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A Difícil Doutrina Do Amor de Deus - D. a. Carson

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A

A

D

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i f í c i li f í c i l

D

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o u t r i n ao u t r i n a dd oo

(Amor 

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(Amor 

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Traduzido por Degmar Ribas Traduzido por Degmar Ribas

Ia Ia EdiçãEdiçãoo

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Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2 0 0 7 2 0 0 7

(6)

Todos os direitos reservados. Copyright ©2007 para

Todos os direitos reservados. Copyright ©2007 para a língua portuguesa da a língua portuguesa da CaCasasa Publicadora das Assem

Publicadora das Assem bléias bléias de Deus. Aprovado pelo Conde Deus. Aprovado pelo Conselho de selho de DoDoututrinrina.a. Título do original em

Título do original em inginglês: The lês: The DifficDifficult Doctrine of ult Doctrine of the Love the Love of Godof God Cro

Crosswssway Boay Books a Puboks a Publishing Ministry lishing Ministry of of GooGood Nd News Pubews Publishers, Wheatlishers, Wheaton, Illinon, Illinoiois,s, EUA.

EUA.

Primeira edição

Primeira edição em inglêsem inglês: 2000: 2000 Tradução: Degmar Ribas

Tradução: Degmar Ribas

Preparação dos originais: César Moisés Preparação dos originais: César Moisés Revisão: Esdras Costa Bentho

Revisão: Esdras Costa Bentho Capa: Alexander

Capa: Alexander DinizDiniz

Projeto Gráfico: Natan Tomé Projeto Gráfico: Natan Tomé Editoração: Suzane Barboza Editoração: Suzane Barboza CDD: Teologia

CDD: Teologia ISBN:

ISBN: 978-85-263-091978-85-263-0913-53-5  A

 As s citaçõecitações s bíblicbíblicas as foram foram extraídas extraídas da da versão versão Almeida Revista Almeida Revista e e Corrigida, Corrigida, ediçãoedição de 1995, da Sociedade Bíblica do Brasil, salvo indicação em contrário.

de 1995, da Sociedade Bíblica do Brasil, salvo indicação em contrário.

Para maiores informações sobre livros, revistas, periódicos e os últimos Para maiores informações sobre livros, revistas, periódicos e os últimos lançamen

lançamentos da Ctos da CPAPAD, D, visivisite noste nosso so sisitete:: http://www.cpad.com.brhttp://www.cpad.com.br S

SAAC C — — Serviço de AtenServiço de Atendimendimento ao Clientto ao Cliente: 0800-2e: 0800-21-7371-73733 Ca

Casa sa PubliPublicadora das cadora das AssembAssembléias de Deusléias de Deus Caixa Postal 331

Caixa Postal 331

20001-970, Rio de Janeiro, RJ, Brasil 20001-970, Rio de Janeiro, RJ, Brasil

(7)

Sumário

Sumário

 P

 Prefárefáciocio...77 1

1 Distorcendo o Distorcendo o AmAmor or de de DDeeuuss...99

2

2 DeDeus us É É AAmmoorr... 27 27  3

3 O O AAmmor or e e a a SSoobbereranania ia dde e DDeeusus... 47 47  4

4 O O AAmmor or e e a a IrIra a de de DDeeusus...69.69

 Nota

(8)
(9)

PREFÁCIO

PREFÁCIO

E

E

mbora partes deste livro tenham sido primeiramentembora partes deste livro tenham sido primeiramente proferidas como pales

proferidas como palestras em vários lugares, os quatrotras em vários lugares, os quatro capítulos, mais oü menos como impressos aqui, foram capítulos, mais oü menos como impressos aqui, foram pre-parado

parados em primeiro lugar cs em primeiro lugar como Palestras omo Palestras de de WW. H. Griffith. H. Griffith Thomas e ministra

Thomas e ministradas no Seminário Teológicdas no Seminário Teológico de Dallas emo de Dallas em fevereiro de 1998.

fevereiro de 1998.

Estou muito grato pelas muitas demonstrações de Estou muito grato pelas muitas demonstrações de bon-dade que me foram dirigidas durante os quatro dias de dade que me foram dirigidas durante os quatro dias de minha visita. Membros de faculdades saíram de onde minha visita. Membros de faculdades saíram de onde esta-vam para me dar as boasvindas. Foi bom rever as pessoas vam para me dar as boasvindas. Foi bom rever as pessoas conhecidas, renovar velhas amizades e estabelecer muitas conhecidas, renovar velhas amizades e estabelecer muitas outras. O reitor acadêmico, Dr. Mark Bailey, e sua equipe, outras. O reitor acadêmico, Dr. Mark Bailey, e sua equipe, além do costumeiro profissionalismo, foram solícitos e além do costumeiro profissionalismo, foram solícitos e prestativos.

prestativos.

Desde então tenho repetido as quatro palestras, cada vez Desde então tenho repetido as quatro palestras, cada vez ligeiramente revisadas, no Carey Baptist College na Nova ligeiramente revisadas, no Carey Baptist College na Nova Zelândia, Moo

Zelândia, Moore Theologire Theological cal College em SidnCollege em Sidneyey, Austrália, , Austrália, ee na Gilcomston Church em Aberdeen. Em cada caso, tenho na Gilcomston Church em Aberdeen. Em cada caso, tenho me beneficiado tanto da hospitalidade como das perguntas. me beneficiado tanto da hospitalidade como das perguntas.

(10)

A

A DD ifícilifícil DD o u t r i n ao u t r i n a dd oo A A mm oo rr dd ee DD ee uu ss

Estou especialmente grato a Deus pela oportu

Estou especialmente grato a Deus pela oportunidade pro-nidade pro-porcionada para que estas palestras fossem impressas em porcionada para que estas palestras fossem impressas em uma pequena reflexão teológica que me ocupou por algum uma pequena reflexão teológica que me ocupou por algum tempo. O tema do amor de Deu

tempo. O tema do amor de Deus não é rapidamente exaurs não é rapidamente exauri- i-do, seja em nossa experiência ou em nossa teologia. Sem do, seja em nossa experiência ou em nossa teologia. Sem dúvida alguma, esse assunto ocupará a nossa reflexão, como dúvida alguma, esse assunto ocupará a nossa reflexão, como também suscitará nossa adoração na eternidade. Este também suscitará nossa adoração na eternidade. Este pe-queno livro não tem a pretensão de alcançar a amplitude queno livro não tem a pretensão de alcançar a amplitude ou a profundi

ou a profundidade que o tema requdade que o tema requer. Ele é apenas er. Ele é apenas a entra-a entra-da de água entra-da bomba. Em parte, abrange uma área que da de água da bomba. Em parte, abrange uma área que muitos cristãos três séculos atrás conheciam, coisas muitos cristãos três séculos atrás conheciam, coisas larga-mente perdidas hoje. Se este livro fizer pelo menos uma mente perdidas hoje. Se este livro fizer pelo menos uma pequena contribuição para

pequena contribuição para a sua recua sua recuperação, já estarei con-peração, já estarei con-tente.

tente.

As palestras apareceram, pela primeira vez, impressas As palestras apareceram, pela primeira vez, impressas nos quatro fascículos da

nos quatro fascículos da Biblioteca Sacra,Biblioteca Sacra,  volume de 1999.  volume de 1999. Estou grato à Crossway Books por publica

Estou grato à Crossway Books por publicar as palestras nester as palestras neste formato

formato, ligeiramente revisadas outra vez, com isto tornan, ligeiramente revisadas outra vez, com isto tornan doas mais amplamente disponíveis. Logo ficará óbvio para doas mais amplamente disponíveis. Logo ficará óbvio para o leitor que, com poucas exceções, mantive a formalidade o leitor que, com poucas exceções, mantive a formalidade relativa da palestra em vez de transformar estes capítulos relativa da palestra em vez de transformar estes capítulos em esboços. Também gostaria muito de agradecer ao meu em esboços. Também gostaria muito de agradecer ao meu assistente graduado, Sigurd Grindheim, por compilar os assistente graduado, Sigurd Grindheim, por compilar os índices.

índices.

So

Soli Deo glorli Deo gloria.ia. D. A. Carson D. A. Carson Trin

Trinity Evangelical Diviity Evangelical Divinity Schoolnity School

8 8

(11)

II

D D i s t o r c e n d o oi s t o r c e n d o o A A mm oo rr dd ee DD e ueu ss

S

S

abendo o título desta obra, "abendo o título desta obra, "A Difícil Doutrina do A Difícil Doutrina do AmorAmor de Deus", você bem poderá ser perdoado por pensar de Deus", você bem poderá ser perdoado por pensar que o palestrante W

que o palestrante W. H. Griffith Thom. H. Griffith Thomas, as, de 1998, perdeu ode 1998, perdeu o bom senso. Se ele tivesse escolhido falar sobre "A Difícil bom senso. Se ele tivesse escolhido falar sobre "A Difícil Doutrina da Trindade", ou "A Difícil Doutrina da Doutrina da Trindade", ou "A Difícil Doutrina da Predestinação", pelo menos o seu título teria sido coerente. Predestinação", pelo menos o seu título teria sido coerente. Mas será que a doutrina do amor de Deus não é, digamos, Mas será que a doutrina do amor de Deus não é, digamos,  fá

 fácilcil se comparada a estes ensinos profundos e, em parte, se comparada a estes ensinos profundos e, em parte, misteriosos?

misteriosos?

