EMANUELE COCCIA EMANUELE COCCIA
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A D A S P L A N T A S
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UMA METAFÍSICA DA MISTURA UMA METAFÍSICA DA MISTURA
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Matttteo Coccieo Coccia a (1976-(1976-20012001))
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Pouco fuco faallaamos delas mos delas e e mal samal sabebemos smos seeus us nomesnomes. . A A ffililosoosoffiaia a
as negs neglliigencigencioou desde u desde semsempre, copre, com dem despresprezo zo mamaiis do qs do que ue poporr di
distraçãstraçãoo.1.1SSãão o oo o ornamrnamento cóento cósmsmicoico, , o acidente ineso acidente inessesencial encial e co
cololorido rido relegrelegado àado às ms maargrgens dens do camo campo po cocoggninititivovo. A. As ms metrópoletrópoleses co
contemporânentemporâneaas as s as coconsidnsideraeram os bim os bibelôs supérbelôs supérffluoluos da decora-s da decora-çã
ção urbo urbanaana. . Fora dFora dos muroos muros da s da cicidade, dade, sãsão po paraarasisitas tas ——erervas vas ddani ani--nhas
nhas —ou obj—ou objetos de proetos de produção em mdução em maassassa. A. As pls plantas sãantas são a fo a feridaerida se
sempre mpre abeaberta rta do esnobdo esnobismo ismo memetaftafísiísico co que que defdefinine nosse nossa a cultcultura.ura. O
O reretotorno rno do do recrecaalcadolcado, , de que de que é neé nececessássário rio nos lnos liivvrararmos pararmos para nos
nos conconsiderasiderarmos difrmos difeerentesrentes: : hohomemens, ns, raraciocionais, senais, sereres s espiespiriritu- tu-a
ais. is. ElElaas ss sãão o tumoo o tumor cr cóósmsmico ico do humanido humanismosmo, , os deos dejjetos queetos que o es
o espíripírito to aabsolbsoluto não couto não consenseggue eue eliliminar. minar. As ciências da As ciências da vividada também
também aas s negneglliigegencinciam. “A am. “A bibioolologia gia atual, atual, coconcebincebida da com bacom basese no
no que sque saabebemos smos sobre o aniobre o animal, mal, pratipraticamecamentnte nãe não o leva eleva em com contanta a
as plantas”;2s plantas”;2“a “a lliiterateratura etura evovoluciluciononista paista padrãdrão o é é zozooocêcêntrica”. Entrica”. E os ma
os manuais nuais de de bibioolloogia agia abobordam “de mrdam “de má á vvoontade antade as pls plantas cantas comoomo o
ornamernamentontos sobre a s sobre a áárvorvore re da da vviida, da, mamaiis do que cos do que como as mo as fformaormass que p
que permiermititiram a eram a essssa a áárvorvore sobrevire sobreviver e ver e crecrescescer”r”.3.3 11
EMANUELE COCCIA
Não se
Não se trata simplesme
trata simplesmente de
nte de uma
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insuf
sufiici
ciência e
ência epi
pistemol
stemoló
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gica: “enqua
ica: “enquanto
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outros animais do
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há déca
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denúnci
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(a máquina a
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tornou um luga
rnou um lugar comum d
r comum do mundo
o mundo in
intelectua
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Mass
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parec
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e que ni
e ninguém
nguém jjama
amaiis quis co
s quis contestar a
ntestar a superio
superiorid
ridade
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viida
da
animal
animal sobre
sobre a
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vida
da veg
vegeta
etal l e
e o di
o direito
reito de
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viida e
da e de m
de mo
orte da pri-
rte da
pri-meira sobre a
meira sobre a seg
segunda: v
unda: viida se
da sem person
m personali
alidade e
dade e se
sem di
m dignid
gnidade,
ade,
e
esta nã
sta não
o me
merec
rece nenh
e nenhuma empati
uma empatia be
a benevo
nevolente nem o exercíci
lente nem o exercício
o
do mo
do morali
ralismo que os
smo que os se
sere
res
s vi
vivos supe
vos superio
riore
res con
s conseg
seguem
uem mo
mobi
billii--zar
zar. . Nosso chauvi
Nosso chauvini
nismo ani
smo animali
malist
sta8se
a8se re
recusa
cusa a
a ir a
ir além de
lém de “uma
“uma
lliinguage
nguagem de a
m de ani
nimais
mais que não se
que não se presta a
presta ao
o relato
relato de uma verda
de uma verdade
de
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antropocentrismo que
centrismo que in
interio
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rizo
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rwinismo es
smo estende
tendendo
ndo
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o narcisi
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o huma
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reino
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ani
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Ma
Mas
s e
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se deix
deixam aba
am abalar po
lar por e
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ngada negli
da negligê
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n-cia: demonst
cia: demonstram
ram uma
uma iindi
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sobe
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mundo hu-
hu-ma
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dos reiino
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s plantas pa
as parece
recem a
m ausentes, co
usentes, como que
mo que ext
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long
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rdo sonho quí
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co. . Não têm s
Não têm se
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disso: nenhum o
nenhum outro v
utro viiv
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ente adere
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las a
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o mundo ci
mundo circundante.
