Manual_do_Discipulo_IV.pdf

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Este Manual é o quarto de uma série de cinco. Se desejar, peça a continuação deste curso, bem como outros materiais para discipulado. Abaixo segue uma lista de publicações que estão disponíveis no Brasil

1. Primeiros Passos no Discipulado Cristão 2. Depois dos Primeiros Passos no Discipulado 3. Manual do Discípulo - volume1a 5

4. Caderno Didático para usar com osManuais - volume 1 a5 5. Coletânea de Dinâmicas de Grupo Aplicadas ao Discipulado 6. Manual de Autoconfrontação (Discipulado em profundidade)

7. Manual de Formação e Treinamento de Líderes de Células de Discipulado

8. ODiscípulo eosDons do Espírito Santo 9. Discipulando Casais

10. Discipulando Mulheres para Jesus

11. 25 Segredos para Derrotar a Crise da Comunhão

Solicite qualquer destes materiais na

livraria mais próxima de você ou faça seu pedido à SOCEP - Sociedade Cristã Evangélica de Publicações Ltda

Rua Floriano Peixoto 103 - Tel/Fax: (19) 3459.2000 Caixa Postal 98 - CEP 13450-970

Santa Bárbara d'Oeste - SP

Site: www.socep.com - E-mail: vendas@socep.com.br ou

EDITORA DO DISCÍPULO Caixa Postal 111 - Florianópolis - SC

CEP 88000-970

Fone/fax: (48) 334.1679 - (48) 225.4872 E-mail: paulosolonca@uol.com.br

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,

MANUAL DO DISCIPULO

VOLUME IV

Pro Paulo Solonca

1aEdição - Novembro/2002

Capa: Next Nouveau Atenção:

Para maior aproveitamento deste manual, solicite um exemplar do Caderno Didático voI. 4. Nele estão contidas orientações, projetos e dinâmicas de grupo especialmente desenvolvidas para grupos e células de discipulado.

Central de Assistência, Assessoria e Intercâmbio entre Discípulos de Jesus Cristo:

Caixa Postal 6506 - CEP 88036-970 - Florianópolis - SC E-mail: paulosolonca@uoI.com.br

SOCEP - Sociedade Cristã Evangélica de Publicações Ltda. Rua Floriano Peixoto, 103 - Cx. Postal 98 - TellFax: (19) 3459.2000

Site: www.socep.com - E-mail: vendas@socep.com.br CEP 13450-970 - SANTA BÁRBARA D'OESTE - SP

Co Edição:

Editora do Discípulo e SOCEP

IMPRESSÃO E ACABAMENTO:

H

Associação Religiosa

DImprensa da Fé - São Paulo

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DEDICATÓRIA

Dedico este livro aos meus filhos

Milca, Keila e

J

ason

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(6)

AGRADECIMENTOS

A

Daniel Reis

Lowell Bailey

Servos do Senhor que são verdadeiros presentes de

Deus para a Igreja de Jesus no Brasil. Quase todos os

estu-dos aqui abordaestu-dos levam o mérito destes dois discípulos

amados. A vida deles, provavelmente nunca aparecerá

de-baixo dos holofotes dos palcos da fama deste mundo.

Entre-tanto, seguramente receberão o merecido galardão por

te-rem gasto a sua vida em prol do discipulado cristão. Ambos

são modelos a serem seguidos e imitados. Nossa oração é

que Deus os conserve assim até o fim de suas vidas. Que

eles continuem produzindo inspiração.

A

Antônio Soares

Pelo exemplo de vida e dedicação à causa do Senhor

Jesus e sua Igreja. Agradeço do fundo do coração a este

que-rido irmão pela motivação que tem sido à causa do

Discipulado de Jesus aqui entre nós.

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PREFÁCIO

o

DISCIPULADO

NUNCA ACABA

Se você é um daqueles que está adotando esta série

de manuais, e já completou os livros: "Primeiros Passos",

"Depois dos Primeiros Passos" e os volumes I, 11 e 111 do

Manual do Discípulo, parabéns!

Esperamos que você tenha aprendido lições

precio-sas sobre a vida cristã. Se você está começando por este

vo-lume, bem-vindo a esta aventura emocionante que é o

discipulado de Jesus.

Nós que fazemos parte da AMD, estamos nos

esfor-çando por ajudar a Igreja de Jesus a levar a sério sua tarefa

de ganhar o mundo para Cristo. Não somente fazendo a

par-te de obspar-tetrícia, ou seja, não apenas nos importando com a

evangelização das pessoas. Somos também pediatras que

ajudam na saúde dos recém nascidos na fé. Nos

preocupa-mos com o crescimento saudável de cada pessoa que o

Se-nhor está acrescentando à sua Igreja. E, por que não dizer

que somos clínicos gerais e geriatras.

Entendemos que qualquer pessoa que ingressa na

Igreja deve receber cuidado pastoral. Não apenas do pastor,

aquele que fez seminário, que tem um diploma de teologia,

ou é missionário. Nossa compreensão é que Igreja é corpo e

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MANUAL DO

mscmno -

Volume IV

que cada membro tem uma função, uma missão dentro do

próprio corpo.

a

Novo Testamento está repleto de ensinamentos

so-bre a mutualidade, ou seja da mútua ministração dos

mem-bros da Igreja. Todo membro recebeu pelo menos um dom

espiritual. Este dom deve ser usado para a edificação dos

demais membros. Entretanto formar discípulos para Jesus é

dever de todos. Nossa oração

é

que este quarto volume do

Manual do Discípulo o ajude a se tomar um discípulo

au-têntico do Senhor. Os estudos deste volume estão voltados

para o desenvolvimento do caráter. Que Deus o abençoe.

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íNDICE

Agradecimentos

07 Prefácio

09 Semana 1

O Discípulo Precisa Saber Que Tem Uma Nova Vida

15 Semana 2

O Discípulo Deve Ter Uma Boa Reputação

23 Semana 3

Os Discípulos de Jesus

Devem Amar-se Uns aos Outros -

la

Parte

35 Semana 4

Os Discípulos de Jesus

Devem Amar-se Uns aos Outros - 2

a

Parte

43 Semana 5

O Discípulo Deve Ser Modelo Para as Demais Pessoas

53 Semana 6

O Discípulo Precisa Aprender a Acolher as Pessoas

63 Semana 7

O Discípulo e o Medo

73 Semana 8

O Discípulo e as Manifestações da Ira

87 Semana 9

(11)

MANUAL DO DIScíPULO - Volume IV

Semana

10 Discípulos Devem Cuidar Uns dos Outros

107

I

Semana 11

O Discípulo Não Deve Ter Vícios

115 Semana 12

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PROPÓSITOS DESTE PROGRAMA

1. Ajudá-lo a entender a diferença entre um cristão nominal e um

dis-cípulo autêntico.

2. Incentivá-lo a relacionar-se corretamente com:

- Deus - Pai

- O Senhor Jesus

- O Espírito Santo

- Os irmãos da Igreja

- As pessoas da sociedade

- Você mesmo e

- Opor-se a Satanás, anulando o seu poder.

3. Desenvolver a sua habilidade de conhecer e manejar bem a Bíblia.

4. Incrementar a sua vida de oração.

5. Capacitá-lo a conhecer o seu dom e a sua função dentro do Corpo

de Cristo -. a sua Igreja.

6. Dar condições para que você saiba testemunhar eficazmente a

res-peito de sua fé no Senhor.

7. Adestrá-lo para a batalha espiritual contra Satanás e seus

principa-dos e potestades.

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MANUAL DO DiScíPULO - Volume IV

ATENÇÃO

1.

Compareça regularmente aos encontros de seu grupo que se reúne

nos dias e horários abaixo descritos:

Dia da semana

2. Seu discipulador será:

horário

Nome

_

Endereço

_

Telefones

_

3. Traga sempre sua Bíblia, bem como este manual e uma caneta.

4. Procure levar a sério as tarefas que lhe são solicitadas. Venha para

os encontros com os seus projetos executados.

5. Seja pontual.

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MANUAL DO DIscíPULO Volume IV

Pro Paulo Solonca

SEMANA

1 o

Discípulo Precisa Saber Que

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MANUAL DO DISCípULO - Volume IV

FOLHA DE PROJETOS PESSOAIS

I I a I I SEMANA DE _

_ _ _ _ 1. Ficar na presença do Senhor todos os dias, assim que acordar, durante 10 minutos, em atitude de louvor e adoração.