 A.

 A. PPor qor que ue a Doa Doututrinrina a do Amdo Amoor de Der de Deus us DDeveve Se Ser Julgaer Julgada da DiDifífícilcil

Há pelo menos cinco razões. Há pelo menos cinco razões.

(1

(1) ) Se Se as as pessopessoas as crêem crêem em em Deus Deus hoje, hoje, a a maioria maioria esmaga- esmaga-dora defende que este Deus é um ser amoroso. Mas é isto dora defende que este Deus é um ser amoroso. Mas é isto que torna a tarefa do testemunho cristão tão desanimadora, que torna a tarefa do testemunho cristão tão desanimadora,

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A

A DD ifícilifícil DD o u t r i n ao u t r i n a dd oo A A mm oo rr dd ee DD ee uu ss

simplesmente porque esta crença amplamente simplesmente porque esta crença amplamente dissemina-da no amor de Deus é

da no amor de Deus é estabelecida com uma freqüência cres-estabelecida com uma freqüência cres-cente em algum molde que não é a teologia bíblica.

cente em algum molde que não é a teologia bíblica. O resul-O resul-tado é que quando cristãos instruídos falam sobre o amor tado é que quando cristãos instruídos falam sobre o amor de

de Deus, eles Deus, eles querem dizer algo muito difquerem dizer algo muito diferente do que pre-erente do que pre-tende a cultura circundante. Pior, nenhum dos dois lados tende a cultura circundante. Pior, nenhum dos dois lados pode perceber que este é o caso.

pode perceber que este é o caso.

Considere alguns produtos recentes da indústria do Considere alguns produtos recentes da indústria do ci-nema, preservados no celulóide e como moldam a cultura nema, preservados no celulóide e como moldam a cultura ocidental. Para os nossos propósitos, os filmes de ficção ocidental. Para os nossos propósitos, os filmes de ficção ci-entífica podem ser divididos em dois tipos. Talvez os mais entífica podem ser divididos em dois tipos. Talvez os mais populares s

populares sejam os do tipejam os do tipo barulhento e violento, tais comoo barulhento e violento, tais como  I

 Indendepependendencnce e DDaayy,, ou as quatro partes da série ou as quatro partes da série Ali Alien,en, reple-  reple-tos de males repulsivos. Obviamente os alienígenas têm de tos de males repulsivos. Obviamente os alienígenas têm de ser maus, ou

ser maus, ou não haveria nenhuma ameaça, não haveria nenhuma ameaça, e, portanto, ne-e, portanto, ne-nhum objetivo nem diversão

nhum objetivo nem diversão. . Raramente estes filmes se pro-Raramente estes filmes se pro-põem a transmitir uma mensagem cosmológica, e muito põem a transmitir uma mensagem cosmológica, e muito menos uma mensagem espiritual.

menos uma mensagem espiritual.

O outro tipo de filme nesta classe que tenta transmitir O outro tipo de filme nesta classe que tenta transmitir uma mensagem, mesmo enquanto procura divertir, quase uma mensagem, mesmo enquanto procura divertir, quase sempre retrata o poder final da benevolência. Na margem sempre retrata o poder final da benevolência. Na margem entre os dois tipos de filmes está a série

entre os dois tipos de filmes está a série Guerra nas Estrelas,Guerra nas Estrelas, como o seu tratamento da "Força" moralmente ambígua. como o seu tratamento da "Força" moralmente ambígua. Mas, mesmo esta série pende na direção da presunção dè Mas, mesmo esta série pende na direção da presunção dè uma vitória final do lado da "luz", da "Força".

uma vitória final do lado da "luz", da "Força".  ET, ET,  como  como Roy Anker definiu, é "um conto da encarnação de coração Roy Anker definiu, é "um conto da encarnação de coração ardent

ardente que culmina na ressurreiçe que culmina na ressurreição e na aão e na ascenscensão".são".1E ago-1E ago-ra no filme

ra no filme Contact Contact   de Jodie Foster, a inteligência não  de Jodie Foster, a inteligência não explicada

explicada é inundada de amé inundada de amor, sabiamente previdente, gen-or, sabiamente previdente, gen-tilmente espantosa.

tilmente espantosa.

O próprio Anker pensa que esta "dissimulação", como O próprio Anker pensa que esta "dissimulação", como ele chama a isto, é uma grande ajuda à causa cristã. Como ele chama a isto, é uma grande ajuda à causa cristã. Como os escritos de J. R. R. Tolkien e C. S. Lewis, estes filmes aju os escritos de J. R. R. Tolkien e C. S. Lewis, estes filmes aju

1 100

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Distorcendo o Amor

Distorcendo o Amor de Deusde Deus

dam as pessoas

dam as pessoas indiretamenteindiretamentea apreciar a bondada apreciar a bondade e o amore e o amor absoluto de Deus. Sou b

absoluto de Deus. Sou bem menos otimista. em menos otimista. Tolkien e Tolkien e LewisLewis aind

ainda viveram em a viveram em um mundo moldado pela um mundo moldado pela herança judaiherança judai cocristã. Embora muitos dos seus leitores não fossem cocristã. Embora muitos dos seus leitores não fossem cris-tãos em nenhum sentid

tãos em nenhum sentido e, muito menos no bíblico, a "do e, muito menos no bíblico, a "dis is--simulação"

simulação" deledeles foi lida por outros na cultura que tambés foi lida por outros na cultura que tambémm havia sido moldada por esta herança.

havia sido moldada por esta herança. Mas o ponto de vista de

Mas o ponto de vista de ContactaContacta monístico, naturalista monístico, naturalista e pluralista (afinal, o filme foi dedicado a Cari Sagan). Ele e pluralista (afinal, o filme foi dedicado a Cari Sagan). Ele tem muito mais ligações com a Nova Era e o otimismo tem muito mais ligações com a Nova Era e o otimismo panglossiano do que com qualquer outra coisa essencial. panglossiano do que com qualquer outra coisa essencial. De repente a doutrina cristã do amor de Deus se torna De repente a doutrina cristã do amor de Deus se torna mui-to difícil, porque mui-toda a estrutura na qual ela está to difícil, porque toda a estrutura na qual ela está estabelecida nas Escrituras foi substituída.

estabelecida nas Escrituras foi substituída. (2

(2) ) Para Para coloccolocar ar isto isto de de outra outra forma, forma, vivemos vivemos em em umauma cultura na qual muitas outras verdades contemporâneas a cultura na qual muitas outras verdades contemporâneas a res

respeipeito de to de DeuDeus são s são amplamplamenamente ^te ^acacreredditaitaddasas. . RealRealmen- men-te não acho que os argumentos bíblicos sobre o amor de te não acho que os argumentos bíblicos sobre o amor de Deus possam sobreviver múito tempo "no front" do Deus possam sobreviver múito tempo "no front" do nos-so raciocínio, se for abstraído da nos-soberania, da santidade, so raciocínio, se for abstraído da soberania, da santidade, da ira, da providência ou da personalidade de Deus, para da ira, da providência ou da personalidade de Deus, para mencionar apenas alguns elementos nãonegociáveis do mencionar apenas alguns elementos nãonegociáveis do cristianismo básico.

cristianismo básico.

O resultado, naturalmente, é que o amor de Deus, em O resultado, naturalmente, é que o amor de Deus, em nossa cultura, tem sido expurgado de tudo o que ela nossa cultura, tem sido expurgado de tudo o que ela consi-dere desconfortável.

dere desconfortável. O amor de Deus tem sido equilibrado,O amor de Deus tem sido equilibrado, democratizado, e acima de tudo, sentimentalizado. Este democratizado, e acima de tudo, sentimentalizado. Este processo tem se desenvolvido por algum tempo. A minha processo tem se desenvolvido por algum tempo. A minha

geração foi ensinada a can

geração foi ensinada a cantar, "O tar, "O que o mque o mundo precisa ago-undo precisa ago-ra é amor, doce amor", no qual nós fortemente informamos ra é amor, doce amor", no qual nós fortemente informamos ao TodoPoderoso que não precisamos de uma outra ao TodoPoderoso que não precisamos de uma outra mon-tanha

tanha (já (já temos muitas)temos muitas), mas que ser, mas que seria bom mais um poucoia bom mais um pouco de am

de amor. A or. A arrogâarrogância ncia é espantosa.é espantosa.

