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***I PROJETO DE RELATÓRIO

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Academic year: 2021

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(1)

PR\1146426PT.docx PE618.193v01-00

PT

Unida na diversidade

PT

Parlamento Europeu

2014-2019

Comissão do Emprego e dos Assuntos Sociais

2017/0085(COD)

6.3.2018

***I

PROJETO DE RELATÓRIO

sobre a proposta de diretiva do Parlamento Europeu e do Conselho relativa à conciliação entre a vida profissional e a vida familiar dos progenitores e cuidadores e que revoga a Diretiva 2010/18/UE do Conselho

(COM(2017)0253 – C8-0137/2017 – 2017/0085(COD)) Comissão do Emprego e dos Assuntos Sociais

(2)

PE618.193v01-00 2/19 PR\1146426PT.docx

PT

PR_COD_1amCom

Legenda dos símbolos utilizados

* Processo de consulta *** Processo de aprovação

***I Processo legislativo ordinário (primeira leitura) ***II Processo legislativo ordinário (segunda leitura) ***III Processo legislativo ordinário (terceira leitura)

(O processo indicado tem por fundamento a base jurídica proposta no projeto de ato.)

Alterações a um projeto de ato

Alterações do Parlamento apresentadas em duas colunas

As supressões são assinaladas em itálico e a negrito na coluna da esquerda. As substituições são assinaladas em itálico e a negrito na coluna da esquerda e na coluna da direita. O texto novo é assinalado em itálico e a negrito na coluna da direita.

A primeira e a segunda linhas do cabeçalho de cada alteração identificam o passo relevante do projeto de ato em apreço. Se uma alteração disser respeito a um ato já existente, que o projeto de ato pretenda modificar, o cabeçalho comporta ainda uma terceira e uma quarta linhas, que identificam, respetivamente, o ato existente e a disposição visada do ato em causa.

Alterações do Parlamento apresentadas sob a forma de texto consolidado

Os trechos novos são assinalados em itálico e a negrito. Os trechos suprimidos são assinalados pelo símbolo ▌ou rasurados. As substituições são assinaladas formatando o texto novo em itálico e a negrito e suprimindo, ou rasurando, o texto substituído.

Exceção: as modificações de natureza estritamente técnica introduzidas pelos serviços com vista à elaboração do texto final não são assinaladas.

(3)

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PT

ÍNDICE

Página

PROJETO DE RESOLUÇÃO LEGISLATIVA DO PARLAMENTO EUROPEU ... 5 EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS ... 17

(4)

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PT

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PR\1146426PT.docx 5/19 PE618.193v01-00

PT

PROJETO DE RESOLUÇÃO LEGISLATIVA DO PARLAMENTO EUROPEU sobre a proposta de diretiva do Parlamento Europeu e do Conselho relativa à

conciliação entre a vida profissional e a vida familiar dos progenitores e cuidadores e que revoga a Diretiva 2010/18/UE do Conselho

(COM(2017)0253 – C8-0137/2017 – 2017/0085(COD)) (Processo legislativo ordinário: primeira leitura)

O Parlamento Europeu,

– Tendo em conta a proposta da Comissão ao Parlamento Europeu e ao Conselho (COM(2017)0253),

– Tendo em conta o artigo 294.º, n.º 2, e os artigos 153.°, n.° 1, alínea i) e 153.°, n.° 2, alínea b) do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia, nos termos dos quais a proposta lhe foi apresentada pela Comissão (C8-0137/2017),

– Tendo em conta o artigo 294.º, n.º 3, do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia,

–Tendo em conta o parecer do Comité Económico e Social Europeu de 6 de dezembro de 20171,

– Tendo em conta o parecer do Comité das Regiões de 30 de novembro de 20172, – Tendo em conta o artigo 59.º do seu Regimento,

– Tendo em conta o relatório da Comissão do Emprego e dos Assuntos Sociais e o parecer da Comissão dos Direitos da Mulher e da Igualdade dos Géneros e da Comissão dos Assuntos Jurídicos (A8-0000/2018),

1. Aprova a posição em primeira leitura que se segue;

2. Requer à Comissão que lhe submeta de novo a sua proposta, se a substituir, se a alterar substancialmente ou se pretender alterá-la substancialmente;

3. Encarrega o seu Presidente de transmitir a posição do Parlamento ao Conselho, à Comissão e aos parlamentos nacionais.

Alteração 1 Proposta de diretiva Considerando 8 1 JO C... 2 JO C...

