ainda

uma incógnita

Este mês todos os índices apresentaram variações po-sitivas, ainda que entre 0,08% (IGE) e 0,83% (TER). O reajuste de 0,29% no preço médio associado a obras de Pavimentação foi determinado principalmente pelo aumento significativo dos preços dos equipamentos (1,79%) em conjugação à tímida alta dos materiais (0,12%) a categoria mais importante na composição do índice (Tabela 1). Este comportamento foi oposto ao do mês de outubro, que apresentou ligeira deflação (-0,02%), justamente em razão da significativa queda dos preços dos equipamentos verificada.

Pelo segundo mês consecutivo, o TER teve variação positiva: 0,54% (outubro) e 0,83% (novembro), mais do

que compensando a queda de quase 1% verificada em setembro. Este índice foi pressionado pelo aumento dos preços relativos dos equipamentos, o item mais importante em sua composição.

O índice de Edificações Gerais ficou praticamente es-tável, apresentando uma variação de 0,08%, enquanto que em outubro a variação havia sido de quase 0,5%. De acordo com a Tabela 1, observa-se que a variação final do índice foi resultado do movimento ascen-dente dos materiais e dos salários, contrabalançado pela queda de quase 0,5% nos preços médios dos serviços. Comportamento semelhante foi constatado para o índice de Serviços Gerais com Predominância em Mão-de-Obra.

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dezembro de 2003

dezembro de 2003

I - 3

Vale também observar, em termos anuais, que alguns

setores conseguiram reajustes expressivos, acima de dois dígitos, porém, de modo geral, abaixo do desem-penho alcançado em 2002. A esse respeito, a única exceção foi o setor de material de transporte, que em 11 meses já reajustou seu preço médio em 14,03% (no ano passado a variação anual foi de apenas 8,33%). A Tabela 3 apresenta os acumulados de 12 meses e no ano, para os quatro índices aqui analisados, po-dendo-se então perceber que a inflação anual para o IGE e SGPMO ficará em torno de 15%, e para o TER em um patamar de 10%. Para o PAV, entretanto, não se verifica uma convergência entre o acumulado de 12 meses e acumulado no ano (referente a 11 meses!). Relembrando que em 2002 estas obras registraram um aumento significativo, no final do ano, de 4%, não é

tabela 1 - índices de preços de obras públicas - variação mensal (%) - dezembro de 2003

Índices Geral Materiais Equipam. Serviços Mão-de-Obra

IGE 0,08 0,07 0,78 -0,49 0,16

TER 0,83 0,16 1,41 - -0,20

PAV 0,29 0,12 1,79 - 0,02

SGPMO 0,10 0,09 - -0,49 0,16

Fonte: Banco de dados SIPOP/FIPE.

Obs.: IGE - Índice Geral de Edificações, TER - Índice de Obras de Terraplenagem, PAV - Índice de Obras de Pavimentação, SGPMO - Índice de Serviços Gerais com Predominância de Mão-de-Obra.

tabela2 - índices de obras públicas por setor - variação mensal e acumulada no ano e em 2001

IGE TER PAV

SETORES DE ATIVIDADES

nov/03 out/03 Acum03 Acum02 nov/03 nov/03

01- Extração Mineral 0,46 -0,59 8,96 22,44 0,55

02- Produtos de Origem Vegetal 0,00 0,00 -0,58 14,59

03- Indústria de Minerais Não-Metálicos -0,03 0,90 7,77 19,47 0,36 -0,49

04- Indústria Metalúrgica -0,02 -0,19 14,10 28,63

05- Indústria Mecânica -0,28 1,19 13,83 24,07 1,20 1,81

06- Indústria Material Elétrico/Comunicações 1,59 -1,19 1,65 21,77

07- Material de Transporte 3,02 1,03 14,03 8,33 2,41 2,05

08- Indústria de Madeira 0,09 -0,08 12,11 27,27

09- Indústria da Borracha -0,05 -0,11 17,98 19,05 1,07 1,23

10- Indústria Química -0,07 0,17 4,13 25,72 0,06 0,22

11- Indústria de Produtos Plásticos 0,00 0,65 3,62 22,91

12- Indústria Têxtil 0,00 0,00 17,65 17,24

13- Serviços -0,54 1,08 13,27 13,32

14- Transporte de carga em geral (frete) 0,00 7,80 11,04 25,65

Fonte: idem Tabela 1.