1 111

(14)

A

A DD ifícilifícil DD o u t r i n ao u t r i n a dd oo A A mm oo rr dd ee DD eeuu ss

Nem sempre foi assim. Nas gerações em que quase Nem sempre foi assim. Nas gerações em que quase to-dos criam na

dos criam na jusjustiça tiça de de Deus, as pessoas Deus, as pessoas às às vezes acvezes achavamhavam difícil crer no amor de Deus. A pregação do amor de Deus difícil crer no amor de Deus. A pregação do amor de Deus veio como maravilhosa boas novas. Hoje em dia, se você veio como maravilhosa boas novas. Hoje em dia, se você disser às pessoas que Deus as ama, provavelmente elas disser às pessoas que Deus as ama, provavelmente elas não ficarão surpresas. Naturalmente, Deus me ama; Ele é não ficarão surpresas. Naturalmente, Deus me ama; Ele é assim, não é? Além disso, por que Ele não iria me amar? assim, não é? Além disso, por que Ele não iria me amar? Eu sou bonitinho, ou pelo menos tão simpático quanto o Eu sou bonitinho, ou pelo menos tão simpático quanto o meu próximo.

meu próximo. Eu estou bem, você está bem, e Deus Eu estou bem, você está bem, e Deus ama aama a você e a mim.

você e a mim. Mesmo nos

Mesmo nos anos 80, de acoanos 80, de acordo com Andrew Grerdo com Andrew Greeley, trêseley, três quartos daqueles que responderam a uma importante quartos daqueles que responderam a uma importante pes-quisa sua, relataram que preferiam pensar em Deus como quisa sua, relataram que preferiam pensar em Deus como um "amigo" do que como um "rei".2 Eu gostaria de saber um "amigo" do que como um "rei".2 Eu gostaria de saber qual teria sido a porcentagem se a opção tivesse sido qual teria sido a porcentagem se a opção tivesse sido "ami-go"

go" ou "juou "juiziz". ". Hoje, a Hoje, a maioria damaioria das pessoas ps pessoas parece arece ter pouter poucaca dificuldade para acreditar no amor de Deus; elas têm dificuldade para acreditar no amor de Deus; elas têm mui-to mais difi

to mais dificuldade em acreditar na culdade em acreditar na justijustiça e na ira ça e na ira de Dede Deus,us, e na veracidade nãocontraditória de um Deus onisciente. e na veracidade nãocontraditória de um Deus onisciente. Mas o ensino bíblico

Mas o ensino bíblico sobre o amor de Deus está mantendo asobre o amor de Deus está mantendo a sua forma quando o significado de "Deus" se dissipa em sua forma quando o significado de "Deus" se dissipa em uma névoa?

uma névoa?

Não devemos pensar que os cristãos são imunes a estas Não devemos pensar que os cristãos são imunes a estas influências. E

influências. Em um livro importante, Marsha Witten m um livro importante, Marsha Witten faz umafaz uma pesquisa

pesquisa sobre o que está sendo pregasobre o que está sendo pregado no púlpito protes-do no púlpito protes-tante.3Vamos ad

tante.3Vamos admitir as limitamitir as limitações de seu estudo. Sua colções de seu estudo. Sua cole- e-ção de sermões foi reunida, por um lado, da Igreja ção de sermões foi reunida, por um lado, da Igreja Presbiteriana (nos Estados Unidos), dificilmente o baluarte Presbiteriana (nos Estados Unidos), dificilmente o baluarte do evangelicalismo confessional; e, por outro, das igrejas do evangelicalismo confessional; e, por outro, das igrejas pertenc

pertencentes à Convenção Batista do Sul. Admiravelmente,entes à Convenção Batista do Sul. Admiravelmente, em muitas das questões cruciais, houve apenas uma em muitas das questões cruciais, houve apenas uma dife-rença estatística marginal entre estas duas heranças rença estatística marginal entre estas duas heranças eclesi-ásticas. Uma limitação mais significativa era que todos os ásticas. Uma limitação mais significativa era que todos os

1 122

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Distorcendo o Amor de

Distorcendo o Amor de DeusDeus

sermões que ela estudou enfocavam a parábola do filho sermões que ela estudou enfocavam a parábola do filho pródigo (Lc 15.1132). Isto significa que os sermões estão pródigo (Lc 15.1132). Isto significa que os sermões estão fadados a se inclinar numa direção predeterminada.

fadados a se inclinar numa direção predeterminada.

Entretanto, seu livro está repleto de longas citações Entretanto, seu livro está repleto de longas citações des-tes sermões, e eles são imensamente problemáticos. Há uma tes sermões, e eles são imensamente problemáticos. Há uma tendência poderosa de "apresentar Deus através de tendência poderosa de "apresentar Deus através de carac-terizações de seu estado interior, com uma ênfase em suas terizações de seu estado interior, com uma ênfase em suas emoções,

emoções, que lembram muito as dos seres humanos... que lembram muito as dos seres humanos... É mÉ maisais provável que Deus 'sinta' do que 'aja', que 'pense' do que provável que Deus 'sinta' do que 'aja', que 'pense' do que 'd

'digiga'"a'".4.4Ou Ou novnovamenamente:te:

A noção relativamente fraca das capacidades A noção relativamente fraca das capacidades teme-rosas

rosas de Deus com relação de Deus com relação ao juao juízo é sublinhadízo é sublinhada pora por uma falta quase completa de construção discursiva uma falta quase completa de construção discursiva de ansiedade em torno do estado futuro de alguém. de ansiedade em torno do estado futuro de alguém. Como já vimos, os sermões dramatizam Como já vimos, os sermões dramatizam sentimen-tos de ansiedade de ouvintes sobre muisentimen-tos outros tos de ansiedade de ouvintes sobre muitos outros aspectos (este, mundano) de seu afastamento de aspectos (este, mundano) de seu afastamento de Deus, estejam eles discutindo o vocabulário do Deus, estejam eles discutindo o vocabulário do pe-cado ou em outras formulações. Mas mesmo cado ou em outras formulações. Mas mesmo quan-do se refere diretamente aos nãoconvertiquan-dos, do se refere diretamente aos nãoconvertidos, ape-nas

nas dois sermões idois sermões insistem no temor dnsistem no temor do o juízo de Deujuízo de Deuss retratando a ansiedade sobre a salvação, e cada retratando a ansiedade sobre a salvação, e cada tex-to faz istex-to apenas obliquamente, quando explica to faz isto apenas obliquamente, quando explica in-diretamente outras questões que estão em seu diretamente outras questões que estão em seu cami-nho, enquanto protege a platéia de sentimentos nho, enquanto protege a platéia de sentimentos ne-gativos... O Deus transcendente, majestoso e gativos... O Deus transcendente, majestoso e espan-toso de

toso de LuterLutero e o e Calvino Calvino cuja cuja imagem informimagem informadaada pelas primeiras visões protestantes do pelas primeiras visões protestantes do relacionamen-to entre os seres humanos e o divino sofreu uma to entre os seres humanos e o divino sofreu uma suavização de conduta

suavização de conduta através através das experiêdas experiências ame-ncias ame-ricanas do protestantismo, com apenas exceções ricanas do protestantismo, com apenas exceções menores... Muitos dos sermões retratam um Deus menores... Muitos dos sermões retratam um Deus

1 133

(16)

A

A DD ifícilifícil D D o u t r i n ao u t r i n a dd oo A A mm oo rr dd ee DD eeuu ss

cujo comportamento é regular, padronizado, e cujo comportamento é regular, padronizado, e pre-visível; Ele é retratado em termos da consistência de visível; Ele é retratado em termos da consistência de seu comportamento, da conformidade de suas ações seu comportamento, da conformidade de suas ações para a singular lei de "amor".5

para a singular lei de "amor".5

Com este sentimentalismo de Deus se multiplicando nas Com este sentimentalismo de Deus se multiplicando nas igrejas protestantes, não é necessário muito para ver como igrejas protestantes, não é necessário muito para ver como pode ser difícil mant

pode ser difícil manter uma doutrina bíblica do amor er uma doutrina bíblica do amor de Dde Deus.eus. (3

(3) ) Alguns Alguns elementos elementos dodos s padrões padrões maiores maiores e e que que aindaainda se desenvolvem no pósmodernismo, atuam no problema se desenvolvem no pósmodernismo, atuam no problema com o qual estamos lidand

com o qual estamos lidando. Por causa o. Por causa de mudanças extra-de mudanças extra-ordinárias na epistemologia do Ocidente, mais e mais ordinárias na epistemologia do Ocidente, mais e mais pes-soas acreditam que a única heresia que sobrou é a opinião soas acreditam que a única heresia que sobrou é a opinião de que a heresia existe. Elas defendem que todas as de que a heresia existe. Elas defendem que todas as religi-ões são fundamentalmente

ões são fundamentalmente a mesma e quea mesma e que, portant, portanto, não o, não sósó é rude, mas profundamente ignorante e antiquado tentar é rude, mas profundamente ignorante e antiquado tentar ganhar alguém para as suas crenças, uma vez que ganhar alguém para as suas crenças, uma vez que implici-tamente está se dizendo que as crenças das outras pessoas tamente está se dizendo que as crenças das outras pessoas são inferiores.6

são inferiores.6 Esta postura, ali

Esta postura, alimentada no mentada no Ocidente, agora alcOcidente, agora alcança mui-ança mui-tas partes do mundo. Por

tas partes do mundo. Por exempexemplo, em um llo, em um livro receivro recente, Calebnte, Caleb Oluremi Oladipo

Oluremi Oladipo descreve em descreve em linhas geraislinhas gerais O DesenvolvimentoO Desenvolvimento da Doutrina do Espirito Santo no Movimento da Igreja Indígena da Doutrina do Espirito Santo no Movimento da Igreja Indígena

Yoruba (Africana)?