rcundante. Não têm olho
Não têm olhos ne
s nem ouvi
m ouvidos
dos
que
que lhes
lhes permitam di
permitam disti
stingui
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s form
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sua imagem na i
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ridescência de core
descência de cores e sons que a
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s a ele.1
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Partici
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dade do mundo
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plantas nã
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ço, de
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permanecer
cer o
onde es
nde estão.
tão. O
O es
espaç
paço,
o, para
para elas,
elas, náo se
náo se esmiga
esmigallha
ha
num
num tabulei
tabuleiro
ro heterogê
heterogêneo d
neo de d
e dififer
erença
enças g
s geog
eográ
ráfficas; o mundo
icas; o mundo
se
se co
condensa
ndensa no pedaço de c
no pedaço de chão e
hão e de c
de céu
éu que ocup
que ocupam
am. . D
Dififerente
erente
me
mente da ma
nte da maiio
ori
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a dos ani
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maiis supe
s superio
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têm nenhuma
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etivva
a co
com o que a
m o que as rodei
s rodeia: estã
a: estão
o, , e
e só po
só podem e
dem estar
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co
constantemente e
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xposta
stas a
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mundo que a
que as circund
s circunda. A
a. A vviida ve
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absol
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em comunhão
comunhão g
glo
lobal co
bal com o a
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mbiente.
e. É com o f
É com o fim de a
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imo possív
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l ao mundo que
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cos. É atra
É através de
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vasta supe
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espalhada
espalhada pelo
pelo ambi
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que lhes
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contece e a
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seu ambi
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ente.
e. N
Não se pode separa
ão se pode separar —
r —
nenem m fifisisiccaamementntee nenem m memettaaffsisiccaamementntee
—a pl
—a planta do mund
anta do mundo
o que a
que a a
acol
colhe.
he. E
Elã é
lã é a
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ffo
orm
rma
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s intensa, ma
ntensa, maiis radical,
s radical, ma
maiis para
s paradi
digmá
gmáti
tica do e
ca do esta
star-
r-
no-no-mu
mundo.
ndo. IInterrog
nterroga
ar a
r as plantas é
s plantas é compree
compreender
nder o que signif
o que signifii
ca estar-no-mundo. A planta encarna o laço mais íntimo e mais
ca estar-no-mundo. A planta encarna o laço mais íntimo e mais
eleme
elementar que
ntar que a
a vviida pode es
da pode estabe
tabelecer
lecer com o mundo
com o mundo. . O
O inv
inve
erso
rso
tam
também é
bém é vverda
erdadeiro
deiro: : elã é
elã é o o
o obse
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o ma
mais
is puro
puro para
para con
con
templar o mu
templar o mundo
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em sua
m sua to
totali
talidade
dade. . S
Sob o
ob o soi o
soi ou sob a
u sob as nuve
s nuvens,
ns,
misturando-misturando-se à
se à ág
água
ua e
e a
ao v
o vento,
ento, sua
sua vviida é
da é uma int
uma interminável
erminável
cont
contem
empl
pla
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ção
o cósmi
cósmica
ca, , se
sem disso
m dissociar os obj
ciar os objetos e a
etos e as subs
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ou, d
ou, dit
ito de out
o de outra
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aceit
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ando toda
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s nuances, até
nces, até se
se ffundi
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com
com o mundo,
o mundo, a
até co
té coin
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cidiir com su
r com sua
a subs
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tância.
ia. N
Nunca p
unca podere
odere
m
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os compreende
mpreender uma pl
r uma plant
anta
a se
sem ter comp
m ter compreendid
reendido
o o que é
o que é o
o
mundo.
mundo.
EMANUELE COCCIA
A
A eexxtteennssãão o ddo o ddoommíínnio io dda a vviiddaa
El
Ela
as viv
s vive
em a
m a dist
distâ
âncias sidera
ncias siderais
is do mundo
do mundo huma
humano
no, , como a
como a
qua
quase to
se tottali
alidade dos out
dade dos outro
ros vi
s vivent
ventes.
es. Essa
Essa seg
segreg
rega
açã
ção n
o ná
áo
o é
é uma
uma
simpl
simples ilusão cul
es ilusão culttural
ural, , é
é de
de natureza
natureza ma
mais p
is pro
roffunda.
unda. S
Sua
ua ra
raiiz se
z se
encontra no metabolismo.
encontra no metabolismo.