_ _ _ _ 2. Declarar diariamente as promessas de Deus sobre a minha vida e de meus irmãos na fé. Esta semana declarei:

_ _ _ _ 3. Abençoar meus familiares diariamente.

_ _ _ _ 4. Orar pelos membros e líderes da igreja a qual pertenço. _ _ _ _ 5. Orar pelos membros do meu grupo de discipulado. São eles:

_ _ _ _ 6. Continuarei orando pela conversão das seguintes pessoas:

_ _ _ _ 7. Nesta semana vou orar pelos seguintes motivos:

_ _ _ _ 8. Vou meditar e orar sobre a Palavra de Deus, durante 20 minu-tos, todos os dias.

_ _ _ _ 9. Vou ler e completar as tarefas deste manual da página _ _ até apágina _ _.

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Semana1 - ODiscípulo Precisa Saber que Tem uma Nova Vida

o DiScípULO PRECISA SABER QUE

TEM UMA NOVA VIDA

João 5:25-26 e João 6:57

"Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora e já chegou, em queos

mortos ouvirão a voz do Filho de Deus; eos que a ouvirem viverão. Porque assim como o Pai tem vidaem si mesmo, também concedeu ao Filho ter vidaem si mesmo". "Assim como o Pai, que vive, me enviou, e igualmente eu vivo pelo Pai, também quem de mim se alimenta por mim viverá".

Esses versículos nos ensinam que a vida que Deus Pai experimenta foi transmitida a seu Filho Jesus, quando de sua encarnação como homem; e então, através do Filho, a todos os outros filhos, de tal modo que eles passam a participar da vida divina, ou seja, a mesma vida que Deus Pai possui. To-dos aqueles que são discípulos de Jesus são transformaTo-dos segundo a ima-gem de Cristo e compartilham desse tipo de vida.

2 Coríntios 3:18

"E todos nós,com o rosto desvendado, contemplando, como porespelho, a gló-ria do Senhor, somos transformados, de glógló-ria em glógló-ria, na sua própgló-ria imagem, como pelo Senhor, o Espírito".

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MANUAL DO DIScíPULO - Volume IV

A transformação segundo a imagem de Cristo é um processo graduaL! produzido através da dedicação diária de todo o nosso ser, através do contal to contínuo com Deus, mediante o Espírito Santo. que é a força ativa destal

transformação. !

o

objetivo é a implantação daquela mesma imagem, caráter essencial que é possuído pelo próprio Filho de Deus.

Trata-se de uma operação divina que não pode ser imitada pela refor-ma moraL porque é um processo transcendental que afeta a natureza moral, levando-a aos caminhos da maturidade.

Efésios 4:11-15

"EEle mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres, com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho doseu serviço, para a edificação do corpo de Cristo, até que todos cheguemos à unidade dafé e dopleno conhecimento doFilho de Deus,à perfeita varonilidade,àmedida da estatura da plenitude de Cristo ... seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo..."

Os dons doados pelo Espírito Santo aos membros da Igreja de Cristo, assim como a própria existência da Igreja, visam produzir a perfeição dos discípulos e essa perfeição está em Cristo. .

2 Pedro 1:3-4

"Visto como, pelo seu divino poder, nos têm sido doadas todas as coisas que conduzem à vida e à piedade, pelo conhecimento completo daquele que nos chamou para a sua própria glória e virtude, pelas quais nos têm sido doadas as suas preciosas e mui grandes promessas, para que por elas vos torneis co-participantes da natureza divina, livrando-vos da corrupção das paixões quehá no mundo..."

A transformação que hora descrevemos é de tal magnitude que leva o discípulo de Cristo a experimentar da própria natureza divina.

Romanos 8:28-29

"Sabemos quetodas ascoisas cooperam para o bem daqueles queamama Deus, daqueles que são chamados segundooseu propósito.

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Semana1 - ODiscípulo Precisa Saber que Tem uma Nova Vida

João 10

Nesta passagem Jesus descreve os falsos pastores. Ele os compara a ladrões, assaltantes e assassinos. Sugere que eram servos contratados, que só se interessavam por salários e que não demonstravam nenhum tipo de inte-resse pelo bem-estar do rebanho.1

Jesus se contrasta com estes pastores dizendo:

"... eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância. Eu sou o bom

pastor. Obom pastor dá a vida pelas ovelhas" (João 10:10-11).

A palavra grega que foi aqui traduzida por vida nãoé a popular e co-nhecida"bios ", como aparece por exemplo em 1 Timóteo 2:1-2. Vida aqui é

tradução do termo"Zoe"

=

vida no sentido absoluto.

Vida como a vida de Deus, vida que o Pai tem em si mesmo e que deu a seu Filho.

"Zoe"é a vida que se expressa na Palavra que, pronunciada, trouxe o mundoàexistência e que sustenta toda a criação.'

Esta explicação, portanto, trás uma luz diferente e aumenta a compre-ensão e conseqüente significado do texto de João e outros.

A vida que Jesus oferece nãoé simplesmente existência, a extensão de dias ou atividade. Trata-se da qualidade e intensidade de uma vida.

Jesus disse: "Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida..." (zoe) (João 14:6).

Quando João se referiuàsua experiência ao lado de Jesus ele assim se expressou:

João 1:1-2

"O que era desdeoprincípio, oque temos ouvido, oque temos visto comos nossos próprios olhos, o que contemplamos, e as nossas mãos apalparam, com respei-to ao Verbo da Vida (zoe), e a vida (zoe) se manifesrespei-tou, e nós a temos visrespei-to, e dela damos testemunho, e vo-la anunciamos, a vida (zoe) eterna, a qual estava comoPai e nosfoi manifestada..."

A definição exata parazoe, portantoéa vida de Jesus, a vida como Ele viveu. Aquela vida espiritual indispensável para se ter acesso ao mundo onde Deus habita e se manifesta.

1 Malcom Smith, Esgotamento Espiritual, p. 55, Editora Vida, S.P. 1991 2 Malcom Smith, Esgotamento Espiritual, p. 55, Editora Vida, S.P. 1991

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MANUAL DO

orscmno -

Volume IV

No início da criação, o primeiro homem tinha esta vida. Havia inclusi-ve no Édem a árvore da vida. Por ter pecado, o homem perdeu esta vida. Veja o que está escrito em Efésios 4:17-18:

"Isto, portanto, digo e no Senhor testifico que não mais andeis como também andamosgentios, na vaidade dos seus próprios pensamentos, obscurecidos de enten-dimento, alheios àvida (zoe) de Deus por causa da ignorância em que vivem, pela dureza do seu coração ..."

Depois que pecou o homem passou a ter apenas "bios". Ele teriaàsua disposição um certo número de dias, durante os quais ele sonharia, trabalha-ria e se relacionatrabalha-ria com outros, fatrabalha-ria fortuna, entretanto ele foi alijado dazoe de Deus.

Por esta razão surge um vazio dentro do homem. Por ter sido criado para ser co-participante da vida de Deus, ele não consegue se satisfazer com outras formas de vida. O homem também não consegue se satisfazer com as regras da religiosidade.

2 Pedro 1:3-4"Visto como, pelo seu divino poder, nos têm sido doadas todas as coisas queconduzemàvida (zoe) eàpiedade, pelo conhecimento completo daquele que nos chamou para a sua própria glória e virtude, pelas quais nos têm sido doadas as suas preciosas e mui grandes promessas, para que porelas vos torneis co-partici-pantes da natureza divina, livrando-vos da corrupção das paixões que há no mun-do ..."

Deus durante os tempos sempre providenciou meios para que houves-se esta restauração. Entretanto, o homem desprezou as ofertas e providênci-as de Deus. Finalmente Deus enviou seu próprio Filho, Jesus.

João assim se expressa:

"Nele estava a vida (zoe), e a vida (zoe) era a luz dos homens..." (João 1:4).

Em Atos 3:15 Jesus é chamado autor da vida (zoe).

Todo discípulo de Jesus foi chamado a este tipo de vida. Jesus ensinou como isto poderia ser alcançado: "Em verdade, em verdade vos digo: seogrão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, produz muito fruto" (João 12:24).

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Semana 1 - ODiscípulo Precisa Saber que Tem uma Nova Vida

"Todo aquele que crê no Filho tem a vida (zoe) eterna, mas todo aquele que

rejeita o Filho não verá a vida (zoe) eterna".

Em João 5:39-40/Jesus assim se expressa:

"Examinais as escrituras, porque vós cuidais ternelas a vida eterna, e são elas

que de mim testificam.