Yoruba (Africana)? A sua preocupação é mostrar a interação A sua preocupação é mostrar a interação entre as crenças

entre as crenças cristãs e cristãs e a religião tradicional Yorua religião tradicional Yoruba na igrejaba na igreja indíge

indígena. Após estabelecer na. Após estabelecer "du"duas perspectivas distintas perspectivas distintas" as" queque não precisam nos deter aqui, Oladipo escreve:

não precisam nos deter aqui, Oladipo escreve:

Estas duas perspectivas paradigmáticas

Estas duas perspectivas paradigmáticas [ [ssiicc\\  no li-  no li-vro estão baseadas em uma afirmação fundamental vro estão baseadas em uma afirmação fundamental de que a natureza de Deus é um amor universal. Esta de que a natureza de Deus é um amor universal. Esta afirmação pressupõe que embora os missionários afirmação pressupõe que embora os missionários ocidentais afirmassem que a natureza de Deus é o ocidentais afirmassem que a natureza de Deus é o

1 144

(17)

Distorcendo o Amor

Distorcendo o Amor de Deusde Deus

amor universal, a maioria dos missionários tem amor universal, a maioria dos missionários tem ne-gado a salvação a várias porções da população gado a salvação a várias porções da população mun-dial, e na maioria dos casos eles o fizeram dial, e na maioria dos casos eles o fizeram indiscriminadamente. O livro aponta as indiscriminadamente. O livro aponta as incoerênci-as deste ponto de vista, e tenta traz

as deste ponto de vista, e tenta trazer coerêncer coerência enia entretre o cristianismo e as out

o cristianismo e as outras religiões em geral, e a ras religiões em geral, e a RReli- eli-gião Tradicional Yoruba em particular.8

gião Tradicional Yoruba em particular.8

Em

Em resumo, a resumo, a maré cultural mais emaré cultural mais energética nergética o o pósmopósmo dernismo

dernismo reforça poderosamente reforça poderosamente as as opiniões maopiniões mais is senti senti--mentais, sincretistas e freqüentemente pluralista

mentais, sincretistas e freqüentemente pluralistas do amos do amorr de Deus, sem nenhuma outra base

de Deus, sem nenhuma outra base de autoridade do que ade autoridade do que a própria epistemologia pósmoderna. Mas isto faz da própria epistemologia pósmoderna. Mas isto faz da arti-culação

culação de ude uma doutrina bíbma doutrina bíblica de Deus e dlica de Deus e de uma doutri-e uma doutri-na bíblica do amor de Deus, um desafio extraordidoutri-naria- na bíblica do amor de Deus, um desafio extraordinaria- extraordinaria-mente difícil.

mente difícil. (4

(4) ) As As três três primeiras primeiras dificuldades dificuldades surgem surgem de de desenvol- desenvol-vimentos culturais que fazem do entendimento e da vimentos culturais que fazem do entendimento e da articu-lação da doutrina do amor de Deus um desafio lação da doutrina do amor de Deus um desafio considerá-vel. Este quarto elemento é, em certos aspectos, mais vel. Este quarto elemento é, em certos aspectos, mais fun-damental. Na pressa cultural em direção a uma visão damental. Na pressa cultural em direção a uma visão sentimentalista e, às vezes, até mesmo nãoteísta do amor sentimentalista e, às vezes, até mesmo nãoteísta do amor de Deus, nós cristãos temos sido varridos a ponto de de Deus, nós cristãos temos sido varridos a ponto de ter-mos esquecido que

mos esquecido que dentro do confessionalismo cristãodentro do confessionalismo cristão a dou- a dou-trina do amor de Deus apresenta as suas dificuldades. Este trina do amor de Deus apresenta as suas dificuldades. Este lado de duas guerras mundiais; genocídio na Rússia, lado de duas guerras mundiais; genocídio na Rússia, Chi-na, Alemanha e África; fome em massa; Hitler e Pol Pot; na, Alemanha e África; fome em massa; Hitler e Pol Pot; corrupções distintas intermináveis em casa e no exterior corrupções distintas intermináveis em casa e no exterior tudo

tudo neste século, neste século, impõe a impõe a pergunta, o pergunta, o amor de amor de Deus éDeus é uma doutrina óbvia? Naturalmente que isto está uma doutrina óbvia? Naturalmente que isto está levantan-do as dificuldades de um ponto

do as dificuldades de um ponto de de vista experimental. Podevista experimental. Pode se fazer a mesma coisa a partir da perspectiva da teologia se fazer a mesma coisa a partir da perspectiva da teologia sistemática. Como se integra, precisamente, o que a Bíblia sistemática. Como se integra, precisamente, o que a Bíblia

1 155

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A

A DD ifícilifícil DD o u t r i n ao u t r i n a dd oo A A mm oo rr dd ee DD eeuu ss

diz sobre o amor de Deus com o que a Bíblia diz sobre a diz sobre o amor de Deus com o que a Bíblia diz sobre a soberania de Deus, estendendose até mesmo sobre o soberania de Deus, estendendose até mesmo sobre o do-mínio da morte? O que o amor si

mínio da morte? O que o amor significa em um Ser a quem,gnifica em um Ser a quem, pelo menos, em alguns textos tratam como impassível? pelo menos, em alguns textos tratam como impassível? Como o amor de Deus está ligado à sua justiça?

Como o amor de Deus está ligado à sua justiça?

Em outras palavras, um dos resultados mais perigosos Em outras palavras, um dos resultados mais perigosos do impacto das versões sentimentalizadas do impacto das versões sentimentalizadas contemporâne-as de amor na igreja, é a nossa incapacidade

as de amor na igreja, é a nossa incapacidade comum de pen-comum de pen-sar através das perguntas fundamentais que, sozinhas, nos sar através das perguntas fundamentais que, sozinhas, nos permitem manter uma doutrina de Deus em proporção e permitem manter uma doutrina de Deus em proporção e equilíbrio bíblicos. Embora uma tarefa possa ser gloriosa e equilíbrio bíblicos. Embora uma tarefa possa ser gloriosa e privilegiada, nenhuma é fácil. Estamos lidando com Deus, privilegiada, nenhuma é fácil. Estamos lidando com Deus, e reducionismos insensatos estão fadados a serem e reducionismos insensatos estão fadados a serem distorcidos e perigosos.

distorcidos e perigosos.

(5) Finalmente, a doutrina do amor de Deus é, às vezes, (5) Finalmente, a doutrina do amor de Deus é, às vezes, retratada dentro dos círculos cristãos como muito mais fácil retratada dentro dos círculos cristãos como muito mais fácil e mais óbvia do que realmente é; e isto é alca

e mais óbvia do que realmente é; e isto é alcançado à custa dençado à custa de se fazer "vistas grossas" a algumas das distinções que a se fazer "vistas grossas" a algumas das distinções que a Bí-blia apresenta quando retrata o amor de Deus. Isto é tão blia apresenta quando retrata o amor de Deus. Isto é tão im-portante que se toma o meu próximo ponto principal.

portante que se toma o meu próximo ponto principal.

B.

B. AlgumAlgumas Maneiras Das Maneiras Diferenteiferentes de como a Bíblia Fala s de como a Bíblia Fala do do AmAmor or  de Deus

de Deus

E melhor eu lhe avisar que nem todas as passagens a E melhor eu lhe avisar que nem todas as passagens a que faço referência usam na verdade a palavra

que faço referência usam na verdade a palavra amor.amor. Quan-  Quan-do falo

do falo da doutrina do amor de Deus, incluo temas da doutrina do amor de Deus, incluo temas e textose textos que retratam o amor de Deus sem nunca usar a palavra, que retratam o amor de Deus sem nunca usar a palavra, assim como Jesus diz parábolas que retratam a graça, sem assim como Jesus diz parábolas que retratam a graça, sem usar a palavra graça.

usar a palavra graça.

Com este aviso à frente, chamo a sua atenção para cinco Com este aviso à frente, chamo a sua atenção para cinco maneiras

maneiras distinguíveis com que a Bíblia fala do amor distinguíveis com que a Bíblia fala do amor de Dede Deus.us. Esta não é uma lista exaustiva, mas é heuristicamente útil. Esta não é uma lista exaustiva, mas é heuristicamente útil.