A
A sso
ob
brre
evviivvê
ên
ncciia
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da
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qu
ua
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e tto
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s sse
erre
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os
s p
prre
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outros v
ros viv
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entes
ntes: : to
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pe
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mais e pelas
pelas pl
plantas. E os a
antas. E os ani
nimais supe
mais superio
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s náo so
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da que troc
roca
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raça
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sso de
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mentaçã
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Viv
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lmente viver da
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própria
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io do vi
do vivente: ele
vente: ele se
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Como
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e
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articul
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adas nunca p
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ssasse
sse de uma imensa
de uma imensa taut
tauto
olo
logia cósmica:
gia cósmica:
elã pressu
elã pressupõ
põe a
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si mesma, , só p
só pro
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duz a
a si mesma
si mesma. . É po
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ntam a única brecha na
ca brecha na a
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alidade do v
dade do viv
ive
ente.
nte.
2
2
Nes
Nesse se sentisentidodo, , a a vviida superioda superior par parerece nunca ter tidce nunca ter tido o rerelaçlaçõesões imediatas c
imediatas com o mundo om o mundo sesem m vvida: ida: o primeiro o primeiro amambibiente de ente de todotodo v
viivveenntte e é é o do doos s iinnddiivvíídduuoos s dde e ssuua a eessppéécciie e e e dde e oouuttrraas es essppéécciieess.. A v
A viidda a ppaarreeccee devedever ser ser ser seu u prpróprióprio o memeiioo,, seseu u prpróprióprio lo lugugar.ar. Só Só aass plantas cont
plantas contraravvêm a êm a eessa ssa regregra topra topoolólóggica de ica de autoautoininclusão. clusão. NáoNáo precisam da
precisam da mediação de outmediação de outros serros serees s vivivovos pas para ra sobsobrerevviviver. Ner. Nemem a
a desejam. Tdesejam. Tududo o o que exio que exigegem é m é o muno mundodo, , a a realirealidade edade em sem seusus co
compomponentes manentes maiis es ellemeementares: pedrantares: pedras, s, ágágua, ar, luzua, ar, luz. . VVeeeem om o mundo
mundo aantes que ntes que ele ele seja haseja habibitado tado popor fr formaormas de s de vviida suda superioperio re
res, veem o res, veem o reaal l em em suasuas fs formaormas mas mais ancestrais. is ancestrais. OOu, u, aantes, ntes, enen cont
contraram vim vida lá da lá oonde nenhum outnde nenhum outro oro orgrganismo conanismo conseseggue isue isso.so. T
Traransfnsfoormarmam tm tudo o que tocam eudo o que tocam em m vviida, fda, faazem zem da da mamatéritéria, doa, do a
ar, r, da luz soda luz sollar ar o que será o que será para o repara o resto sto dos sedos seres res vviivovos um espas um espaçoço de
de hahabitbitaaçãção, o, um mundo. um mundo. A A aautotroutotroffia - ia - é é o noo nome me dadado do a a eessssee poder
poder de de MiMidas que das que permipermite transte transfformar ormar em em alialimento mento tudo tudo oo que
que se se totoca e ca e tudo tudo o que se o que se é é —não —não é é simpsimplesmentlesmente uma fe uma foormarma ra
radical dical de de autoautononomia amia allimenimentar, tar, é é sobretudo sobretudo a a capacapacidcidaade qude quee e
elas têm de transflas têm de transfoormarmar a r a energia solenergia solar ar didispersa pespersa pelo lo cosmos emcosmos em corpo vi
corpo vivovo, a ma, a matéria disftéria disfoorme rme e e didisparasparatada tada do do mundo mundo em em rearealili da
dade coerente, ode coerente, ordenada rdenada e e uniunitáritária.a. S
Se é e é ààs pls plantas que devemantas que devemos os perguntperguntar o que é o muar o que é o mundondo, , éé po
porque rque sãsão elao elas que “fs que “faazem mundzem mundoo””. O . O mundmundo é, o é, para para a a gragrandende ma
maioioria dos ria dos oorgrganismos, anismos, o proo produto duto da da vviida da vegevegetal, tal, o proo produto daduto da col
colonionizaçãzação do o do plplaneaneta peta pelas plantas, desdlas plantas, desde tee tempos imemoriais.mpos imemoriais. Não a