No que diz respeito aos setores de atividade, verifica-se uma elevada dispersão das taxas de variação dos preços. Na Tabela 2 pode-se visualizar que os setores que têm maior importância na composição do IGE - indústria de transformação de produtos de minerais não-metálicos e indústria metalúrgica - apresentaram baixas variações (em torno de -0,03%) - determinante do reajuste moderado desse índice - em oposição à variação de 3% da indústria de material de transporte. Para as obras pesadas, observam-se variações entre 0,06%, na indústria de produtos plásticos, e 2,41%, no setor de material de transporte, no que tange ao TER, ao passo que para o PAV o intervalo ficou entre –0,49% (minerais não metálicos) e 2,05% (material de transporte).

possível projetar a inflação de 2003 deste índice. Sua variação é ainda uma incógnita!

tabela 3 - número-índice do preço de obras públicas (base: mar/94 = 100) - acumulado de 12 meses e no ano

Meses IGE TER PAV SGPMO

MAR/94 – NOV/03 264,08 269,59 354,75 285,63 DEZ/02 – NOV/03 115,67 101,92 110,24 116,76 JAN/03 – NOV/03 113,47 100,28 101,84 115,23

Fonte: idem Tabela 1.

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dezembro de 2003

dezembro de 2003

I - 4

O Indicador de Movimentação Econômica - Imec manteve-se estável em novembro, com variação levemente negativa de 0,12%, isso após ter subido 1,74% em outubro. Na comparação com novembro de 2002, houve queda de 1,0%. No acumulado do ano, o indicador acumula recuo de 2,7% contra o mesmo período do ano passado. Isso indica que, apesar da melhora, o patamar da atividade ainda se encontra deprimido.

Segue o comportamento das variáveis que compõem o Imec: movimento no pedágio do sistema Anhan-guera-Bandeirantes, -0,41%; no metrô, -0,57%; movi-mento de passageiros nos ônibus urbanos, +1,15%; nos ônibus intermunicipais, -0,74%; em Congonhas, +0,38%; consumo de combustíveis, -0,46%; consumo de energia elétrica, +1,55%; e as consultas ao SPC e UseCheque, -1,01%.

Apesar de a maioria das variáveis apresentar variação negativa, o resultado não preocupa, podendo ser con-siderado favorável, porque os feriados de novembro (finados e proclamação da República) caíram no fim de semana e isto contaminou o ajuste sazonal das sé-ries. Provavelmente, foi subestimado o movimento de pessoas, particularmente no fluxo para fora da cidade de São Paulo. É verdade que a metodologia do Imec procura corrigir esse efeito. Mas é inegável que mu-danças de calendário trazem dificuldades adicionais no ajuste sazonal.

O mais intrigante é, sim, a queda em SPC/Usecheque. De qualquer forma, na última semana do mês já houve alguma recuperação do indicador, mantendo-se a

si-ZEINA A. LATIF (*)

Imec: estabilidade em novembro

é bom resultado

nalização positiva para o Natal. Por outro lado, as altas sucessivas no consumo de energia elétrica sinalizam o fôlego mais longo desta recuperação.

Finalizando, seria precipitado afirmar que a estabi-lidade do Imec representa uma perda de ritmo na recuperação econômica. Até porque esse resultado de estabilidade em novembro ocorre após uma alta expressiva em outubro, o que significa uma base de comparação elevada. Mantém-se a perspectiva posi-tiva para o Natal.

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dezembro de 2003

dezembro de 2003

I - 5

A variação acumulada do INCTA, nos últimos doze

meses terminados em outubro de 2003, foi de 19,00%. Nesse mesmo período, o IPC da Fipe variou 12,29%, o INPC do IBGE, 16,15%, o ICV do Dieese, 15,10% e o IGP-M da FGV, 17,34%. Tais números revelam que variações diferentes nos insumos que compõem as diversas cestas utilizadas como base de apuração dos índices terão impactos maiores ou menores de acordo com o peso relativo do referido insumo no total da cesta.

Os índices supracitados acompanham a evolução dos preços de diferentes insumos, que embora, às vezes, sejam os mesmos que constam nas diferentes cestas têm importâncias relativas diferentes segundo o ob-jetivo de cada índice.