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(19)

Distorcendo o Amor de Deus Distorcendo o Amor de Deus

(1)

(1) O amor O amor pepecuculiar do Paliar do Pai i pelo pelo FilFilho, ho, e e do Fildo Filho ho pelo pelo PaPai.i.OO Evangelho de João é especialmente rico neste tema. Duas Evangelho de João é especialmente rico neste tema. Duas vezes somos informados que o Pai ama o Filho, uma vez vezes somos informados que o Pai ama o Filho, uma vez com o verbo grego

com o verbo grego agapad agapad  (Jo 3. (Jo 3.35), e uma vez co35), e uma vez comm ph phiillééõõ ( (JoJo 5.20). No entanto, o evangelista insiste também que o 5.20). No entanto, o evangelista insiste também que o mun-do deve

do deve aprender aprender que que JesuJesus ama o Pai s ama o Pai (Jo 14.3(Jo 14.31). 1). Este amorEste amor intraTrinitar

intraTrinitariano iano de de Deus não só separa o monoteísmo Deus não só separa o monoteísmo cris- cris-tão de todos os outros monoteísmos, mas está ligado de tão de todos os outros monoteísmos, mas está ligado de ma-neiras

neiras surpreendentes com a revelaçãsurpreendentes com a revelação e a redenção. Volta-o e a redenção. Volta-rei a este tema no próximo capítulo.

rei a este tema no próximo capítulo. (2)

(2) O amor O amor providenciprovidencial de Dal de Deus eus sobsobre tudre tudo o o o que que EElefelefez.z. DeDe um modo geral, a Bíblia não usa a palavra

um modo geral, a Bíblia não usa a palavra amor amor neste neste senti- senti-do, mas o tema não é difícil de achar. Deus cria todas as do, mas o tema não é difícil de achar. Deus cria todas as coisas, e, antes que haja um sopro de pecado, Ele anuncia coisas, e, antes que haja um sopro de pecado, Ele anuncia que tudo o que fez foi "bom" (Gn 1). Este é o produto de que tudo o que fez foi "bom" (Gn 1). Este é o produto de um Criador

um Criador amoroso.amoroso. O Senhor Jesus retrata um mundo no O Senhor Jesus retrata um mundo no qual Deus veste a erva dos campos com a glória das flores qual Deus veste a erva dos campos com a glória das flores silvestres talvez não vista por seres humanos,

silvestres talvez não vista por seres humanos, mas vista pormas vista por Deus. O leão ruge e ataca a sua presa, mas é Deus que Deus. O leão ruge e ataca a sua presa, mas é Deus que ali-menta o animal. As aves encontram alimento, mas isto é o menta o animal. As aves encontram alimento, mas isto é o resultado da providência amorosa de Deus, e nenhuma resultado da providência amorosa de Deus, e nenhuma de-las cai sem a autoriza

las cai sem a autorização do TodoPoderoso (Mt 6.26; 10.29).ção do TodoPoderoso (Mt 6.26; 10.29). Se esta não fosse uma providência benevolente, u

Se esta não fosse uma providência benevolente, uma provi-ma provi-dência

dência amorosa,amorosa, então a lição moral que Jesus revela, isto é, então a lição moral que Jesus revela, isto é, que podemos confiar que este Deus é capaz de prover o que podemos confiar que este Deus é capaz de prover o sustento do seu próprio povo, seria incoerente.

sustento do seu próprio povo, seria incoerente. (3)

(3) A  A poposstturura a ssaallvvaaddoorra a eem rm reellaaççãão o aao o seseu muu munnddo co caaííddoo.. Deus Deus amou

amou o mundoo mundode tal maneira de tal maneira que deu o que deu o seu Filho seu Filho (Jo (Jo 3.16). 3.16). EuEu sei que alguns calvinistas tent

sei que alguns calvinistas tentam tomar o am tomar o greggregoo kosmoskosmos ("mun-  ("mun-do") aqui para se referir aos que eles chamam de eleitos. Mas do") aqui para se referir aos que eles chamam de eleitos. Mas isto realmente não servirá. Todas as evidências do uso da isto realmente não servirá. Todas as evidências do uso da pa-lavra no Evangelho de João são c

lavra no Evangelho de João são contrárias a esta sugestãoontrárias a esta sugestão. . ParaPara dizer a verdade,

dizer a verdade, mundomundoem João nem João não ão se refere tanto a grandezase refere tanto a grandeza

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A

A DD ifícilifícil DD o u t r i n ao u t r i n a dd oo A A mm oo rr dd ee DDee uu ss

como a maldade. No vocabulário de João,

como a maldade. No vocabulário de João, mundomundo é  é primprimeira- eira-ment

mente e a oa ordem mrdem moral eoral em rebeliãm rebelião o intenintencional e culpável con-cional e culpável con-tra. Deus, Em João 3.16 o amor de Deus ao enviar o Senhor tra. Deus, Em João 3.16 o amor de Deus ao enviar o Senhor  Jesu

 Jesus s dedeve ve seser r adadmimiraradodo, , não não poporqurque e seseja ja estestenendiddido o a a algalgo o tãtãoo grande quanto o mundo, mas a algo tão mau; não a tantas grande quanto o mundo, mas a algo tão mau; não a tantas pessoas, mas a pessoas tão impiedosas. Entretanto, em outra pessoas, mas a pessoas tão impiedosas. Entretanto, em outra passag

passagem, João pôde falar de "em, João pôde falar de " todotodoo mundo" o mundo" (1 (1 Jo 2.2), unin-Jo 2.2), unin-do assim a grandeza com a maldade. Mais importante ainda, do assim a grandeza com a maldade. Mais importante ainda, na teologia

na teologia joanijoanina os próprios na os próprios discípulos pertenciam ao mun-discípulos pertenciam ao mun-do, mas foram tirados dele (por exemplo, João 15.19). Neste do, mas foram tirados dele (por exemplo, João 15.19). Neste eixo, o amor de Deus pelo mundo não pode ser reduzido ao eixo, o amor de Deus pelo mundo não pode ser reduzido ao seu amor pelos chamados eleitos»

seu amor pelos chamados eleitos»

A mesma lição é aprendida em muitas passagens e A mesma lição é aprendida em muitas passagens e te-mas nas Escrituras.

mas nas Escrituras. Embora Deus se coloque em Embora Deus se coloque em juízjuízo o sobresobre o mundo, Ele também se apresenta como o Deus que o mundo, Ele também se apresenta como o Deus que convi- convi-da e ordena que todos os seres humanos se arrepenconvi-dam. da e ordena que todos os seres humanos se arrependam. Ele ordena que o seu povo leve o Evangelho até os confins Ele ordena que o seu povo leve o Evangelho até os confins da terra, anunciandoo aos homen

da terra, anunciandoo aos homens e mulheres de s e mulheres de toda par-toda par-te. Aos rebeldes o Senhor soberano diz, "Vivo eu, (...), que te. Aos rebeldes o Senhor soberano diz, "Vivo eu, (...), que não tenho prazer na morte do ímpio, mas em que o ímpio não tenho prazer na morte do ímpio, mas em que o ímpio se converta do seu caminho e viva; co

se converta do seu caminho e viva; converteivos, converteinverteivos, convertei vos dos vossos maus caminhos; pois por que razão vos dos vossos maus caminhos; pois por que razão morrereis, ó casa de Israel?" (Ez 33.11).9

morrereis, ó casa de Israel?" (Ez 33.11).9 (4)

(4) O amorO amor pa parrttiicculularar, , eeffeettiivvo o e e sseelleettiivvo o de de Deus Deus eem m rreellaaççãão o aaooss seus eleitos.

seus eleitos. Os eleitos podem ser toda a nação de Israel, a Os eleitos podem ser toda a nação de Israel, a Igrej

Igreja como um a como um corpo, corpo, ou os ou os indivíduos. Em cada caso, Deusindivíduos. Em cada caso, Deus coloca a sua afeição em seus escolhidos, de um modo que coloca a sua afeição em seus escolhidos, de um modo que Ele não coloque a sua afeição s

Ele não coloque a sua afeição sobre outroobre outros. O povo s. O povo de de IsraelIsrael é informad

é informado: "o: "O O Senhor não tomou prazer em vSenhor não tomou prazer em vós, nem vosós, nem vos escolheu, porque a vossa multidão era mais do que a de escolheu, porque a vossa multidão era mais do que a de todos os outros povos, pois vós éreis menos em números todos os outros povos, pois vós éreis menos em números do que todos os povos,

do que todos os povos, mas porque o Senhor vos mas porque o Senhor vos amava; e,amava; e, para guardar o juramento que jurara a vossos pais, o para guardar o juramento que jurara a vossos pais, o

Se-1 188

(21)

Distorcendo o Amor de Deus Distorcendo o Amor de Deus

nhor vos tirou com mão forte

nhor vos tirou com mão forte e vos resgatou da casa da ser-e vos resgatou da casa da ser-vidão, da mão de Faraó, rei do Egito" (Dt 7.7,8; cf. 4.37). vidão, da mão de Faraó, rei do Egito" (Dt 7.7,8; cf. 4.37). Outra vez: "Eis que os céus e os céus dos céus são do Outra vez: "Eis que os céus e os céus dos céus são do Se-nhor, teu Deus, a terra e tudo o que nela há. Tão somente o nhor, teu Deus, a terra e tudo o que nela há. Tão somente o Senhor tomou prazer em teus pais para os amar; e a vós, Senhor tomou prazer em teus pais para os amar; e a vós, semente deles, escolheu depois deles, de todos os povos, semente deles, escolheu depois deles, de todos os povos, como neste dia se

como neste dia se vêvê" " (10.(10.14,114,15).5).