Não apenapenas “o os “o orgrganismo anianismo animal é mal é iinteinteiramramente conente constistituítuído do pepelaslas su
substâncbstâncias orgâias orgânicas pronicas produziduzidadas pelas pelas pls plantas”,antas”,1co1como tambémo tambémm “a
“as plantas superios plantas superiores represeres representntaam 90% m 90% da bioda biomamassa ssa eucarioeucariottaa do plane
do planeta”.2ta”.2O O conjconjunto unto dos dos objobjeetos e tos e dos udos utentensílisílios que nos que nosos ce
co
combustívmbustível, os mel, os medicamedicamentoentos), s), mmaas, sobretudo, s, sobretudo, a a tototalitalidade dade dada v
viidda a aanniimmaal l ssuuppeerriioor r ((qquue e tteem m ccaarráátteer r aaeerróóbbiiccoo) s) se e aalliimmeenntta a ddaass tro
trocacas os orgrgânicas gânicas gaasosasosas des dessssees ss seereres s (o (o ooxixigêgêninioo). ). NoNosssso muno mundodo é um f
é um faato vto vegegetal antes de setal antes de seer um fr um faato to anianimamall.. O
O aaristoristotelismo ftelismo foi oi o primeiro o primeiro a a levar levar eem m coconta nta a a posiçãposição lo liimimi nar da
nar das plantas, s plantas, dedescrescrevendo-vendo-aas como um ps como um pririncíncípipio o de de aaninimamaçãçãoo e
e de psde psiquiiquismo unismo univverersasal. l. A A vviida da vegvegeetativtativaa ((psypsycché hé trtroophiphikkêê) nã) nãoo era
era simplsimplesmesmente, ente, parpara o aa o aristoristotelitelismo smo da da AAntntiiguidade e guidade e da Ida Idadadede Médi
Média, a, uma cuma claslasse se didististintnta a de fde foormrmaas de s de vviida eda espespecífcíficaicas os ou umau uma uni
unidade taxodade taxonônômicmica a seseparaparada dda daas outs outrasras, , e e sim sim um luum lugagar parr par ti
tilhlhaado do por tpor todos os sodos os seereres s vivvivos, os, inindifdifererenteentememente da dnte da distiistinçãnçãoo entre
entre plantas, animais e plantas, animais e hohomemens. ns. Um priUm princíncípipio o aatratravés dvés do qualo qual “a
“a vviida peda pertence rtence a a totodos”dos”.3.3 Pe
Pelalas pls plaantasntas, , a a vivida da sse e dedeffinine e iininicicialmentalmente ce comoomo circulaçãocirculação dos se
dos sereres s vivivos e, povos e, por car causa usa dissodisso, , se se coconstnstiitui tui na na didissemssemiinaçãnação o dadass fformaormas, s, na na didiffereerença nça dadas es espéspécies, dos reinocies, dos reinos, s, dos mdos modoodos de s de vividada.. Co
Contntudoudo, , eelas las nánáo são são ino intermetermedidiárioários, ags, ageentes ntes do ldo liimimiar ar cócósmismi co entre viv
co entre vivo o e e nãnãoo--vvivivoo, , esespípíritrito o e e mamatéria. téria. SSua cua cheghegaada da à à terrterraa ffirme e irme e susua ma multultipiplilicacaçãção o permitipermitiraram prom produzir duzir a a quaquantintidade ddade dee matéri
matéria e de ma e de maassa ssa oorgârgâninica de que a ca de que a vviida superioda superior se r se cocompõe empõe e se
se alialimenta. menta. MaMas também, s também, e e sobsobrerettudoudo, , elaelas transfs transfoormarmararam pam parara se
sempre mpre o rosto do o rosto do nosso plnosso planeta: faneta: foi oi aatravés través da da ffoototossíntese ssíntese queque nossa a
nossa atmotmosfsfera era paspassou a tsou a ter maer mais is ooxixigêgêninioo;4;4 é aé aiindnda ga graraçaças às àss pl
plantas e antas e a a sua sua vviida que da que os orgaos organinismos anismos animamais is supesuperirioores podemres podem pro
produzduziir a er a energia necenergia necessássáriria a a a sua sua sobrevisobrevivêncivênciaa. . E poE por e ar e atratravésvés de
dellaas que nosso ps que nosso pllaneta proaneta produz duz sua sua aatmotmosfsfera era e e ffaaz respiz respirar rar osos se
sereres que cobrem sua s que cobrem sua pele. pele. A A vviida dada das pls plantas é uma antas é uma cocosmogonismogoniaa em a
em atoto, , a a ggêneênese se coconstnstaante de nosso cosmnte de nosso cosmos. os. A A bobotânitânica, ca, nenessssee se
a
as fs formaormas de s de vviida cada capapazes de zes de ffototossíntese ossíntese como dcomo divivinindadedades is inunu ma
mananas e s e mamateriais, teriais, tititãs dométãs domésticosticos que nás que náo o precisaprecisam de m de vviioolênlên cia pa
cia para ra ffundar novos mundos.undar novos mundos. D
Deesse sse poponto nto de de vviista, sta, aas plants plantas aas abalam um dos pilbalam um dos pilareares das da bi
bioolologgia e ia e dadas ciências nas ciências naturais dos últturais dos últimoimos sés sécuculolos: a s: a priprimamazzia doia do me
meio io sobre sobre o vio vivvente, ente, do mundo do mundo sobre sobre a a vviida, do da, do esespapaço soço sobre bre oo sujeito
sujeito. A. As plantas plantas, s, susua história história, sua a, sua eevovoluçãlução, o, provprovaam que m que os os vivi v
veennttees s pprroodduuzzeem m o o mmeeiio o eem m qquue e vviivveemm, , eem m vveez z dde e ssiimmpplleessmmeennttee sere
serem obm obrigadorigados a s a se se adaptadaptar a ar a ele. ele. ElElaas mos modidiffiicaram para caram para semsem pre
pre a a estrutura mestrutura metaetaffísiísica ca do mundodo mundo. . CoConvnvididamam--nonos a s a pensapensar r oo mu
mundo ndo ffísico como o ísico como o conjconjunto unto de todos os de todos os objobjetos, o etos, o eespaspaço queço que compreende
compreende a a tototalitalidade ddade de tudo o e tudo o que que ffoioi, , é é e e seserárá: : o hoo horizrizontontee defi
definitinitivo vo que que jjá náá náo o totolera lera nenhumnenhuma a exterioriexterioridadade, o code, o contintinentenente a
absolbsoluto. uto. TToornando rnando possívpossível o mundo de el o mundo de que que sãsão parte o parte e e concon teúdo
teúdo, as , as plplantas destroem a antas destroem a hihierarquierarquia toa topopolólógica gica que que paparecerece rein
reinar ar sobre o sobre o cosmos. cosmos. DDemonstemonstram ram que a que a vviida é da é uma rupturauma ruptura da
da asassimetria simetria entre entre cocontintinente e nente e contconteúdeúdoo. . QQuauando ndo há há vvida, oida, o cont
continente inente jaz no cojaz no conteúnteúdo do (e (e éé, po, portartantonto, , contcontido ido por epor ele) ele) e v
viiccee-v-veerrssaa. O . O ppaarraaddiiggmma a ddeessssa a iimmbbrriiccaaççãão ro reeccíípprroocca a é é o o qquue e ooss a
antintiggos jos já noá nomemeaavam soprovam sopro (pneumà).(pneumà). S Soopraprar, respirarr, respirar, , signifsignificaica de
de ffaato to ffaazer zer esesta eta exxperiênciperiência: o que nos cona: o que nos contém, tém, o ar, se o ar, se totornarna co
conteúdo em nteúdo em nós, e, inós, e, invnversaersamente, mente, o que o que esestava tava cocontintido em ndo em nósós se
se totorna rna o que nos conto que nos contémém. . RespiRespirarar signifr significa eica estar imestar imerso rso numnum me
meio io que nos penetra com a mque nos penetra com a mesma esma iintntensiensidade com que nósdade com que nós o pene
o penetramtramos. os. AAs s plplantas transfantas transfoormarmararam m o mundo o mundo na na rearealilidadedade de u
de um sopro, m sopro, e é e é a a partpartiir der dessa ssa estrutura toestrutura topopolólóggica que a ica que a vvididaa deu a
deu ao coo cosmsmos qos que tentaremue tentaremoos, s, nesneste lite livvro, ro, descdescrever rever a a noção denoção de mundo.
mundo.
1 177
D
Da
as plant
s plantas, ou da
as, ou da vi
vida do
da do espí
espíriritto
o
El
Ela
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os para manejar o m
manejar o mundo
undo, , e
e, , no ent
no entanto
anto, , se
se
ria difícil encontrar agentes mais hábeis na construção de formas.
ria difícil encontrar agentes mais hábeis na construção de formas.
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terra firme
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afirmou como o espaço e o laboratório cósmico de invenção de
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formas e de modelagem da matéria.1
formas e de modelagem da matéria.1
A a
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ica sempre se
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3
1
fformaormar. r. AAos paros paraadoxdoxos os da cda coonsciência que snsciência que só saó sabe fbe figuraigurar fr formaormass sob a
sob a cocondindição de dição de diststiinguingui--llas de as de si mesi mesma sma e e da reada realliidade dade de de queque sã
são os mo os modeloodelos, a plants, a planta a opõopõe e a a iintntiimidmidade ade aabsobsolutluta a entre entre sujeitsujeitoo,, ma
mattéria e éria e iimagmagiinaçãonação: : iimaginmaginar ar é é se se totornar o que rnar o que se se iimagmagiina.na. Não se
Não se trata etrata exclxclusivusivamamente de ente de iintntiimimidade e dade e de imediatez: de imediatez: aa g
gêênesnese dae das fs formaormas atis atinge nange nas ps plantlantas uma intas uma intensiensidade inacedade inacessívssívelel a
a quaqualquer outro vlquer outro viviveente. nte. DDififeererentemntemente ente dos ados aninimamais is supesuperiorio re
res, cus, cujo jo desdesenvoenvolvlvimento se imento se intinterrerroompe mpe aassim que ssim que o ino indidivvííduoduo cheg
chega a a a sua matursua maturiidade sexualdade sexual, , aas pls plantas nantas nãão o param de param de se se desedesenn v
voollvveer r e e ccrreesscceerr, m, maass, s, soobbrreettuuddoo, n, nãão o ppaarraam m dde e ccoonnssttrruuiir r nnoovvooss órg
órgããos e os e novnovaas pas partes de rtes de seseu própu próprio rio corpo corpo (f(foolhas, lhas, fflloreores, partes, parte do t
do tronronco, co, etc.) etc.) de de que fque foram oram priprivvaadadas os ou de u de que que elaelas prós própriprias as sese lilivvrarararam. m. SSeeus us corpos scorpos sãão uma indo uma indústriústria a morfmorfooggenéenétitica ca iininintnterer rupta
rupta. . A A vviida vegda vegetaetatitivva a é é o alambio alambique cósmque cósmico ico da mda meetamtamorforfoosese uni
univversaersall, , a a popotêncitência a que que permipermite a te a totoda foda forma rma nanascescer (se r (se conscons ti
tituituir a r a partir de partir de inindidivvííduoduos que s que têm têm uma uma fforma orma didiffereerente), nte), ssee de
desesenvonvolvlveer (mor (modifdificar icar sua sua próprópria fpria forma orma no tempono tempo), ), se se reprodureprodu zi
zir difr difeererenciandnciando-o-se (multse (multipiplilicar car o eo exixistestente nte sob a sob a condicondiçãção o de de oo modif
modificaicar) r) e e morremorrer (r (deixar deixar o difo difeererente triunfnte triunfaar sr sobre obre o io idênticodêntico).). A
A ppllaanntta a é é uum m ttrraannssdduuttoor r qquue e ttrraannssfoforrmma a o o fafatto o bbiioollóóggiicco o ddo o sseerr v
viivvo o eem m pprroobblleemma a eessttééttiicco o e e ffaaz z ddeessssees s pprroobblleemmaas s uumma a qquueessttãão o ddee v
viidda a e e dde e mmoorrttee.. E por i
E por isssso to também queambém que, , aantes da ntes da momodernidernidade cartesianadade cartesiana que
que redureduziziu o espíriu o espírito to a a sua sua sombra sombra aantrontropopomórfmórficicaa, , aas pls plaantasntas fforaoram m coconsinsideraderadas podas por sér séculos coculos como a mo a ffoorma rma paradiparadigmágmátitica daca da e
exxististêncênciia a da rda raazãzão. o. DDe e um eum espíspíritritoo qque ue se se eexxeerrcce e na na modemodellaaggeemm d
de e si si memesmo.smo. A A medimedida deda dessa ssa cocoinincicidêncidência ea era ra a a semsemente. ente. NNa a sese me
mente, de fnte, de faatoto, , a a vviida vegda vegetaetatitivva a demonstra todemonstra toda da sua sua raracicioonalinali da
de
de um modelo
um modelo ffo
orma
rmal l e
e se
sem
m o me
o meno
nor e
r erro.
rro.2
2T
Trata
rata--se
se de
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anállo
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xis ou da produção.
s ou da produção. Po
Poré
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nguir e o
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r [...].
]. Pl
Plo
otin
tino o diz pa
o o diz pai e
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r, po
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ribu
bui as
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ntes no campo da na
mpo da naturez
tureza
a e
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é o ma
o maiis pró
s próxi
ximo di
mo dispensador de
spensador de fforma
ormas.
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Para nós,
nós, ele
ele é
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o artista
sta
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interno
terno, , po
porque
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orma
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téria
a e
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nterio
erior,
r, a
assim
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como do
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nterio
erior do ge
r do germe
rme ou da ra
ou da raiz
iz ffa
az sa
z sair e
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dese
senvo
nvolv
lve o tro
e o tron
n
co, do
co, do tronco
tronco, , os
os primeiros ga
primeiros galho
lhos, dos g
s, dos ga
alho
lhos prin
s princip
cipa
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traz de vvo
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humores das fol
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dos
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rutos aos ga
os galho
lhos derivados,
s derivados, dos g
dos ga
alho
lhos derivados aos prime
s derivados aos primeiro
iross
galhos, destes ao tronco, do tronco à raiz.”3
galhos, destes ao tronco, do tronco à raiz.”3
Náo
Náo bas
basta re
ta reconhece
conhecer,
r, como
como ffe
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tradição aristo
otéli
télica,
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razáo é
záo é o l
o lugar da
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s formas (
ormas (
llóóccus us formarum), formarum), oodepósito de todas
depósito de todas
a
as f
s forma
ormas que o mun
s que o mundo
do po
pode a
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briga
gar.
r. E
Elã também é
lã também é sua
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causa
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te. S
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xiste uma ra
ste uma razáo é a
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que defiine a
ne a gê
gênese
nese
de ca
de cada uma
da uma da
das f
s forma
ormas de que
s de que o mundo
o mundo se
se co
compõe.
mpõe. IInversa
nversa
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mente,
nte, uma
uma se
seme
mente é
nte é o exa
o exato
to opo
oposto d
sto da
a simpl
simples e
es exi
xistênci
stência
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r
tual de uma
tual de uma ffo
orma
rma com a
com a qua
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requentem
uentemente
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nfundi
undida.
da. O
O
g
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paço
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ísico
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orma
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á náo
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defin
ine uma
e uma pura
pura
apa
aparência ou o o
rência ou o objeto
bjeto de uma
de uma vi
visã
são
o, , nem o simples a
nem o simples aci
cidente de
dente de
uma
uma substância
substância, , ma
mas um destino
s um destino: : a
ao me
o mesmo tempo o
smo tempo o hori
horizo
zonte
nte
e
espe
specíf
cífico —ma
ico —mas i
s int
nteg
egral e a
ral e abso
bsoluto
luto —
—da exist
da existência de ta
ência de tal l ou
ou qual
qual
in
indi
divvíd
íduo
uo e
e o que permite co
o que permite compre
mpreende
ender su
r sua e
a exi
xistência e
stência e todo
todoss
os
os acont
acontecimento
ecimentos de
s de que e
que ellã
ã se
se co
compõe como
mpõe como ffa
ato
toss
ccósmiósmiccosose
e
ná
náo purame
o puramente su
nte subj
bjetiv
etivos.
os. IIma
maginar
ginar ná
náo si
o signif
gnifica
ica col
colo
ocar
car uma
uma
ima
image
gem i
m inerte e
nerte e imaterial
imaterial di
diante dos olho
ante dos olhos,
s, m
ma
as co
s contemplar a
ntemplar a
fforça
orça que permit
que permite transf
e transfo
orma
rmar o mundo
r o mundo e
e uma porção de su
uma porção de sua
a
matéria em
matéria em
umuma a vivida singda singulaular.r.Imag
I
magin
inando
ando, a
, a sem
semente
ente to
torna ne
rna ne
cess
cessá
ária uma
ria uma vviida,
da, deix
deixa
a se
seu corpo
u corpo se
se emparelhar com o curso
emparelhar com o curso do
do
mundo. A semente é o lugar onde a forma não é um conteúdo do
mundo. A semente é o lugar onde a forma não é um conteúdo do
mundo,
mundo, m
ma
as o se
s o ser do mundo
r do mundo, , sua
sua fforma
orma de
de vi
vida.
da.
A r A raazzááo o é é uummaa sesemmeentente, , pois, pois, didiffeerentrenteemementnte e do do quque e a a momodedernrniidadade de se se obstiobstinou enou emm pensar,
pensar,
não é o e
não é o espa
spaço d
ço da
a co
contempl
ntemplaçã
ação
o estéril
estéril, , nã
não
o é
é o espa
o espaço
ço
da
da existência in
existência intenci
tencio
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nal da
das f
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ormas,
s, m
ma
as a fo
s a força
rça que faz e
que faz exi
xistir
stir
uma
uma imag
imagem
em como destino
como destino es
espec
pecífífico
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tal ou qua
u qual i
l ind
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objeto.
eto. A
A ra
razão é
zão é o que permi
o que permite a um
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a imagem s
em se
er um destin
r um destino
o,,
e
esp
spa
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ço de vvid
ida to
a total,
tal, hori
horizo
zonte espa
nte espacial e tem
cial e tempo
pora
ral.
l. É nece
É necessida
ssidade
de
cósmica e não capricho individual.
cósmica e não capricho individual.
E M
P
Poor umr uma fa fiillosofosofiia da naa da naturezatureza
Este
Este lilivro vro pretende rpretende reaeabribrir a r a quequestão do stão do mundo mundo a a partipartir da r da vividada da
das pls plantaantas. s. FaFazer isszer isso o signisigniffica reaica reatar ctar coom uma tradição antim uma tradição antigaga.. Aq
Aquuiillo a o a qquuee, d, de e mmaanneeiirra a mmaaiis s oou u mmeennoos s aarrbbiittrráárriiaa, c, chhaammaammooss ffililosoosoffia ia nanascesceu e u e se se cocompreendia, nmpreendia, na a oorigemrigem, , como umcomo uma a iintnter- er-roga
rogaçãção o sobre a sobre a natureza do mundnatureza do mundoo, , como como um discurso um discurso sobre asobre a física
física ((fferi eri ttêêspsphyshyseeôsôs)) oou sobre u sobre o cosmoso cosmos ((peperi ri kkoosmsmoou).u). E Essa ssa esco esco--llha nada tiha nada tinhnha de a de cacasuasual: l: ffaazer zer da natureza da natureza e de do o cosmcosmos oos os objs objetosetos priv
privililegegiados do pensiados do pensaamemento nto signifsignificava icava aaffirmairmar implr impliciicitametamentntee que o pe
que o pensamnsamento ento só ssó se e totorna frna fililosoosoffia aia ao o se se coconfnfrorontar com entar com esssseess o
objbjetoetos. s. E E em em ffaace ce do mundo mundo do e e da da natureza que natureza que o hoo homem mem popodede v
veerrddaaddeeiirraammeenntte e ppeennssaarr. . EEssssa a iiddeennttiiddaadde e eennttrre e mmuunnddo o e e nnaattuurreezzaa está
está lolonge nge de sede ser bar banal. nal. PoiPoiss naturezanatureza designava ná designava náo o o que pre-o que pre-ce
cede de a a aatitivvididaade dde do espírito espírito o humahumanono, , nenem o opom o oposto da cultura,sto da cultura, ma
mas o que permite a tudo s o que permite a tudo nanascescer e r e devidevir, r, o prio princíncípipio o e e a a fforçaorça res
respoponsánsáveis pveis pela gela gênesênese e e e pelpela transfa transfoormarmaçãção o de tode todo do e e qualqualquerquer obj
objeto, eto, coisacoisa, , entientidade dade oou idu ideia eia que que eexiste e xiste e existiexistirárá. . IIdentifdentificaricar natureza e
natureza e cosmos sicosmos signifgnificica a aantntes de es de tudtudo o ffaazer zer da da natureznatureza a nánáoo um pri
um princíncípipio sepao separarado, do, mmaas as aquiquilo lo que que se se eexxpriprime me eem tudo m tudo oo
44
2
que
que éé. . IInvnveersarsamemente, o nte, o mundo mundo nánáo é o é o coo conjnjunto unto lólóggico ico de todde todosos os objeto
os objetos, s, nem uma tonem uma totaltaliidade mdade metaetaffísiísica ca dos sedos sereres, mas, mas a s a fforçaorça ffíísisica ca que aque atravessa travessa tutudo do o que se o que se engendra e engendra e se se transftransfoormarma. . NáoNáo há nenh
há nenhuma seuma sepapararaçãção o entre a maentre a matéritéria e a e o o iimaterimaterial, al, a a hihistóstóriria e a e aa ffísicaísica. . NNum plano um plano mamais is microscópimicroscópico, co, a a naturenatureza é za é o que o que permitepermite es
estar tar no munno mundodo, , ee, i, invnversaersamente, tmente, tudo udo o que lio que liga ga uma cuma cooisa isa aaoo mundo
mundo ffaaz parte de sua naz parte de sua naturezatureza.. H
Há á váriovários sés séculoculos, salvo s, salvo rarararas es exceçxceções, a ões, a ffililosoosoffia náia náo o con- con-templ
templa ma mais a ais a natureza: o dinatureza: o direitreito o de de trattratar ar e e de de ffalar alar do mundodo mundo da
das cois coisasas e dos ses e dos sereres s vivivovos náo hs náo humaumanonos cas cabe pribe princincipalmentpalmentee e
e eexclxclusivusivaamemente a nte a outras disciploutras discipliinasnas. . PlPlantaantas, anis, animamais, is, ffeenônôme me--nos a
nos atmotmosfsféricos coéricos comuns omuns ou eu extxtraordiraordinárionários, s, os eos elementolementos e s e susuaass co
combinmbinações, ações, aas cs coonstelnstelações, ações, os planetas e os planetas e aas es estrelstrelaas fs fooraram de-m de-ffininititivivaamemente expunte expulsos do lsos do cacatálogo itálogo imamaginário ginário de de seseus objetos deus objetos de e
estustudo pdo privrivililegegiados.iados.1A 1A partir do partir do sésécuculo Xlo XIIXX, , uma uma imeimensa nsa paparterte da
da experiência experiência de cde cada ada inindidivvídíduo uo se se totornornou ou objeto bjeto de uma de uma cecertarta censu
censurara: : desdesde de o io idealidealismo smo aallemãemãoo, t, tudo udo o que o que é é chamado dechamado de
c
ciiêêncnciias as humhumanaanass fo foi i um eum esfosforçrço po poolilicial, cial, aao o memesmsmo o temtempo po dedeseses-
s-pera
perantnte e dee e desespersesperado, ado, para fpara faazer desazer desapareceparecer o r o que proque provvém doém do na
naturatural l do dodo domínimínio o do cogdo cognoscnoscívíveel.l. O
O “f“fisioisiocídiocídio” —” —parpara ua usasar a r a papalavra lavra fforjorjaada da popor Ir Iaain in HHaamilmiltotonn G
Grarant2nt2—teve consequê—teve consequêncinciaas mas mais is nefasnefastas tas que a que a simplsimples dives divisãoisão dos conhecimento
dos conhecimentos entre as entre as difs difererentes centes corpoorporarações de eções de estudiostudiosos.sos. Ho
Hoje é je é muitmuito o natural para natural para aalguélguém que sm que se e pretende pretende ffilóilósofsofo o co- co-nhec
nhecer er os maos mais iis insinsignifgnificicaantntes aes acocontecimentontecimentos do passas do passado do de de suasua na
naçãção o enquaenquantnto o iignognora os ra os nonomemes, s, a a vivida ou a hida ou a históstóriria a dadas es espéspéciescies a
aninimamais e vegis e vegetaetais is de que de que se se alialimentmenta coa cotitididianameanamentnte.3Mas, e.3Mas, aalémlém de
desssse e aanalfnalfabetiabetismo smo popor der desuso, suso, a rea recusa cusa de rede recoconhecer qualquernhecer qualquer di
dignidade gnidade ffililosóosóffica ica à à natureza natureza e e aao coo cosmsmos proos produz um estraduz um estranhonho
EMANUELE COCCIA