(6)

PE618.193v01-00 6/19 PR\1146426PT.docx

PT

Texto da Comissão Alteração

(8) O quadro jurídico da UE em vigor prevê incentivos limitados para que os homens assumam uma parte igual das responsabilidades familiares. A ausência de licença de paternidade e de licença parental remuneradas em muitos Estados-Membros contribui para a sua reduzida utilização por parte dos pais. O desequilíbrio na conceção das políticas para a conciliação entre a vida profissional e a vida familiar entre homens e mulheres reforça as disparidades de género em relação ao trabalho e às responsabilidades familiares. Ao invés, a utilização pelos pais das mecanismos de conciliação entre a vida profissional e a vida familiar, como, por exemplo, as licenças ou os regimes de trabalho

flexíveis, revelou ter um impacto positivo porquanto reduz o volume relativo de trabalho familiar não remunerado assumido pelas mulheres, ficando estas com mais tempo para uma atividade profissional remunerada.

(8) O quadro jurídico da UE em vigor prevê incentivos limitados para que os homens assumam uma parte igual das responsabilidades familiares. A ausência de licença de paternidade e de licença parental remuneradas em muitos Estados-Membros contribui para a sua reduzida utilização por parte dos pais. O desequilíbrio na conceção das políticas para a conciliação entre a vida profissional e a vida familiar entre homens e mulheres reforça as disparidades de género em relação ao trabalho e às responsabilidades familiares. Ao invés, a utilização pelos pais das mecanismos de conciliação entre a vida profissional e a vida familiar, como, por exemplo, as licenças ou os regimes de trabalho

flexíveis, revelou ter um impacto positivo porquanto reduz o volume relativo de trabalho familiar não remunerado assumido pelas mulheres, ficando estas com mais tempo para uma atividade profissional remunerada. Além disso, a disponibilidade de estruturas de acolhimento de crianças, de qualidade, acessíveis e a preços

comportáveis, provou ser um aspeto crucial das políticas de conciliação entre a vida profissional e a vida familiar, que facilita o rápido regresso das mulheres ao trabalho e o aumento da sua participação no mercado de trabalho.

Or. en

Alteração 2

Proposta de diretiva Considerando 15

Texto da Comissão Alteração

(15) A fim de ampliar a possibilidade de os progenitores gozarem licença parental durante o crescimento dos filhos, o direito

(15) A fim de ampliar a possibilidade de os progenitores gozarem licença parental durante o crescimento dos filhos, o direito

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PT

à licença parental deve ser concedido até o

filho atingir a idade mínima de doze anos. Os Estados-Membros deverão poder especificar o prazo de pré-aviso que o trabalhador deverá dar à entidade patronal, aquando do pedido de licença parental e decidir se o direito à licença parental pode ser subordinado ao cumprimento de um determinado período de serviço. Tendo em conta a crescente diversidade das relações contratuais, o somatório de sucessivos contratos a termo com o mesmo

empregador deve ser tido em conta para efeitos de cálculo do período de serviço. Para equilibrar as necessidades dos

trabalhadores com as dos empregadores, os Estados-Membros deverão também poder decidir se permitem ou não ao empregador a possibilidade de adiar a concessão da licença parental em determinadas circunstâncias. Em tais casos, o

empregador deve justificar o adiamento.

à licença parental deve ser concedido até o filho atingir a idade mínima de dez anos. Os Estados-Membros deverão poder especificar o prazo de pré-aviso que o trabalhador deverá dar à entidade patronal, aquando do pedido de licença parental e decidir se o direito à licença parental pode ser subordinado ao cumprimento de um determinado período de serviço, dando especial atenção aos condicionalismos das microempresas e das pequenas e médias empresas (MPME) . Tendo em conta a crescente diversidade das relações contratuais, o somatório de sucessivos contratos a termo com o mesmo

empregador deve ser tido em conta para efeitos de cálculo do período de serviço. Para equilibrar as necessidades dos

trabalhadores com as dos empregadores, os Estados-Membros deverão também poder decidir se permitem ou não ao empregador a possibilidade de adiar a concessão da licença parental em determinadas circunstâncias. Em tais casos, o

empregador deve justificar o adiamento. Dado que essa flexibilidade aumenta a

probabilidade de o segundo progenitor, em especial o pai, fazer uso do seu direito a essa licença, os trabalhadores deverão poder solicitar o gozo da licença parental a tempo inteiro ou a tempo parcial ou ainda noutras formas flexíveis. Cabe ao

empregador decidir se aceita ou não um pedido de licença parental em formas flexíveis diferentes do trabalho a tempo inteiro. Os Estados-Membros deverão igualmente avaliar se as condições e as modalidades da licença parental devem ser adaptadas às necessidades específicas dos progenitores em situações particularmente desfavorecidas.

