Conceito de mediação
Técnica de resolução de conflitos
intermediada por um terceiro mediador
(agente público ou privado) – que tem por objetivo solucionar pacificamente as divergências entre pessoas, fortalecendo suas relações (no mínimo, sem qualquer desgaste ou com o menor desgaste possível), preservando os laços de confiança e os
Conceito de mediação
Mediação é facilitadora.
Se for mediação, o processo se desenvolve
sem que o mediador intervenha no mérito do conflito.
Se houver intervenção no mérito, trata-se de outro método que pode ser adequado para determinada demanda, mas não deve ser
Modelos de mediação: escola de Harvard
Mediação da escola de Harvard, também
denominada mediação linear, mediação
satisfativa ou mediação tradicional/clássica.
• A mediação é um desdobramento da negociação, baseada em princípios.
• Tem um processo estruturado linearmente em fases bem definidas e tem por propósito o de reestabelecer a comunicação entre as partes para identificar os interesses encobertos pelas posições para com isso alcançar um acordo.
Modelos de mediação: escola de Harvard
Desenvolvido a partir dos anos 50 e 60 do século passado.
Destinou-se, inicialmente, a contribuir para a superação dos impasses nas negociações da
Guerra Fria.
Utilizou conceitos de psicanálise e linguística
Modelos de mediação: escola de Harvard
Técnicas:
• Separar as pessoas do problema: relação interpessoal x problema concreto. Proteção do ego das pessoas.
• Concentrar-se nos interesse, não nas posições. Por trás de posições opostas, há interesses compatíveis e interesses conflitantes.
• Identificar opções de ganhos mútuos. Evitar: o julgamento prematuro, a busca de uma resposta única, a pressuposição de porção fixa e pensar que o problema do outro lhe é estranho.
Modelos de mediação: escola de Harvard
Técnicas:
• Insistir em critérios objetivos. Exemplos: preço de mercado, custo de reposição, valor contábil depreciado.
• Conhecer as chances de retirada. Técnica
denominada MAPAN – melhor alternativa para um acordo negociado.
Modelos de mediação: circular-narrativa
Mediação circular-narrativa, também denominada modelo de Sara Cobb.
• Visão sistêmica, com foco tanto nas pessoas (suas histórias, relações sociais, de pertinência) quanto no conflito.
• Tudo se inter-relaciona reciprocamente e não pode ser visto de maneira isolada; tem foco tanto nas relações quanto no acordo.
Modelos de mediação: circular-narrativa
Aportes da teoria geral dos sistemas, especialmente a terapia familiar sistêmica, cibernética de primeira e segunda ordem, teoria do observador, teoria da comunicação e teoria da narrativa.
A obtenção do acordo deixa de ser o objetivo prioritário da mediação.
Modelos de mediação: circular-narrativa
Tarefas do mediador:
• Desestabilizar as histórias.
• Possibilitar que se construam novas histórias.
Microtécnicas (aspecto inicial das narrativas)
• Modo interrogativo: perguntas informativas e
desestabilizantes.
• Modo afirmativo: reformulação e
Modelos de mediação: circular-narrativa
Minitécnicas (aplicadas sobre desdobramentos amplos das narrativas)
• Externalização: condensação e nominalização do
problema, separação do problema objetivo das questões de pessoas, conotação negativa do problema.
Modelos de mediação: circular-narrativa
Técnica
• Condução dos mediandos no sentido da desconstrução ou desestabilização das narrativas iniciais.
Macrotécnica
• Confluência de todas as técnicas no encontro de mediação.
Modelos de mediação: transformativa
Mediação transformativa, também conhecida como modelo de Bush e Folger.
• Transformar a postura adversarial nas relações, pela identificação das necessidades das pessoas e suas capacidades de decisão e escolha.
• Busca uma postura colaborativa, refazendo os vínculos, e, como consequência natural, poderá
Modelos de mediação: transformativa
Acolhe técnicas da mediação satisfativa e aspectos da terapia sistêmica de família
Elementos do paradigma da ciência
contemporânea, tais como a complexidade, instabilidade e intersubjetividade.
Foco está na capacitação ou autoafirmação dos
mediandos, que se transformam para viabilizar o reconhecimento das diferenças, a identificação dos interesses e necessidades comuns, opções, dados de realidade e o entendimento.
Modelos de mediação: transformativa
Importância da visão relacional, que vinha substituindo a visão individualista.
Aproveitar a oportunidade que o conflito
apresenta para a capacitação
(autodeterminação) e empatia
(reconhecimento).
Modelos de mediação: transformativa
Padrões de interação:
• Procurar conexões. O argumento de um mediando é parte de uma relação ou série de interações que formam padrões maiores.
• Observar as regras implícitas de cada um desses padrões. • Perceber o contexto dos padrões.
• Perceber que um sistema de interações constitui ações interligadas, e observar como uma ação se liga à outra.
• Ter em conta que os eventos são cíclicos e refletem uns aos outros. Deve-se compreender os circuitos causais complexos em sua causalidade mútua.
Modelos de mediação: transformativa
Modelo transformativo tem como meta a superação das posições iniciais dos mediandos e o respectivo padrão relacional, mediante a capacitação ou auto-afirmação.
• Perguntas voltadas para o empoderamento, e não para a desestabilização.
Modelos de mediação: avaliadora
Mediação avaliadora ou avaliativa.
• O mediador, depois de seguir todas as etapas, sem intervir no mérito do conflito, procurando soluções oriundas das propostas dos próprios interessados e na impossibilidade de alcançá-las, oferece sua opinião sobre o caso ao final, com o objetivo de facilitar o acordo.
• Pode ter característica ampla, ou se restringir ao ponto controvertido.
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