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Políticas públicas para o TDAH

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Academic year: 2021

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Políticas públicas para o TDAH

EVANILDA NASCIMENTO DE GODOI BUSTAMANTE

Doutora em Direito pela UFMG

Mestre em Derechos Fundamentales y Libertades Públicas pela Universidad de Castilla-La Mancha

Belo Horizonte

2018

(4)

341.2722 Godoi Bustamante, Evanilda Nascimento de.

B982d O direito à igualdade na educação: políticas públicas para o

2018 TDHA / Evanilda Nascimento de Godoi Bustamante. Belo Horizonte: Arraes Editores, 2018.

157 p.

ISBN: 978-85-8238-449-7 ISBN: 978-85-8238-450-3 (E-book)

1. Direito constitucional. 2. Direito à educação. 3. Igualdade de direitos. 4. TDHA – Educação especial. 5. Filosofia da educação. 6. Educação inclusiva. I. Título.

CDD(23.ed.)–344.2722 CDDir – 341.2722

Belo Horizonte 2018

CONSELHO EDITORIAL

Elaborada por: Fátima Falci CRB/6-700

É proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio eletrônico, inclusive por processos reprográficos, sem autorização expressa da editora.

Impresso no Brasil | Printed in Brazil

Arraes Editores Ltda., 2018.

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Álvaro Ricardo de Souza Cruz André Cordeiro Leal André Lipp Pinto Basto Lupi Antônio Márcio da Cunha Guimarães Bernardo G. B. Nogueira Carlos Augusto Canedo G. da Silva Carlos Bruno Ferreira da Silva Carlos Henrique Soares Claudia Rosane Roesler Clèmerson Merlin Clève David França Ribeiro de Carvalho Dhenis Cruz Madeira Dircêo Torrecillas Ramos Emerson Garcia Felipe Chiarello de Souza Pinto Florisbal de Souza Del’Olmo Frederico Barbosa Gomes Gilberto Bercovici Gregório Assagra de Almeida Gustavo Corgosinho Gustavo Silveira Siqueira Jamile Bergamaschine Mata Diz Janaína Rigo Santin Jean Carlos Fernandes

Jorge Bacelar Gouveia – Portugal Jorge M. Lasmar

Jose Antonio Moreno Molina – Espanha José Luiz Quadros de Magalhães Kiwonghi Bizawu

Leandro Eustáquio de Matos Monteiro Luciano Stoller de Faria

Luiz Henrique Sormani Barbugiani Luiz Manoel Gomes Júnior Luiz Moreira

Márcio Luís de Oliveira Maria de Fátima Freire Sá Mário Lúcio Quintão Soares Martonio Mont’Alverne Barreto Lima Nelson Rosenvald

Renato Caram

Roberto Correia da Silva Gomes Caldas Rodolfo Viana Pereira

Rodrigo Almeida Magalhães Rogério Filippetto de Oliveira Rubens Beçak

Vladmir Oliveira da Silveira Wagner Menezes William Eduardo Freire

Coordenação Editorial: Produção Editorial e Capa:

Imagem de Capa: Revisão:

Fabiana Carvalho Danilo Jorge da Silva Free-Photos (pixabay.com) Responsabilidade do Autor

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V

ADI Ação Direita de Inconstitucionalidade

BA Bahia

CD conduct disorder (transtorno de conduta)

CID Classificação Internacional de Doenças

CNE/CEB Nacional de Educação/Câmara de Educação Básica

CONFENEM Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino

DNA DeoxyriboNucleic Acid (Ácido DesoxirriboNucléico)

DSM Diagnostic and Statistical Manual

ECA Estatuto da Criança e do Adolescente

ENEM Exame Nacional do Ensino Médio

ES Espírito Santo

EUA Estados Unidos da America

IDEA Individuals with Disabilities Education Act (Lei para a

Educação de Indivíduos com Deficiências)

LDB Lei de Diretrizes e Bases da Educação

MABC Movement Assessment Battery for Children

MEC Ministério da Educação e Cultura

ODD Oppositional Defiant Disorder (transtorno desafiador

opositivo)

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VI

OMS Organização Mundial da Saúde

ONU Organização das Nações Unidas

PEI Programa Educativo Individual

PIA Plano Individual de Atendimento

PNE Plano Nacional de Educação

SINASE Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo

STF Supremo Tribunal Federal

TA Transtorno de Aprendizagem

TDAH Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade

TEE Transtorno da Expressão Escrita

TL Transtorno de Leitura

TM Transtorno da Matemática

TV Televisão

UFRJ Universidade Federal do Rio de Janeiro

(7)