Dado que essa flexibilidade aumenta a probabilidade de o segundo progenitor, em especial o pai, fazer uso do seu direito a essa licença, os trabalhadores deverão poder solicitar o gozo da licença parental a tempo inteiro ou a tempo parcial ou ainda noutras formas flexíveis. Cabe ao

empregador decidir se aceita ou não um pedido de licença parental em formas flexíveis diferentes do trabalho a tempo inteiro. Os Estados-Membros deverão igualmente avaliar se as condições e as modalidades da licença parental devem ser adaptadas às necessidades específicas dos progenitores em situações particularmente desfavorecidas.

(8)

PE618.193v01-00 8/19 PR\1146426PT.docx

PT

Alteração 3

Proposta de diretiva Considerando 19

Texto da Comissão Alteração

(19) A fim de aumentar os incentivos para que os trabalhadores com filhos e responsabilidades familiares, em especial os homens, gozem os períodos de licença previstos na presente diretiva, deverão ter direito a um subsídio adequado durante a licença. O nível do subsídio deverá ser pelo menos equivalente ao que o

trabalhador em causa receberia em caso de baixa por doença. Os Estados-Membros deverão ter em conta a importância da continuidade dos direitos às prestações de segurança social, incluindo os cuidados de saúde.

(19) A fim de aumentar os incentivos para que os trabalhadores com filhos e responsabilidades familiares, em especial os homens, gozem os períodos de licença previstos na presente diretiva, deverão ter direito a um subsídio adequado durante a licença. Os Estados-Membros deverão ter em conta a importância da continuidade dos direitos às prestações de segurança social, incluindo os cuidados de saúde.

Or. en

Alteração 4

Proposta de diretiva Considerando 21

Texto da Comissão Alteração

(21) A fim de incentivar os progenitores e cuidadores que exercem uma atividade profissional a permanecer no ativo, esses trabalhadores deverão poder adaptar os horários de trabalho às suas necessidades e preferências pessoais. Os progenitores e cuidadores que exercem uma atividade profissional devem, por conseguinte, poder solicitar regimes de trabalho flexíveis, o que significa a possibilidade de os

trabalhadores adaptarem os seus ritmos de trabalho, nomeadamente pela utilização de regimes de teletrabalho, horários de trabalho flexíveis ou uma redução das horas de trabalho para poderem ocupar-se das obrigações familiares. A fim de

(21) A fim de incentivar os progenitores e cuidadores que exercem uma atividade profissional a permanecer no ativo, esses trabalhadores deverão poder adaptar os horários de trabalho às suas necessidades e preferências pessoais. Os progenitores e cuidadores que exercem uma atividade profissional devem, por conseguinte, poder solicitar regimes de trabalho flexíveis, o que significa a possibilidade de os

trabalhadores adaptarem os seus ritmos de trabalho, nomeadamente pela utilização de regimes de teletrabalho, horários de trabalho flexíveis ou uma redução das horas de trabalho para poderem ocupar-se das obrigações familiares. A fim de

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PT

responder às necessidades dos

trabalhadores e dos empregadores, deve ser possível aos Estados-Membros limitar a duração dos regimes de trabalho flexíveis, incluindo a redução das horas de trabalho. Embora o trabalho a tempo parcial se tenha revelado útil por permitir que algumas mulheres a permaneçam no mercado de trabalho depois de ter filhos, longos

períodos de redução do horário de trabalho podem levar a uma redução das

contribuições para a segurança social, o que se traduzirá por direitos de pensão reduzidos ou inexistentes. A decisão final quanto à questão de aceitar ou não o pedido de um regime de trabalho flexível por um trabalhador deve ser do

empregador. As circunstâncias específicas subjacentes à necessidade de um regime de trabalho flexível podem mudar. Os

trabalhadores deverão, por conseguinte, não só ter o direito de regressar ao seu ritmo original de trabalho no termo de um período acordado, mas também poder requerer esse regresso a qualquer momento, sempre que uma alteração da situação de facto subjacente o exigir.