E

não quereis vir a mim para terdes vida" (zoe).

Depois de alimentar 5.000 pessoas, Jesus diz:

"Eu sou o pão da vida (zoe);

aquele que vem a mimnão terá fome; e quem crê emmimnunca terá sede"

(Ioão 6:35). Em outra ocasião Ele diz:

"Eu sou a luz do mundo; quem me segue não

andará em trevas, mas terá a luz da vida" (zoe)

(João 8:12).

Émuito interessante notar a tremenda inversão que Jesus ensina a seus discípulos. Até a vinda dEle à terra a proposta era: guarda os mandamentos de Deus. Faze isto e viverás. Entretanto Jesus explica que se o homem cresse nEle teria a vida.

Jesus é esta vida, a

zoe

de Deus. Ele é o Verbo de Deus, a palavra através da qual toda a criação veio a existir e pela qual se sustenta.

Em outras palavras: Jesus é a vida que sustenta o discípulo e Ele disse que aquele que nEle cresse, seria habitado por sua pessoa. Por esta razão Paulo disse: Já não sou eu quem vivo, mas Cristo vive em mim.

Disse Jesus: "Eu sou a ressurreição e a vida

(zoe).

Quem crê em mim, ainda que morra, viverá..." (João 11:25).

Veja o que Paulo fala sobre o assunto: Filipenses 1:21

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MANUAL DO DiScíPULO - Volume IV

Quem segue Jesus na condição de discípulo, sabe que, além dos ensinamentos - deve oferecer a própria vida(zoe)que recebeu de Deus quan-do passou pelo Novo Nascimento.

1 Tessalonicenses 2:8

o

discipulado não é apenas um chamado a imitar o Mestre Jesus. O discipulado é um convite a participarmos da própria vida de Jesus.

Gálatas 2:20

Quais as evidências de que Cristo vive em você?

Na sua opinião, em que aspectos a vida que Jesus Cristo viveu - foi diferente da vida dos demais homens?

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MANUAL DO DiScípULO

Volume IV

Pro Paulo Solonca

SEMANA

2

o

Discípulo Deve

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FOLHA DE PROJETOS PESSOAIS

I I

a

I I

SEMANA DE _

____ 3. Abençoar meus familiares diariamente.

____ 6. Continuarei orando pela conversão das seguintes pessoas:

<

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Semana2 - ODiscípulo Deve TerumaBoaReputação

,

O DISCIPULO DEVE TER UMA

BOA REPUTAÇÃO

o

Discípulo de Cristo deve chamar a atenção daqueles que estãoàsua volta, não tanto por suas roupas, por sua beleza estética e nem tão pouco por seus títulos ou posses.

O Discípulo de Jesus, se tiver que chamar a atenção, será por sua repu-tação, por sua postura honesta, justa e piedosa diante do mundo.

O termo reputação tem sua raiz ligada ao verboreputar que tem o

signi-ficado de considerar, julgar, achar.

Reputação é a estima, o bom crédito que os outros fazem de alguém, a partir da observação da sua conduta, de suas palavras e de suas ações.

O termo grego ucp rupzto

=

martureo é aplicado a alguém que pode testemunhar em juízo, que tenha credibilidade

Quando a Igreja enfrentou o seu primeiro problema de organização em Jerusalém, os apóstolos recomendaram que sete homens "de boa reputação" fossem selecionados para ajudarem a resolver o problema da distribuição dos alimentos

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MANUAL DO DiScíPULO - Volume IV Atos 6:3 (transcreva)

Mais tarde, quando Paulo veio à Listra em sua segunda viagem missionária, ouviu falar de Timóteo: "...dele davam bom testemunho os irmãos em Listra e Icônio"(Atos 16:2). Em outras palavras, ele tinha uma boa reputação.

Observe três coisas:

Primeiro, as pessoas falavam sobre Timóteo. Uma boa reputação cria comentários - antecedentes positivos.

Segundo, era mais de uma pessoa que estava falando. Um bom teste para se saber se uma pessoa tem ou não boa reputaçãoéo de verificar quantas pessoas estão falando. Todos nós temos um ou dois amigos que nos admi-ram. Mas o que as pessoas em geral estão dizendo? Esse é o válido.

Terceiro, as pessoas falavam dele em Listra e Icônio, istoé,em mais de uma localidade.

A reputação de Timóteo era boa em casa e fora dela. Quando nos dois lugares há concordância, você pode ter a certeza de que está obtendo uma boa interpretação das qualidades interiores de um homem.

Paulo ficou impressionado com a reputação de Timóteo. Este era o ho-mem que ele queria que "fosse em sua companhia". Atos 16:3( transcreva)

Leva tempo para edificar uma boa reputação.

Mas deveria ser o alvo de cada discípulo, e o seu também. Na verdade, é uma coisa que deveria acontecer naturalmente quando uma pessoa está crescendo e amadurecendo em sua vida cristã.

Entretanto, se um discípulo tiver um mau comportamento e ganhar uma má reputação - sem dúvida acabará por comprometer a causa de Cristo aqui na terra.

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Semana2 - ODiscípulo Deve Ter uma Boa Reputação

Tito 1: 6-7 (transcreva)

Reputação é o conceito que se forma sobre uma pessoa.

Pode ser um bom conceito, ou um mau conceito. Um sinônimo de reputação éfama.

Pessoas podem ficar famosas por diversos motivos. Pode ser por causa de sua inteligência, ou de sua ignorância. Ficam famosas por causa de sua coragem ou, então, por sua covardia. Por causa de sua generosidade, ou en-tão por seu egoísmo.

Pessoas ficam famosas por suas vitórias, ou por suas derrotas. Inúme-ras pessoas se tomaram celebridades por causa de seu mau caráter.

Enquanto estou preparando este manual, existe um atleta de futebol que ficou conhecido por seu mau caráter. Chamam-no de "animal".

Tecnicamente é um dos melhores, porém o seu mau comportamento em campo e fora de campo - acaba por comprometer a sua própria carreira.

Quando se fala nele, logo se pensa num jogador que dá socos, cotoveladas e que maltrata a imprensa e mesmo a sua própria torcida com palavrões e gestos obscenos. Em outras palavras: tem péssima reputação. Que pena!

Já não é o caso de Madre Teresa de Calcutá. Quando seu nome é men-cionado, logo nos lembramos de seu trabalho obstinado com os pobres, os doentes, os leprosos da Índia. A reputação de Teresa de Calcutá está ligadaà

sua bondade, ao seu altruísmo.

Quando alguém menciona Albert Schweitzer, logo associa a sua pes-soa - a boa reputação. Lembra que ele foi simples, honesto, íntegro e de gran-de generosidagran-de. Desgastou a sua vida em favor dos enfermos africanos.

E você? Qual é o conceito que as pessoas têm sobre você?

o

Apóstolo Paulo recomendava aos discípulos, que se comportassem de tal forma que pudessem afetar o seu ambiente, como um perfume.

2 Coríntios 2:14 -17

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MANUAL DO

mscíeuto -

Volume IV

meio de nós, manifesta em todo lugarafragrância do seu conhecimento.

Porque nós somos para com Deus o bom perfume de Cristo, tanto nos que são salvos como nos que se perdem.

Para com estes, cheiro de morte para morte; para com aqueles, aroma de vida para vida. Quem, porém, é suficiente para estas coisas?

Porque nós não estamos, como tantos outros, mercadejando a palavra de Deus; antes, em Cristo é quefalamos na presença de Deus, com sinceridade e da parte do próprio Deus".

o

que é um perfume? É um cheiro agradável e penetrante exalado de uma substância aromática. Este aroma, esta fragrância não se vê. Elaé exala-da a partir exala-das qualiexala-dades interiores de algum produto.

Éisto que Paulo está tentando dizer aos discípulos: Vocês devem ter um comportamento tão bonito, tão irrepreensível, que cause o mesmo efeito de um bom perfume.

A má reputação normalmente está ligada a uma outra palavra: escân-dalo.

Este termo deriva do grego skándalon, e se refere à indignação provocada por um mau exemplo. Escândalo é um fato imoral, revoltante e que acaba por abalar a opinião pública.

Ébom recordar algumas recomendações de Jesus sobre este assunto:

"Ai do mundo, por causa dos escândalos; porque é inevitável que venham es-cândalos, mas ai do homem pelo qual vemoescândalo!" (Mateus 18:7).

Veja as recomendações do apóstolo Paulo: 2 Coríntios 6:5-10 (leia em sua Bíblia).