O INCTA mede a evolução média dos preços do setor

de transporte rodoviário de carga. Para o seu cálcu-lo, procedeu-se à criação de uma empresa virtual cujos custos representam uma média das empresas do setor. A partir dos custos nos quais essa empresa incorre, calculam-se os preços de fretes para classes de distâncias, que vão de 10 a 6.000 km, segundo a fórmula de cálculo que está disponível no site da Fipe

(www.fipe.com). O INCTA é a variação dos preços dos

fretes nas distâncias médias (800 km).

Estudos realizados revelaram que, tomando-se por base as distâncias médias, um aumento de 18,56% no preço do óleo diesel resultou num impacto de 1,58% no

INCTA. Nesses estudos foram feitas algumas simulações,

e foi constatado que somente um aumento da mesma magnitude no preço do veículo seria capaz de provocar um impacto mais significativo no índice (2,69%).

MARIA LÚCIA RANGEL FILARDO (*) MARCELO ALVESDE CARVALHO (**)

análise da evolução do INCT

A

-FIPE/NTC: o impacto da elevação

do preço do óleo diesel

O INCTA acumulado doze meses no mês de

ou-tubro de 2003 foi de 19,00%, e nesse mesmo perí-odo o preço do litro do óleo diesel variou 26,20%, passando de R$ 1,074 em outubro de 2002 para R$ 1,355 em outubro de 2003. Mantidos os preços vigentes, em outubro de 2002, para os demais in-sumos, a variação no índice teria sido de 2,67%. Os itens óleo diesel, veículo e salários são aqueles que mais impacto têm na variação do índice. Ou-tros estudos mostraram que os salários também têm um peso muito significativo na planilha de custos.

A variação de 19,00% supracitada, que ficou aci-ma dos principais índices de preços da economia, deveu-se, basicamente, a alterações significativas nos preços do óleo diesel. Em novembro de 2002 o aumento foi de 20,05%; em dezembro, de 6,18% e em janeiro de 2003, de 10,37%, representando aumentos muito significativos num item que possui grande importância relativa.

gráfico - evolução de alguns índices de preços - var.% acumulada de nov/02 em diante

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dezembro de 2003

dezembro de 2003

Já a variação acumulada doze meses terminados em

novembro do INCTA foi de 15,77%, ou seja, uma

varia-ção muito próxima às variações dos principais índices. Por se referir aos últimos doze meses, tal variação não incorpora a variação de 2,73% ocorrida no índice no mês de novembro de 2002, mês em que o óleo diesel aumentou 20,05%. Logo, a variação acumulada do pre-ço do óleo diesel para os últimos doze meses, que em outubro de 2003 foi de 26,20% e em novembro de 2003 foi de 5,17%, portanto significativamente menor, teve

seu impacto reduzido na variação total do INCTA.

(*) Pesquisadora da Fipe e professora da FEA-USP. (**) Pesquisador da Fipe.

I - 6

Publicações LTr-Fipe-MTE:

Mercado de Trabalho no Brasil:

novas práticas trabalhistas, negociações coletivas e direitos fundamentais no trabalho

José Paulo Zeetano Chahad, Maria Cristina Cacciamali (org.)

Esta obra finaliza a divulgação de um amplo conjunto de estudos e análises com vistas à definição de

políticas, programas e projetos relativos ao mercado de trabalho brasileiro, realizados no âmbito da

Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE), instituição de apoio ao Departamento de Economia

da FEA-USP, sob o patrocínio do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Concentra-se, neste livro,

um conjunto de pesquisas enfocando variados aspectos do mercado de trabalho brasileiro, em especial

a evolução e a estrutura do desemprego, e as estratégias de sobrevivência dos desempregados; o

com-portamento, as características e os determinantes do emprego formal e informal; e, por fim, os

pro-gramas, as políticas e outros mecanismos de garantia de renda aos trabalhadores na força de trabalho.

informações ligue:

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dezembro de 2003

dezembro de 2003

ÍNDICES

séries estatísticas

ÍNDICES DE PREÇOS AO CONSUMIDOR NO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO - julho de 1994 = 100

Alimentação Habitação Transportes Índice

Geral Geral Industr. ElaboradoSemi NaturaIn Geral Aluguel Geral Veículo Próprio Transp.Urbano Despesas Pessoais Vestuário Saúde Educação Out/03 236.7678 198.4729 170.1663 224.0999 198.4819 334.4035 643.3937 303.8855 257.4052 398.2281 191.6199 109.7574 284.5310 310.8809 Nov 237.4071 198.0562 169.6388 223.0242 198.5811 335.2395 643.5224 304.6757 258.3576 398.2281 193.5361 109.9440 286.7503 311.0675

ÍNDICES DE PREÇOS DE OBRAS PÚBLICAS - março de 1994 = 100

Edificações Pavimentação Terraplenagem Serv. Gerais Geral Mat.