responder às necessidades dos

trabalhadores e dos empregadores, deve ser possível aos Estados-Membros limitar a duração dos regimes de trabalho flexíveis, incluindo a redução das horas de trabalho. Embora o trabalho a tempo parcial se tenha revelado útil por permitir que algumas mulheres a permaneçam no mercado de trabalho depois de ter filhos, longos

períodos de redução do horário de trabalho podem levar a uma redução das

contribuições para a segurança social, o que se traduzirá por direitos de pensão reduzidos ou inexistentes. A decisão final quanto à questão de aceitar ou não o pedido de um regime de trabalho flexível por um trabalhador deve ser do

empregador. As circunstâncias específicas subjacentes à necessidade de um regime de trabalho flexível podem mudar, tendo em conta as dificuldades que os regimes de trabalho flexíveis podem causar às MPME. As circunstâncias específicas subjacentes à necessidade de um regime de trabalho flexível podem mudar. Os

trabalhadores deverão, por conseguinte, não só ter o direito de regressar ao seu ritmo original de trabalho no termo de um período acordado, mas também poder requerer esse regresso a qualquer momento, sempre que uma alteração da situação de facto subjacente o exigir.

Or. en

Alteração 5

Proposta de diretiva Considerando 25

Texto da Comissão Alteração

(25) O ónus da prova da inexistência de despedimento por os trabalhadores terem requerido ou gozado uma licença a que se referem os artigos 4.º, 5.º ou 6.º, ou por terem exercido o seu direito a beneficiar

(25) O ónus da prova da inexistência de despedimento por os trabalhadores terem requerido ou gozado uma licença a que se referem os artigos 4.º, 5.º ou 6.º, ou por terem exercido o seu direito a beneficiar

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PE618.193v01-00 10/19 PR\1146426PT.docx

PT

dos regimes de trabalho flexíveis a que se refere o artigo 9.º, deve recair no

empregador quando os trabalhadores apresentem, em juízo ou a outra autoridade competente, factos dos quais se possa presumir que foram despedidos por esses motivos.

dos regimes de trabalho flexíveis a que se refere o artigo 9.º, deve recair no

empregador quando os trabalhadores apresentem, em juízo ou a outra autoridade competente, factos dos quais se possa presumir que foram despedidos por esses motivos. Os Estados-Membros devem ter a possibilidade de adotar medidas para limitar os encargos gerados por esta obrigação às microempresas.

Or. en

Alteração 6

Proposta de diretiva Considerando 30

Texto da Comissão Alteração

(30) A presente diretiva deve evitar impor restrições administrativas,

financeiras e jurídicas contrárias à criação e ao desenvolvimento das pequenas e médias empresas. Os Estados-Membros são, por conseguinte, convidados a avaliar o impacto do seu ato de transposição para as PME, a fim de garantir que as PME não sejam afetadas de forma desproporcionada, dedicando especial atenção às

microempresas e aos encargos administrativos.

(30) Os Estados-Membros são incentivados a assegurar que os empregadores não sejam

sobrecarregados pelas obrigações financeiras decorrentes da presente diretiva. Em particular, a presente diretiva deve evitar impor restrições

administrativas, financeiras e jurídicas contrárias à criação e ao desenvolvimento das MPME. Os Estados-Membros são, por conseguinte, convidados a avaliar o

impacto do seu ato de transposição para as MPME, a fim de garantir que as MPME não sejam afetadas de forma

desproporcionada, dedicando especial atenção às microempresas e aos encargos administrativos.

Or. en

Alteração 7

Proposta de diretiva Artigo 2 – n.º 1

(11)

PR\1146426PT.docx 11/19 PE618.193v01-00

PT

Texto da Comissão Alteração

A presente diretiva é aplicável a todos os trabalhadores, homens e mulheres, com um contrato de trabalho ou outra relação de trabalho.

A presente diretiva é aplicável a todos os trabalhadores, homens e mulheres, com um contrato de trabalho ou outra relação de trabalho, tal como definido pela lei, pelas convenções coletivas e/ou pelas práticas vigentes em cada Estado-Membro, em conformidade com os critérios para determinar o estatuto de um trabalhador, tal como estabelecido pela jurisprudência do Tribunal de Justiça da União

Europeia.