O mais admirável sobre estas passagens é que quando O mais admirável sobre estas passagens é que quando Israel é contrastado com o universo ou com outras nações, Israel é contrastado com o universo ou com outras nações, a característica distinguível não tem nada de mérito a característica distinguível não tem nada de mérito pesso-al ou nacionpesso-al; não é nada pesso-além do a

al ou nacional; não é nada além do amor de Deumor de Deus. s. Então, naEntão, na própria natureza

própria natureza do cado caso, nestas passaso, nestas passagens, o amor de Deugens, o amor de Deuss é dirigido a Israel de um modo que não é direcionado a é dirigido a Israel de um modo que não é direcionado a outras nações.

outras nações.

Obviamente, esta maneira de tratar o amor de Deus é Obviamente, esta maneira de tratar o amor de Deus é di-ferente das outras três que obser

ferente das outras três que observamos até agora. Esta carac-vamos até agora. Esta carac-terística

terística aparentementeaparentementediscriminatórdiscriminatória do amor ia do amor de Deus emer-de Deus emer-ge

ge com certa com certa freqüência. "freqüência. "AmAmei a ei a Jacó Jacó e abe aborreci a orreci a EsaúEsaú" " (Ml(Ml 1.2,3), Deus declara. Permita todo o espaço que você desejar 1.2,3), Deus declara. Permita todo o espaço que você desejar para a natureza semit

para a natureza semita deste a deste contraste, obsercontraste, observando que a for-vando que a for-ma absoluta pode ser ufor-ma for-maneira de articular ufor-ma ma absoluta pode ser uma maneira de articular uma prefe-rência absoluta; no entanto,

rência absoluta; no entanto, o o fato é que o amor fato é que o amor de de Deus nes-Deus nes-tas passagens é peculiarmente dirigido aos escolhidos.

tas passagens é peculiarmente dirigido aos escolhidos.

Semelhantemente, no Novo Testamento: Cristo "amou a Semelhantemente, no Novo Testamento: Cristo "amou a igreja" (Ef 5.25). De forma repetida, os textos do Novo igreja" (Ef 5.25). De forma repetida, os textos do Novo Tes-tamento nos contam que o amor de Deus (ou o amor de tamento nos contam que o amor de Deus (ou o amor de Cristo

Cristo) é dirigi) é dirigido àqueles que constituem a Igdo àqueles que constituem a Igreja. reja. RetomareiRetomarei a esse assunto no quarto capítulo.

a esse assunto no quarto capítulo. (5)

(5)  Fi Finanallmementntee, à, às vs veezzees s é dé diitto o que que o o aamomor r de de Deus Deus é dé diirriigigidodo ao seu próprio povo de uma maneira provisional ou condicional ao seu próprio povo de uma maneira provisional ou condicional condicionado, isto é, à obediência.

condicionado, isto é, à obediência. Isto faz parte da estrutura Isto faz parte da estrutura relacional

relacional de conhecer a Deus; não de conhecer a Deus; não tem a tem a ver com como nosver com como nos tornamos verdadeir

tornamos verdadeiros seguidores os seguidores do Deudo Deus vivo, mas com os vivo, mas com o

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A

A DD ifícilifícil D D o u t r i n ao u t r i n a dd oo A A mm oo rr dd ee DD eeuu ss

nosso relacionamento com Ele uma vez que o conhecemos. nosso relacionamento com Ele uma vez que o conhecemos. "Conservai

"Conservai a vóa vós mesmos na caridas mesmos na caridade de Deus", de de Deus", Judas exor-Judas exor-ta os seus leitores (v. 21), deixando a impressão inequívoca ta os seus leitores (v. 21), deixando a impressão inequívoca de que alguém poderia

de que alguém poderia nnããoo se conservar no amor de Deus. se conservar no amor de Deus. Está claro que este não é o amor providencial de Deus; é Está claro que este não é o amor providencial de Deus; é muito difícil escapar disso. Nem é este o amor anelante de muito difícil escapar disso. Nem é este o amor anelante de Deus, refletindo a sua postura salvadora em relação à raça Deus, refletindo a sua postura salvadora em relação à raça caída. Nem é este o seu amor eterno e eletivo. As palavras caída. Nem é este o seu amor eterno e eletivo. As palavras têm os seus significados; e uma delas, como veremos, têm os seus significados; e uma delas, como veremos, tam-bém se afasta deste amor.

bém se afasta deste amor.  Judas

 Judas não não é é o o único único que que fala fala nestes nestes termtermos. os. O O SenhorSenhor  Jesus

 Jesus ordena aos ordena aos seus seus discípuldiscípulos os que permaneçam que permaneçam no no seuseu amor (Jo 15.9), e acrescenta, "Se guardardes os meus amor (Jo 15.9), e acrescenta, "Se guardardes os meus man-damentos, permanecereis no meu amor, do mesmo modo damentos, permanecereis no meu amor, do mesmo modo que eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai e que eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai e per-maneço

maneço no seu amorno seu amor" " (Jo (Jo 15.115.10). Permitame fazer u0). Permitame fazer uma fra-ma fra-ca analogia: Embora haja um sentido no qual o meu amor ca analogia: Embora haja um sentido no qual o meu amor pelos meus filhos seja imutável (Deus é testemunha) pelos meus filhos seja imutável (Deus é testemunha) inde-pendentemente do que eles façam, há um outro sentido no pendentemente do que eles façam, há um outro sentido no qual eles sabem muito bem que devem permanecer no meu qual eles sabem muito bem que devem permanecer no meu amor. Se não houver um bom motivo para que os meus amor. Se não houver um bom motivo para que os meus fi-lhos adolescentes não cheguem em casa no horário lhos adolescentes não cheguem em casa no horário combi-nado, o mínimo que eles experimentarão é uma nado, o mínimo que eles experimentarão é uma repreen-são, e também poderão incorrer em algumas sanções são, e também poderão incorrer em algumas sanções restri-tivas. Não adianta lembrálos de que estou agindo assim tivas. Não adianta lembrálos de que estou agindo assim porque os amo.

porque os amo. Isto é verdade, mas a manifestação Isto é verdade, mas a manifestação do mdo meueu amor por eles quando os coloco de castigo, e quando saio amor por eles quando os coloco de castigo, e quando saio com eles para comer alguma coisa, ou compareço em uma com eles para comer alguma coisa, ou compareço em uma de suas apresentações musicais, ou levo o meu filho para de suas apresentações musicais, ou levo o meu filho para pescar, ou a minha filha para uma excursão de algum tipo, pescar, ou a minha filha para uma excursão de algum tipo, é

é bastabastante distinte distinta nos dois casos. A diferença é apenas quenta nos dois casos. A diferença é apenas que o segundo caso se parecerá muito mais c

o segundo caso se parecerá muito mais com permanecer noom permanecer no meu amor, do que cair sob a minha ira.

meu amor, do que cair sob a minha ira.

20 20

(23)

Distorcendo o Amor de

Distorcendo o Amor de DeusDeus

Isto também não é apenas u

Isto também não é apenas um fenômenm fenômeno da nova o da nova alian- alian-ça. O Decálo

ça. O Decálogo declara que Deus é aquele que mostrgo declara que Deus é aquele que mostra o seua o seu amor "a

amor "a mil gmil geraçõeserações daqueldaqueles que me aes que me amamam eguam eguardardam m os meusos meus mandamentof 

mandamentof  (Êx 20.6). Sim, "Misericordioso e piedoso é o (Êx 20.6). Sim, "Misericordioso e piedoso é o Senhor; longânimo e grande em benignidade" (SI 103.8). Senhor; longânimo e grande em benignidade" (SI 103.8). Neste contexto, o

Neste contexto, o seu amor éseu amor é contrastadocontrastadocom com a sua ira. a sua ira. Dife- Dife-rentemente de alguns tex

rentemente de alguns textos que examinaremos, o seu povotos que examinaremos, o seu povo vive debaixo de seu amor

vive debaixo de seu amor ouou debaixo de sua ira, em  debaixo de sua ira, em funçãofunção de sua

de sua fidelidade fidelidade à à aliança, pois Elealiança, pois Ele: ": "NãNão repro repreenderá per-eenderá per-petuamente, nem para sempre conservará a sua ira. Não petuamente, nem para sempre conservará a sua ira. Não nos tratou segundo os nossos pecados, nem nos retribuiu nos tratou segundo os nossos pecados, nem nos retribuiu segundo as nossas iniqüidades. Pois quanto o céu está segundo as nossas iniqüidades. Pois quanto o céu está ele-vado acima da terra,

vado acima da terra, assim é grande assim é grande a sua misericóra sua misericórdiadia pa parraa com os que o temem.

com os que o temem.  Como um pai se compadece de seus  Como um pai se compadece de seus filhos,

filhos, assim o Senhor sassim o Senhor se compadece daqueles que o tememe compadece daqueles que o temem.. Mas a miser

Mas a misericórdia icórdia do Senhor é de edo Senhor é de eternidade a eternidadeternidade a eternidade sobre aqueles que o temem, (...); sobre aqueles que sobre aqueles que o temem, (...); sobre aqueles que guar-dam o seu concerto, e sobre os que se lembram dos seus dam o seu concerto, e sobre os que se lembram dos seus mandamentos para os cumprirem" (SI 103.911,13,17,18; mandamentos para os cumprirem" (SI 103.911,13,17,18; grifos meus). Esta é a linguagem do relacionamento entre grifos meus). Esta é a linguagem do relacionamento entre Deus e a comunidade da aliança.

Deus e a comunidade da aliança. Concluirei este capítulo com: Concluirei este capítulo com:

C. Três Observações Preliminares sobre estas Maneiras C. Três Observações Preliminares sobre estas Maneiras Distin-ta

tas s de Falar do de Falar do AmAm or de Deusor de Deus

Estas três reflexões serão abordadas um pouco mais nos Estas três reflexões serão abordadas um pouco mais nos ca-pítulos restantes. Entretanto,

pítulos restantes. Entretanto, será útil unir alserá útil unir alguns elemguns elementos.entos. (1

(1) ) É É fácil fácil ver ver o o que que irá irá acontecer acontecer se se qualquer qualquer uma uma destasdestas cinco maneiras bíblicas de falar sobre o amor de Deus se cinco maneiras bíblicas de falar sobre o amor de Deus se tomar absoluta e exclusiva, ou se a rede de controle da tomar absoluta e exclusiva, ou se a rede de controle da dis-cussão for as outra

cussão for as outras maneiras maneiras de falar sobre o amor de Deus de falar sobre o amor de Deuss que, por sua vez, se tornaram relativas.

que, por sua vez, se tornaram relativas.

2 211

(24)

A

A DD ifícilifícil DD o u t r i n ao u t r i n a dd oo A A mm oo rr dd ee D D eeuu ss

Se começar

Se começarmos com o amor intraTrinitariano mos com o amor intraTrinitariano de Dde Deus eeus e usarmos isto como o modelo para todos os seus usarmos isto como o modelo para todos os seus relaciona-mentos amorosos, falhar

mentos amorosos, falharemos em emos em observaobservar as distinções quer as distinções que devem ser mantidas. O amor do Pai

devem ser mantidas. O amor do Pai pelo Filho e pelo Filho e o amor doo amor do Filho pelo Pai são exp

Filho pelo Pai são expressos em um relacionamento de per-ressos em um relacionamento de per-feição, s

feição, sem ser atingido pelo pecadoem ser atingido pelo pecado. Embo. Embora muito do amorra muito do amor intraTrinitariano sirva, como veremos, como um modelo intraTrinitariano sirva, como veremos, como um modelo

do amor a se

do amor a ser compartilr compartilhado entre Jesus hado entre Jesus e os seus seguido-e os seus seguido-res, não há nenhu

res, não há nenhum sentido no qual o amor m sentido no qual o amor do Pai redima odo Pai redima o Filho, ou o amor do Filho seja expresso em um Filho, ou o amor do Filho seja expresso em um relaciona-mento de

mento de perdão concediperdão concedido e recebiddo e recebido. Pro. Precioso e realmen-ecioso e realmen-te extraordinário é o amor intraTrinitariano de Deus, um te extraordinário é o amor intraTrinitariano de Deus, um foco exclusivo nesta direção leva muito pouco em foco exclusivo nesta direção leva muito pouco em conside-ração como Deus se manifesta em relação àqueles rebeldes ração como Deus se manifesta em relação àqueles rebeldes que levam

que levam a sua imagem, a sua imagem, em ira e em em ira e em amamor, na cruz.or, na cruz.

Se o amor de Deus não é nada mais do que a sua ordem Se o amor de Deus não é nada mais do que a sua ordem provi

providencial pardencial para todas as a todas as coisas, não escoisas, não estamos longe de tamos longe de umauma "força" beneficente, e um tanto misteriosa. Seria fácil "força" beneficente, e um tanto misteriosa. Seria fácil inte-grar este tipo de postura no panteís

grar este tipo de postura no panteísmo ou em alguma outramo ou em alguma outra forma de monismo. A ecologia verde pode assim ser forma de monismo. A ecologia verde pode assim ser fortalecida, mas não a linha da história magnífica que nos fortalecida, mas não a linha da história magnífica que nos leva da criação para a nova criação, para o novo céu e a leva da criação para a nova criação, para o novo céu e a nova terra, por

nova terra, por meio da cruz e ressurreição meio da cruz e ressurreição do do nosso Mestrenosso Mestre e Senhor.

e Senhor.

Se o amor de Deus for exclusivamente retratado como Se o amor de Deus for exclusivamente retratado como uma paixão c

uma paixão convidativa, onvidativa, desejosa, bastante perdida de amdesejosa, bastante perdida de amor,or, e que busca o pecador, podemos fortalecer as mãos dos e que busca o pecador, podemos fortalecer as mãos dos arminianos, semipelagianos, pelagianos, e daqueles mais arminianos, semipelagianos, pelagianos, e daqueles mais interessados na vida

interessados na vida emocional interioemocional interior de Deus do que emr de Deus do que em sua justiça e glória; mas o custo será imenso. Há alguma sua justiça e glória; mas o custo será imenso. Há alguma verdade neste retrato

verdade neste retrato de Deude Deus, como veremos, algs, como veremos, alguma ver-uma ver-dade gloriosa. Tornada absoluta, porém, ela não só trata os dade gloriosa. Tornada absoluta, porém, ela não só trata os textos complementares como se não estivessem ali, mas r

textos complementares como se não estivessem ali, mas rou-

ou-22 22

(25)

Distorcendo o Amor de

Distorcendo o Amor de DeusDeus

ba de Deus a soberania, e a nossa segurança. Este ba de Deus a soberania, e a nossa segurança. Este pensa-mento adota uma teologia da graça muito diferente da mento adota uma teologia da graça muito diferente da teo-logia da graça de Paulo, e pior ainda,

logia da graça de Paulo, e pior ainda, termina com um Deustermina com um Deus tão insípido

tão insípido que Ele que Ele nem pode intervir panem pode intervir para nos salvar, nemra nos salvar, nem dispor a sua v

dispor a sua vara de castigo contra ara de castigo contra nós. Seu amor é "innós. Seu amor é "incocon- n-dicional"

dicional" demdemais para isso. Este é um munais para isso. Este é um mundo muito afasta-do muito afasta-do das páginas das Escrituras.

do das páginas das Escrituras. Se o amor

Se o amor de de Deus se Deus se referir exreferir exclusivamente clusivamente ao seu amorao seu amor pelos eleitos, é fácil

pelos eleitos, é fácil se desviar em direção a uma bifurcaçãose desviar em direção a uma bifurcação simples e absoluta: Deus ama os

simples e absoluta: Deus ama os eleitos e odeia os reprová-eleitos e odeia os reprová-veis

veis .jCorret.jCorretamenamente poste posicionada icionada aquaqui, i, há há uma verdade neuma verdade nes- s-ta afirmação; desprovida das verdades bíblicas ta afirmação; desprovida das verdades bíblicas complemen-tares, esta mesma afirmação gerou o hipercalvinismoj Eu tares, esta mesma afirmação gerou o hipercalvinismoj Eu uso o termo intencionalmente, me referindo a grupos uso o termo intencionalmente, me referindo a grupos den-tro da tradição da Reforma que proibiram a livre oferta do tro da tradição da Reforma que proibiram a livre oferta do Evangelho. Spur

Evangelho. Spurgeon lutou contra eles em seus dias.1geon lutou contra eles em seus dias.100 OO número deles não é grande na América hoje, mas seus ecos número deles não é grande na América hoje, mas seus ecos são encontrados em jovens ministros da Reforma que são encontrados em jovens ministros da Reforma que sa-bem que é certo oferecer o Evangelho gratuitamente, mas bem que é certo oferecer o Evangelho gratuitamente, mas que não fazem idéia de como fazêlo sem infringir algum que não fazem idéia de como fazêlo sem infringir algum elemento em sua concepção da teologia da Reforma.11

elemento em sua concepção da teologia da Reforma.11

Se o amor de Deus for explicado inteiramente dentro do Se o amor de Deus for explicado inteiramente dentro do tipo de discurso que liga o amor de Deus à nossa tipo de discurso que liga o amor de Deus à nossa obediên-cia (por exemplo, "Conservai a vós mesmos na caridade de cia (por exemplo, "Conservai a vós mesmos na caridade de Deu

Deus")s"), , os perigos que os perigos que nos ameaçnos ameaçam mudam am mudam mais uma vmais uma vez.ez. Na verdad

Na verdade, ee, em uma igreja caracterizada, antes, mais pelam uma igreja caracterizada, antes, mais pela preferência pessoal e pelo antinomismo do que pelo temor preferência pessoal e pelo antinomismo do que pelo temor piedoso ao Senhor, tais passagens certamente têm algo a piedoso ao Senhor, tais passagens certamente têm algo a nos dizer. Mas separados das declarações bíblicas nos dizer. Mas separados das declarações bíblicas comple-mentares sobre o amor de Deus, tais textos podem nos mentares sobre o amor de Deus, tais textos podem nos fa-zer retroceder na direção da teologia do mérito, uma zer retroceder na direção da teologia do mérito, uma irritação incessante sobre se temos ou não sido irritação incessante sobre se temos ou não sido suficiente-mente bons hoje para desfrutarmos o amor de Deus para mente bons hoje para desfrutarmos o amor de Deus para

2 233

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A

A DDifícilifícil DDo u t r i n ao u t r i n a dd oo A A mm oo rr dd ee DDeeuu ss

estarmos livres de todos os acessos de culpa dos quais estarmos livres de todos os acessos de culpa dos quais so-mente a cruz p

mente a cruz pode nos ode nos libelibertar.rtar. Em resumo, precisamos de

Em resumo, precisamos de tudotudo  o que a Escritura diz  o que a Escritura diz sobre este assunto, ou as ramificações doutrinárias e sobre este assunto, ou as ramificações doutrinárias e pasto-rais se mostrarão desastrosas.

rais se mostrarão desastrosas.

(2) Não devemos considerar estas maneiras de falar (2) Não devemos considerar estas maneiras de falar so-bre o amor de Deus, como

bre o amor de Deus, como amoresamores  independentes e  independentes e compartimentados. Não será útil começar a falar com compartimentados. Não será útil começar a falar com mui-ta freqüência sobre o amor providencial

ta freqüência sobre o amor providencial de Deus, seu amorde Deus, seu amor eletivo, seu amor i

eletivo, seu amor intraTrinntraTrinitariano, e assim por itariano, e assim por diante, comodiante, como se cada um deles estivesse hermeticamente separado do se cada um deles estivesse hermeticamente separado do outro. Nem podemos permitir que qualquer uma destas outro. Nem podemos permitir que qualquer uma destas maneiras de falar sobre o amor de Deus seja diminuída maneiras de falar sobre o amor de Deus seja diminuída pe-las outras, mesmo quando não podemos, com as las outras, mesmo quando não podemos, com as evidênci-as bíblicevidênci-as, permitir que qualquer delevidênci-as domestique todevidênci-as as bíblicas, permitir que qualquer delas domestique todas as outras. Deus é Deus, e Ele é um. Não só devemos as outras. Deus é Deus, e Ele é um. Não só devemos agradecidam

agradecidamente reconhecer ente reconhecer que que Deus Deus na perfeição de sna perfeição de suaua sabedoria

sabedoria achou machou melhor noelhor nos prover s prover com estas com estas várias ma-várias ma-neiras

neiras de de falar falar de seu de seu amamor, se or, se pensarmos npensarmos nEle corretamenEle corretamen--te, mas devemos defender estas verdades e aprender a te, mas devemos defender estas verdades e aprender a integrálas em proporção e equilíbrio bíblicos. Devemos integrálas em proporção e equilíbrio bíblicos. Devemos aplicálas à nossa vida e à vida daqueles a quem aplicálas à nossa vida e à vida daqueles a quem ministra-mos com inspiração e sensibilidade formadas pelo modo mos com inspiração e sensibilidade formadas pelo modo como estas verdades funcionam nas Escrituras.

como estas verdades funcionam nas Escrituras.

(3) Dentro da estrutura estabelecida até agora, bem (3) Dentro da estrutura estabelecida até agora, bem po-demos nos perguntar como certos clichês evangélicos demos nos perguntar como certos clichês evangélicos per-duram. (a) "O amor de Deus é incondicional". Sem dúvida duram. (a) "O amor de Deus é incondicional". Sem dúvida alguma isto é verdadeiro no quarto sentido, com respeito alguma isto é verdadeiro no quarto sentido, com respeito ao amor eletivo de Deus. Mas isto certamente não é ao amor eletivo de Deus. Mas isto certamente não é verda-deiro no quinto sentido: A disciplina de Deus aos seus deiro no quinto sentido: A disciplina de Deus aos seus fi-lhos significa que Ele pode vir sobre nós com o equivalente lhos significa que Ele pode vir sobre nós com o equivalente divino da "ira" de um pai sobre um filho adolescente divino da "ira" de um pai sobre um filho adolescente tei-moso. Na verdade, citar o clichê "O amor de Deus é incon moso. Na verdade, citar o clichê "O amor de Deus é incon

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Distorcendo o Amor de

Distorcendo o Amor de DeusDeus

dicional"

dicional" para um cristão que está se para um cristão que está se desviandesviando para o pe-do para o pe-cado, pode transmitir a impressão errada e causar grandes cado, pode transmitir a impressão errada e causar grandes prejuízos. Estes cristãos precisam ser informados de que só prejuízos. Estes cristãos precisam ser informados de que só permanecerão no amor de Deus se fizerem o que Ele diz. permanecerão no amor de Deus se fizerem o que Ele diz. Então, é óbvio que é, pastoralmente, importante saber que Então, é óbvio que é, pastoralmente, importante saber que passagens e temas

passagens e temas aplicar a quais pessoas em qualquer dadoaplicar a quais pessoas em qualquer dado momento, (b) "D

momento, (b) "Deus eus ama a toama a todos exatamente da dos exatamente da mesma ma-mesma ma-neira

neira". ". Isto certamente é vIsto certamente é verdadeerdadeiro em passagens perten-iro em passagens perten-centes à segunda categoria, o domínio da providência. centes à segunda categoria, o domínio da providência. Afi-nal, Deus manda o seu raio de sol e a sua chuva sobre o nal, Deus manda o seu raio de sol e a sua chuva sobre o  justo e

 justo e o o injusto, injusto, igualmigualmenteente. Mas . Mas certamcertamente ente isto isto não não é é ver- ver-dadeiro em passagens pertencentes à quarta categoria, o dadeiro em passagens pertencentes à quarta categoria, o domínio da eleição.

domínio da eleição.

Mais um ou dois clichês serão ex

Mais um ou dois clichês serão examinados depois nestesaminados depois nestes capítulos. Porém já fica claro que o que a Bíblia diz sobre o capítulos. Porém já fica claro que o que a Bíblia diz sobre o amor de Deus é mais complexo e diverso do que é amor de Deus é mais complexo e diverso do que é permiti-do pelo mero uso de slogans.

do pelo mero uso de slogans. Para r

Para resumir: A esumir: A fidelidade cfidelidade cristã vincula ristã vincula a nossa respon-a nossa respon-sabilidade a crescermos em nossa compreensão do que sabilidade a crescermos em nossa compreensão do que sig-nifica confessar que Deus é amor. A este fim dedicamos os nifica confessar que Deus é amor. A este fim dedicamos os próximos capítulos.

próximos capítulos.

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D ee uu ss É É AA mm oo rr

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eus é amor", João escreve em sua primeira cartaeus é amor", João escreve em sua primeira carta (4.8,

(4.8,16). Os esc16). Os escritores bíblicos ritores bíblicos tratam o amor de Deustratam o amor de Deus como uma coisa maravilhosa, totalmente admirável e como uma coisa maravilhosa, totalmente admirável e dig-na de louvor, até mesmo de forma surpreendente quando na de louvor, até mesmo de forma surpreendente quando os objetos de seu amor são seres humanos rebeldes. Mas o os objetos de seu amor são seres humanos rebeldes. Mas o que a afirmação "Deus é amor" realmente significa?

que a afirmação "Deus é amor" realmente significa? Poderíamos primeiro

Poderíamos primeiro perguntar como poperguntar como podemos descodemos descobrir.brir. Uma geração mais velha poderia ter procurado responder a Uma geração mais velha poderia ter procurado responder a pergunta p

pergunta primeirrimeiramente através de estudos da palavra, amente através de estudos da palavra, ou sejaou seja,, seu étim

seu étimo. Especio. Especialmente importantalmente importante foi a tentativa e foi a tentativa de de inves- inves-tir o grupo de palavras

tir o grupo de palavras agapaõagapaõ com peso teológ com peso teológico.ico.  Já

 Já discutdiscuti algumas dessas questões em outros lugi algumas dessas questões em outros lugareares, es, e não desejo ser repetitivo aqui. Mesmo assim, talvez você não desejo ser repetitivo aqui. Mesmo assim, talvez você não tenha lido o meu livro

não tenha lido o meu livro  Exe Exegegese e se e ssuauas Fs Faalláácciiaass}}  e este  e este ponto que desejo explicar é muito impor

ponto que desejo explicar é muito importante, de forma quetante, de forma que uma pequena repetição não fará mal.

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