Analise ainda: Romanos 14:13

"Não nosjulguemos mais uns aos outros; pelo contrário, tornaiopropósito de não pordes tropeço ou escândalo ao vosso irmão".

Romanos 16:17

"Rogo-vos, irmãos, que noteis bem aqueles que provocam divisões e escânda-los, em desacordo com a doutrina que aprendestes; afastai-vos deles ..."

(28)

Semana2 - ODiscípulo Deve Ter uma Boa Reputação

Os discípulos de Jesus deveriam ser conhecidos por sua boa reputação. Isto porque, depois que nos entregamos a Jesus, através do Novo Nas-cimento, recebemos o Espírito Santo que passa a habitar em nossos corpos. O Espírito Santo por sua vez nos oferece a bênção de produzir em nossas vidas o "Fruto do Espírito". E isto, por sua vez produz, gera a semelhança com Cristo.

1 Pedro 1:13 -15

"Por isso, cingindo o vosso entendimento, sede sóbrios e esperai inteiramente na graça que vos está sendo trazida na revelação de Jesus Cristo.

Como filhos da obediência, não vos amoldeis às paixões que tínheis anterior-mente na vossa ignorância; pelo contrário, segundo é santo aquele que vos chamou, tornai-vos santos também vós mesmos em todo o vosso procedimento".

Fomos chamados para uma vida de integridade. 2 Timóteo 1.9 (trans-creva)

A integridade começa atuar em nossas vidas e não cessa de produzir. Todos os dias, todas as horas, a cada instante ela está a nossa disposição.

Somos santificados continuamente. Hebreus 10.14 (transcreva)

Hebreus 12.14 (transcreva)

A boa reputação é muito mais do que um esforço ou compromisso mental.Émais do que primar por pagar nossas contas em dia, honrar com-promissos, ser um bom pai, um bom filho, um bom funcionário, um bom servidor.

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A reputação que é praticada a partir de um coração não regenerado, é pseudo-integridade. Muitas pessoas são honestas, de palavra, fiéis em seu casamento, bons pais, caridosos, entretanto podem não ser íntegros.

Até mesmo aqueles que expressam uma aparente e intensa religiosi-dade - podem não ser íntegros e mais ... ficarem fora da vida eterna. Mateus

25:41-43

Ter uma boa reputação é mais do que sentir emoções quando oramos, ou quando entoamos hinos de louvor em adoração e exaltação a Deus.

A integridade inclui um sério compromisso com a vontade e isto acaba por produzir vida santa. Ela nasce como conseqüência de nossa considera-ção, amor e estima por Deus.

Ninguém consegue uma boa reputação a não ser que tenha compreen-dido que deve amar a Deus com todo coração, alma, força e entendimento. Em outras palavras a boa reputação é um sub produto de nosso amor por Deus.

A boa reputação surge quando o discípulo faz de Deus seu bem maior, seu valor maior. A boa reputação aparece quando o discípulo busca em pri-meiro lugar os valores do Reino de Deus e a sua justiça.

Mateus 6:33

Deus exige de nós, seus discípulos uma boa reputação. Mateus 5:16 (transcreva)

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Semana2 -O Discípulo Deve Ter uma Boa Reputação Atos 9:36 (transcreva)

Efésios 2:10 (transcreva)

Romanos 12.17

"Não torneis a ninguém mal por mal; esforçai-vos porfazer o bem perante todos os homens...rr

2 Coríntios 8:21

Lucas 1:74b-75

Adorar a Deus, "...sem temor, em santidade e justiça perante ele, todos os nossos dias".

o

PERFIL DE UMA PESSOA DE BOA REPUTAÇÃO

Numa recente pesquisa, acompanhada de discussão, com um grupo de homens cristãos, foi perguntado o que pensavam e que palavras poderiam usar para descrever um homem cristão com uma boa reputação. Damos a seguir o resultado da pesquisa:

Éum sujeito amável

Éhonesto; eu posso lhe confiar minha conta bancária Éuma pessoa sensível

Ele irradia a pessoa de Cristo Éum bom pai

Ele ama as pessoas - sua esposa, sua família, todos Ele se dedica ao trabalho

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MANUAL DO DiScípULO - Volume IV

Ele cumpre a palavra

Ele não é ego-centralizado ou convencido Ele faz a gente se sentir bem

Posso recomendá-lo para qualquer tipo de tarefa Ele não desaponta a gente

Ele não se aproveita de ninguém Não é oportunista

Não usa as pessoas para atingir os seus fins Ele sabe o que faz; planeja tudo com antecedência Ele é atencioso e cordial

Ele é imparcial

Éum bom mordomo do tempo e do talento Ele não perde a calma

Éconsistente

Reconhece e respeita a autoridade Ele persiste e persevera

Admite quando está errado Ele aceita orientação

Não tem complexo de mártir Éuma pessoa honesta

A gente sabe o que ele pensa.

Ébastante interessante observar que esta lista de comentários surgiu de um livre debate de muitas pessoas.

Énotavelmente parecida com a lista de qualificações que Paulo relaci-onou em 1 Timóteo 3 e Tito 1.

Provavelmente não foi um acidente, pois Paulo definiu um homem de Deus com a palavra "irrepreensível" e então preencheu os detalhes fazendo uma lista de qualidades específicas que criaram esta situação.

Portanto, não devemos nos admirar que uma discussão espontânea de como reconhecer uma "boa reputação" produzisse lista de qualidades seme-lhantes às citadas pelo apóstolo Paulo.

AVALIAÇÃO

Pergunte-se honestamente qual a evidência que você tem dado de uma boa reputação. As perguntas abaixo vão ajudá-lo:

(32)

Semana2 -O Discípulo Deve Ter uma Boa Reputação bilidades. Entretanto isto não representa o que você realmenteécomo pessoa. 1. Aqueles que me são mais íntimos dão a meu respeito um testemu-nho positivo que confirme a minha boa reputação - minha esposa, meus fi-lhos, meus amigos?

2. As pessoas me procuram cada vez mais para falarem de suas vidas? As pessoas confiam a mim os seus problemas confidenciais?

3. Meu relacionamento com as pessoas está se tornando mais profundo e mais significativo quanto mais elas me conhecem e quanto mais íntimas elas me são? Ou será que minhas amizades ficam tensas e superficiais con-forme as pessoas vão me conhecendo melhor?

4. O meu círculo de amigos cresce continuamente? Há um crescente número de pessoas que me admiram e confiam em mim?

5. As pessoas me recomendam para tarefas significativas e difíceis sem temer que eu as desaponte?

6. Faça uma retrospectiva. Será que não houve em sua vida algum acon-tecimento que tenha provocado algum tipo de escândalo? Não haverá pesso-as que você deve procurar para acertar esta questão e quem sabe pedir per-dão?

(33)

MANUAL DO DiSCípULO - Volume IV

OBS. - Talvez você ache este projeto ameaçador, mas lembre-se que o medo do que você possa ouvir fará que reaja negativamente. O orgulho espi-ritual e a escravização do egoé um obstáculo difícil, mas, começando, você estará a caminho de se transformar em um homem de Deus, amadurecido.

(34)

MANUAL DO DiscíPULO Volume IV

Pro Paulo So/onca

SEMANA

3

Os Discípulos de Jesus

Devem Amar-se Uns aos Outros

(35)

MANUAL DO DiScípULO - Volume IV

FOLHA DE PROJETOS PESSOAIS

/ / a / / SEMANA DE _

____ 7. Nesta semana vou orar pelos seguintes motivos:

(36)

Semana3 -Os Discípulos de Jesus Devem Amar-se Uns aos Outros

OS DiScípULOS DE JESUS DEVEM

AMAR-SE UNS AOS OUTROS

la

Parte

Se você deseja realmente uma mudança radical e efetiva de religioso para a condição de discípulo de Jesus, então você não pode abrir mão de conhecer, estudar, refletir e praticar esta recomendação de Jesus Cristo: Amai-vos uns aos outros.

Éum mandamento fundamental à vida cristã. Transcreva agora estes textos abaixo indicados:

João 13:34

(37)

Tiago 2:8-9

"Se vós, contudo, observais a lei régia segundo a Escritura: Amarás

o

teu

pró-ximo como a ti mesmo, fazeis bem; se, todavia, fazeis acepção de pessoas, cometeis

pecado, sendo argüídos pela lei como transgressores".

Gálatas 5:14 -15

"Porque toda a lei secumpre em um

só

preceito, a saber: Amarás

o

teu próximo

como a ti mesmo. Se vós, porém, vos mordeis e devorais uns aos outros, vede que não

sejais mutuamente destruídos".

