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Relatório de Estágio Profissional. Promoção de Eventos Culturais

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Academic year: 2021

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ÍNDICE

AGRADECIMENTOS...5

DEDICATÓRIA...6

RESUMO...7

INTRODUÇÃO...8

UNIVERSIDADE DO MINDELO (UM)...10

1. ORIGEM E JUSTIFICAÇÃO...10

2. FILOSOFIA E ORGÂNICA DA UM ENQUANTO INSTITUTO (IESIG)...11

3. FINANCIAMENTO DA UM ...12

4. 4-DESENVOLVIMENTO DA INSTITUIÇÃO ...13

5. INSTALAÇÕES E RECURSOS DIDÁCTICOS ...15

6. A INSTITUIÇÃO COMO ACTOR DE DESENVOLVIMENTO LOCAL ...17

7. IESIG E A CULTURA NA CIDADE ...18

8. AVALIAÇÃO DO IESIG ...19

9. TRANSIÇÃO DO IESIG PARA UNIVERSIDADE DO MINDELO ...19

OBJECTO E OBJECTIVO DO RELATÓRIO...22

1. Objecto ...22

2. Objectivo...22

SOBRE O ESTÁGIO PROFISSIONAL ...23

OBJECTIVOS GERAIS: ...23

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS ...23

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3.1. ÂMBITO E NATUREZA ...24

PROJECTO DO ESTÁGIO ...25

PROJECTO DE TRABALHO DE PROMOÇÃO CULTURAL ...26

4. Caracterização da Escola Secundária Dr. José Augusto Pinto (ESJAP) ...28

HISTORIAL DA ESCOLA/INSTITUIÇÃO ACOLHEDORA ...28

5. A ESJAP E O SISTEMA EDUCATIVO CABOVERDIANO. ...30

IMPORTÂNCIA DA ESCOLA COMO CENTRO DE PROMOÇÃO ...37

PLANO DE ACTIVIDADES ...40

ACTIVIDADES DE PROMOÇÃO CULTURAL ...48

CONCLUSÃO ...89

AUTO-AVALIAÇÃO...91

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“A diversidade cultural amplia as possibilidades de escolha que se oferecem a todos; é uma das fontes do desenvolvimento, entendido não somente em termos de crescimento económico, mas também como meio de acesso a uma existência intelectual, afectiva, moral e espiritual satisfatória.”

Declaração Universal da Diversidade Cultural-UNESCO

“A arte hoje tem que ter um apelo popular. Só pode sobreviver se sair do casulo do respeito distante e tornar-se extremamente familiar, popular como um show de rock. Arte só é interessante quando há uma apropriação narcísica.”

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AGRADECIMENTOS

Posso dizer que é o término de uma fase e inicio de uma nova etapa da minha vida, mas tenho uma certeza que sem aqueles que me ajudaram e que ajudei a promover a cultura, a encontrar o rumo nas suas vidas que julgavam ter perdido, nunca teria sentido a necessidade de encontrar outro rumo para a minha, entrando nos meados teóricos das Ciências Sociais mais precisamente em Estudos Cabo-Verdianos e Portugueses – ECVP.

Agradeço a todos que se cruzaram no meu caminho, passando a fazer parte de mim e da minha vida. O que sou neste momento devo-o a todos os que tornaram o meu sonho possível e realizado. A lista seria interminável se tivesse que os nomear, refiro apenas aqueles que se tornaram numa referência de vida, pelas diversas funções que desempenham e pelo exemplo que me proporcionaram para ganhar força, numa etapa que julgava já ser impossível devido às barreiras que tenho vindo a enfrentar. Assim, o meu obrigado ao meu orientador de estágio professor Anildo Coronel, à minha coordenadora/supervisora professora Rosa Pazos.

O agradecimento especial vai à minha mãe, à minha avó, e aos meus irmãos que nunca me abandonaram no meio deste sonho, e pela dedicação e carinho, porque sempre acreditaram na minha pessoa.

Tendo-se tratado de um estágio de 5 meses de trabalho árduo e sério, jamais esquecerei as actividades desenvolvidas e os que comigo privaram para que as mesmas trilhassem o caminho para o sucesso que se quer, mas que dificilmente se consegue atingir sem o apoio das pessoas que fazem parte desta caminhada.

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DEDICATÓRIA

Este trabalho é dedicado especialmente à minha mãe Helena da Fonseca e à minha avó Maria do Livramento, aos meus irmãos António Correia e Erikson Correia, à minha namorada Mayara Teixeira, aos meus amigos e companheiro Adilson Evora, Paulo Maya e Jair Barros, à minha amiga e companheira Sra. Alice e à Sra. Herminia. Estas pessoas me ajudaram muito, me motivaram muito, foram sempre companheiros e companheiras. Nunca vou esquecer o que eles fizeram por me, porque estiveram sempre onde eu precisava, estavam sempre despostos a ajudar de uma forma ou de outra.

Vou ser muito grato pelo o que eles fizeram por me, nunca, nunca mesmo esquecerei dos seus simples actos.

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RESUMO

Esta Licenciatura constitui uma etapa fundamental que prepara os formandos para a entrada no mundo do trabalho. Segundo o paradigma internacional a Licenciatura em Línguas, Literaturas e Culturas estabelece as bases para o prosseguimento de estudos, quer a nível de mestrado e doutoramento, quer a nível de formações profissionalizantes complementares nos Ramos de Ensino, Turismo e Tradução.

A Licenciatura em Línguas, Literaturas e Culturas desenvolve-se a partir de um tronco comum, constituído por um conjunto de disciplinas científicas-base, de introdução aos estudos de Literatura, Linguística e Cultura comuns ao domínio da Língua Portuguesa, Inglesa e Francesa, sendo cada uma orientada nos dois anos seguintes em três percursos Ensino, Tradução, Turismo e Mediação Turística, totalizando nove saidas profissionais.

Serve a presente para apresentar em termos sumários o relatório final do estágio de Promoção Cultural, do Curso de Estudos Cabo-verdianos e Portugueses, realizado na Escola Secundária Dr. José Augusto Pinto, sob a orientação do Sr. Professor Anildo Coronel e supervisão da Dra. Professora Rosa Elina Aguilar Pazos.

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INTRODUÇÃO

O presente relatório insere-se no âmbito da unidade curricular de estágio do 4º ano da Licenciatura em Estudos Cabo-verdianos e Portugueses, na área de Promoção Cultural.

As funções desempenhada no âmbito do Estagio Profissional, para pedido de equivalência de estágio do regulamento de estágio da Uni-Mindelo para a referida licenciatura, decorreram no período de Fevereiro de 2013 a Julho de 2013, na “Escola Secundária Dr. José Augusto Pinto”, mais precisamente no desempenho das funções de colaborador do Subdirector dos Assuntos Sociais e Comunitários, funções essas que dispunham de um horário de trabalho definido, mas sempre contatável para resolver qualquer caso.

Neste caso tratou-se da escolha do instituto para a realização do estágio, mas também as funções desempenhadas que escolheram a Licenciatura em Estudos Cabo-verdianos e Portugueses, mais precisamente promoção Cultural.

Foi na escola e no terreno, com os demais parceiros sociais da ESJAP – Escola Secundária Dr. José Augusto Pinto e da sociedade mindelense que surgiu a necessidade de querer saber mais e cimentar os conhecimentos adquiridos na prática com o preenchimento de uma lacuna, a da teoria académica.

