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Levantamento de plantas infestantes em reflorestamento de Pinus taeda em Rio Negrinho, SC

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Academic year: 2021

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Levantamento de plantas infestantes em reflorestamento de Pinus taeda em Rio Negrinho, SC

Paulo Roberto Lessa (1), Eduardo Adenesky Filho (1, 2) & Lauri Amândio Schorn(1,2)

RESUMO

As plantas infestantes quando crescem juntamente com a cultura florestal podem interferir no seu desenvolvimento, reduzindo a produção. Essas plantas podem competir através da extração dos elementos vitais: água, luz, CO2 e nutrientes. Apesar de o gênero Pinus ser conhecido por apresentar elevada

rusticidade em seu desenvolvimento e, aparentemente, sofrer pouca influência da competição por plantas infestantes, alguns trabalhos mostraram que o controle dessas plantas na fase inicial de implantação pode melhorar o desempenho no crescimento do Pinus, nesta fase. O objetivo deste estudo foi identificar e quantificar as espécies infestantes em um povoamento de Pinus taeda, sob diferentes intensidades de controle dessas plantas, em Rio Negrinho, SC. O trabalho foi realizado na empresa Renova Floresta, onde em um talhão foram implantados oito tratamentos, que consistiram de diferentes intervalos de tempo entre ocasiões de controle das plantas infestantes, ou seja, 2, 4, 6, 8 10, 12 meses, além de tratamento testemunha sem controle e tratamento com controle total de plantas infestantes. Cada tratamento foi implantado com quatro repetições em parcelas de 600m². Em cada parcela foram locadas cinco subparcelas de 1 m2 cada, onde foram quantificadas e identificadas as plantas infestantes instaladas. O levantamento registrou aos doze meses após a implantação, o total de 51 espécies, distribuídas em 44 gêneros e 25 famílias. Entre os tratamentos, o número de famílias encontradas variou de 6 a 8, sendo 6 famílias para o tratamento realizado com limpeza aos 6 meses, enquanto que a maior riqueza encontrada foi no tratamento com limpeza aos 4 meses de implantação, com um total de 18 espécies. Os tratamentos de controle de plantas infestantes do reflorestamento colaboraram para a maior dinâmica e diversidade da população de plantas infestantes e diminuindo a dominância de poucas espécies exigentes de mesmos recursos.

ABSTTRACT

The weeds when they grow along with the forest culture can interfere with their development, reducing production. These plants can compete by extracting the vital elements: water, electricity, CO2 and nutrients. Although the Pinus genus is known to present high rusticity in its development and apparently suffer little influence of the competition by weeds, some studies have shown that the control of these plants in the initial phase of implementation can improve performance in the Pinus growth, this phase. The objective of this study was to identify and quantify the weed species in a stand of loblolly pine under different control intensities of these plants in Rio Negrinho, SC. The study was conducted at company Renova Floresta, where in a field were implanted eight treatments consisted of different time intervals between occasions control of weeds, ie 2, 4, 6, 8, 10, 12 months, and control treatment without control and treatment with full control of weeds. Each treatment was implanted with four replications on 600m² plots. In each plot were located five subplots of one m2 each, which were quantified and identified the weeds installed. The survey recorded the twelve months following implantation, the total of 51 species belonging to 44 genera and 25 families. Among the treatments, the number of families found ranged from 6 to 8, being six families for the cleaning treatment carried out at 6 months, while richness was found in the cleaning treatment at 4 months of implantation, with a total of 18 species. The reforestation weed control treatments collaborated for the most dynamic and diverse population of weeds and reducing the dominance of a few species of demanding the same features.

1

Rua São Paulo , 3250 (Departamento de Engenharia Florestal, FURB, Blumenau, SC). E-mail para contato: paulolessa.eng@hotmail.com.

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INTRODUÇÃO

Planta infestante é um termo utilizado para qualquer ser vegetal que cresce onde não é desejado. As plantas infestantes desenvolvem-se juntamente com a cultura florestal e podem interferir no seu desenvolvimento, reduzindo a produção. Podem competir pela extração dos

elementos vitais: água, luz, CO2 e nutrientes e podem exercer inibição química sobre o

desenvolvimento das plantas cultivadas, fenômeno este chamado alelopatia (LORENZI, 2006). Observando todas as práticas no momento de implantação de um reflorestamento, considera-se que o controle de plantas infestantes é um dos mais importantes, pois considera-seus custos podem chegar a até 60% dos custos de implantação (TOLEDO, 2008 apud SOUZA et al. 2011). Neste sentido, (CHARUDATTAN,1993), apud Toledo (2000), considerou que entre os problemas com plantas cultivadas no mundo, as plantas infestantes estão no topo da lista, pois podem trazer prejuízos tanto para pastagens, agricultura, floresta e ecossistemas aquáticos.