1 Tessalonicenses 4:9-10

Romanos 12:9-10 (Leia em sua Bíblia) Romanos 13:8-10 (Leia em sua Bíblia) 1 Pedro 1:22 (transcreva)

(38)

Semana3 - OsDiscípulos de Jesus Devem Amar-seUns aos Outros 1 João 3:11 1 João 4:7 1 João 4:11-12 1 João 4:21 2 João 5-6

Creio que vocêjápercebeu que Jesus atribuiu a maior importância pos-sível a este mandamento, quando afirmou que a sua observância, seria aqui-lo que distinguiria qualquer de seus discípuaqui-los em qualquer lugar em qual-quer época.

"Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros" (João 13:35).

o

apóstolo João defendia a tese de que um discípulo que não consegue amar os outros discípulos, tão pouco pode ter a pretensão de amar a Deus:

"Se alguém disser: Amo a Deus, e odiar a seu irmão, é mentiroso; pois aquele que não ama a seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê"(1João

(39)

MANUAL DO

oiscmno -

Volume IV

Reflexões:

1.Amar um ao outro não é uma opção. É um mandamento. Jesus exige que seus discípulos se amem uns aos outros. Não amar um outro irmão de fé é desobedecer à ordem específica do Senhor Jesus Cristo, portanto é um pe-cado.

2. Amar uns aos outros não acontece num momento mágico. Amar não é um sentimento automático. Éalgo que faremos ou não, de acordo com a nossa vontade de obedecer.

"Amor" é uma palavra quase impossível de se definir, mesmo quando descartamos as idéias falsas do amor e nos restringimos àquelas apresenta-das pela Bíblia. Ele é algo interior, que se demonstra pelas ações.

Vamos tentar uma definição de amor:

Amoré:uma atitude ou afeição interna, que se manifesta em compor-tamentos e ações caracterizados pela boa vontade, e que procura contribuir unicamente para o bem da pessoa amada.

Talvez a melhor descrição do amor seja aquela de 1 Coríntios 13:4-7

"O amorépaciente,ébenigno;oamor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não procura osseus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; não se alegra coma injustiça, mas regozija-se com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta".

[esus chamou de "novo", este mandamento. A palavra grega que ele utilizava, comunica a idéia de um tipo de amor previamente desconhecido, e diferente em qualidade.

Não era novidade que os membros do povo de Deus devessem amar uns aos outros, porque os israelitas tinham o dever de amar inclusive aos estrangeiros e peregrinos: Deuteronômio 10:18-19 (consulte em sua Bíblia).

A nova qualidade do amor que Cristo ordenava, parece que é esta: que devemos amar assim como Cristo nos tem amado.

Antes que Deus se revelasse plenamente em Jesus Cristo, o amor talvez consistisse principalmente em evitar qualquer ação que prejudicasse ao pró-ximo (Êxodo 20:13-17).

Mas agora, o amor tem um padrão novo, porém mais alto: o de procu-rar oportunidades para fazer o bem aos outros, e de modo especial aos

(40)

cris-Semana 3 . Os Discípulos de Jesus Devem Amar-se Uns aos Outros

Como é que Cristo manifestou o seu amor para conosco? 1. Tomando-se servo, a nosso favor. Filipenses 2:7

2.Dando-se a si mesmo por nós, a fim de remir-nos de toda iniqüidade. Tito 2:14

3. Carregando em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados. 1 Pedro 2:24

Romanos 5:6

4. Dando a própria vida por nós. João 10:11

5. Fazendo constante intercessão por nós. Hebreus 7:25

(41)

MANUAL DO DiscíPULO - Volume IV

7. Socorrendo-nos aos sermos tentados. Hebreus 2:18

8. Exercendo paciência para com os nossos pecados. 2 Pedro 3:9

9. Perdoando-nos os pecados. 1 João 1:9

10. Dando-nos vida abundante. João 10:10

(42)

Pro Paulo So/onca

SEMANA

4 Os Discípulos de Jesus

Devem Amar-se Uns aos Outros

(43)

FOLHA DE PROJETOS PESSOAIS

/ / a / / SEMANA DE _

(44)

Semana4 -Os Discípulos de Jesus Devem Amar-seUns aos Outros

,

OS DISCIPULOS DE JESUS DEVEM

AMAR-SE UNS AOS OUTROS

z-

Parte

Da mesma maneira como Cristo nos amou, assim é que nós, os seus discípulos, devemos amar-nos uns aos outros. Isto só é possível com a ajuda e poder do Espírito Santo. Amar aos outros é um aprendizado; e uma das melhores maneiras de aprender é se exercitando. O Novo Testamento está repleto de mandamentos que visam a reciprocidade. Que tal começar por um deles?

"Filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas defato e de verdade" (1 João 3:18).

Reflita sobre estes exemplos da prática do amor.

"Amado, procedes fielmente naquilo que praticas para comosirmãos, e isto fazes, mesmo quando são estrangeiros,osquais, perante a igreja, deram testemunho

do teu amor"(3João 5-6a).

"Epor isso, se a comida serve de escândalo a meu irmão, nunca mais comerei carne, para que não venha a escandalizá-lo"(l Coríntios 8:13).

(45)

MANUAL DO DIScíPULO - Volume IV

Preste atenção a esta outra declaração do apóstolo João:

"Ora, aquele que possuir recursos deste mundo, e vir a seu irmão padecer necessidade, efechar-lheoseu coração, como pode permanecer neleoamorde Deus?"

(1 João 3:17).

o

que é que você entendeu desta passagem? (escreva abaixo)

Faça um comentário sobre o ensinamento do apóstolo Paulo aos discí-pulos de Roma, nas linhas que estão logo abaixo da citação de Romanos 14:15.

"Se por causa de comida, o teu irmão se entristece, já não andas segundo o amor fraternal. Por causa da tua comida, não faças perecer aquele a favor de quem Cristo morreu" (Romanos 14:15).

Já dissemos que o amor mútuo não é facultativo, nem automático. Mas Deus não quer que amemos uns aos outros só para evitarmos a desobediên-cia a um mandamento.

Ele quer ver em nós aquela atitude interna de boa vontade, que produz ações e comportamentos que aumentam o bem-estar do irmão.

Nós, os discípulos, somos todos membros da família de Deus, todos filhos de um mesmo Pai.

Assim como existe, entre os membros das famílias terrenas, um natural amor de irmãos, também deverá haver, entre os membros da família de Deus, cordial amor fraternal.

Provavelmente, era isto que Paulo tinha em mente, quando recomen-dou aos romanos que amassem "cordialmente uns aos outros com amor fra-ternal". Romanos 12:10

(46)

Deus quer que amemos de modo não fingido, de coração e ardente-mente. 1 Pedro 1:22

Por isso, ele próprio se dispõe a ensinar-nos como crescer, aumentar e progredir no amor uns para com os outros. Leia e transcreva 1 Tessalonicenses 3:12

1. Este estudo me ajudou, porque daqui em diante, quando alguém me pedir uma definição de amor, poderei dizer:

"0 amor é:

2. Faça esta pequena auto-avaliação: a. A favor de quem já tornei-me servo?

b. Por quem tenho orado e intercedido junto ao Pai?

c. Pelas fraquezas de quem, tenho me compadecido?

d. A que pessoas tenho dado, ultimamente, total e livre perdão pelo que fizeram de ruim para mim?

(47)

MANUAL DO DIscíPULO - Volume IV

e. A favor de quem tenho eu me sacrificado, ultimamente? (Tenho feito isto com alegria, ou por constrangimento?)

3. Cristo está preparando um lugar onde todos os cristãos possam estar com Ele. Mas será que há cristãos que eu não quero perto de mim? Por quê?

1 Coríntios 13:

"Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei comoobronze que soa ou comoocímbalo que retine.

Ainda queeu tenhaodom de profetizar e conheça todososmistérios e toda a ciência; ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto de transportar montes, se não tiver amor, nada serei.

E ainda que eu distribua todos osmeus bens entreospobres e ainda que entregueomeu próprio corpo para serqueimado, se não tiver amor, nada disso me aproveitará.

Oamorépaciente,ébenigno;oamor não arde em ciúmes, nãose ufana, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não procura osseus inte-resses, não se exaspera, não se ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.

Oamor jamais acaba..."