O relatório encontra-se dividido em momentos de forma a facilitar a leitura e compreensão. Desta forma os momentos são: Historial da Uni-Mindelo; Enquadramento do estágio;

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Contextualização do estágio e do seu meio envolvente; Projecto de estágio; Descrição da ESJAP; relatório das actividades realizadas e assistidas durante o estágio.

Conta ainda com uma reflexão crítica (conclusão), auto-avaliação relativas ao estágio e aos anos de formação e aos constrangimentos encontrados na elaboração desse trabalho académico e sugerem-se ainda pistas para trabalhos futuros.

Para preservar a identidade de todos aqueles mencionados na descrição das actividades, os nomes utilizados serão fictícios.

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UNIVERSIDADE DO MINDELO (UM)

1 1. – ORIGEM E JUSTIFICAÇÃO

A Universidade do Mindelo começou como IESIG (Instituto de Estudos Superiores Isidoro da Graça) em 2002. O nome do Instituto foi concebido em homenagem a um cidadão comum desta cidade, ainda vivo, com 81 anos de idade, que não pode chegar aos estudos superiores em virtude das contingências da vida de uma família humilde do tempo em que nasceu e cresceu, mas que na Universidade da Vida soube cumprir o seu papel de pai, de cidadão, de trabalhador por conta própria e de empresário.

O projecto de criação do Instituto de Estudos Superiores Isidoro da Graça – IESIG é uma iniciativa privada de um grupo de promotores Cabo-verdianos, maioritariamente residentes na Cidade do Mindelo, englobando técnicos de diferentes ramos profissionais nomeadamente da educação. Representa um contributo ao desafio da criação de uma capacidade nacional em termos de educação superior, que se justifica plenamente pelos pesados custos da formação no exterior, pela necessidade de colocar os problemas nacionais no conjunto das preocupações mais globais de uma formação superior, pela absoluta necessidade de promover núcleos de investigação que se dediquem ao estudo e à procura de resposta para questões que interpelem o presente e o futuro do País e do Mundo. Tarefa urgente e que demanda o empenhamento primeiro do Estado de Cabo Verde, mas também dos privados que comungam do mesmo ponto de vista e que se mostram disponíveis para esta missão.

É neste quadro que no dia 11 de Outubro de 2002, com uma população de cerca de 250 estudantes, distribuídos por sete cursos de licenciatura, começava a funcionar na cidade do Mindelo, em São Vicente, o Instituto de Estudos Superiores Isidoro da Graça, abreviadamente designado por IESIG, uma Instituição de Estudos Superiores, com personalidade Jurídica e dotada de Autonomia Administrativa, Financeira e Patrimonial.

1 Para fazer o historial baseamo-nos nas informações cedidas pelo Magnífico Reitor da Uni-Mindelo – Dr. Albertino Graça (na sua tese de Doutoramento “Um Modelo de Gestão para uma Universidade Empreendedora e Competitiva.

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Desde o primeiro momento, o Instituto apresentou-se como um centro bem montado com vista a servir uma população estudantil distribuído desde os mais jovens, os recém-saídos do 12º ano do Ensino Secundário, aqueles que já haviam saído do sistema educativo há uns tempos e que se integraram como funcionários nas instituições estatais e privadas.

A Universidade do Mindelo, reconhecida como pessoa colectiva de utilidade pública, nos termos do Decreto-Lei nº 59/2005, de 19 de Setembro, do Gabinete do Primeiro Ministro, é uma instituição de ensino superior particular.

2. – FILOSOFIA E ORGÂNICA DA UM ENQUANTO INSTITUTO (IESIG) Os Estatutos do IESIG estão registados na Direcção Geral do Ensino Superior e Ciência, sob número 1/2004 e publicados na III série do Boletim Oficial da República de Cabo Verde, nº 32, de 20 de Agosto de 2004. Por Despacho do Sr. Ex.o o Primeiro-Ministro, de 23 de Outubro de 2006, o IESIG foi reconhecido como pessoa colectiva de utilidade pública, nos termos do Decreto-Lei nº 59/2005, de 19 de Setembro.

De acordo com os seus Estatutos, o IESIG tem por missão a formação académica e profissional nas áreas tecnológicas, sociais e humanísticas. A filosofia do IESIG foi sempre a de dar um contributo relevante para o desenvolvimento do país, orientado prioritariamente pelas demandas da actividade económica, mas sem esquecer a vocação dos estudantes. O modelo adoptado preocupou-se fundamentalmente em manter uma dimensão adequada e prosseguir uma linha de consolidação das áreas e cursos existentes, melhorando a sua relacção com as necessidades sociais e do mercado, evitando estratégias de expansão não sustentáveis.

São Órgãos do IESIG2, o Conselho Directivo, o Presidente, o Conselho Científico, o Conselho Consultivo e a Comissão Interdepartamental.

Conselho Directivo é o órgão máximo de decisão sobre a gestão corrente do IESIG e é composto pelo Presidente e Vice-Presidente do Instituto, pelo Presidente do Conselho Científico, pelo Presidente do Conselho Pedagógico, pelo Director dos Serviços Académicos e

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Administrativos, pelo Presidente da Comissão Interdepartamental e pelo Presidente da Associação dos Estudantes.

O Conselho Científico é o órgão coordenador dos assuntos de carácter científico e de investigação nos vários domínios da Ciência e da Tecnologia, assegurando o apoio na execução e orientação das actividades da investigação científica no âmbito dos projectos definidos pelo IESIG. Junto do Conselho Científico funciona o Conselho Pedagógico do Instituto, que serve de apoio e consulta do Presidente, para os assuntos de carácter pedagógico relacionados com a orientação e coordenação do ensino.

O Conselho Consultivo é um órgão de consulta sobre as linhas gerais de actuação do IESIG e tem por objectivo envolver os utentes na organização e reorganização das suas actividades, visando, designadamente, a inserção dos seus diplomados na vida profissional.

A Comissão interdepartamental é um órgão de coordenação interdisciplinar e transdisciplinar e tem por objectivo apoiar os departamentos na organização e reorganização das actividades.

3. – FINANCIAMENTO DA UM

Constituem receitas da Universidade do Mindelo:

 As propinas e taxas pagas, pelos alunos;

 As dotações, subsídios e financiamentos que lhe forem atribuídos por qualquer entidade;

 O produto de quaisquer indemnizações que legais ou contractualmente lhe sejam devidas, bem como o pagamento por serviços prestados e o reembolso das despesas efectuadas legalmente;

 As doações, heranças e legados;

 Os rendimentos de bens e serviços;

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 O valor da venda de produtos e publicações;

 O produto da venda de material inservível ou dispensável, bem como da alienação de bens patrimoniais;

 Os juros de contas de depósitos;

 Quaisquer outras receitas que legalmente lhe advenham.

É com essas receitas que o IESIG tem crescido de forma sustentável, não só em termos científico e pedagógico, mas também em termos de infra-estruturas.

A explicação desse crescimento reside no facto de, apesar da Instituição ser privada, não visar o lucro, toda a receita é rigorosa e criteriosamente utilizada no melhoramento do ensino.

4. – DESENVOLVIMENTO DA INSTITUIÇÃO

O IESIG estrutura-se em departamentos que são unidades orgânicas de ensino e prestação de serviços, responsáveis pela criação de novas áreas científicas e funcionamento dos cursos respectivos, e serviços que estão vocacionados para o apoio administrativo e pedagógico às actividades da Instituição.

O IESIG, iniciou as suas actividades no ano lectivo de 2002 – 2003, com 3 Departamentos, que abrangiam os seguintes cursos:

 – Departamento de Línguas, Literaturas e Interculturalidade: Cursos de Licenciatura em Estudos Cabo-verdianos e Portugueses, Estudos Ingleses e Estudos Franceses;  – Departamento de Ciências Sociais: Cursos de Licenciatura em Sociologia, Psicologia

e História;

 – Departamento de Ciências e Tecnologia: Cursos de Licenciatura em Informática de Gestão e Gestão Hoteleira e Turismo.

O curso de licenciatura em Estudos Franceses, até hoje, nunca chegou a funcionar, por falta de público. As razões encontradas junto dos estudantes do secundário, principalmente do 12º ano, são devido à fraca preparação na língua francesa, pouca motivação e saída profissional

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apenas para docência. Não obstante Cabo Verde estar inserido numa zona africana francófona, entendem esses estudantes que o país beneficia muito pouco com isso e que as oportunidades de trabalho e de investigação a nível da sub-região africana, salvo raríssimas excepções, são aproveitadas pelos estudantes francófonos.

No ano lectivo 2005 – 2006, os responsáveis da Instituição preocupados em formar uma massa crítica competente, capaz de garantir o funcionamento normal da Instituição em termos de docência, mas também, com o objectivo de melhorar a qualidade dos seus docentes, decidiram oferecer pela primeira vez, cursos de pós-graduação:

 – Em colaboração com a Universidade Moderna de Lisboa: Curso de Mestrado em Gestão do Desenvolvimento e Cooperação Internacional;

 – Em colaboração com a Universidade da Beira Interior: Curso de Mestrado em Engenharia Informática.

No final deste ano letivo, o IESIG apresentou a sociedade cabo-verdiana os primeiros licenciados, numa cerimónia pública presidida pelo anterior Senhor Presidente da República, Comandante Pedro Verona Rodrigues Pires e testemunhada pela anterior Senhora Presidente da Câmara Municipal de São Vicente, Doutora Isaura Tavares Gomes. Foi o fim de um primeiro momento, turbulento, com muitas incertezas, avanços e recuos, mas sobretudo de demonstração de querer e vontade de vencer.

No ano lectivo de 2006 – 2007, motivados pelo sucesso conseguido, a Direcção ousou lançar novos desafios, consubstanciados na criação de mais dois cursos de licenciatura e de um Departamento: cursos de licenciatura em Organização e Gestão de Empresas e em Direito e o Departamento Ciências Jurídicas que passou a coordenar o curso de Direito.

Esses cursos tiveram enorme sucesso, tendo ambos esgotados as vagas existentes, fixadas em 60 alunos cada.

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No ano lectivo 2007 – 2008, o IESIG lança-se em mais dois cursos de pós-graduação, ambos com lotação esgotada em termos de candidatos fixados em 20 candidatos cada:

 – Em colaboração com a Universidade do Oriente: Curso de Doutoramento em Ciências Sociais;

 – Em colaboração com a Universidade da Beira Interior: Curso de Mestrado em Supervisão Pedagógica.

No ano lectivo 2009-2010, o IESIG abriu mais um curso de mestrado em Psicologia, em colaboração com a Universidade da Beira Interior e uma licenciatura em Enfermagem.

Frequentaram o IESIG no ano lectivo 2007 – 2008, 667 estudantes distribuídos pelos diferentes cursos de licenciatura, mestrado e doutoramento. Neste mesmo ano lectivo, o IESIG contou com 90 docentes, dos quais 11 pertenciam ao quadro de pessoal e em tempo integral (exclusividade). Estes números não incluem 8 professores doutorados que permaneceram no IESIG por períodos curtos. Dos docentes do quadro, 5 são estrangeiros e 6 são nacionais.

De forma a honrar as linhas de força da sua filosofia do ensino superior, o IESIG estabeleceu acordos de parceria com Universidades, Escolas e outras instituições de ensino superior estrangeiras, que contribuíram significativamente para vencer os desafios propostos. De realçar o excelente entendimento com a Fundação Calouste Gulbenkian, que só não resulta na assinatura de um protocolo por não ser hábito a Fundação assinar protocolos dessa natureza com instituições privadas.

Internamente, foram também desenvolvidos protocolos de parceria com várias instituições locais, designadamente Câmaras Municipais, empresas e hotéis nacionais, em busca permanente das sinergias existentes na sociedade cabo-verdiana.

5. – INSTALAÇÕES E RECURSOS DIDÁCTICOS

A Universidade do Mindelo, desde os tempos do IESIG, funciona num prédio construído para o efeito, de 5 pisos e meio, situado no centro da cidade, contando com 15 salas de aula com

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capacidade média para 40 alunos cada, bem iluminadas e arejadas, um auditório com capacidade para 150 lugares, secretaria, salas de professores, reitoria, centro de reprografia e impressão, serviços de telefone e internet, cafetaria e espaço de lazer para os estudantes.

Em termos de equipamentos didácticos, o IESIG está relactivamente bem equipado. Dispõe de projector de vídeo em todas as salas e já tem em funcionamento o primeiro quadro branco interactivo, tecnologia de ponta na leccionação em sala de aula.

O investimento feito nas tecnologias de informação e comunicação permite ao IESIG ter aulas através de videoconferência a partir de Portugal (Lisboa e Covilhã). O número de computadores ligados em rede e com acesso a internet no IESIG, já se aproxima das cem unidades, situando o rácio em oito alunos por computador.

A Biblioteca do IESIG está estrategicamente instalada, no último piso do prédio, conferindo aos estudantes um ambiente ótimo para o estudo. Tem capacidade para receber 80 leitores ao mesmo tempo.

As necessidades foram estimadas em cerca de 4.000 a 5.000 títulos, actualmente, graças ao apoio de Universidades e Instituições parceiras, designadamente a Universidade de Massachusetts, Universidade Aberta (Lisboa), Universidade Federal de Minas Gerais e a Fundação Calouste Gulbenkian, ultrapassaram-se o limite inferior proposto.

A Mediateca do IESIG, situada mesmo ao lado da Biblioteca, está equipada com 30 postos de investigação. Os computadores ligados em rede e com acesso permanente a Internet, possuem uma biblioteca virtual incorporada, estruturada por áreas científicas, que permite aos estudantes, investigadores ou pesquisadores, fazerem os seus trabalhos sem necessitar de se ausentarem dos seus postos. O ambiente climatizado contribui para criar uma boa disposição nos utilizadores da infraestrutura, aumentando por isso a sua capacidade de trabalho.

Em termos de laboratórios, o IESIG possui dois laboratórios de informática que prestam apoio a todos os cursos e uma sala multimédia que é mais utilizada pelos alunos de Informática de Gestão. Possui um laboratório de línguas, com dez postos de acesso a programas informáticos

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e sistemas de áudio. O software utilizado permite a aprendizagem e prática de línguas e tradução simultânea em seis idiomas diferentes. Possui ainda um laboratório de psicologia que, não obstante em fase de instalação, já é utilizado pelos estudantes.

A instituição dispõe de um centro de estágio que acolhe não só estudantes do IESIG como também de outras IES3 funcionando na ilha.

6. – A INSTITUIÇÃO COMO ACTOR DE DESENVOLVIMENTO LOCAL O IESIG, enquanto instituição de ensino superior, a principal contribuição que tem dado ao desenvolvimento local é na formação de quadros técnicos que têm assumido a administração municipal nas suas diversas vertentes, bem como a gestão e liderança dos projectos de desenvolvimento local.

A Instituição assinou até agora vários protocolos com as autarquias locais visando a formação de quadros em áreas de interesse dos municípios e a participação em estudos e projectos de desenvolvimento local. O IESIG tem dado uma contribuição notável as Câmaras Municipais, concedendo descontos significativos aos estudantes dos respectivos municípios.

O IESIG também tem desenvolvido a sua acção em prol do desenvolvimento local, através de actividade de extensão. Estas actividades estão divididas em duas grandes áreas:

I) Deslocação aos bairros de São Vicente e comunidades periféricas

No âmbito da realização dos trabalhos finais de curso, os estudantes do IESIG têm procurado desenvolver diversas acções junto das populações das comunidades periféricas, recebendo inputs para a realização dos trabalhos e produzindo resultados e propostas muito interessantes que são dirigidas às autoridades locais e centrais no sentido de melhoramento da qualidade de vida e de compreensão de determinados fenómenos de âmbito sociológico ou antropológico dessas comunidades. Os trabalhos abordam temas actuais e de grande importância

3 Instituições de Estudos Superiores

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para um melhor conhecimento da sociedade cabo-verdiana e das questões com as quais ela se confronta.

Fruto do protocolo assinado com a Associação Regional de Futebol de São Vicente, os estudantes têm tido uma intervenção notável junto dos jogadores e através destes com as famílias, muitas delas em bairros pobres e degradados. Os resultados são francamente animadores o que estimula os professores e o Instituto a continuar esse trabalho.

Com a introdução do curso de Licenciatura em Enfermagem, o IESIG pretende dinamizar, ainda mais, a sua intervenção social, junto das comunidades distantes do centro da cidade, quer prestando cuidados básicos da saúde, atuando na prevenção, quer fazendo estudos, diagnósticos, despistagens, etc., recebendo inputs para investigação nessa área de saúde.

II) Debate de Temas de Interesse Local, Nacional e Internacional

O IESIG tem levado a cabo várias actividades públicas de apresentação e discussão de matérias e estudos científicos, mas também técnicos, políticos, culturais e sociais, que têm tido uma apreciação muito positivo da comunidade mindelense, não só académica mas também empresarial e política.

O IESIG propôs neste quadro trazer anualmente personalidades de nível internacional para abordar temas relevantes e actuais, com interesse imediato na capacitação e desenvolvimento da ilha e do País. Estas iniciativas têm sido muito bem acolhidas e apoiadas pela comunidade mindelense.

7. – IESIG E A CULTURA NA CIDADE

A sociedade cabo-verdiana, de modo geral, advoga um ensino de qualidade e uma investigação de ponta, esquecendo que não há ciência sem cultura.

O IESIG tem sido muito activo na realização de eventos culturais, procurando resgatar o ambiente cultural e académico que sempre caracterizou a cidade do Mindelo. Nesta perspectiva

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já organizou diversas tardes culturais de música e poesia e ultimamente realizou alguns ciclos de cinema seguidos de debate sobre os mesmos.

Já organizou diversos palestras com diversos tipos de temas e palestrante onde o público-alvo eram os estudantes das universidades, das escolas secundárias e a sociedade em geral.

8. – AVALIAÇÃO DO IESIG

O Ensino Superior em Cabo Verde entrou numa nova fase, com novos desafios e novas exigências. Uma fase em que é preciso obrigatoriamente melhor organização e coordenação de todos os sujeitos que intervêm no sector. As instituições, os seus órgãos e seus professores devem prestar contas pelo ensino que praticam e o Governo deve cuidar do interesse, qualidade e relevância social desse ensino.

O IESIG consciente dessa necessidade, desde o primeiro momento optou por um sistema de avaliação interna, de forma a permitir aos dirigentes ter uma noção da evolução do Instituto. Essa avaliação começou por consistir num inquérito distribuído internamente aos estudantes e professores, que, depois de preenchido, é devidamente tratado e o resultado encaminhado para a Direcção para efeitos de implementação. Mais recentemente alargou-se o inquérito ao público em geral, incluindo a apreciação comparativa com outras instituições de ensino superior em Cabo Verde.

O IESIG, ainda no âmbito de avaliação do ensino que ministra, recebe professores doutorados de universidades parceiras, que vêm especialmente para este efeito. Dos estudos e das visitas realizadas pelos professores estrangeiros, constacta-se que os parceiros do IESIG fazem uma avaliação positiva da Instituição.

9. – TRANSIÇÃO DO IESIG PARA UNIVERSIDADE DO MINDELO

Na conceptualização da sua projecção institucional a curto prazo, o IESIG define objectivos e acções dirigidas a mudança institucional, de modo a poder enfrentar os desafios presentes e futuros próximo com tranquilidade, assumindo como uma das suas estratégias integradoras a

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articulação das suas componentes, a fim de promover a sinergia institucional necessária, que propicie o seu desenvolvimento.

Com base no sucesso alcançado e na ambição sustentada e legítima dos promotores da Instituição, o IESIG passou à Universidade do Mindelo a 10 de Dezembro de 2011 com a atribuição do título Honoris Causa ao Doutor Adriano Moreira. A atribuição do título (o primeiro em Cabo Verde) mostra a ousadia e prestígio da instituição que se oficializou como Universidade. O doutoramento honoris causa é a mais alta distinção conferida pela Universidade do Mindelo, exigindo a sua atribuição a aprovação do Conselho Universitário pela maioria de dois terços dos seus membros.

A medalha da Universidade do Mindelo é atribuída pelo Reitor e destina-se a galardoar pessoas ou instituições que tenham prestado relevantes serviços à Universidade ou que se tenham distinguido por méritos excepcionais.

Com a transição do IESIG para a Universidade do Mindelo houve algumas alterações que se fizeram notar no novo Estatuto, o Regulamento Interno e na nova Estrutura Departamental.

Na estrutura interna actual da Universidade do Mindelo integram-se as seguintes unidades orgânicas:

 Departamentos: Unidades de ensino, investigação e extensão nos domínios científicos que integram áreas disciplinares próximas e afins;

 Escolas: Unidades de ensino, investigação e extensão nos domínios científicos que agregam áreas de conhecimento com vincada especificidade;

 Centros: Espaços inter unidades orgânicas vocacionadas exclusivamente para investigação e extensão.

2. Pode haver ainda unidades públicas ou privadas, nacionais ou estrangeiras, que prosseguem fins ao nível do ensino, da investigação, ou da extensão, associadas ou cooperando com a Universidade do Mindelo, nos termos dos presentes estatutos.

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3. São condições para criar ou manter uma Unidade Orgânica:

a) Ter em funcionamento pelo menos duas licenciaturas com qualquer número de alunos ou uma licenciatura com pelo menos 70 alunos.

b) Ter entre o corpo decente próprio, pelo menos um professor com o grau de doutor e dois com o grau de mestre.

São símbolos da Universidade do Mindelo o selo, a bandeira e o hino. O selo tem representado um livro aberto, definindo o estudo como alimento do espírito e por baixo. A divisa “Sapientia Omnium Potentior Est” consubstância os objectivos da Universidade. As cores dominantes da Universidade são o azul, o branco e o preto. A bandeira tem ao centro o selo da Universidade e o fundo branco ou azul. A Universidade do Mindelo tem hino próprio, que se toca em cerimónias solenes. As unidades orgânicas podem utilizar simbologias próprias desde que aprovadas pelo Conselho Universitário.

Passa agora a existir os seguintes departamentos:

 Departamento de Ciências Humanas, Jurídicas e Sociais – respectivo aos cursos de: História (coordenadora – Mestre Risanda Soares); Estudos Cabo-Verdianos e Portugueses (coordenadora – Mestre Rosa Elina Aguilar Pazos); Estudos Ingleses (coordenador – Doutor José Luiz Ramos); Direito (coordenador – Doutor Alcides Graça); Ciência Política e Relações Internacionais (coordenadora – Mestre Risanda Soares); Psicologia (coordenadora – Mestre Rosa Elina Aguilar Pazos) e Sociologia (coordenador – Doutor Graciano Nascimento);

 Departamento de Ciências Económicas e Empresariais – respectivo aos cursos de: Organização e Gestão de Empresas (Coordenador – Engenheiro Emanuel Spencer); Gestão Hoteleira e Turismo (coordenador – Mestre João Rêgo) e Informática de Gestão (coordenador – Engenheiro João Dias);

 Escola Superior de Saúde – respectivo aos cursos de: Enfermagem (coordenadora – Mestre Dominika Swolkien de Sousa) e Medicina Pré-Universitária.

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O dia da Universidade celebra-se a 10 de Dezembro, data que marca a transição oficial do Instituto de Estudos Superiores Isidoro da Graça à Universidade do Mindelo.

OBJECTO E OBJECTIVO DO RELATÓRIO

1. – Objecto

O objecto deste relatório consiste na descrição circunstanciada das actividades do estágio na área de promoção cultural realizado no âmbito do Curso de Licenciatura em Estudos Cabo-Verdianos e Portugueses, ministrado pela Uni-Mindelo e cujo estágio decorreu na Escola Secundária Dr. José Augusto Pinto.

2. – Objectivos

De entre vários, destacamos os seguintes:

 Cumprir um dos preceitos do programa do estágio de promoção cultural;

 Expor os principais factos observados no desempenho das actividades realizadas ao longo do estágio. Para completar o Plano Curricular científico e profissional da Licenciatura em Estudos Cabo-verdianos e Portugueses, o aluno no Quarto Ano (4º ano), precisa realizar obrigatoriamente dois Seminários, um da Área de Linguística e o outro da Área da Literatura e posteriormente o Estagio Profissional (duas áreas: a Docência e a Promoção Cultural).

Os critérios exigidos para a inscrição nos Seminários e no Estágio é que já tenham realizado a maioria das disciplinas do Plano Curricular.

Os seminários e o estágio pretendem orientar os discentes a uma aplicação prática intensiva em conformidade com os domínios diversificados das saídas profissionais: a docência e a promoção da cultura.

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SOBRE O ESTÁGIO PROFISSIONAL

OBJECTIVOS GERAIS:

 – Desenvolver habilidades que permitam desempenhar adequadamente a futura actividade profissional no âmbito promoção cultural.

 – Aplicar os conhecimentos adquiridos em relação à promoção da cultura, de modo a criar um elo entre a teoria e o ambiente de trabalho.

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS:

 – Proporcionar ao aluno um contacto directo com o mundo do trabalho que um Licenciado em Estudos Cabo-verdianos e Portugueses executa.

 – Propiciar um trabalho orientado para a prática das funções de Promotor Cultural dentro de uma instituição.

 – Treinar e capacitar o discente como um potencial formador e orientador e, também, promotor e/ou trabalhador da cultura.

 – Capacitar o discente para a aplicação prática das construções teóricas e metodológicas apreendidas ao longo do curso.

 – Contribuir significativamente para a adoção de uma cultura do trabalho e uma ética profissional adequada.

3. – CONTEXTUALIZAÇÃO DO RELATÓRIO

Ao invés de considerar o conhecimento como um dado adquirido, estabelecido e transmissível, a perspectiva construtivista defende que o conhecimento é algo pessoal e que o significado é construído pela pessoa em função da experiência.

A aprendizagem é um processo social mediante o qual os aprendizes edificam significados que são influenciados pela interacção entre o conhecimento previamente adquirido e as novas experiências de aprendizagem.

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Em todas as sociedades modernas já se exige aos candidatos promotores conhecimentos de cultura para além de conhecimentos relactivos a conteúdos específicos com capacidades de reflexão e de resolução de problemas, proficiência em vários domínios (escolar, pedagógico, social e cultural), pois só assim serão considerados aptos a ensinar.

É neste contexto que surge a obrigatoriedade de elaboração e apresentação do relatório de estágio devidamente acompanhado pelo orientador e supervisionado pela supervisora para que os estudantes estagiários possam adquirir o hábito de elaboração de relatórios específicos das actividades curriculares e extracurriculares.

Após o estágio pretende-se ser um profissional promotor competente, mas para isso será necessário familiarizar-se com um conjunto de conhecimentos existentes relactivo ao ensino que estão dotados de um repertório de práticas eficazes, que têm atitudes de reflexão e de resolução de problemas e que consideram o processo para toda a vida.

No entanto, o presente relatório pretende documentar o estágio curricular realizado na Escola Secundária Dr. José Augusto Pinto durante o ano lectivo 2012/2013.

3.1. – ÂMBITO E NATUREZA

Por resolução nº 12/2003 de 9 de Junho, do Conselho de Ministros é outorgada à Graça Empreendimentos SA a faculdade de exercer ensino superior em Cabo Verde através do IESIG (Ver o dossier – anexo 3: “notas sobre o direito aplicável a educação e as instituições educativas” – nº II: 2.5).

O Estágio consiste na conclusão de Licenciatura em Estudos Cabo-verdianos e Portugueses, na Uni-Mindelo correspondente ao Quarto ano (4º ano), e com a aprovação do plano curricular pelo Governo através da já referida resolução.

No âmbito da prática laboral do Curso de Estudos Cabo-verdianos e Portugueses na área de promoção o estágio é considerado como um período de estudos práticos, exigido aos estudantes estagiários para o aprimoramento do desenvolvimento profissional.

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O estágio de promoção cultural enquadra-se no Sistema de Ensino, segundo a Lei de Bases do Sistema Educativo, “as actividades educativas a desenvolver nas instituições de formação deverão incluir estágios de natureza profissional.” (art. 60º) de 18 de Outubro de 1999.

O estágio curricular é um decurso interdisciplinar e avaliativo, fazendo um elo entre a teoria/prática e ensino/pesquisa/extensão com o intuito de propiciar ao aluno-estagiário, espaços para a produção de opções que facultem a sua formação profissional.

No estabelecimento há orientadores e supervisores licenciados e mestrados, com largos anos de experiências no plano da docência, que trabalham nas instituições de acolhimento do estagiário.

Normalmente são encarregados pela planificação, orientação, acompanhamento e avaliação do estágio e do estagiário, em simultâneo com a leccionação. São incumbidos de orientar, acompanhar e avaliar o estagiário, agindo no inerente ponto de desenvolvimento das actividades de estágio.

Ainda vêm previamente estipulados no regulamento do estágio, os objectivos do mesmo: II. Caracterização da Escola Secundária Dr. José Augusto Pinto (ESJAP).

PROJECTO DO ESTÁGIO

O projecto de estágio foi elaborado tendo em atenção o artigo 14º, capítulo III do regulamento do estágio, elaborado pelo IESIG.

Tendo em conta que para a execução do projecto estarão envolvidas várias pessoas, porque pretendemos realizar algumas actividades extracurriculares. Poderão aparecer factos que sairão do nosso domínio e que poderão interferir ou mesmo condicionar a execução do mesmo.

Assim, já prevendo essas situações, foram realizadas alternativas capazes de substituir condignamente e, com a mesma eficácia, as actividades que de uma forma ou outra não foram realizadas.

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Atendendo ao acima exposto, elaboramos o nosso projecto de estágio onde definimos os objectivos gerais e específicos, os beneficiários/participantes, perspectivamos os resultados esperados atendendo às actividades propostas, definimos as metodologias e métodos de trabalho bem como o cronograma das actividades preconizadas, como se pode ver no exposto abaixo.

PROJECTO DE TRABALHO DE PROMOÇÃO CULTURAL

OBJECTIVO GERAL:

 Terminar o estágio na área de promoção cultural para a obtenção do grau de licenciatura;

 Pôr em prática os conteúdos adquiridos durante a formação;

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS:

 – Ter contato com a Subdirecção dos Assuntos Comunitários e Sociais;  – Contactar a comunidade educativa;

 – Trocar experiências com os alunos;  – Conhecer a planificação das actividades;

 – Estreitar as relações entre professores, alunos e estagiários;

 – Sensibilizar os alunos a participarem na dinâmica da vida da escola;  – Incentivar os alunos a participarem nas actividades extracurriculares;  – Refletir sobre o dia do professor;

 – Reconhecer o papel da família e da sociedade na escola;

BENEFICIÁRIOS/PARTICIPANTES

 – Professores, estagiários, alunos, escola e sociedade em geral.

RESULTADOS ESPERADOS:  – Aprofundar conhecimentos;  – Obter o grau de licenciatura;

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 – Pôr em prática os conhecimentos adquiridos durante o estágio;  – Proporcionar aos alunos momentos de lazer;

ACTIVIDADES

Dentro da escola

 – Debates sobre temáticas a serem indicadas (de acordo com os conteúdos programáticos das datas especiais de comemoração a nível mundial e os nacional);

 – Discussão sobre temáticas que afetam a sociedade actual;  – Comemoração do dia de Natal;

 – Festa e desfile de Carnaval;

 – Participação na GALA do XVº aniversário da nossa escola.”E.S. J.A.P. 15 anos vencendo desafios”.

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS (das actividades)  – Desenvolver uma boa competência comunicativa;  – Inteirar-se dos problemas do quotidiano do aluno;  – Trabalhos sobre o Natal declamados pelos alunos;

 – Conhecer a estrutura e funcionamento de uma Universidade;  – Conhecer os cursos ministrados na Uni-Mindelo;

 – Informar aos alunos sobre as condições de acesso às bolsas-empréstimo.

METODOLOGIA

 – Planificação das actividades;  – Contactar os palestrantes;  – Elaboração dos convites;  – Preparação prévia dos espaços;

 – Deslocar com a classe às localidades referidas nos dias e horas marcados;  – Convivência entre os estagiários e a classe;

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MÉTODOS

 – Elaboração de relatórios no fim de cada actividade.

ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DO PROJECTO

O desenvolvimento do projeto teve início no dia 06 de Fevereiro de 2013 na sala dos Assuntos Sociais e Comunitario da Escola Secundária Dr. José Augusto Pinto e contou com a participação do Subdiretor dos Assuntos Sociais e Comunitários no intuito de levar a cabo as actividades constantes do referido do projeto.

4. – Caracterização da Escola Secundária Dr. José Augusto Pinto (ESJAP) HISTORIAL DA ESCOLA/INSTITUIÇÃO ACOLHEDORA

A Escola Secundária Dr. José Augusto Pinto foi criada ao abrigo da Portaria nº 60/98 de 2 de Novembro e nela funciona a via geral do Ensino Secundário.

Esta Escola Secundária é denominada Escola Secundária Dr. José Augusto Pinto em homenagem ao José Augusto Pinto que foi professor de Filosofia no Liceu Ludgero Lima.

No dia 15 de Maio de 1998 foi inaugurada a Escola Secundária Dr. José Augusto Pinto. Situada na zona de Chã de Monte Sossego, atrás do Liceu Ludgero Lima onde funcionavam algumas salas de aula como anexo à Escola Jorge Barbosa.

Com alguma rapidez, pois se exigia a criação de mais um estabelecimento de ensino secundário, foram entregues o edifício e os mobiliários e assim, no ano lectivo 1998/99, a Escola Secundária Dr. José Augusto Pinto abriu, oficialmente, as suas portas. Na Época, a escola não possuía grandes condições, mas foi-se desenrascando e hoje a realidade é outra, embora persistam alguns constrangimentos.

Com dois anos de experiência, a escola conseguiu, através da cooperação francesa, dois laboratórios para as aulas de Estudos Científicos, Física, Química e Ciências Naturais, o que veio

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a credibilizar ainda mais esta instituição de ensino. Também a necessidade de entrar na era da informática acabou por se fazer sentir e, a escola montou com os seus parcos recursos a primeira sala de informática.

A biblioteca hoje tem um acervo de cerca de 7000 livros fruto dos recursos da escola e também de apoios e campanhas de várias instituições.

Dado o seu posicionamento geográfico e receber alunos de algumas zonas mais problemáticas da ilha, faz com que esta escola tenha vários problemas socioeconómicos, mas a escola tem criado alternativas para solucionar esses constrangimentos.

Relactivamente ao corpo docente é composto por professores com formação na área, o que vem dando alguns ganhos a este estabelecimento de ensino.

Até a presente data já passaram pela Direcção da Escola três directores, sendo o atual o Dr. Emanuel do Rosário.

A escola é composta por 35 salas de aula, 2 laboratórios, 1 sala de informática, 1 biblioteca, 1 ludoteca, 1 clube de línguas, 1 clube de matemática, 1 sala de EVT, 1 reprografia, 1 gabinete de orientação e atendimento aos alunos, 1 sala de professores, 1 bloco administrativo, 2 casas de banho por piso e 1 espaço desportivo com balneário.

Com a construção do muro de vedação, passou a ter maior segurança, mas os serviços de segurança (porteiros, guardas e contínuos), garantem a segurança do espaço escolar.

A biblioteca funciona em pleno, garantindo não só o atendimento aos alunos como também aos externos à escola, contando aproximadamente com um acervo de 7000 exemplares de manuais diversos.

O corpo docente é composto por 107 professores, sendo 95 com funções docentes. A grande maioria dos professores possui formação académica a nível superior e com anos de experiência

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no ramo. Contudo, dos 95 professores, 65 têm formação pedagógica para o ensino. Os restantes estão em fase de conclusão, tanto da componente pedagógica bem como na formação de raiz.

No presente ano lectivo, a Escola iniciou com 2037 alunos sendo 1017 no 1º ciclo, 605 no 2º ciclo e 315 no 3º ciclo. Estes alunos estão distribuídos por 19 turmas do 7º, 12 do 8º, 7 do 9º, 8 do 10º, 8 do 11º e 7 do 12º ano, totalizando 61 turmas.

Todo o tipo de problemas sócio-económicos e às vezes até educativos predominantes na família e na rua, de uma forma geral, são problemas que os alunos trazem para a Escola. Sendo o desemprego um grande problema da própria ilha, a Escola não foge à regra, isto é, às vezes só um dos membros da família trabalha, ou temporariamente os dois.

Em resumo, pode-se afirmar que esta escola está em condições de competir com as demais escolas do país, porém precisa resolver alguns problemas tais como: outro espaço para a Educação Física, mais uma ou duas salas para Informática, uma sala de Professores e Corpo Directivo.

Todavia, esta escola para além de seguir o que está estipulado nos planos e a política educativa em Cabo Verde, também tem tentado servir a comunidade, prestando um serviço de qualidade aos discentes. Contudo, é também uma preocupação proporcionar a todos um espaço aprazível de convivência e conforto, de forma a ser uma das escolas de renome tanto em São Vicente como em Cabo Verde, de uma forma geral.

5. – A ESJAP E O SISTEMA EDUCATIVO CABO-VERDIANO SISTEMA

Segundo Durkheim “existe uma relação entre o sistema social e o sistema educativo e que as transformações educacionais são sempre o resultado de um sistema de transformações sociais em termos das quais devem ser explicadas. Para um povo sentir, num dado momento, a necessidade de mudar o seu sistema educacional, é necessário que novas ideias e necessidades tenham emergido e para os quais o velho sistema já não está adequado”.

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Os sistemas educativos de vários países são informados por diferentes ideologias, umas que pretendem manter a estratificação social e formar elites, outras como é o nosso caso preconizam uma atuação de forma a dar aos alunos oportunidades idênticas e contribuir para a mobilidade social. Esta ideologia preconiza que a cada cidadão deve ser garantido o seu direito ao máximo possível de educação, independentemente do seu futuro contributo para a produtividade económica.

Em Cabo Verde já se iniciaram os passos para a aplicação dessa ideologia que será a obrigatoriedade de ensino para todos. Consiste numa permanência obrigatória e prolongada dos alunos na escola, retardar o momento de separação dos alunos em vias de escolaridade diferenciadas e a nível de instrução garantia do mesmo conteúdo para todos durante esse período de escolaridade, melhoramento dos programas, os métodos, o material de apoio, os manuais, os espaços da escola, outros aspectos do seu funcionamento e a aposta na formação de professores. É uma expressão de variedades de intenções que pode vir a concretizar ou não.

Todavia, os objectivos definidos pelo poder político da escola cabo-verdiana como estão expressos nas grandes opções do plano, apontam para a igualdade de oportunidades, para o esbatimento de desigualdades regionais, para o desenvolvimento equilibrado e harmonioso da personalidade individual do aluno e para o progresso da colectividade, embora possa haver outros objectivos implícitos que possam determinar o funcionamento da escola e que explicam a discrepância de resultados.

Como professor/promotor não podemos descurar que a escola, onde o processo ensino/aprendizagem se efectua é normalmente uma instituição criada, orientada e paga pelo Estado. Isto significa que o professor é, também, um funcionário público e a sua profissão, tal como tudo o que tem lugar na escola, é regulamentada por um conjunto de leis e de regras determinadas pelo Estado. Portanto ele terá que desempenhar as funções segundo as regras e leis estejam elas ou não de acordo com as suas próprias convicções.

O sistema educativo caracteriza-se como um conjunto de estruturas, acções, métodos e meios através dos quais se desenvolve o processo permanente e diversificado de formação dos

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membros da comunidade que institui esse sistema. O sistema educativo formal organiza-se em níveis etários e segmentos educacionais que se caraterizam segundo finalidades e tipos de educação a prosseguir de acordo com as funções sociais da escola e as necessidades de desenvolvimento pessoal e social dos educandos.

Trata-se de um “conjunto integrado de estruturas diversificadas que, por iniciativa e sob a responsabilidade de diferentes instituições e entidades públicas, particulares e cooperativas, correspondem para a realização do direito à educação num dado contexto histórico.”

No sistema escolar são de considerar os seguintes subsistemas maiores:

a. O curricular e o pedagógico, referente a planos de estudos, programas de ensino, método, organização pedagógica e avaliação do ensino /aprendizagem;

b. O dos recursos humanos, designadamente, o pessoal docente e demais agentes educativos, referente à sua formação e regime de docência ou intervenção;

c. O dos recursos físicos, respeitante à rede, instituição e equipamentos escolares; d. O de administração, organização e gestão escolar;

e. O dos apoios e complementos educativos, designadamente orientação educacional, saúde, apoios sócio-educativos e vários serviços complementares.

Sistema educativo cabo-verdiano

O sistema de ensino encontra-se legitimado na Legislação Educacional Cabo-verdiana.

Lei 103/III/90, de 29/12 Lei de Bases do Sistema Educativo

Decreto – Lei nº 86/92, de 16/7 Plano de cargos, carreiras e salários da função pública

Decreto – Legislativo nº 3/93 Regime jurídico das férias e licenças dos funcionários

Decreto – Lei nº 77/94 de 27/12 Define o regime de direcção, administração e gestão dos estabelecimentos do Ensino Básico

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Decreto – Legislativo nº 8/97 de Maio Estatuto Disciplinar dos Agentes da Administração Público

Decreto – Regulamentar nº4/98 de 27/04 Fundamental das Delegações do Ministério da Educação

Decreto – Regulamentar nº 4/98 de 27/04 Estabelece as Funções das Delegações do MED

Decreto – Regulamentar nº 16/99 de 2/11 Concursos de ingresso e acesso às categorias do pessoal docente em regime de nomeação Lei 76/V/98 de 7/12 Lei das Finanças Locais

Decreto – Legislativo nº 7/98 de 28/12 Estatuto do Pessoal Docente Lei 78/V/98 de 7/12 Lei do Enquadramento Orçamental Lei 90/V/98 de 31/12 Orçamento Retificado 1998

Lei 91/V/98 de 31/12 Orçamento do Estado de 1999 Decreto – Lei nº 1/99 de 1/03 Execução do Orçamento de 1999

Lei 96/V/99 Estabelece Regime jurídico dos serviços autónomos, fundos autónomos e dos institutos públicos

Lei 113/V/99 Alteração da Lei de Bases do Sistema Educativo

Lei 114/V/99 de 21/11 Orçamento Retificado de 1999 Lei 116/V/99 de 29/12 Orçamento do Estado de 2000

Decreto – Regulamentar nº10/2000 de 4/09 Avaliação do desempenho do pessoal docente Decreto – Lei nº 15/2000 de 27/08 Execução do Orçamento de 2000

Lei 124/V/2000 de 29/11 Orçamento Retificado de 2000 Lei 3/IV/2001 de 27/08 Orçamento do Estado de 2001 Decreto – Lei nº 15/2001 de 27/08 Execução do Orçamento de 2001 Decreto – Lei nº 29/2001 de 19/11 Normas da Contabilidade Público

Decreto – Lei nº 1/2002 de 21/01 Define os novos classificadores de receitas e despesas

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Decreto – Lei nº 4/2002 de 30/12 Normas Pedagógicas e Técnicas a na educação Pré-escolar

Lei 7/IV/2002 de 28/01 Orçamento do Estado de 2002

Decreto – Lei nº 30/2002 de 30/12 Estatuto Orgânico do Ministério da Educação e Desportos

Decreto – Legislativo nº 2/2004 de 29/03 Alterações do Estatuto do Pessoal Docente Decreto – Lei nº 17/2005 de 28/02 Progressão e Promoção na Administração

Pública

Essa legislação não se esgota por aqui, pois é extensa e cada vez mais se introduzem novas leis e algumas alterações, visando a melhoria do sistema de ensino e, consequentemente, o desenvolvimento socioeconómico do país.

Os órgãos de gestão da escola É constituído pelo:

 Conselho Directivo que funciona com o Director Geral, Subdirector Administrativo e Financeiro, Subdirector Pedagógico, Subdirector De Assuntos Sociais e Comunitários, Secretária e um Representante de Pais.

Cada um tem as suas atribuições bem definidas segundo o decreto-lei.

Como detentor do poder supremo da Educação em Cabo Verde, o Governo criou a Legislação Educacional, que tem por parte integrante a Legislação Escolar, que, por sua vez, se encarrega dos diplomas legais que regularizam a organização, o funcionamento e a administração das escolas. Entre eles está o Decreto – Lei nº 20/2002 de 19 de Agosto onde se determina o Regime de Organização e Gestão dos Estabelecimentos de Ensino Secundário. Ensino este que de acordo com a sua natureza de ensino ministrado e nos termos previstos na lei, as escolas secundárias podem ser de via geral, técnica artística ou polivalente (art. 7º, nº1).

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O referido decreto torna-se necessário, visto a escola ser um estabelecimento onde se ministra o ensino, o que pressupõe recursos humanos e materiais e implicando, consequentemente, a organização e gestão.

O ensino pode ser básico, secundário ou superior, tendo estatuto público ou privado.

As escolas secundárias podem ser colocadas sob administração e gestão municipal e o departamento governamental responsável pela educação, através de protocolo e caderno de encargos (art. 10º, nº1).

A administração e gestão requerem órgãos para desempenhar tais funções.

Segundo este decreto, a gestão pedagógica e administrativa dos estabelecimentos de ensino secundário é assegurada pelos seguintes órgãos:

Assembleia da Escola é definida pelo mesmo decreto como sendo o órgão de participação e de coordenação dos diferentes sectores da comunidade educativas, responsável pela orientação das actividades da escola, com vista ao desenvolvimento global e equilibrado do aluno, no respeito pelos princípios e normas do sistema educativo. (art. 16º).

A Assembleia da ESJAP, que foi constituída no dia 30 de Junho de 2012, se encontrava em fase de remodelação. É de sua competência: aprovar o regulamento interno; definir os princípios que orientam as relações da escola com a comunidade, as instituições e organismos com responsabilidade em matéria educativa e com escolas nacionais ou estrangeiras. ((art.19º, nº41, alíneas b) e h)).

– Conselho Directivo: de acordo com a sua natureza é o órgão de administração e gestão da escola responsável pela materialização da política educativa, tendo em vista níveis de qualidade de ensino que satisfaçam as aspirações da comunidade escolar. (art. 22)

– O tribunal de contas: faz um inventário de todos os materiais da escola, que será anexado ao relatório do fim de ano;

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– Subdirector para os Assuntos Sociais e Comunitários: tem como função estabelecer um relacionamento com a comunidade e com os alunos tendo como competências essenciais: elaborar e submeter à aprovação da Assembleia da Escola a proposta de regulamento interno, ouvido o Conselho Pedagógico e o Conselho de Disciplina; garantir a execução das actividades da acção social escolar em cooperação com as instituições e serviços próprios; promover e acompanhar, no estabelecimento de ensino, as iniciativas de carácter cultural, desportiva e recreativo, que contribuam para a educação integral dos alunos (art. 25º, nº1 alíneas b), f)) e Segundo o Sr. Nilton, Sub Director Administrativo, este órgão funciona em pleno;

– Conselho Pedagógico (na ESJAP a subdirectora pedagógica é a Dra. Sandra Moreira): é o órgão de coordenação e orientação educativa de interligação de escola com a comunidade. (art. 330, nº1). É presidido pelo Director da escola, o Sr. Emanuel José do Rosário, pelo Subdirector Pedagógico e pelos coordenadores das várias disciplinas. Ocupa-se da planificação, acompanhamento e controlo das actividades pedagógicas, da problemática da orientação vocacional e profissional dos alunos. Em relação ao último ponto, existe um Gabinete de Orientação Vocacional e Acompanhamento Psicológico/Escolar para, entre outras tarefas, acompanhar e direcionar os alunos nas futuras profissões e ligação com os organismos vocacionais.

– Conselho de Disciplina (representado na ESJAP pelo Sr. César Lima): é definido pelo artigo 45º, como o órgão encarregado de prevenir e resolver os problemas disciplinares no estabelecimento de ensino.

É composto pelos seguintes membros:

a. Um elemento designado pelo Conselho Directivo, que o preside; b. Um Coordenador de disciplina, eleito pelo Conselho Pedagógico;

c. Um Delegado dos pais e encarregados de educação, designado pela respectiva associação ou, não havendo esta por uma assembleia representativa daquelas;

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e. Um Delegado dos alunos, designado pela associação dos estudantes ou, na sua falta, por uma assembleia representativa dos mesmos. (art. 46º)

O presidente deste conselho reúne-se com os demais constituintes ordinariamente uma vez por mês e, extraordinariamente, sempre que for necessário (art. 47º). Empenha-se na resolução dos distúrbios causados pela indisciplina dos alunos e às contendas disciplinares em que se encontrem envolvidos docentes e referidos empregados da escola.

No regulamento interno contém as seguintes advertências:

“Tendo por base o estabelecido nos direitos humanos e na constituição, todo o homem é igual segundo a lei e, como tal, responsável pelos seus actos. Assim, todos os interventores no processo ensino aprendizagem, docentes, discentes e não docentes são disciplinarmente responsáveis perante a escola e os organismos de tutela, pelas infracções que representarem do e para outrem ou para a instituição.”

IMPORTÂNCIA DA ESCOLA COMO CENTRO DE PROMOÇÃO CULTURAL No entanto, convém dizer que as pessoas são de carne e osso e as alternativas a criar exigem, meios, infra-estruturas, recursos humanos e físicos mais aptos à mudança e às exigências da sociedade. Então, na realidade o que se pretende, não é o que se faz, existe um desfasamento enorme que precisa de ser colmatado. Este problema levanta a todos, comunidade escolar e muito mais aos professores. Com este drama e tenta-se criar alternativas, métodos e estratégias de trabalho conjunto, onde a cultura do meio esteja presente, através da participação e intervenção da Comunidade com a Escola e vice-versa.

Só através da reflexão e da ação é possível descobrir-se a essência das coisas e das pessoas, se houver uma grande afectividade e um trabalho ordenado, sequêncializado, conhecido e interligado. É preciso conciliar e pensar nas estratégias e nas dinâmicas a adotar, que possamos trabalhar, com os alunos, o informativo e o vivido.

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A escola deve ser um local de encontro e convivência onde cada um se sinta bem, independentemente das diferenças culturais, físicas e sociais.

Assim, podemos dizer que os comportamentos, as ações, os pensamentos dos alunos, podem ser o resultado das práticas e até dos pensamentos do professor. Então, o professor deve conduzir o aluno na aquisição de competências essenciais e que possibilitem o aparecimento de respostas úteis e transitáveis, no processo de aprendizagem contínuo, enriquecido e cumulativo. Tudo isto, constitui o Património Educativo e Cultural.

Há a urgência de uma intervenção, uma conciliação, entre a tradição e a inovação e ao mesmo tempo estabelecer “ponte” entre as crianças e a comunidade, por forma a que todos se sintam envolvidos, implicados, responsáveis e conscientes, quanto ao ensino-aprendizagem e à formação de indivíduos aptos, conscientes, reflexivos e críticos na sociedade.

O professor é o gerador ou moderador da investigação e de abertura a novas questões e novos problemas.

Somos todos os professores, “agentes de formação” activos, participativos e responsáveis pelas novas mentalidades, sociais e culturais, mais ricas, diversificadas e afastadas dos estigmas, da diferença, tudo isto porque é errado pensar e dizer que uns são os detentores do poder/saber e outros os fracos.

O provérbio “Somos todos diferentes, somos todos iguais” constitui a ideia principal, o desafio e uma das preocupações actuais dos professores e de toda a Comunidade. Tudo isto, passa muito pela consciência e percepção da diferença, que existe dentro e fora de nós, começando logo pelo aspeto físico de cada um.

Só através da educação inter/multicultural será possível combater os numerosos problemas que conduzem à diferença. Este tipo de educação funciona como o ponto de partida, o fio condutor de um percurso que procura responder e resolver problemas actuais, perante a diversidade de contextos sociais e escolares, que encontramos e deparamos, em todo o lado e a todo o instante, uma “aldeia global” em construção e mudança. Neste sentido, esta educação

Referências

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