Constr. Mão-de-Obra Equip. Geral Constr.Mat. Mão-de-Obra Equip. Geral Constr.Mat. Mão-de-Obra Equip. Predom.M. O . Out/03 263.858 240.226 313.246 229.696 353.737 399.038 307.768 202.982 267.378 370.300 306.410 212.596 285.335 Nov 264.079 240.395 313.745 231.483 354.746 399.503 307.828 206.615 269.587 370.889 305.795 215.594 285.633

INDICADOR DE MOVIMENTAÇÃO ECONÔMICA - IMEC-FIPE - MÉDIA 1994 = 100(*)

Pedágio Ônibus Metrô Ônibus Aeroporto Combustíveis Energia Consultas IMEC MÊS Comercial Urbanos Intermunicipal Congonhas Gasolina/Álcool Elétrica SCPC/Telecheque

e Passeio (1) (2) (3) (4) (5) e Óleo Diesel (6) (7) (8)

Ago/03 137.71 52.73 111.33 89.43 304.68 95.06 133.20 245.65 139.83 Set 137.84 52.71 110.12 85.68 303.19 94.72 134.37 242.64 138.78 Out 137.93 52.82 109.67 88.37 316.96 95.57 135.50 247.17 141.19 Nov(**) 137.37 53.42 109.04 87.72 318.15 95.13 137.60 244.67 141.03

Fonte: (1) Autoban, (2) São Paulo Transportes; (3)Metrô; (4) Socicam; (5) Infraero; (6) Petrobrás; (7) EPTE; (8) Associação Comercial de São Paulo. (*) Houve retificação da série do Imec em decorrência de mudança nos pesos de ponderação das variáveis.

(**) Dados provisórios.

INCTa – FIPE/NTC – Jun/94 = 100 e INCTR – FIPE/NTC – Mar/00 = 100

Mês Distâncias

Muito Curtas (50 km) Curtas (400 km) Médias (800 km)* Longas (2.400 km) Muito Longas (6.000 km) INCTa INCTR INCTa INCTR INCTa INCTR INCTa INCTR INCTa INCTR

Set/03 246.91 133.03 241.41 137.47 239.92 140.93 241.42 147.77 245.03 152.56 Out 249.84 134.42 245.13 139.58 244.32 143.60 247.32 151.54 252.13 157.12 Nov 249.83 134.35 245.07 139.48 244.21 143.47 247.11 151.37 251.84 156.91

INCTCE – FIPE/NTC – Mar/00 = 100

Mês Distâncias

Curtas (1 a 10 km) Médias (31 a 40 km)* Longas (101 a 120 km)

Set 134.19 139.33 143.60

Out 136.07 141.53 146.06

Nov 136.25 141.73 146.28

*Convenciona-se considerar o índice referente às distâncias médias como o INCT-ce do mês.

ABEMI - ÍNDICE NACIONAL DO CUSTO DA MÃO-DE-OBRA DE MONTAGEM E MANUTENÇÃO INDUSTRIAIS - DEZ 90 = 100

Abr Mai Jun Jul Ago Set Out

Mão-de-Obra Direta 7992304.505 8535781.211 8571631.493 8631632.913 8867276.492 8886784.500 8948103.313 Mão-de-Obra Indireta 6785051.181 6891576.484 6954978.988 7007836.828 7158505.320 7172106.480 7206532.591 Mão-de-Obra Total 7377996.363 7727713.391 7776397.985 7833943.330 8009423.661 8025442.508 8076002.796 Taxa de Variação Anual 1.1108 1.1355 1.1109 1.1119 1.1268 1.1123 1.1171 Taxa de Variação Acumulada no Ano 1.0175 1.0657 1.0724 1.0804 1.1046 1.1068 1.1138

Referências

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