Considere esta reflexão e assinale se você já consegue praticar cada um destes ítens: 3

A. QUEM AMAÉ PACIENTE, mesmo quando sente o forte desejo de expressar algo que está atravessado em sua garganta. Quem ama suporta a dor e as provações sem murmurar, mostra controle diante da provocação ou da tensão e se mantém firme a despeito de qualquer oposição, dificuldade ou adversidade.

B. QUEM AMAÉBENIGNO, mesmo quando tem o desejo de atingir outra pessoa com palavras, ou mesmo de agredir fisicamente. Quem ama é compassivo, atencioso, manso e agradável.

(48)

es-Semana4 - OsDiscípulos de Jesus Devem Amar-seUnsaosOutros

pecialmente quando está ciente de que outros são mais notados ou dotados. Quem ama não fomenta a rivalidade, não é hostil para com alguém que está em posição de vantagem nem é desconfiado. Quem ama não dá uma de fis-cal, de controlador. Quem ama não se desgasta com esquemas de vigilância para poder obter fidelidade do outro. Afinal ... de que vale a fidelidade conseguida apenas quando há fiscalização? Quem ama deixa o outro livre e confia sempre em Deus. Quem ama não cai no ridículo de se tomar protago-nista de cenas de histerismo como forma de manter o relacionamento e mes-mo o sentimento. Quem ama aprendeu a viver a realidade de que o outro também pode dar atenção a outras pessoas. Quem ama não fica sofrendo, ansioso(a), pensando que uma outra pessoa poderá aparecer e roubar o amado(a). Quem ama fica livre do medo. Quem ama, sempre age para o bem-estar do outro e o seu benefício.

D. QUEM AMA NÃO SE VANGLORIA. Quem ama não ostenta orgu-lho nem se dedica à glorificação do eu. Quem ama exalta(edifica)o próximo. Quem ama procura valorizar o outro. Procura motivá-lo.

E.QUEM AMA NÃOÉARROGANTE, mesmo quando pensa que está com a razão e que os outros estão errados. Quem ama não é altivo nem se mostra dominador ao lidar com os outros. Quem ama não fica preocupado em mostrar aos outros quem é, o que tem, o que sabe fazer ou o que é capaz de conseguir.

F. QUEM AMA NÃO AGE INCONVENIENTEMENTE, ainda que seja orgulhoso, rude ou autoritário, possa atrair a atenção ou permitir que se faça tudo a seu modo. Quem ama amolda-se àquilo que é certo, adequado e apro-priado para honrar ao Senhor em cada situação.

G. QUEM AMA NÃO BUSCA O PRÓPRIO INTERESSE. Quem ama não procura satisfazer os desejos pessoais, nada pede em benefício próprio nem busca lucro pessoal. Quem ama, por um ato de vontade, procura servir em vez de ser servido. A satisfação maior de quem ama é ver que o outro conseguiu, que o outro chegou lá, que o outro se realizou.

H. QUEM AMA NÃO SE IRRITA, mesmo quando o outro procura pro-vocar ou se sente tentado a perder o controle com ele ou com alguma coisa. Quem ama não desperta nem incita a ira. Quem ama não desiste de treinar o outro na justiça, com fidelidade e mansidão, mesmo diante de suas falhas.

I.QUEM AMA NÃO LEVA EM CONTA OMAL SOFRIDO, ainda que todos pareçam estar contra ele ou que as pessoas o ataquem abertamente. Quem ama não guarda rancor. Quem ama perdoa, decide não levantar

(49)

ofen-MANUAL DO DiScíPULO - Volume IV

sas passadas para acusar ou se vingar, não retoma mal por mal nem se entre-ga a autopiedade. Quem ama cobre multidão de pecados.

J. QUEM AMA NÃO SE ALEGRA COM A INJUSTIÇA, mesmo que a outra pessoa pareça merecê-la. Quem ama lamenta o pecado, os seus efeitos e a dor que resulta de viver num mundo caído. Quem ama sabe se pronunci-ar sem medo de que o outro não vai gostpronunci-ar e desappronunci-arecer de sua vida. Quem ama procura reconciliar outros com o Senhor.

K. QUEM AMA ALEGRA-SE COM A VERDADE, mesmo que mentir possa ser mais fácil e resulte em maior proveito material. Quem ama alegra-se com o conhecimento da verdade, ainda que esta resulte em circunstâncias adversas, humilhação, ultraje ou perseguição.

L. QUEM AMA TUDO SOFRE, mesmo quando os desapontamentos parecem ser esmagadores. Quem ama é tolerante, suporta a pessoa de difícil trato ou compreensão, e acredita que um dia todo sofrimento terá o seu fim. Quem ama lembra que Deus desenvolve em nós maturidade espiritual por meio das circunstâncias adversas.

M. QUEM AMA TUDO CRÊ,ainda que o outro aja de modo ambíguo e tenha vontade de não acreditar mais nele. Quem ama confia, não julga a motivação alheia e crê na pessoa até que os fatos provem o contrário. E mes-mo quando os fatos provam que a outra pessoa não é de confiança, procura ajudar no processo de restauração para que ela se torne alguém digno de confiança novamente.

N. QUEM AMA TUDO ESPERA, mesmo que nada pareça dar certo. Quem ama aguarda o cumprimento do plano de Deus e antecipa o melhor para a outra pessoa. Quem ama entrega o outro ao Senhor, com confiança, para que Ele cumpra naquela vida sua vontade soberana.

O. O AMOR TUDO SUPORTA, especialmente quando você pensa que não pode mais suportar o outro ou certas circunstâncias da sua vida. Quem ama permanece firme diante do sofrimento, não cede mas abençoa, ainda que em meio às provações.

P. QUEM AMA NUNCA DEIXARÁ DE AMAR, mesmo quando se sen-tir arrasado e a situação parecer perdida. Quem ama não desmorona sob pres-são ou em meio as dificuldades. Quem ama permanece fiel e altruísta até a

(50)

AVALIAÇÃO

1. QUAIS AS RECOMENDAÇÕES SOBRE O AMOR, QUE VOCÊ TEM TIDO DIFICULDADE DE PRATICAR? (consulte as páginas anteriores)

A B C D E F G H

I

J

K L M N O P

2. O QUE PRETENDE FAZER PRIORITÁRIAMENTE PARA MELHO-RAR A QUALIDADE DE SEU AMOR?

3. QUALÉSUA ORAÇÃO NESTE MOMENTO, EM ESPECIAL SO-BRE ESTE ASSUNTO QUE ACABA DE ESTUDAR?

(51)

(52)

Pro Paulo So/onca

SEMANA

5 o

Discípulo Deve Ser Modelo

Para as Demais Pessoas

(53)

FOLHA DE PROJETOS PESSOAIS

I I a I I SEMANA DE _

_ _ _ _ 4. Orar pelos membros e líderes da igreja a qual pertenço. ____ 5. Orar pelos membros do meu grupo de discipulado. São eles:

____ 7. Nesta semana vou orar pelos seguintes motivos:

____ 9. Vou ler e completar as tarefas deste manual da página _ _ até apágina _ _.

(54)

Semana5· ODiscípulo Deve Ser ModeloparaasDemaisPessoas

,

O DISCIPULO DEVE SER MODELO

PARA AS DEMAIS PESSOAS

1 Pedro 2:21:"Porquanto para isto mesmo fostes chamados, pois que também Cristo sofreu em vosso lugar, deixando-vos exemplo para seguirdes os seus passos..."

Um dos aspectos mais importantes na vida de Jesus foi servir de mode-lo para seus discípumode-los.4 No curto período de três anos, Ele tomou um grupo

de homens comuns e os ensinou a viver uma vida sem igual. Não foram apenas os seus sermões que os transformaram - embora eles tenham sido indispensáveis.

o

fator determinante da transformação foi o próprio viver do Senhor. Ele mostrou-lhes como deveriam orar, como poderiam vencer a tentação, como teriam que lidar com os adversários, como iriam representar a verdade.

Ele pregou sobre o perdão, e quando uma mulher foi descoberta em adultério, pôs em prática seus ensinamentos. Semelhantemente, ensinou que devíamos amar nossos inimigos, e quando estava na cruz, deu o exemplo ao clamar: "...perdoa-lhes porque não sabem o quefazem".

4 Howard Hendricks, Aprendendo a Mentorear, p. 148, Editora Betânia, Venda

(55)

A boa reputação está associada a bom exemplo, bom referencial, pa-' drão, modelo.

João 13:15:"Porque eu vos deioexemplo, para que, como eu vosfiz,façais vós também".