Or. en

Alteração 8

Proposta de diretiva

Artigo 3 – parágrafo 1 – alínea a)

Texto da Comissão Alteração

(a) «licença de paternidade», dispensa de trabalho para os pais gozarem por ocasião do nascimento de um filho;

(a) «licença de paternidade», dispensa remunerada de trabalho para os pais ou para um segundo progenitor equivalente, conforme definido no Direito nacional, gozarem por ocasião do nascimento ou da adoção de um filho;

Or. en

Alteração 9

Proposta de diretiva

Artigo 3 – parágrafo 1 – alínea b)

Texto da Comissão Alteração

(b) «licença parental», dispensa de trabalho por motivos de nascimento ou adoção de um filho, a fim de cuidar dessa criança;

(b) «licença parental», dispensa remunerada de trabalho por motivos de nascimento ou adoção de um filho, a fim de cuidar dessa criança;

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PT

Or. en Alteração 10 Proposta de diretiva Artigo 5 – n.º 1

Texto da Comissão Alteração

1. Os Estados-Membros devem tomar as medidas necessárias para garantir que os trabalhadoras têm um direito individual a uma licença parental de pelo menos quatro meses, a gozar antes de a criança atingir uma determinada idade, que deve ser pelo menos de doze anos.

1. Os Estados-Membros devem tomar as medidas necessárias para garantir que os trabalhadoras têm um direito individual a uma licença parental de pelo menos quatro meses, a gozar antes de a criança atingir uma determinada idade, que deve ser pelo menos de dez anos.

Or. en

Alteração 11

Proposta de diretiva Artigo 5 – n.º 5

Texto da Comissão Alteração

5. Os Estados-Membros podem definir as circunstâncias em que um empregador, após consulta em conformidade com a legislação, as convenções coletivas e/ou as práticas nacionais, poderá ser autorizado a adiar a concessão da licença parental por um período razoável de tempo, se a licença for suscetível de perturbar gravemente o bom funcionamento do estabelecimento. Os empregadores devem justificar todo e qualquer adiamento da licença parental por escrito.

5. Os Estados-Membros podem definir as circunstâncias em que um empregador, após consulta em conformidade com a legislação, as convenções coletivas e/ou as práticas nacionais, poderá ser autorizado a adiar a concessão da licença parental por um período razoável de tempo, se a licença for suscetível de perturbar gravemente o funcionamento correto do estabelecimento ou tiver um impacto seriamente negativo na empresa do empregador.

(13)

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PT

Alteração 12

Proposta de diretiva Artigo 5 – n.º 6

Texto da Comissão Alteração

6. Os Estados-Membros devem tomar as medidas necessárias para garantir que os trabalhadores têm o direito de requerer uma licença parental a tempo inteiro ou a tempo parcial, em blocos separados por períodos de trabalho ou noutras formas flexíveis. Os empregadores devem

considerar e atender a esses pedidos, tendo em conta as suas necessidades e as dos trabalhadores. Os empregadores devem justificar por escrito a recusa de um tal pedido.

6. Os Estados-Membros devem tomar as medidas necessárias para garantir que os trabalhadores têm o direito de requerer uma licença parental a tempo inteiro ou a tempo parcial, em blocos separados por períodos de trabalho ou noutras formas flexíveis. Os empregadores devem

considerar e atender a esses pedidos, tendo em conta as suas necessidades e as dos trabalhadores.

Or. en

Alteração 13

Proposta de diretiva Artigo 5 – n.º 6-A (novo)

Texto da Comissão Alteração

6-A. Os Estados-Membros fixam o período de pré-aviso a ser dado ao

empregador pelo trabalhador que exerce o direito à licença parental. Esse pré-aviso deve incluir o início e o termo do período de licença. Os Estados-Membros devem ter em consideração os interesses dos trabalhadores e dos empregadores ao determinarem a duração desses períodos de pré-aviso.

(14)

PE618.193v01-00 14/19 PR\1146426PT.docx

PT

Alteração 14

Proposta de diretiva Artigo 8 – n.º 1

Texto da Comissão Alteração

Em função das circunstâncias nacionais, como, por exemplo, a legislação, as convenções coletivas e/ou as práticas nacionais, e tendo em conta as

competências delegadas nos parceiros sociais, os Estados-Membros devem garantir que os trabalhadores que exercem o direito a uma licença a que se referem os artigos 4.º, 5.º ou 6.º recebem uma

remuneração ou um subsídio adequado, que seja, pelo menos, equivalente ao que o trabalhador em causa receberia em caso de baixa por doença.