Plantas infestantes podem ser classificadas de acordo com as suas características de sobrevivência em plantas infestantes comuns e plantas infestantes verdadeiras. Comuns são aquelas que não conseguem sobreviver em condições adversas. As verdadeiras tem capacidade de crescerem em condições extremas, são mais rústicas quanto ao ataque de pragas e doenças, produzem uma grande quantidade de sementes e apresenta características de desuniformidade de germinação e dormência, fatores estes que facilitam a perpetuação da espécie (FERREIRA et al. 2010).

A dinâmica de plantas daninhas em sistemas de produção agrícola ou florestal, é influenciada pelo manejo das culturas, incluindo herbicidas, que alteram o banco de sementes e a competição de plantas daninhas ou infestantes com uma cultura. As diversas práticas visam o seu controle a nível de maior eficiência econômica e menor impacto ambiental, necessitando-se para isso conhecimentos para determinar ações adequadas (EMBRAPA, 2005).

Dentre as interferências diretas das plantas infestantes sobre as espécies florestais destacam-se: a interferência competitiva, que é a redução de um ou mais recursos limitantes, como água, os nutrientes e a interceptação de luz; e a interferência alelopática que é a interferência pela liberação de compostos químicos, que interferem no crescimento de plantas próximas (TOLEDO, 2008 apud SOUZA, 2011). Ainda segundo Embrapa (2005), as plantas infestantes podem apresentar problemas no manejos das culturas, mas também apresentar benefícios como a redução da capacidade de erosão do solo.

Quanto maior a densidade de plantas infestantes, maior será a competição pelos recursos e, portanto, mais intensa a competição exercida (PITELLI et al. 1988 apud COSTA, 2004).

Desta forma, o presente estudo teve por objetivo identificar e quantificar as espécies infestantes em um povoamento de Pinus taeda, sob diferentes intensidades de controle dessas plantas, em Rio Negrinho, SC.

MATERIAL E MÉTODOS

Área de estudo

A pesquisa foi realizada em uma das fazendas da empresa Renova Floresta Brasil, situada no município de Rio Negro no estado do Paraná (Figura 01). A avaliação foi conduzida em uma área de reforma com reflorestamento da espécie Pinus taeda.

Segundo a classificação de Köppen, o clima da região onde está inserida a área de estudo pertence à classe Cfb (temperado quente), com temperatura média do mês mais frio entre -3ºC e 18ºC, sem estação seca e temperatura média do mês mais quente de 22ºC (IAPAR, 1994).

A geologia da região pertence à era Paleozóica, período Permiano, grupo Itararé, com rochas arenitos, diamictitos, siltitos, ritmitos, folhelhos e geologicamente situada no segundo planalto paranaense (MINEROPAR, 2004). A topografia da região é representada por uma superfície suave

(3)

a fortemente ondulada, com altitude variando entre 800m e 1.200m. Os solos predominantes da região pertencem às classes de solo Cambissolo e Argissolo Vermelho e Amarelo. A vegetação é caracterizada como Floresta Ombrófila Mista (EMBRAPA, 1984).

Figura 01. Localização geográfica da área utilizada para instalação do experimento.

Coleta e análise dos dados

O período de instalação e monitoramento foi de dezembro de 2011 a novembro de 2013. Foram instalados oito tratamentos, caracterizados por parcelas com diferentes períodos de controle das plantas infestantes. O controle de plantas infestantes foi realizado com a aplicação de herbicida Scout® (glyfosate) aplicado na concentração de 2,0kg/ha em uma solução de água para 200L/ha por operação manual, com bomba costal.

O delineamento do experimento foi inteiramente ao acaso, visto que a área do experimento é relativamente homogênea (Figura 02). As parcelas foram instaladas com as dimensões de 20 m x 30 m (Figura 02), tendo quatro repetições por tratamento, totalizando 32 parcelas. A área total do

experimento foi de 19.200,00 m2. As avaliações da tolerância à competição foram realizadas ao 12º

mês após a implantação.