1 Coríntios 4:6:"Estas coisas, irmãos, apliquei-as figuradamente a mim mes-mo e a Apolo, por vossa causa, para que por nosso exemplo aprendais isto: não ultrapasseisoqueestá escrito; afim de queninguém se ensoberbeça afavor de um em detrimento de outro".

1 Pedro 2:21:"Porquanto para isto mesmo fostes chamados, pois que também Cristo sofreu em vosso lugar, deixando-vos exemplo para seguirdesosseus passos..."

o

termoexemplo

=

nos originais do Novo Testamento é"hupogrammos"

(unoypaIlIlÓ).Esta era a palavra usada pelos professores gregos quando que-riam que seus alunos fizessem uma cópia perfeita de um determinado texto. Os alunos deviam confeccionar uma cópia sem erros. O professor che-gava a colocar os dois pergaminhos superpostos e os examinava contra a luz de um candelabro.

Ser modelo exige imitação.

Filipenses 3:17:"Irmãos, sede imitadores meus e observai osque andam se-gundoomodelo que tendes em nós".

Imitador

=

sumimetes(aulllllllT]T~)

=

alguém que segue junto, de perto. Uma pessoa que faz as coisas do mesmo jeito que outra.

Ser modelo pressupõe a ação de modelar. Assim como uma costureira pega uma folha de papel e assinala os contornos de uma roupa, assim como um ferramenteiro ajusta uma primeira peça que servirá de referencial para todas as outras, assim é o processo da modelagem espiritual.

(56)

Semana5 - ODiscípulo Deve Ser Modelo paraasDemais Pessoas

para constatar se realmente Jesus transformou as nossas vidas.

Todo discípulo deveria se esforçar em deixar-se moldar pelo Espírito Santo na semelhança do caráter de Cristo.

Quem está discipulando outra pessoa, deveria preocupar-se em repro-duzir exatamente os contornos de sua vida espiritual sobre a outra pessoa. Uma vez perguntaram para um rabino: "Sr. rabino ... quando os judeus se converterão a Jesus?" Ao que o rabino, sem hesitar respondeu: "quando os cristãos se converterem a Jesus".

Uma das maiores dificuldades na evangelização está exatamente aí. A falta de modelo, a ausência de referenciais. As pessoas estão cansadas de discursos, de marketing religioso. Elas querem apalpar, tocar pessoas que tiveram suas vidas afetadas pelo poder transformador do Evangelho de Je-sus Cristo. Elas estão à procura de pessoas que sejam modelo.

Um dos livros mais vendidos no mundo, depois da Bíblia e do Peregri-no, de [ohn Bunian - é sem dúvida o livro Imitação de Cristo. Thomás de Kempis, monge agostiniano, alemão, nascido em 1380, foi o seu autor. Viveu 91 anos e foi um exemplo de vida. Thomás assim se expressou sobre o assun-to que estamos estudando:

Quem quiser, compreender e saborear toda a plenitude das palavras de Cristo deve se esforçar em conformar com Ele toda a própria vida.

... Na verdade, não são palavras sublimes quefazemohomem santo e justo; é a vidavirtuosa queotorna agradável a Deus. Prefiro sentir compaixão a saber-lhe a definição ... Certamente no dia do juízo não se nos perguntaráo que lemos, masoquefizemos; nem quão bem temos falado, mas quão honesta-mente temos vivido.5

o

apóstolo Paulo, assim se referiu aos discípulos que viviam na cidade de Tessalônica.

1 Tessalonicenses 1:7:"de sorte que vos tornastes o modelo para todos os crentes na Macedônia e na Acaia".

o

termo "modelo", usado aqui por Paulo, no grego é (TUTTÓ)tupos (de onde veio o termo "tipo" de tipografia

=

caracter, cunho, molde, forma, sinal, símbolo, exemplar.

Conseguia-se a impressão, a marca de um tipo, com um golpe. Assim

(57)

deveriam ser as nossas vidas. Devíamos marcar a vida dos outros. Devíamos causar impacto na vida daqueles que estãoà nossa volta.

Veja como isto funcionava na vida de Paulo: Atos 26:28-29

Todos os discípulos de Jesus Cristo deviam ter a mesma característica. Discípulos de Cristo deviam sempre se distinguir na sociedade em que vi-vem. Os ensinos de Jesus fornecem aos seus seguidores tudo que precisam para ter uma qualidade de vida distintiva - acima da mediocridade.

1 Timóteo 1:16:"Mas, poresta mesma razão, mefoi concedida misericórdia, para que, em mim,oprincipal, evidenciasse Jesus Cristo a suacompleta longanimidade, e servisse eu de modelo a quantos hão de crer nele para a vida eterna".

AVALIAÇÃO

1) Assinale com um "x" na frente da frase que você crê estar sendoI

modelo.

2) Depois, anote no quadro abaixo quais seriam as áreas em que você mais precisa investir, no momento, para se tornar um bom modelo de díscí-:

pulo. .

3) Depois de responder a esta avaliação, a que conclusões você chegou? 1. JÁ NÃO SOU APENAS UM RELIGIOSO. ME CONSIDERO UM!

DISCÍPULO DE JESUS.

2. TENHO UMA BOA VIDA DE ORAÇÃO.

3. TENHO SIDO AGRADECIDO A DEUS E O LOUVOR ESTÁ SEM-PRE NOS MEUS LÁBIOS.

(58)

Semana5 - ODiscípulo Deve Ser ModeloparaasDemaisPessoas

6. SOU UM INTERCESSOR.

7. CREIO QUE MINHA VIDA TEM DEMONSTRADO O MEU AMOR PELAS PESSOAS.

8. SOU RESPONSÁVEL.

9. TENHO UM BOM DISCERNIMENTO. 10. SOU ABNEGADO (DEDICADO). 11. ESTOU SEMPRE DISPONíVEL. 12. NÃO TENHO PRECONCEITOS. 13. TENHO RESPEITO PELOS OUTROS. 14. SOU PACIENTE.

15. TENHO VIVIDO COM INTEGRIDADE. 16. SOU MANSO.

17. TENHO UM BOM SISTEMA DE VALORES.

18. AS PRIORIDADES DA MINHA VIDA ESTÃO EM ORDEM. 19. TENHO BOA VIDA DEVOCIONAL. LEIO E MEDITO NA

PALA-VRA REGULARMENTE.

20. NÃO TENHO MEDO DE CORRER RISCOS.

21. TENHO DESENVOLVIDO, CADA VEZ MAIS, A INTIMIDADE COM PESSOAS.

22. SEI PERDOAR.

23. TENHO PEDIDO PERDÃO ÀS PESSOAS QUANDO ERRO. 24. TENHO HONRADO AS PESSOAS.

25. TENHO DOMINIO PRÓPRIO.

26. SEI PROFERIR PALAVRAS DE VIDA. 27. SOU EQUILIBRADO. 28. SOU HUMILDE. 29. SOU ANIMADO. 30. SOU OTIMISTA. 31. SEI RENUNCIAR. 32. SOU HOSPITALEIRO. 33. SEI DAR PREFERÊNCIA. 34. SOU PERSEVERANTE.

(59)

MANUAL DO

mscíeuio -

Volume IV

36. ESTOU SEMPRE BUSCANDO A EXCELÊNCIA.

37. SOU RECEPTIVO.

38. SEI COMPARTILHAR MINHA VIDA. 39. TENHO BOA DISPOSIÇÃO.

40. SOU HONESTO.

41. TENHO BOA MOTIVAÇÃO.

42. TENHO CAPACIDADE DE SUPERAÇÃO. 43. SOU PROMOVEDOR DE UNIÃO.

44. PROCURO SEMPRE MANTER A UNIDADE. 45. SOU CRIATIVO.

46. SOU UMA PESSOA DE FÉ.

47. TENHO BOA DOSE DE ESPERANÇA. 48. SOU REALISTA.

49. SEI FAZER JULGAMENTO SADIO.

50. TENHO HABILIDADE PARA PROMOVER RESTAURAÇÃO. 51. TENHO LIBERDADE DE EXPRESSÃO.

52. SEI CONVIVER COM PESSOAS. 53. SOU UMA PESSOA DE DESAFIOS. 54. SOU OBJETIVO.

55. GOSTO DE LAZER.

56. APRECIO A MINHA PRIVACIDADE. 57. SEI DESCANSAR.

58. CULTIVO RELACIONAMENTOS. 59. FAÇO AMIZADES COM FACILIDADE. 60. SOU SIMPÁTICO.

61. SOU UM BOM EXEMPLO DE MORDOMO.

62. TENHO SIDO CUIDADOSO COM MINHA SAÚDE. 63. TENHO UMA BOA IMAGEM DE MIM MESMO.

64. A ANSIEDADE NÃO É ALGO FREQÜENTE NA MINHA VIDA. 65. MINHAS CONVICÇÕES ESPIRITUAIS SÃO FORTES E

(60)