Em função das circunstâncias nacionais, como, por exemplo, a legislação, as convenções coletivas e/ou as práticas nacionais, e tendo em conta as

competências delegadas nos parceiros sociais, os Estados-Membros devem garantir que os trabalhadores que exercem o direito a uma licença a que se referem os artigos 4.º, 5.º ou 6.º recebem uma

remuneração ou um subsídio adequado, a saber:

(a) em caso de licença de paternidade, tal como referido no artigo 4.º, n.º 1, uma remuneração ou um subsídio que seja, pelo menos, equivalente ao nível do subsídio de doença, assegurando, ao mesmo tempo, que o princípio da

igualdade entre homens e mulheres seja respeitado;

(b) em caso de licença parental, tal como referido no artigo 5.º, n.º 1, uma remuneração ou um subsídio que seja, pelo menos, equivalente a 75 % do salário bruto do trabalhador;

(c) em caso de licença de cuidador, tal como referido no artigo 6.º, uma

remuneração ou um subsídio que seja, pelo menos, equivalente a 75 % do salário bruto do trabalhador.

Or. en

Alteração 15

Proposta de diretiva Artigo 9 – n.º 1

(15)

PR\1146426PT.docx 15/19 PE618.193v01-00

PT

Texto da Comissão Alteração

1. Os Estados-Membros devem tomar as medidas necessárias para garantir que os trabalhadores com filhos até uma

determinada idade, que deve ser de pelo menos doze anos, e os cuidadores têm o direito de solicitar regimes de trabalho flexíveis para poderem ocupar-se das obrigações familiares. O período de vigência dos regimes de trabalho flexíveis pode estar subordinado a uma limitação razoável.

1. Os Estados-Membros devem tomar as medidas necessárias para garantir que os trabalhadores com filhos até uma

determinada idade, que deve ser de pelo menos dez anos, e os cuidadores têm o direito de solicitar regimes de trabalho flexíveis para poderem ocupar-se das obrigações familiares. O período de vigência dos regimes de trabalho flexíveis pode estar subordinado a uma limitação razoável.

Or. en

Alteração 16

Proposta de diretiva Artigo 9 – n.º 2

Texto da Comissão Alteração

2. Os empregadores devem tomar em consideração e atender esses pedidos de regimes de trabalho flexíveis referidos no n.º 1, tendo em conta as suas necessidades e as dos trabalhadores. O empregador deve justificar a recusa de um tal pedido.

2. Os empregadores devem tomar em consideração e atender esses pedidos de regimes de trabalho flexíveis referidos no n.º 1, tendo em conta as suas necessidades, em particular nas microempresas e nas pequenas e médias empresas (MPME), e as dos trabalhadores. Os empregadores devem justificar a recusa de um tal pedido. Os empregadores podem adiar a

concessão desse pedido, se for suscetível de perturbar gravemente o funcionamento correto do estabelecimento ou tiver um impacto seriamente negativo na empresa do empregador.

Or. en

Alteração 17

Proposta de diretiva Artigo 12 – n.º 6-A (novo)

(16)

PE618.193v01-00 16/19 PR\1146426PT.docx

PT

Texto da Comissão Alteração

6-A. Os Estados-Membros podem adotar medidas para limitar os encargos gerados pela obrigação decorrente do presente artigo às microempresas.

Or. en

Alteração 18

Proposta de diretiva Artigo 18-A (novo)

Texto da Comissão Alteração

Artigo 18-A. Não regressão

1. Os Estados‑Membros e/ou os parceiros sociais podem manter ou

introduzir disposições mais favoráveis aos trabalhadores do que as previstas na presente diretiva.

2. A presente diretiva não prejudica outras disposições específicas do Direito da União, em particular as disposições do Direito da União relativas à igualdade de tratamento ou de oportunidades entre homens e mulheres.

3. A aplicação da presente diretiva não constitui um fundamento válido para reduzir o nível geral de proteção

concedido aos trabalhadores.

(17)

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PT

EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS

A proposta de diretiva da Comissão é um dos primeiros resultados do Pilar Europeu dos Direitos Sociais. Baseia-se na iniciativa «Um novo começo», que visa dar resposta aos desafios da conciliação entre a vida profissional e a vida familiar com que se deparam os progenitores e os cuidadores que trabalham. A iniciativa contribuirá para alcançar os objetivos consagrados no Tratado de igualdade entre homens e mulheres, no que se refere às oportunidades no mercado de trabalho e à igualdade de tratamento no trabalho, e de promoção de um nível elevado de emprego na UE.

A proposta legislativa visa, por conseguinte, incidir em medidas específicas de combate à sub-representação das mulheres no emprego, melhorando as condições de conciliação entre a vida profissional e a vida familiar, mas também ao seu tratamento e oportunidades desiguais no mercado de trabalho. Além disso, incentiva o reforço do papel dos homens como cuidadores no seio da família, o que será igualmente benéfico para as crianças. Está bem documentado que a utilização pelos pais de mecanismos de conciliação entre a vida profissional e a vida familiar tem um impacto positivo porquanto reduz o volume relativo de trabalho familiar não remunerado assumido pelas mulheres, ficando estas com mais tempo para uma atividade profissional remunerada. Por conseguinte, promove a não discriminação e fomenta a igualdade de género. A proposta de diretiva na sua forma atual visa abranger todos os trabalhadores, homens e mulheres, com um contrato de trabalho ou outra relação de trabalho.

Procura introduzir um conjunto de normas mínimas novas ou mais favoráveis no que respeita à licença parental, à licença de paternidade e à licença de cuidador, destinadas a ajudar a corrigir as anomalias existentes na procura de uma conciliação entre a vida profissional e a vida familiar tanto para progenitores como para cuidadores. O relator considera que estas medidas são, simultaneamente, oportunas e necessárias, a fim de melhorar o acesso a mecanismos de conciliação entre a vida profissional e a vida familiar e de refletir melhor a alteração dos padrões de trabalho na nossa sociedade.

O relator considera ainda que a disponibilidade de estruturas de acolhimento de crianças, de qualidade, acessíveis e a preços comportáveis, provou ser um aspeto crucial das políticas de conciliação entre a vida profissional e a vida familiar nos Estados-Membros e que facilita o rápido regresso das mulheres ao trabalho e o aumento da sua participação no mercado de trabalho. Por isso, encoraja os Estados-Membros a melhorarem as estruturas de acolhimento de crianças e gostaria de ver este aspeto refletido no texto; insere, por conseguinte, o considerando correspondente na diretiva.

No mesmo espírito do artigo 153.º em que a presente diretiva está a ser proposta, o relator gostaria de introduzir, para além das pequenas e médias empresas (PME), uma ênfase específica nas microempresas, uma vez que considera que, devido às suas especificidades e condicionalismos, diferentes dos das PME, podem ter mais dificuldade em executar certas partes da presente diretiva.

Ao longo do texto, o relator assegurou que eram acrescentadas disposições adicionais para as microempresas e as pequenas e médias empresas (MPME), a fim de assegurar que a presente diretiva evite a imposição de restrições administrativas, financeiras e jurídicas, contrárias à criação e ao desenvolvimento de tais empresas, sem retirar o direito dos seus trabalhadores a

(18)

PE618.193v01-00 18/19 PR\1146426PT.docx

PT

utilizarem mecanismos de conciliação entre a vida profissional e a vida familiar. A título de exemplo, o relator considerou numa das suas alterações, sem prejuízo da questão de saber se o pedido apresentado para esse efeito deve ser concedido ou não pelo empregador, que devemos ter em conta as dificuldades que os regimes de trabalho flexíveis podem causar às MPME. A fim de atender à preocupação de que certos encargos administrativos possam ser extremamente prejudiciais às microempresas, o relator propôs que os Estados-Membros tivessem a possibilidade de adotar medidas para limitar os encargos das microempresas decorrentes das disposições do artigo 12.º (Proteção contra o despedimento e ónus da prova), a fim de evitar o risco de impor encargos desproporcionados a essas empresas.

As principais propostas da Comissão introduzem os seguintes novos elementos aos que já se encontram em vigor:

• A diretiva introduz o direito a uma licença de paternidade de pelo menos dez dias úteis em torno da data de nascimento da criança. Esta é uma novidade importante, considerando que, atualmente, não existem normas europeias mínimas para a licença de paternidade. O relator apoia plenamente esta nova proposta, dado que as oportunidades e os incentivos para os pais gozarem desta licença divergem consideravelmente entre os Estados-Membros. Quando essa licença existe, o nível de remuneração e os dias de licença variam também de forma considerável.

O relator alterou o texto de modo a incluir o direito à licença de paternidade também quando da adoção de uma criança. É evidente que o nascimento ou a adoção de uma criança é um momento importante, em que o pai deve estar presente e partilhar as responsabilidades com a sua companheira. É altura de formar laços, o que está provado ser importante tanto para a criança como para o pai. O relator propôs uma alteração destinada a clarificar que o trabalhador que seja considerado pai pode igualmente constituir um segundo progenitor equivalente, conforme definido no Direito nacional.

Em relação ao nível de remuneração ou subsídio, o relator mantém a proposta da Comissão para que as pessoas que gozem a licença de paternidade sejam remuneradas ao nível da baixa por doença, a fim de refletir a legislação da UE em vigor que prevê uma licença no momento do nascimento de uma criança.

• No que diz respeito à Diretiva relativa à licença parental (2010/18/UE), que será revogada assim que a presente diretiva entrar em vigor, os trabalhadores têm um direito individual a uma licença parental de pelo menos quatro meses, dos quais um mês é intransmissível, em caso de nascimento ou adoção de uma criança. Esta pode ser gozada pelo menos até a criança atingir os oito anos de idade. Atualmente, não existe qualquer obrigação de remuneração durante a licença parental, cabendo aos Estados-Membros e aos parceiros sociais decidir as condições específicas desta licença.

Por outro lado, a presente proposta reforça o direito à licença parental, tornando o período de quatro meses remunerado, pelo menos, ao nível da baixa por doença e intransmissível de um progenitor para outro. Os progenitores terão também o direito de solicitar o período total da licença de uma forma flexível e a idade da criança até à qual os progenitores podem gozar da licença será aumentada de oito para doze anos. O relator concorda com esta proposta, dado que o quadro jurídico da União em vigor prevê incentivos limitados para que os homens assumam uma parte igual das responsabilidades familiares. Está bem documentado que a utilização pelos pais de mecanismos de conciliação entre a vida profissional e a vida familiar

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tem um impacto positivo porquanto reduz o volume relativo de trabalho familiar não

remunerado assumido pelas mulheres, ficando estas com mais tempo para uma atividade profissional remunerada.

Por outro lado, embora o relator concorde com o pagamento da licença parental, afastou-se da proposta da Comissão e propõe que o trabalhador receba uma remuneração ou um subsídio que seja, pelo menos, equivalente a 75 % do salário bruto. O relator considera que estabelecer uma percentagem uniforme de pagamento a nível da UE corrigirá as anomalias entre as diferentes taxas de pagamento da baixa por doença dos trabalhadores nos diferentes Estados-Membros, criará condições equitativas para todos os trabalhadores e contribuirá para o gozo da licença por mais pais, para quem a falta de retorno económico é um forte desincentivo ao gozo da licença parental.

O relator apresentou uma proposta no sentido de gerir melhor o pedido de licença parental, estabelecendo um prazo de pré-aviso claro que o trabalhador que requer a licença dará ao empregador, com o calendário exato de quando o trabalhador pretende exercer o seu direito à licença parental. O relator considera que este beneficiaria tanto os empregadores no seu planeamento como os trabalhadores ao dar-lhes a possibilidade de gozarem esta licença quando ela é mais necessária. Isto é ainda mais pertinente para as MPME, pois não se podem dar ao luxo de ter um grande número de empregados ou recursos financeiros para recrutar pessoal suplementar temporário.

• O relator congratula-se com a proposta de introduzir um direito à licença de cuidador para trabalhadores com familiares gravemente doentes ou dependentes. Poderão ter uma licença de cinco dias por ano, remunerados, pelo menos, ao nível da baixa por doença. Em vez disso, o relator propôs que a licença de cuidador fosse remunerada, pelo menos, de forma equivalente a 75 % do salário bruto do trabalhador.

• Paralelamente, a nova proposta alarga o direito de solicitar regimes de trabalho flexíveis e de gozar a licença parental a todos os progenitores (que exercem uma atividade profissional) de crianças até uma determinada idade, que deve ser pelo menos de doze anos. O relator compreende que esta medida poderá criar algumas dificuldades, particularmente às MPME, e propôs, por conseguinte, a alteração da idade mínima para dez anos.

Referências

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