VII

s

uMáriO

PREFÁCIO ... IX

INTRODUÇÃO ... 1

Capítulo 1 PORQUE O TDAH NÃO É UMA DOENÇA INVENTADA: CONSIDERAÇÕES PROPEDÊUTICAS ... 6

1.1. Caracterização do transtorno ... 7

1.2. Primeiros registros e evolução das pesquisas ... 11

1.3. A tríade sintomática ... 16

1.3.1. A diferença entre hiperatividade e a agitação típica da idade ... 16

1.3.2. O agir sem pensar: a impulsividade ... 18

1.3.3. A desatenção e seus impactos na vida da pessoa com o Transtorno ... 18

1.4. O diagnóstico: desafios e perspectivas ... 19

1.5. Diferentes sim, incapazes não: o tratamento do TDAH ... 21

1.6. O mito da doença inventada: entre a justificação, a aceitação e o consenso 25 1.7. Educação adequada a condições especiais ... 30

1.7.1. Reflexões sobre as condições especiais da desatenção e da hiperatividade no ambiente escolar ... 30

1.7.2. A prevalência do TDAH entre os escolares ... 31

1.7.3. O desempenho motor diferenciado ... 33

1.7.4. Os chamados ‘distúrbios educacionais’: os Transtornos da Aprendizagem e sua relação ou não com o TDAH ... 35

1.7.4. Como projetos pedagógicos específicos podem contribuir para o processo de ensino aprendizagem das crianças com TDAH ... 40

1.8. Conclusões parciais ... 42

Capítulo 2 FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO, PRINCÍPIOS DE JUSTIÇA DISTRIBUTIVA E O IDEAL DE UMA EDUCAÇÃO DEMOCRÁTICA ... 44

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VIII

2.2. Contribuições dos filósofos clássicos ... 45

2.3. A concepção de educação no pensamento filosófico de Dewey ... 48

2.4. O meio ambiente social: a escola como meio para aprimorar a sociedade 54 2.5. Educação e democracia ... 57

2.6. Os princípios de justiça em John Rawls ... 61

2.7. Educação e justiça ... 66

2.8. As Obrigações Associativas e a Igualdade de Recursos em Ronald Dworkin ... 68

2.8.1. A legitimidade política e as obrigações associativas ... 71

2.8.2. A igualdade de recursos em Ronald Dworkin ... 75

2.9. A distribuição democrática da (na) educação: princípio da igualdade de oportunidade educacional ... 79

2.9.1. Maximização das oportunidades educacionais ... 79

2.9.2. Equalização das oportunidades educacionais ... 81

2.9.3. A meritocracia ... 83

2.9.4. Princípio do mínimo educacional democrático (Democratic Threshold Principle) ... 85

2.10. Conclusões parciais ... 88

Capítulo 3 AS OBRIGAÇÕES DO PODER PÚBLICO NO ÂMBITO EDUCACIONAL E OS DIREITOS DAS CRIANÇAS COM TDAH ... 91

3.1. O espaço escolar e os desafios postos à implantação de políticas públicas 91 3.2. A criança no contexto escolar ... 97

3.3. Medicalização da aprendizagem: o desvio de finalidade ... 100

3.4. Educando os menos favorecidos ... 104

3.5. As políticas públicas para pessoas com deficiência e sua relação (ou não) com o direito das pessoas com TDAH ... 108

3.5.1. A definição de ‘deficiência’ ... 109

3.6. Políticas Públicas de Educação Especial e Inclusiva ... 113

3.6.1. Educação inclusiva ... 113

3.6.2. Educação Especial ... 116

3.6.3. Condutas Típicas ... 119

3.7. Análise da legislação pertinente ao tema e dos projetos de lei em tramitação ... 122

3.8. Diretrizes práticas: entre o ideal e o possível ... 126

CONCLUSÃO ... 133

ANEXO I ... 139

(9)

IX

P

reFáciO

Ao ser convidada pela Autora para elaborar este Prefácio, ao contrário de outras ocasiões, me surpreendi quando percebi que esta empreitada não seria nada fácil, devido à responsabilidade que o tema exige e ao fato de buscar resu-mir, em poucas linhas, a pesquisa desenvolvida com tanta seriedade e excelência.

De início é devido ressaltar que esta publicação é resultado da notável de-fesa de tese da Autora no Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais, “O direito à educação em condições especiais das crianças portadoras de TDAH na perspectiva da filosofia da edu-cação e da justiça distributiva”, no dia 07 de março de 2017.1

A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 é expressa ao dispor:

Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.

Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: I – igualdade de condições para o acesso e permanência na escola.

Art. 208. O dever do Estado com a Educação será efetivado mediante a garantia de: III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, pre-ferencialmente na rede regular de ensino.

Esses princípios são, ainda, elaborados e especificados no Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei n. 8.069/1990)2 e no Plano Nacional de Educação – PNE

(Lei n. 13.005/2014).3

1 A banca examinadora foi composta pela Orientadora Professora Dra. Mariah Brochado e pelos

Profes-sores Doutores Sebastião Helvécio Ramos (FACMED/UFJF), Alice de Souza Birchal (PUCMINAS), Karine Salgado (FD/UFMG), Delton Ricardo Soares Meirelles (FD/UFF) e por mim, Adriana Campos.

2 Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua

pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, assegurando-se-lhes: I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola.

3 O qual estabelece, que no artigo 2º, III, como uma de suas diretrizes, a “superação das desigualdades

(10)

X

Neste sentido, a Autora desenvolve uma cuidadosa pesquisa sobre o TDAH – Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade – sob a perspecti-va de uma educação inclusiperspecti-va e democrática, demonstrando a necessidade que essas crianças têm de ver reconhecidas suas diferenças e de receber tratamento diferenciado no processo de ensino-aprendizagem, especialmente na fase de alfabetização. O direito ao tratamento diferenciado na educação dessas crian-ças, reivindicado pela Autora, se legitima na medida em que uma deficiência do neurotransmissor da dopamina faz com que elas apresentem disfunções executivas de atenção e de memória que influenciam negativamente no seu processo de aprendizagem.

Para o entendimento do TDAH, a Autora nos faz perceber a importância da multidisciplinariedade e da transdisciplinariedade, ao trabalhar conceitos como equidade e igualdade, tanto na área jurídica como na área da saúde, para a crítica ao sistema educacional, assim como para a proposição de políticas públicas que busquem a aplicabilidade dos princípios da justiça distributiva e efetividade do direito de ter respeitadas as limitações e atendidas as necessida-des das crianças com este Transtorno. E neste ponto, se aproxima da filosofia da educação de John Dewey, em sua busca de fortalecimento do método de investigação e comprovação de hipóteses no processo educacional.

Defende a Autora que as reflexões acerca da educação de crianças com TDAH, no Brasil, e dos direitos dessas crianças, precisam transcender o debate sobre a necessidade de medicalização e adentrar no terreno da reflexão sobre os direitos dessas crianças no processo educacional: “a grande questão não é se a criança deve ou não ser medicada, ou se tem esse ou aquele distúrbio, o que importa, ou o que deve ser trabalhado, é a mudança de paradigmas, retirando o foco do erro, ou do fracasso, e focando em projetos pedagógicos especiais que trabalhem as dificuldades destes escolares e potencializem suas habilidades”.

Ao analisar a filosofia da educação (Dewey), trabalha princípios e con-cepções sobre deliberação e respeito mútuo, princípios norteadores da ideia de justiça (John Rawls) e igualdade de recursos (Ronald Dworkin), para a maximização de oportunidades advindas da igualdade de recursos dirigidos aos envolvidos.

Estabelecendo as diretrizes práticas, a Autora reconhece o êxito das inter-venções multidisciplinares, que têm apresentado bons resultados, mas sustenta que esse trabalho deve necessariamente envolver a escola, e que essas ações não serão implementadas “sem um instrumento legal que as obrigue”.

O ponto central da obra, que constitui um importante avanço tanto para estudiosos do tema na área da medicina, mas principalmente nas áreas do direito, filosofia e educação, é justificar moral e politicamente essas ações e propor estratégias para trabalhar as dificuldades que essas crianças apresentam.

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XI

Como o leitor poderá apreciar nas próximas páginas, não restam dúvidas quanto à relevante contribuição da Autora para a construção e implementação de novas soluções que visem à consolidação de ações afirmativas que comba-tam a discriminação e as perdas históricas relativas ao Direito à Educação, de acordo com os princípios democráticos que norteiam a Justiça Distributiva e a Educação em Direitos Humanos.

Belo Horizonte, julho de 2018.

ADRIANA CAMPOS

Professora Decana de Direito Constitucional da Faculdade de Direito da UFMG, Doutora em Direito Constitucional com ênfase em Direito Elei-toral, Mestre em Direito Econômico, OEA/UNITAR/IIDH - Negociação Multilateral, LLB , LLM in electoral law , LLD.

Referências

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