Os tratamentos utilizados para avaliação das espécies invasoras foram: T1 – Sem controle de invasoras (Figura 03); T2 – Controle aos 2 meses após o plantio (fevereiro de 2012); T3 – Controle aos 4 meses após o plantio (abril de 2012); T4 – Controle aos 6 meses após o plantio (junho de 2012); T5 – Controle aos 8 meses após o plantio (agosto de 2012); T6 – Controle aos 10 meses após o plantio (outubro de 2012); T7 – Controle aos 12 meses após o plantio (dezembro de 2012); T8 – Controle – controle de plantas infestantes quando do seu surgimento (a partir de janeiro de 2012 até dezembro de 2012) (Figura 03).

As avaliações foram realizadas somente na área útil das parcelas (200m2), considerando-se

bordas de 5 metros de largura (Figura 02). No entanto, os tratamentos com controle da vegetação infestante foram realizados nas entrelinhas de plantio de toda a parcela. Em cada parcela foram coletados e avaliados a presença de plantas infestantes e classificadas a nível de gênero, família e forma de vida.

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Figura 02. Disposição das parcelas (imagem anterior ao corte raso), tratamentos (T) e repetições (R) no campo do experimento localizado em de Rio Negro - PR. Fonte: adaptado de Google Earth, imagem anterior a implantação do

experimento.

Figura 03. (A) Tratamento 1 do experimento (controle contínuo); (B) Tratamento 8 (testemunha sem controle) aos 12 meses após instalação do experimento, em Rio Negro- PR.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Aos 12 meses

Foram registradas 51 espécies, distribuidas em 25 famílias e 41 gêneros. As famílias com maior riqueza foram Asteraceae (9 espécies), Poaceae (7 sp), Solanaceae (4 sp) e Cyperaceae (3 sp), correspondendo a 45,09% do total de espécies encontradas (Tabela 01). Dentre as espécies mais frequentes obsevadas aos doze meses estão: Pinus taeda, Panicum cf. repens, Scleria sp., Croton

triqueter e Eupatorium compressus correspondendo a 71,4% da frequência encontrada.

Diversidade semelhante foram encontradas em banco de semestre por Costalonga et al, 2011. Estas espécies infestantes também são apontadas como as mais importantes em plantios florestais por (ARRUDA et al. 2008 e GONÇALVES, 2008).

Tabela 01. Lista de espécies de plantas infestantes por família, nome científico e popular avaliados aos doze meses em plantios comerciais de Pinus taeda, em Rio Negro-PR.

FAMÍLIA NOME CIENTIFICO NOME POPULAR

APIACEAE Centella asiatica Centela

ARALIACEAE Hydrocotyle cf. leucocephala Cicuta-falsa

ASTERACEAE Baccaris uncinella Óleo de Vassoura

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Erechtites valerianifolia Tomateiro

Eupatorium compressus Eupatório

Gamochaeta sp. Espiga de ouro

Grasielia serrata Pasto de viado

Mikania sp. 1 Mikania sp. 1

Mikania sp. 4 Mikania sp. 4

Mikania sp. Mikania sp.

CLETHRACEAE Clethra scabra Carne-de-vaca

CYPERACEAE Bulbostylis capilaris Alecrim da praia

Cyperaceae sp. 1 Avenca

Cyperus meyenianus Tiririca

Scleria sp. Scleria

EUPHORBIACEAE Croton triqueter Velame

Croton urucana Sangreiro

FABACEAE Desmodium adscendens Carrapicho

Mimosa scabrella Bracatinga

IRIDACEAE Sisyrinchium vaginatum Capim - Palma

LAURACEAE Cryptocarya moschata Canela-fogo

LAXMANNIACEAE Cordyline cf. spectabilis Tuvarana

MELASTOMATACEAE Leandra sp. Leandra sp 1

Tibouchina clinopodiifolia Orelha-de-urso

MYRSINACEAE Myrsine coriacea Capororoca

MYRTACEAE Psidium guajava Goiaba

PHYLLANTACEAE Phyllanthus niruri Quebra-pedra

PHYTOLACACEAE Phytolacca americana Cururu

PINACEAE Pinus taeda Pinus

PLANTAGINACEAE Scoparia dulcis Vassourinha-doce

POACEAE Braquiaria sebastiana Capim papanduva

Chusquea sp. Taquara

Digitaria sp. Digitaria

Homolepis glutinosa Capim-gordura

Panicum cf. aquaticum Grama-da-ponta

Panicum cf. repens Grama-portuguesa

Panicum pilosum Capim-de-anta

Setaria cf. scabrifolia Setaria

PTERIDACEAE Peridium cf. aquilinum Samambaia

ROSACEAE Rubus cf. imperialiss Amorinha

RUBIACEAE Galium cf. noxium Galium

SAPINDACEAE Matayba elaeagnoides Camboata branco

SMILAXCEAE Smilax sp. Japecanga

SOLANACEAE Piptocarpa axilaris Vassourão-preto

Solanum mauritianum Fumo-bravo

Solanum paranaense Joá-velame

Solanum variable Jurubeba Velame

(6)

NI Ni 22 Ni 22

NI Pteridófita ni1 Samambaia

Observa-se na figura 04 a distribuição do número de famílias e espécies encontradas aos 12 meses, subdivididos por tratamento executado no experimento. Pode-se destacar a maior riqueza no tratamento 2 e uma baixa variação entre a quantidade de famílias encontrada em ambos tratamentos aos doze meses após a implantação do experimento.

Figura 04. Número de famílias e espécies nos tratamentos avaliados aos doze meses em plantios comerciais de Pinus

taeda, em Rio Negro-PR.

Neste período de análise foram encontradas uma maior quantidade de indivíduos de plantas infestantes arbóreas, agora com 47% do volume de indivíduos amostrados, seguidos por 26% de gramíneas, conforme a figura 05.

Informação esta confirmada na figura 06, que trata da distribuição dos indivíduos amostrados em cada tratamento do experimento. Sendo os tratamentos 3, 5, 6 e 8 com o maior percentual de indivíduos arbóreos remanescentes após a aplicação do controle de plantas infestantes. O tratamento 1 (testemunha sem controle) já obteve a predominância de gramíneas com 38% dos indivíduos amostrados e 33% dos indivíduos arbóreos.

Figura 05. Composição por formas de vida das populações de plantas infestantes aos doze meses em plantios comerciais de Pinus taeda, em Rio Negro- PR.

7 8 6 7 7 8 7 8 14 18 13 15 15 13 15 15 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 T1 T2 T3 T4 T5 T6 T7 T8 de Ind iv ídu o s Tratamentos Famílias Espécies 47% 21% 0% 4% 26% 2% arbórea arbustiva cipó erva gramínea pteridófita

(7)

Figura 06. Distribuição das formas de vida das plantas infestantes encontradas nos tratamentos avaliados aos doze meses em plantios comerciais de Pinus taeda, em Rio Negro-PR.

Aos 24 meses

Foram registradas 34 espécies, distribuidas em 19 famílias e 31 gêneros. As famílias com maior riqueza foram Asteraceae (6 espécies), Poaceae (5 sp) e Solanaceae (4 sp), correspondendo a 41% do total de espécies encontradas (Tabela 02). De modo geral independente de tratamentos as diversidade de famílias diminuiu 33% e a diversidade de espécies de plantas daninhas 24% em relação a análise inicial aos 12 meses após implantação do reflorestamento.

Dentre as espécies mais frequentes obsevadas aos doze meses estão: Pinus taeda, Scleria sp.,

Baccaris uncinella, Grasielia serrata e Eupatorium compressus correspondendo a 80,3% da

frequência encontrada.

Tabela 02. Lista de espécies de plantas infestantes por família, nome científicos e comum avaliados aos vinte e quatro meses em plantios comerciais de Pinus taeda, em Rio Negro-PR.

FAMÍLIA NOME CIENTIFICO NOME POPULAR

ANACARDIACEAE Lithraea brasiliensis Aroeira-brava

APOCYNACEAE Asclepias sp. Mata-olho

AQUIFOLIACEAE Ilex microdonta Congonha

ASTERACEAE Asteraceae sp. 2 Asteraceae ni2

Baccaris uncinella Óleo de Vassoura

Erechtites valerianifolia Tomateiro

Eupatorium compressus Eupatório

Grasielia serrata Pasto de viado

Mikania sp. 4 Mikania sp 4

COMMELINACEAE Commelina sp. Trapoeraba

CYPERACEAE Cyperus meyenianus Tiririca

Scleria sp. Scleria

EUPHORBIACEAE Croton triqueter Velame

Sebastiana commersoniana Branquilho

FABACEAE Desmodium adscendens Carrapicho

Mimosa scabrella Bracatinga

MELASTOMATACEAE Leandra sp. Leandra sp 1

MYRSINACEAE Myrsine coriacea Capororoca

0 20 40 60 80 TR 1 TR 2 TR 3 TR 4 TR 5 TR 6 TR 7 TR 8 de Ind iv ídu o s Tratamentos

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MYRTACEAE Eugenia pyriformis Uvaia

PINACEAE Pinus taeda Pinus

PLANTAGINACEAE Scoparia dulcis Vassourinha-doce

POACEAE Braquiaria sebastiana Capim papanduva

Digitaria sp. Digitaria

Panicum cf. aquaticum Grama-da-ponta

Panicum cf. repens Grama-portuguesa

Paspalum paniculatum Capim-milhã

PTERIDACEAE Peridium cf. aquilinum Samambaia

RUBIACEAE Coccocypselum reitzii Pixirica

SALICACEAE Casearia obliqua Guaçatonga

SAPINDACEAE Matayba elaeagnoides Camboata branco

SOLANACEAE Piptocarpa axilaris Vassourão-preto

Solanum mauritianum Fumo-bravo

Solanum paranaense Joá-velame

Solanum variable Jurubeba Velame

Figura 07. Número de famílias e espécies nos tratamentos avaliados aos vinte e quatro meses em plantios comerciais de

Pinus taeda, em Rio Negro-PR.

No que diz respeito a distribuição dos indivíduos no experimento segundo sua forma de vida, o resultado encontrou-se semelhante aos da análise aos 12 meses, agora com 55% dos indivíduos arbóreos e 22% dos indivíduos arbustivos (Figura 08).

Esta grande quantidade de indivíduos arbóreos encontrados justifica-se pela incidência alta de reinfestação de indivíduos de Pinus advindos de sementes da rotação anterior e dos arredores ao talhão do experimento. Esses dados podem ser confirmados na análise fitossociológica elaborada com os dados dos tratamentos aos 24 meses na tabela 02.

Quanto às formas de vida da vegetação invasora aos 24 meses apresentados na Figura 09, pode-se afirmar que a predominância geral nos remanescentes de plantas infestantes é de indivíduos arbóreos. Destacando-se o tratamento 8 (controle total de infestantes) para o maior percentual de indivíduos arbóreos em sua maioria de regeneração natural de Pinus sp.

7 9 7 12 11 10 7 7 13 12 10 16 16 17 12 10 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 T1 T2 T3 T4 T5 T6 T7 T8 de Ind iv ídu o s Tratamentos Famílias Espécies

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Figura 08. Composição por formas de vida das populações de plantas infestantes aos vinte e quatro meses em plantios comerciais de Pinus taeda, em Rio Negro- PR.

Figura 09. Distribuição das formas de vida das plantas infestantes encontradas nos tratamentos avaliados aos vinte e quatro meses em plantios comerciais de Pinus taeda, em Rio Negro-PR.

CONCLUSÕES

O levantamento registrou maior riqueza de famílias, gêneros e espécies aos 12 meses após implantação do experimento em comparação aos 24 meses. As famílias com maior frequência encontradas no primeiro inventário, também configuraram como as principais no segundo levantamento.

Entre os tratamentos, o número de famílias encontradas variou de 6 a 8, sendo 6 famílias para o tratamento realizado com limpeza aos 6 meses, enquanto que a maior riqueza encontrada foi no tratamento com limpeza aos 4 meses de implantação, com um total de 18 espécies.

Os tratamentos de controle de plantas infestantes do reflorestamento colaboraram para a maior dinâmica e diversidade da população de plantas infestantes e diminuindo a dominância de poucas espécies exigentes de mesmos recursos.

AGRADECIMENTOS

Renova Floresta Ltda., Universidade Regional de Blumenau (FURB) e Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).

55% 22% 0% 3% 20% 0% arbórea arbustiva cipó erva gramínea pteridófita 0 10 20 30 40 50 60 70 80 TR 1 TR 2 TR 3 TR 4 TR 5 TR 6 TR 7 TR 8 de Ind iv ídu o s Tratamentos

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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