Semana5 -ODiscípulo Deve Ser Modelo para as Demais Pessoas

67. SINTO-ME PARTE DA IGREJA. 68. SOU AMOROSO.

69. SEI DIALOGAR.

70. INTERESSO-ME POR PESSOAS E POR SUAS NECESSIDADES. 71. SEI RECONHECER O QUE FAZEM POR MIM.

72. ACEITO O PRÓXIMO COMO É.

73. CONSIDERO-ME UMA PESSOA JUSTA. 74. SOU COMPREENSÍVEL.

75. DEIXO-ME CONHECER PELOS OUTROS.

76. TENHO COMPARTILHADO OS BENS QUE DEUS ME TEM DADO.

77. TENHO COMPARTILHADO MEU TEMPO. 78. TENHO COMPARTILHADO MEU OMBRO.

79. CONHEÇO MEU DOM. USO-O COM FREQÜÊNCIA PARA A EDIFICAÇÃO DOS OUTROS.

80. TENHO USADO MEUS TALENTOS E HABILIDADES PARA AJU-DAR AS PESSOAS E A IGREJA.

81. COOPERO FINANCEIRAMENTE COM A IGREJA PELO MENOS COM O DÍZIMO.

82. CREIO QUE SEI OUVIR OS OUTROS COM ATENÇÃO E INTE-RESSE GENUÍNO.

83. TENHO APRENDIDO A DIALOGAR. 84. SOU AUTÊNTICO.

85. SOU SOLIDÁRIO. 86. SOU CONSTANTE. 87. SOU OTIMISTA.

88. SOU UM MEMBRO ENGAJADO NA OBRA DO SENHOR. SOU UM MILITANTE NO REINO.

Anote abaixo quais seriam as áreas em que você mais precisa crescer, no momento.

(61)

(62)

MANUAL DO DiScípULO Volume IV

Pro Paulo So/onca

SEMANA

6 o

Discípulo Precisa

(63)

FOLHA DE PROJETOS PESSOAIS

/ / a / / SEMANA DE _

_ _ _ _ 2. Declarar diariamente as promessas de Deus sobre a minha vida' e de meus irmãos na fé. Esta semana declarei:

(64)

Semana6 - ODiscípulo Precisa AprenderaAcolher as Pessoas

,

O DISCIPULO PRECISA APRENDER

A ACOLHER AS PESSOAS

Se há alguma coisa urgente para ser corrigida na Igreja de Jesus nos dias de hoje é, exatamente isto: saber receber pessoas.

Conta-se que Mahatma Ghandy frequentou por um bom tempo uma igreja evangélica reformada na África do Sul. Entretanto, nunca veio a se integrar àqueles irmãos, embora apreciasse muito as mensagens a respeito da Bíblia e sobre os ensinos de Jesus.

Ghandy nunca se tornou um cristão porque os membros daquela igreja nunca o acolheram como deveriam. Deixamos de ter em nossas fileiras um grande vulto da história mundial, por relaxamento na nossa maneira de re-ceber as pessoas em nosso meio.

Discípulo de Jesus deve estar sempre disposto a dar acolhida, abrigar e se preciso hospedar. Discípulos de Jesus precisam saber como recepcionar pessoas novas e mesmo como tratar com dignidade e com carinho os irmãos de fé.

Esta palavra - acolher, tem um sentido mais profundo. Ela também era usada para "abrigar", "agasalhar".

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Nenhum outro grupo da época era igual à Igreja Primitiva (a do 10 sé-culo depois de Cristo), quanto à mistura de raças, de formações religiosas e de classes sociais.

Ali, na mesma Igreja, se encontravam judeus, bárbaros, gregos, escra-vos e livres, ricos e pobres.

Essas pessoas traziam para dentro do Corpo de Cristo as mais variadas formações educacionais e culturais, divergentes pontos de vista sobre a vida, e diferentes escalas de valores.

Havendo tal mistura, era inevitável que surgissem problemas. Os cris-tãos judaicos muitas vezes desprezavam os seus irmãos incircuncisos; por sua vez, os gentios poderiam menosprezar os irmãos israelitas, por serem de uma nação problemática, desobediente, e que rejeitara Jesus como Messias.

Alguns cristãos conheciam mais as Escrituras e se consideravam supe-riores aos irmãos mais novos e fracos. Por essas e por outras razões, surgiam tensões entre indivíduos e subgrupos dentro da Igreja. Tão fortes eram, às vezes, essas tensões, que tornavam muito difícil aos cristãos aceitarem-se em perfeito pé de igualdade.6

Paulo, sobre quem pesava "diariamente a preocupação com todas as igrejas" (2 Coríntios 11:28), sabendo das muitas e contraproducentes tensões dentro do corpo, desejava que os cristãos se amassem uns aos outros sem fingimento, e vivessem em paz uns para com os outros.Énesse contexto e nesse clima que ele, Paulo - inspirado por Deus dá o seguinte mandamento: Romanos 15:7:

Acolhermo-nos uns aos outros significa aceitarmos os nossos irmãos em Cristo, livremente, sem constrangimento ou reservas, em pleno reconhe-cimento da nossa comunhão igual e mútua em Cristo.

A principal idéia do mandamento é que nós, os cristãos, devemos acei-tar para compartilhar da nossa comunhão toda pessoa que afirma ser Cristo o seu Senhor, mesmo existindo falhas visíveis na sua conduta, lacunas no seu conhecimento ou compreensão das Escrituras, ou mesmo diferença de

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Isto não é o mesmo que aprovar tais falhas, lacunas ou divergências. Significa, isto sim, que aceitamos a pessoa como discípulo de Cristo, porque afirma sê-lo, com o propósito de ensiná-lo a "guardar todas as coisas" que o Senhor Jesus ordenou.

Pode ser, que venhamos a descobrir depois, que admitimos um falso irmão; ou que o irmão se ponha rebelde contra a vontade do Senhor; e num caso destes, tenha de ser excluído.

Mas a Bíblia não nos autoriza a rejeitar aqueles que procuram unir-se ao nosso grupo, a fim de criarmos uma imagem de infabilidade na admissão de membros.

o

mandamento do Senhor da Igreja é: "Acolhei ao que é débil na fé". "Acolhei-vos uns aos outros".

Exemplo positivo de acolhida: Filemom 1:15-17.

Exemplo negativo de acolhida: 3 João 9:11

Veja o que aconteceu com Saulo, logo após a sua conversão: Atos 9:26.

1. Você alguma vez já se sentiu bem acolhido por pessoas e grupos? Como você percebeu que eles estavam lhe acolhendo? Qual foi o comporta-mento deles em relação a você?

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2. Você já passou por uma experiência negativa de acolhimento? Como foi?

3. Quando a igreja de Jerusalém não queria acolher Saulo de Tarso, Atos 9:27, diz que Barnabé levou-o pessoalmente aos apóstolos e lhes deu uma recomendação. Como resultado, ele foi aceito. A pessoa da minha igreja que seria capaz de dar uma de Barnabé num passo desses, é:

A razão por que os discípulos devem aceitar uns aos outros, é que Cris-to já os aceiCris-tou. Ele morreu por nós, sendo nós ainda pecadores Romanos 5:8; recebeu-nos como membro do seu Corpo, a Igreja, e nos franqueou todos os privilégios e benefícios pertencentes a membros.

Da mesma maneira, nós devemos acolher outros discípulos, não im-portando quais as diferenças, fraquezas ou falhas que possuam; e devemos estender-lhes todos os benefícios e privilégios da nossa comunhão, a não ser que estejam sob disciplina e, sem arrependimento.

Énecessário que nós, os discípulos, sejamos misericordiosos, assim como i

Cristo o é. Não é razoável que sejamos mais severos de que o nosso Senhor, rejeitando os que Ele quer receber (Mateus 19:13-14).

POSSÍVEIS BARREIRAS ÀACEITAÇÃO E ACOLHIMENTO DE PESSOAS:

Nos dias atuais, algumas coisas que podem levar cristãos a "pensarem duas vezes" sobre se querem ou não acolher determinado irmão, podem ser as seguintes: